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CASO CONCRETO SEMANA 8 11

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CASO CONCRETO SEMANA 8
AO E XCELENTÍSSIMO S E N H OR D OU T OR J U IZ D E D IRE IT O D O JU IZADO ES P EC IAL CÍVE L P E RT ENCE NT E À V AR A Nº __D A C OMARC A D E J OÃO PE S S OA/PB 
O C on do mínio S p artac us , rep rese ntado j udi ci alme nte pe lo se u s índico reg ularme nte e lei to, co nforme comp rovação d e assemb lei a acostada a os autos , si tuado na R ua R ubi , nº 300, no m uni c ípi o d e Jo ão P essoa/PB , vem, m ui resp ei tosamente atra vés de seu advoga do de vi damente qua li ficado em procuração manda mental espec ífi ca j untada a o segui nte fei to , P R OP OR , PE L O R ITO COMU M, AÇ ÃO D E CONH EC IMEN T O, C U MUL AD O C OM R E QU ER IME N T O D E F OR MA AN TE C ED EN T E , A C ONC E SS ÃO DE LIMIN AR PAR A T U TE L A AN TE C IPAD A DE UR GÊ N C IA, E M F A CE DE FE L IZB E R T O, cond ômi no no ed i f ício , b rasi lei ro, resi den te na uni d ade 501 do referi d o p réd i o , que se si tua no e nde reço sup ra al ud i do , os cad astros no s reg i stros g erais de pesso as f ísi cas é i gno rado, P E L OS S E GU INT E S F AT OS E FU NDAMEN T OS JU R ÍD ICOS QUE SE PAS S A A E X P OR:
I . D A S P R ELIM INAR E S 
I.I I. D A CO MPE T Ê N C IA D O J U ÍZO 
É competente o p resente foro pa ra a proposi tura da ação e m te la, te nd o em vi sta as ci rcunstâ nci as orig i nári as da ação, se ndo que o d omic íli o do réu no caso em tela é exa tame nte no foro de si t uação do i móve l, co nfor me di sposi ção nítida na lei nº 9.099/95, em se u arti go 4 º, q ue assi m es tab elece: 
Art. 4º É c om petente, para as c ausas prev is tas nes ta Lei, o J uizado do f oro: 
I - do dom icílio do réu ou, a critério do autor, do local onde aquele e xerça ativ idades profissionai s ou econôm icas ou m antenha estabelecim ento, filial, agência, sucursal ou escritório; 
II - do l ugar ond e a obri gaç ão dev a s er satis feita; 
III - do dom ic ílio do autor ou do loc al do ato ou fato, nas aç ões para reparação de dano de qualqu er natureza. 
Parágrafo únic o. Em qualq uer hi pótese, pod erá a ação s er proposta no foro previs to no inc iso I deste artigo. (L ei 909 9/95) 
I.I II . D O P R OCE D IME N T O DA T U T E LA C AUT E LAR AN T E CE DE N TE 
C omo b em está níti do no no vo códi go de proce sso ci vi l de 2015 , nas ações de conhe ci me nto, pode -se res tri ngi r as peças i ni ci ai s a tão some nte o pedi do de concessã o anteci pada de tute la. D e vend o o a utor , assi m é b em esclarecedor o cód i go , re lata r a lide e o s f und ame ntos d e fatos e di rei tos q ue o caso reclama , e que vi sa p roteger. Se ndo, cab e menci o nar, t ud o s umariame nte exposto , ou seja , de forma bre ve , d e f orma mai s o bjeti va p oss ível , com o fito de assegurar a tra nspa rê nci a do p erig o de dano ou o ri sco ao resultad o ú ti l do processo. N esse m esm o senti do : 
Art. 3 05. A pe tição inicial da ação que v isa à pre stação de tute la caute lar e m caráter ante ce de nte ind icará a lide e se u 
fundame nto, a e xposição su mária do dir e ito que se obje tiv a asse gurar e o perigo de dano ou o r isco ao re sultado útil do proce sso. (CPC/15) 
