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APELAÇÃO DIREITO CONSUMIDOR

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APELAÇÃO
EXMA. SRA. DR(A). JUIZO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA Y
Autos nº: XXXX.XX.XXXXXX-X
AÇAO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E ESTÉTICOS
RECORRENTE; SORAIA
RECORRIDO; ELETRÔNICOS S/A
SORAIA MARIA SIMÕES FORTES, já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, vêm, respeitosamente, à presença de V. Exa., inconformadas, data vênia, com a sentença proferida por este D. Juízo às fls. XXX-XXX, interpor, tempestivamente, com fulcro no art. 1009 e seguintes do Código de Processo Civil lei 13.105/15, o presente recurso de 
APELAÇÃO 
 Requer que seja o mesmo recebido nos respectivos efeitos e encaminhado ao Egrégio Tribunal de Justiça de MARIA SIMÕES FORTES para os devidos fins.
 Desnecessária a juntada de comprovante de preparo haja vista estarem os apelantes sob o pálio da justiça gratuita.
		Termos em que pede deferimento.
Cidade, XX de junho de 2016.
advogado
OAB/XX XXX.XXX
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS
RAZÕES PARA A REFORMA DA SENTENÇA
Autos de nº: XXXX.XX.XXXXXX-X	
Autor: Soraia: Maria Simões Fortes
Réu: ELETRÔNICOS S/A.
Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Doutos Julgadores,
RELATÓRIO DA LIDE
	Trata-se de Ação de Indenização por Danos Morais e Estéticos, movida pela recorrente em face da recorrida. A mãe da recorrente adquiriu um aparelho de televisão produzido pela recorrida. Dois meses após a compra a recorrente sofreu um acidente quando o aparelho explodiu, danificando permanentemente seu olho direito, de forma que perdeu completamente a visão deste.
Foi realizada a juntada de todas as provas documentais que pretende produzir, inclusive laudo pericial elaborado na época, apontando o defeito do produto.
Recebida a inicial o magistrado da 1ª Vara Cível da Comarca Y, determinou a citação da ré e após oferecida a contestação, na qual não se requereu produção de provas, decidiu proferir julgamento antecipado, decretando a improcedência dos pedidos da autora, com base em dois fundamentos:
(i)   inexistência de relação de consumo, com consequente inaplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor, pois a vítima/autora da ação já alegou, em sua inicial, que não participou da relação contratual com a ré, visto que foi sua mãe quem adquiriu o produto na época; e
(ii)  prescrição da pretensão autoral em razão do transcurso do prazo de três anos, previsto no Art. 206, § 3º, inciso V, do Código Civil.
	A Autora ajuizou a referida ação com o intuito de decretar nulidade da sentença. Foi requerida ainda a tutela de urgência, que não foi concedida pelo juízo primevo.
	Diante da decisão proferida a parte autora ajuizou agravo de instrumento, em sede de agravo o E.TJXX deu provimento a tutela.
	Em que pese à respeitável decisão proferida razão não lhe assiste conforme será exposto pelos fundamentos e fatos a seguir. 
DA TEMPESTIVIDADE	
Diante do exposto em tela, e na forma do artigo 1009 do CPC/15 o presente recurso e tempestivo, cujo prazo e de 15 dias com o vencimento ate a presente data podendo ser protocolado até às 23h59min do presente dia.
Art. 1009; Da sentença cabe apelação.
§ 1o As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2o Se as questões referidas no § 1o forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3o O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
DO MÉRITO 
3.1 PRELIMINAR DE PREVENÇÃO
No caso narrado houve o indeferimento da prova pericial pelo magistrado da 1ª Vara Cível da Comarca Y, “juiz a quo”, afastando a prova essencial para comprovação do direito da autora alegados na inicial que contraria o disposto no artigo 369 do CPC/15;
Art.369 do NCPC; As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
Sendo assim, de acordo com o artigo supracitado o relator que julgou o primeiro recurso interposto viola os princípios processuais definidos no ordenamento jurídico brasileiro, cerceando o direito da parte recorrente de provar a responsabilidade da parte recorrida.
O juiz de primeiro grau alegou na sentença que inexiste relação de consumo, entretanto, entretanto, não fundamentou corretamente sua sentença. O que se evidencia pelo disposto no artigo 17 do CDC;
Art. 17; Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento.
Dessa forma evidenciado pelo dispositivo supracitado que, são equiparados a consumidor todas as pessoas, vitimas de eventos causados pelo fato do produto ou serviço.
Sendo assim pode-se dizer que independentemente de ter sido a mãe compradora da televisão, não pode a recorrente ser afastada da relação de consumo, uma vez que foi exposta ao produto e lesionada por este, causando a perda da visão do olho direito. 