Pe lo e xposto , E xcelê nci a, p ercebe -se que a ssi m se da rá o seg ui me nto desta p eça i ni ci a l, so b o s l ídimos di tames estri tos d o có di go de processo ci vi l pátri o. I I . D OS FA TOS O presente caso versa sobre a aprovaçã o de assemblei a ge ral ext raordinária no C ondo m íni o S partac us, já de vi damente descri to em a l hures a sua locali zação na ci dade de João Pe ssoa/PB , para reali zação de obras de recuperação e ma nute nção . Ocorre que no curso d a obra fora constatado o rompi mento de tub ulação de e sgoto (ba rbará) d a co luna do edi fíci o, no a partame nto lo go a bai xo d a uni d ade 501, de p roprieda de do senhor Feli zberto . Nesse di ap asão , o condom íni o fe z i números contatos com o S r. Felizberto , por meio de noti ficaçõ es, comuni cações pessoa i s, contudo o condô mino i nsi sti u e m neg ar o ace sso ao aparta mento, de modo q ue o bsto u o trabal ho de ma nute nção . Os e feitos da co nduta e stão res vala nd o nos de mais moradores e especi almente em um i do so, e em um defici ente q ue resi dem na uni dad e 4 01 , logo abai xo do apa rtamento em q uestão . Ta l ocorrê nci a vem t ra zend o um potenci al ri sco a sa úde e a seg ura nça de todos os co nd ômi nos . É a suma do s fatos, passa -se agora à e xposi çã o d os funda me ntos do di rei to materi al. 
I II. D O M É R ITO 
III . I. D A C ONC E S S ÃO PR OV ISÓR IA D A T U T ELA AN T EC IP AD A DE U R GÊNC IA 
Exce lê nci a, no caso expo sto, res ta -se nítido o teor do gravame e do perig o em que os condô minos estão passand o com a suspe nção na man ute nção do prédi o. Vi sto tra ta -se de va za me nto de e sgoto, não po r ser todo e xcl usi vo o e fei to do mau chei ro q ue e xa la por todo o e di f ício , mas por ser uma consi de rá vel i nfiltração na est rut ura do edi f íci o , pode ndo compro meter toda a seg ura nça de q uem ali mora. Ve rifica -se, de plano , q ue a manutenção do prédi o é de ver de todos os condô minos , e que nã o se p ode p ermi tir que um só p rejud i que , e, em co nt ínuo, ponha em risco de ta l ma nei ra toda uma cole tivi da de. A ssi m é o se ntid o do arti go 1 .336 , IV d o C C . Q ua ndo ad uz sobre ved ação de se uti li zar o b em e m prejudi ci a l so ssego , sa lub rida de e segurança do s de mais poss ui dores. V ej a -se: 
Art. 1.336. São de v ere s do condômino: 
I - c ontribuir para as des pesas do c ondom ínio na proporç ão das s uas fraç ões ideais , s alv o dis pos iç ão em c ontrário na c onv enção; (Redação dada pela L ei nº 10.931, de 200 4) 
II - N ão realizar obras que com prom etam a s eguranç a da edific aç ão; 
III - não alt erar a form a e a c or da fachada, das p artes e es quadrias ex ternas; 
IV - Dar às suas partes a m esm a destinação que tem a edificação, e não as utilizar de m aneira prejudicial ao sossego, salubridade e segurança dos possuidores, ou aos bons costum es. (CC) 
Po rta nto, a vi sta do e xpo sto, no ta -se a preme nte ne cessi da de d e se estancar o vaza mento, e ai nda p ela g ravi da de dos efeitos noci vos que tal ocorrênci a ve m a carreta ndo no s mo radores, te ndo i ncl usi ve um i doso e um portador de de fici ê nci a send o d i retame nte a fetados p o r mo rarem uma uni dade abai xo d o bem e m q ue stão .
De ste modo, se faz necessári o a concessão de forma antecedente d a tutela judi ci al a nteci p ada de urgê nci a , para que se d ê, a gora de forma i mposi ti va, o estabeleci me nto d a o briga ção de fazer para o Sr. F e li zber to, ora réu , i sto é, para q ue este pe r mi ta a e feti va ma nute nção q ue o condo m íni o req uer , e com i sso sa ne as agr uras q ue os morado res estão so fre ndo. 
C umpre a i nd a reafi rmar a ni ti d e z da ameaça de dano i nsa ná ve l no i móvel , vi sto a i nfilt raçã o que progressi vame nte es tá mi na ndo a es tr ut ura de todo o préd i o,a ssi m di spõe o artigo 300 do C P C : 
Art. 300. A tutela de urgência ser á conc edida quando houver elem entos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o r isco ao resultado útil do processo. (CPC ) 
I V . D OS P E D IDOS Po r todo o exp osto, j unta me nte com a efeti va conde nação do réu, de sde logo, o Autor req uer : 
 I. A con ces são anteci pa da da tutela cau tela r de urgên cia , em forma de estabeleci mento de o briga ção de fa ze r ao réu, pa ra qu e este per mita que se ade ntre n o s eu apartamento af im de que se re ali ze a premente manu ten ção e reparos na s co lu nas de es goto que o edif í cio e o imóv el re querem ; 
 II. Protestar em provar o a l eg ado por todos os m ei os de provas em direi to a dmitid os; 
III . D ei xa r expresso a poss ib il ida de p ara m edi ação e conci l i a ção ; 
 IV . C ondenação ao pagam ento dos H onorári os advoca tícios em 20% sobre o va l or da causa (art. 8 5 d o C P C ), bem com o n as custas proce ssuai s a serem fi xada s . 
D ar-se-á o valo r d a causa em R$ 1.000,00 (m il reais) . Nestes termos , p ede e espe ra deferi me n to. Fortale za -Ce, se g und a- feira, 16 de mai o de 20 17. (AD V OG AD O) OAB /UF N º XX .XXX -X 
A CONTESTAÇÃO
(fonte 12, Times New Roman, espaçamento 1,5)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... (Juízo ao a qual foi distribuída a petição inicial) (espaço de 5 linhas) Processo n° ... (deve ser inserido no início da margem esquerda)
(espaço de 5 linhas) (NOME COMPLETO DA PARTE RÉ), já qualificada, por seu advogado, com endereço profissional na (endereço completo), onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO _________, pelo
procedimento _______, movida por (NOME COMPLETO DA PARTE AUTORA), vem a este juízo, oferecer/ou apresentar: (espaço de uma linha e centralizar) 
CONTESTAÇÃO,
(espaço de uma e voltar para a margem esquerda)
para expor e requerer o que se segue: (espaço de uma linha e voltar para a margem esquerda)
PRELIMINARES (defesas processuais, artigo 337 do CPC) – (QUANDO COUBER) (espaço de uma linha)
Dilatórias (narrar primeiro as preliminares dilatórias para somente depois narrar as peremptórias) Peremptórias (espaço de uma linha) PREJUDICIAL DE MERITO - (QUANDO COUBER) Prejudicial de Mérito (caso exista no caso concreto) (espaço de uma linha 
MÉRITO
Mérito Propriamente Dito (espaço de uma linha)
(defesas materiais, artigo 336 e artigo 341 do CPC)
RECONVENÇÃO OU PEDIDO CONTRAPOSTO- (QUANDO COUBER) (art. 343 CPC/ art. 31 da Lei 9.099/95) (espaço de uma linha)
PEDIDO
(espaço de uma linha) Diante do exposto, o réu requer a esse Juízo : 1 - o acolhimento da preliminar (dilatória) com a consequente .... 2 - o acolhimento da preliminar (peremptória) com a extinção do processo sem julgamento do mérito (preliminares peremptórias do art. 485 do CPC).
3 - o reconhecimento da (prejudicial de mérito) e a extinção do processo com julgamento do mérito.
4 - no mérito, a improcedência do pedido autoral.
5 - a condenação do Autor aos ônus da ucumbência (custas judiciais e honorários de advogado) (espaço de uma linha) 
PROVAS
(espaço de uma linha) Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos
artigos 369 e seguintes do CPC, em especial documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
Nome do Advogado
OAB/(Sigla do Estado).