 3.2 DA IMPRESCRITIBILIDADE 
Diante do exposto pelo magistrado proferido na sentença, a pretensão da autora não esta coberta pela prescrição, uma vez que dispõe o artigo 198 do código civil de 2002;
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3°;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
	De acordo com o Código do Consumidor lei 8.078 em seu artigo 6º trata-se dos direitos básicos do consumidor:
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
        I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
        II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
        III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;
       III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012)   Vigência
       IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
        V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;
        VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
        VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
        VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
        IX - (Vetado);
        X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
					(grifos nossos)
 O artigo citado é expresso quando trata dos fatos supervenientes que ampara o consumidor na relação de consumo.
	Em uma análise maiscomedida do artigo 6º, I e VI do referido Código resta demonstrado que a parte autora faz jus à proteção pelo referido diploma na qual a decisão proferida pelo magistrado foi desproporcional ao caso em tela sendo passível a modificação da mesma.
	Ainda nessa seara segue entendimento jurisprudencial do E. TJMG:
TJ-MA - Apelação APL 0239952011 MA 0000449-39.1999.8.10.0001 (TJ-MA)
Jurisprudência•Data de publicação: 18/12/2012
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - CIVIL E CONSUMIDOR - ACIDENTE DE TRÂNSITO - CONSUMIDOREQUIPARADO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA - CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA - SENTENÇA MANTIDA. I - Muito embora o filho dos Apelantes não tenha utilizado os serviços da Apelada nos termos do "caput" do art. 2º do CDC , que à época efetuava o transporte intermunicipal, emerge o seu enquadramento na figura do consumidor equiparado ( parágrafo único do art. 2º c/c art. 17 , ambos do CDC ) ante o fato de ter sido vítima do evento previsto no CDC como "fato do serviço". Destarte, incide no caso versado a responsabilização objetiva da Apelada, nos termos do "caput" art. 14 do CDC , respondendo esta independente de culpa pela reparação dos danos causados; II - A culpa exclusiva da vítima resta evidente nos autos conforme concluiu o Laudo do ICRIM, bem como a partir da análise dos depoimentos dos passageiros do veículo da Apelada; III - A despeito disso os Apelantes perquiriram a desconstituição do laudo pericial carreado aos autos, pretensão esta que não merece amparo, tendo em vista que tal documento é prova de inestimável valor, inexistindo motivos razoáveis para que se desconsidere a conclusão contida em parecer técnico, mormente por ter sido elaborado por "expert" sem qualquer vinculação com as partes; IV - Os Apelantes argumentaram, ainda, a culpabilidade do empregado da Apelada em razão da colisão entre os veículos ter se dado pela traseira da mobilete, o que também não prospera haja vista que se trata de presunção relativa, ilidida por prova em contrário, o que se dá nos autos em razão da conclusão do Laudo Pericial; V - Além disso, os Recorrentes apontaram uma suposta ultrapassagem indevida, o que sequer fora cogitado no Laudo Pericial ou afirmado por qualquer das testemunhas nos depoimentos colacionados aos autos. Tal suposição, assim como todas as outras ventiladas, não se prestam a desconstituir o laudo em comento; VI - Não persiste, assim, o dever de indenizar haja vista...
TJ-ES - Apelação APL 00011522920108080004 (TJ-ES)
Jurisprudência•Data de publicação: 29/09/2015
Ementa: EMENTA: DIREITO DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. FATO DO PRODUTO. ACIDENTE DE CONSUMO. ESTOURO DE GARRAFA DE SUCO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. LESÃO NO DORSO. DANOS MORAIS. I – Afigura-se aplicável o Código de Defesa do Consumidor à hipótese vertente, sendo certo que se encontra caracterizada a responsabilidade civil objetiva, consoante previsto no artigo 14, da Lei Consumerista. Nesse passo, a responsabilidade do Fornecedor apenas e tão somente será ilidida se demonstrada uma das excludentes previstas nos incisos do § 3º , do artigo 14 , do Código de Defesa do Consumidor , não tendo, in casu, a empresa requerida se desincumbido de tal ônus. II - A existência do nexo de causalidade restou verificada considerando a veracidade das alegações autorais que, de plano, logrou demonstrar que, em decorrência da explosão de uma garrafa de suco da marca Sinuelo, a menor sofreu lesões no dorso, por meio da juntada do Boletim de Atendimento de Urgência e de fotos, constituindo típica hipótese de acidente de consumo. III – No caso dos autos, considerando a necessidade de serem arbitrados os danos morais em atenção à capacidade do ofensor, ao grau de reprovabilidade da conduta ilícita, à intensidade do dano e ao caráter pedagógico e punitivo, entendo que afigura razoável o montante de R$ 3.000,00 (três mil reais), haja vista que tal valor atualizado no sítio eletrônico deste Egrégio Tribunal de Justiça corresponde a mais de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), valor que, neste caso, se revela suficiente para compensar o prejuízo suportado pela lesada, sem implicar seu enriquecimento imotivado VI – Recurso interposto por IRMÃOS MOLON LTDA. conhecido e improvido. Recurso interporto por B.L.L.C. conhecido e improvido. ACORDA a Egrégia Segunda Câmara Cível, em conformidade da Ata e Notas Taquigráficas da Sessão, que integram este julgado, por unanimidade de Votos, CONHECER da Apelação Cível interposta por IRMÃOS MOLON LTDA. ME e, no mérito, NEGAR-LHE PROVIMENTO bem como, conhecer da Apelação...