CASO CONCRETO SEMANA 10 PRATICA CONTESTAÇÃO
EX CEL E NTÍS SI MO S E NH OR DOUTOR JUI Z DE DIR EI TO D A 1º V ARA CÍ VEL DA COMAR CA DE CAMP INAS DO ES TAD O DE SÃ O P A UL O 
 
PR OCE SSO Nº 1234 
 JULIANA FL ORES , brasileira , solte i ra, e mpre sá ri a , re si de nte e domi ci li a da na Rua Tul ipa, 333, Campi n as /SP, por sua a dvogada, com en dere ç o pr of is si onal , onde de ver á se r i nti ma da pa ra das an da ment o aos a t os pr oce ss uai s nos aut os da A ÇÃO DE ANUL AÇÃ O DO NEG ÓCIO JURÍDICO , pe l o r it o comum, movi da por SUZA NA MA RQUES, ve m a e ste j uí zo oferece r: 
 
C ON T ESTAÇÃO 
 Expondo e re que rendo o que se gue : 
 I.DA AUDIÊNCIA DE CONCIL IA ÇÃO/M E DIAÇÃO 
 Informa a R É que nã o te m i ntere sse em pa rtici pa r da a udiê nci a de conci li aç ão/me diação. 
II.DA S PREL IMI NAR ES 
1.DA COISA JUL GA DA 
Ocorre u coisa j ul gada por que e sta é a se gunda a çã o de man da da pel a aut or a e m face da R É com os me smos a r gument os e fi nali dade, sendo ce rt o que a pr i mei ra , pr oposta em 10 de abr il de 2015, t ramitou per ante a 2º Va ra Cí ve l de Ca mpi nas , se ndo j ulga do i mpr oce de nte o pe di do, não se ndo ca bí vel mais qual quer rec urs o, Ar t 337, V II CPC. 
2. DA ILEG IT IM IDADE PASSÍVA
No ca so ocorre i le giti mi da de pa ssi va uma ve z que a R É de sde 2013 nã o oc upa mai s o car go de dire tora do Or fa nat o Se me nte do Aman hã, de ve ndo este fi gur ar n o polo pa ssi vo, res sal tan do o fa to t ambé m de que e ste foi o be nefi ci ár i o da doaç ão, se ndo a pa rte ré ile gí ti ma par a fi gurar no polo da pr e sente a çã o, c onforme Art .17 c/c 338 CPC. 
III. DA PRE JUDICIAL DO MÉR IT O 
DA DECADÊ NCIA
Ocorre dec adên ci a poi s a “s upost a” coaçã o te ri a ce ssado e m a br il de 2012, confor me o ar t 178, I, CC, de cai u o di re i to da a utor a rec la mar . 
IV. DO M ÉRIT O 
Tr at a-se de aç ão que vi s a an ular o ne góci o j urí dic o se ndo e ste uma doa çã o real i zada pe l a aut ora em a br il de 2012 pa r a o Orfan at o Se me nte da Ama nhã , te ndo c omo ba se a a le gaç ão de coaçã o fe i ta pel a ré, na é poca, diret ora da e mpre sa que a a utora t ra ba l hava, dizen do que a RÉ dizia diar ia men te que a aut or a de ve ri a doar al gum be m pa ra a caridade a fi m de que “re se r vas se seu es paç o no cé u”, c rença da reli gi ã o a qual per te nci a, Rece osa de se r de mi ti da, já que t ra ba l ha va como ge rente de re cur sos humanos da empr es a , pe r ce be ndo um e xce len te sal ár i o mensal , de ci di u por doa r um de se us t rês i móvei s, o de me nor val or à i ns tituiçã o s upr a me nci on ada. 
Per ce be -se que n o pr ese nte cas o, a c oaç ão nã o e xiste, uma ve z que a ré , e mbor a suge ri s se que se us funci onários rea li zassem ca ri dade nunca e mpre gou de vi olência psi col ógi ca pa r a vi cia r a vonta de da aut or a, sendo des ca rt ada a hi póte se do a rt. 17 1, II, CC, fat o es te pode ndo se r compr ovado por out ros funci on ári os que nã o re alizar am doa ção al guma pa r a o Or fanat o. Al gumas pe ssoas , em r azã o de di ve rs os fa tore s, são ma i s sus ce tí ve i s de se sentir ate mor i za das do que outr as. No má xi mo de vi do a re li gi ã o da a utora a qua l per te nci a també m a ré, pode r á ter oc orrido, si mple s temor re vere ncia l, onde a pr ópr i a le i af ir ma n o Ar t. 153, CC, não se re ve s tir de gra vi dade sufi cie nte pa ra an ul ar o a to. O e mpr e go do temor re ve renci al nã o vicia o conse nti me nto quando des ac ompa nhado de outr os a tos de vi olênci a. Há di ver sos e nte ndi me ntos doutri ná ri os s obr e o ass unto: “ O simples te mor re verenci al n ão é co aç ão ( ar t. 153, 2ª p arte – C C). Assim, n ão se re ves te de gravid ad e suficien te p ar a an ul ar o ato o receio d e d esgostar os p ais ou ou tr as pesso as a que m s e d eve obed iência e respeito, co mo os superiores hier árqu icos. O e mprego te mor re verenci al n ão vi cia o consenti men to qu ando desaco mp anh ad o d e outros atos d e violência. ” Gonç al ves, 2012 Nes se senti do, obs er va -se ai nda o que di z a decisão dos t ri buna is: 
 TJ-DF - 20160 110580052 DF 00148 17 -41.2016.8.0 7.0001 ( T J-DF) 
Dat a de publica çã o: 14/06/20 17
Eme nt a: APELAÇÃO CÍV EL. INDENIZ AÇÃO. DANOS MATERIAIS E MORAIS. NU LIDADE DA 
SENTENÇA. V ÍCIO DE FU NDAMENTAÇÃO. PRELIMINAR R EJEITADA. GASTOS EM F AV OR DO RÉU . COAÇÃO. ÔNUS PROBATÓR IO. PAR TE AUTOR A. COMPROV AÇÃO AU SENTE. TEMOR 
REV ERENCIAL. NÃO COAÇÃO. NEX O CAU SAL INEXISTENTE. 1. De sca bi da a pre li min ar de 
nuli dade da se nte nç a quando alice rça do e m f undame nt o suficiente par a rejeit ar a pre tensã o aut ora l, c om anál i se do conj unt o pr obat óri o per ti nente , nã o se n do os de ma is ar gument os apt os , em te se , a in fi r ma r a concl usã o adota da pel o j ul ga dor . 2. A coação a pta a viabi l i za r a an ul açã o do ne góci o j ur í di c o por ví ci o de c onse nti ment o de ve ser de ta manha gr a vi dade a inti mi dar e i nfl uenciar 
a ví ti ma a real i za r ne góci os j ur í di cos c on tr a a sua vont ade, sob fundada a mea ça de s of rer da no i mine nte e c onsi de ráve l à s ua pe ss oa , à s ua f amília ou a se us be n s, de ve ndo se r consi dera das, ai n da , as ci r cunst âncias dos fa tos e a s car ac te rí sti ca s da vít i ma , e de sc onsi de ra dos o si mple s te mor re vere ncial e o e xer cí ci o normal de um di reit o. 3. A c oaç ão de manda ne ces sár ia c ompr ova çã o do a le gado ví ci o de consenti me nt o, nã o pre sumí vel , incumbi n do à pa r te aut ora o ônus pr obat óri o.