TJ-RJ - APELAÇÃO APL 00028791720078190038 RIO DE JANEIRO MESQUITA VARA CIVEL (TJ-RJ)
Jurisprudência•Data de publicação: 20/04/2018
Ementa: APELAÇÕES CÍVEIS. CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA RÉ. INDENIZAÇÃO PELO DANO MATERIAL QUE MERECE SER ACOLHIDA. QUANTIA DEVIDA A SER APURADA EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. DANO MORAL E DANOESTÉTICO CUMULÁVEIS. VERBAS QUE MERECEM MAJORAÇÃO. Trata-se de ação na qual o Autor narra que se encontrava em frente à loja Ré, quando uma placa de vidro da parede externa da loja caiu, vindo a atingir seu braço esquerdo, causando-lhe graves lesões. O Autor se enquadra no conceito de consumidor por equiparação, a teor do art. 17 do CDC . Por outro lado, a responsabilidade da Ré é objetiva, conforme estabelece o art. 14 do referido diploma. A perícia confirmou o nexo causal e temporal entre o acidente e a lesão relatada na inicial, bem como atestou incapacidade total temporária pelo período de 28 meses e, após, incapacidade parcial permanente da ordem de 20%. Restou comprovado que o Autor exercia a função de assistente de administração no Serviço Social das Estradas de Ferro, percebendo a quantia de R$ 972,93, à época. Portanto, não merece amparo o pedido da Ré, para que o pensionamento seja fixado com base no valor do salário mínimo, não sendo, ademais, caso de aplicação da Súmula 490 do STF. Quanto ao pleito do Autor, para condenação da Ré ao pagamento dos valores referentes ao tíquete alimentação que o mesmo deixou de receber em razão do acidente, não deve ser acolhido, porquanto essa verba não integra a base remuneratória do Autor, sendo devida somente em caso de efetivo trabalho. Quanto às despesas médicas listadas nas petições de fls. 523/526, no valor de R$ 7.366,80, e 528/531, no valor de R$ 53.781,00, verifica-se que foi deferida antecipação de tutela determinando que a Ré prestasse a devida assistência médica ao Autor, até seu restabelecimento, arcando com despesas de medicamentos, consulta médica, tratamento fisioterápico e cirurgia. Todavia, a sentença não se pronunciou quanto à confirmação da tutela, o que ora é feito. Nesse sentido, o pedido...
 (grifos nossos)
	Ante o narrado, requer que seja afastada a prejudicial de prescrição suscitada por não correr prescrição decorrente de fatos supervenientes conforme art. 6º, I e VI do CDC.
 DA CAUSA MADURA
	O Código de Processo Civil 1973 já estabelecia a possibilidade do julgamento da causa madura. 
Por causa madura compreende-se a possibilidade de julgamento de mérito quando a questão versar exclusivamente de direito em via recursal sem necessidade de retorno dos autos ao juízo originário.
	O Novo Código de Processo Civil lei 13.105/15 manteve tal possibilidade ampliando-a conforme previsão do artigo;
Art. 1013, §3 e 4°:
§ 3o Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau. (grifos nossos)
No caso em tela, o juiz de 1º grau extinguiu o feitoao acolher a prescrição. Ocorre que, não há que se falar em prescrição conforme exposto no mérito.
Tendo em vista as condições de julgamento imediato pelo juiz ad quem e a causa versar apenas sobre questão de direito, sendo esses os requisitos para o julgamento diretamente pelo Tribunal, é cabível a teoria da causa madura na presente apelação. 
Sendo assim, requer a reforma da sentença e o julgamento do mérito pelo Tribunal. 
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS
 Desta feita, a Apelante vem, respeitosamente, à presença deste Egrégio Tribunal, requerer: 
1. Seja recebido o presente recurso com efeito devolutivo e suspensivo. 
2. Que seja afastada a prescrição da referida sentença, reconhecendo a relação de consumo.
3. A reforma da r. decisão sendo julgada procedente a presente apelação, considerando-se tempestiva a apelação interposta pela autora/apelante SORAIA. 
4. Tendo em vista o artigo 1013, §4º do CPC requer o julgamento do mérito por este juízo.
5. Que seja parte o ré/apelado compelido ao pagamento da quantia de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a título de danos morais e R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) pelos danos estéticos sofridos. 
6. Que seja ofertado um novo aparelho de televisão pela parte ré à parte autora em decorrência do defeito do produto, conforme laudo pericial em anexo.
7. Requer a condenação do apelado ao pagamento dos ônus da sucumbência.
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, XX de junho de 2016.
advogado
OAB/XX XXX.XXX
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