4. A si mple s c ondi çã o de i dosa, sem filhos e se m mar i do, nã o e vi de ncia, por si só, ví ci o de 
conse nti me nto, pr inci pa l me nte quando alia do a relatór i os mé di c os que concl uem i ne xi st ir qualque r tr an st or no me nt al , com pa dr ão norma l de f unções cogn it i va s e ple na c apaci dade de e xec utar e compr ee nde r sua s ati vi dade s di ár ia s. 5. O si mple s te mor re vere nc ia l de c or ren te de i ncontr oversa rel a ção de pr oxi mi dade , re s pe ito, c on fi a nç a e e ve ntua l re l açã o de de pe n dê ncia, c om dec la ra çã o, 
i ncl usi ve , de tr at a me nt o fili al en tre a s pa r tes , nã o se mos tr a a pt o a se r c onsi der a do c omo coaçã o, nos ter mos do ar ti go 153 do Códi go Ci vil. 6. Nã o te ndo a pa rte a ut or a cumpr i do c om o ôn us de compr ovar o fat o cons ti tuti vo de seu di reito, na f or ma do ar ti go 373, i nci s o I, do CPC/2015, consis tente na demonstra çã o de e fe ti va c oa çã o e ame aça de dano i mi ne nte a afas tar ... Pel o e xposto, concl ui -se que o ne góci o j urí dic o é val i do, poi s nã o houve qual que r ti po de vi olê nci a ou ame aç a, tendo a a ut ora pr a ti ca do o at o de livre vonta de .
V. DO PEDIDO 
a) O a col hi ment o da pre limi nar de Coisa Julga da, conforme ar t. 485, IV CPC 
b) A s ubs ti t ui çã o do polo pa ss i vo, par a i nser ir o Or fa na t o Se men te do Ama nhã , confome ar t 338 CPC e nã o oc or re ndo a subst ituiç ão, re quer a e xt i nçã o do pr oces so n os termos do ar t 485, IV do CPC. 
c) O re conheci me nt o da de ca dê nc ia be m como a e xt inçã o do pr oce s so com re sol ução do mé rito, confor me ar t 487, II, CPC. 
d) Quant o ao mé ri t o, re que r a i mpr oce dê ncia do pe dido. 
e) A conde na çã o do a ut or a o ôn us de sucumbê nci a, nos te r mos do ar t 82 CPC. 
 VI. DA S PROVAS
Re que r a pr oduç ão de t odas pr ovas pre vi st as n o a rt 396 do CPC. 
 Termos que, pe de de feri ment o. 
 Loc al, ( dia ) de ( mê s) de ( an o) 
ADVOGADA 
OAB/UF
 CASO CONCRETO SEMANA 11
AO EX C E L EN T ÍS SIMO S ENHOR D OUT OR JU IZ D E D IR E ITO PE R TE NC E N TE À 1ª V AR A D A C O MAR C A DE ANÁP OLIS/ GO 
 *PR OC E SS O N º: (...) 
AU TORA: EMPRE S A XYZ R É U: JOÃ O P IN HO
AO EX C E L EN T ÍS SIMO S ENHOR D OUT OR JU IZ D E D IR E ITO PE R TE NC E N TE À 1ª V AR A D A C O MAR C A DE ANÁP OLIS/ GO 
 *PR OC E SS O N º: (...) 
 AU TORA: EMPRE S A XYZ 
R É U: JOÃ O P IN HO 
 JOÃO P IN H O, espa n hol , vi ú vo, contador, cadastrado no regi stro ge ral d e pessoa s f ísi ca s sob o nº: (. ..) , re si dente e domi ci li a do na Rua U r ugua i , nº 18 0, na ci d ade de Goiâ ni a/GO, ce p : 00 0-000, rep rese ntado j udi ci alme nte at ra vés de seu ad vog ado de vi damente q ua lifi ca do em proc uração ma nda me nta l espe c ífi ca juntada ao segui nte fei to, com e nd ereço p rofi ssi o nal na r ua teles me nd es , 12 4, bai rro barroso, Go i âni a/GO, ce p : 0 00-000, o nd e de verá se r i n ti mado para dar 
andame nto aos a tos p roce ssuai s, no s a utos d a A ção a nulatóri a d e negó ci o jur ídi co, pelo ri to co m um , mo vid a po r E MP RE SA XYZ, vem com o devi do resp ei to e acato de esti lo pera nte Vo ssa E xce lê nci a ap rese ntar s ua 
C ON T EST AÇ ÃO 
I . BR E V E SÍ NTESE D OS F A TOS 
 Ocorre q ue Jo ão P i nho , o ra ré u, fora fi ado r e m co nt rato de loca ção fi rmado e ntre a a uto ra como locadora e te ndo co mo lo catári o Mari o V argas, cuja a ve nça hoje vi g ora p or prazo inde termi nado . O Sr. João pi nho c he gara a possui r 3 i móve i s, mas, em 06 d e janei r o de 2012 , este d oou a suas dua s 
fi lhas , Mara P i nho e Marta P i nho, d oi s ap artame ntos si t uad os na R ua A rboredo 
324, apts. 3 07 e 5 05, Goiâ ni a/ GO, vale nd o cada um R$ 20 0.00 0,00, com a concordâ nci a de ambas e regi stro das doações no mesmo dia , q ua l seja , em sei s de ja nei ro de 2012. Assi m, res tando some nte um i mó ve l no va lor d e R$ 120.000,00. O S r. João pi nho resto u-se surpreend i do pela ação anulató ri a do refe ri do negóci o jur ídi co proposta p ela a A utora em 0 8 de no vembro de 2016 , c uja 
alega ção se fi rma em uma poss ível f ra ude co ntra credores, vi sto está o locatári o i nad i mple nte desde 0 6 de a bril de 2014 , o q ue a car retara ação de despejo proposta em 09 de jul ho de 2015 e j ulgada procede nte em 25 de 
no vembro de 2016 já em fa se de exec ução para cobrança d os al ug ué i s na 2ª Va ra C ível de A nápolis/ GO . A A utora req uer a procedênci a do pedi do p ara anular as d oaçõe s, por ter , assi m a fi rma, ocorri d o fra ud e co nt ra credores , tendo em vista q ue os imóvei s co ns tit u íam todo o patri mô ni o do réu, e o 
remanesce nte nã o satisfa z os déb i tos ai nda e xi ste ntes. Era o que se ti nha de mai s crucial a relatar, passa-se ago ra a aná li se 
específi ca do s a rgumentos le va ntados p ela parte Au tora da açã o, em conso nânci a ao s princ ípio s da co nce ntra ção/e ve n t uali da de e i mp ugnaçã o específi ca d os fatos, no s termos dos a rtigo s 336 , 341 do no vo códi g o de 
processo ci vi l . 
I I . D A S PR E LI MI NA RE S 
 I.I I. DA IN C OMPE TÊ N C IA D O JU ÍZO 
 E xcelê nci a , a presente ação não deve ria ser proposta ne ste fo ro em q ue agora está, e m vi r t ude do con tra to e m q uestão ter a carac ter ís ti ca e xp l íci ta de ordem pe ssoal, e não rea l. D everia , por e ntão , a p rete nsão a n ula tóri a ter si do proposta no foro de domic íli o d o ré u, a ssi m a te nde ndo a regra geral q ue di spõe o arti go 46 do novo C P C , e a os princ ípi o s da celeri dad e e eco nomia p roce ssual. 
N esse senti do: Art.46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens m óveis será proposta, em regra, no foro de 
dom icílio do réu. (CPC) P ortanto, desd e log o reque r o Réu q ue seja decla rada a i nco mpe tê nci a do p rese nte fo ro para aj ui za mento d a ação em tela , e q ue seja remeti d o ao juízo perte nce n te ao foro de do mi cílio do S r. João Pi nho , parte de mand ada, se ndo o qual na ci dad e de Goi âni a -GO, a fi m de que sejam a tendi dos o s princ ípi o s d a celerid ade e eco nomia rocessual , e faci lite a uma efe tiva defesa da p arte presente no polo passi vo do fe i to. 
 I.I II . DA IMTE P ES T IV ID AD E D A AÇ Ã O INICIAL Ai nda q ue po r ve nt ura se ve nça a primei ra preli mi nar de méri to e xpos ta, se faz necessá ri o reg i strar, d esde logo, E xcelê nci a, q ue a ação i ni ci al do caso em tela, resta -se f ulmi nada pela ocorrê nci a do pra zo de cade nci al. C onforme se ve ri fi cou na e xpo si ção d os fatos, a A uto ra i mpetro u a presente ação anulatóri a em 08 de novembro de 2016 . C ontudo , a d oação dos i móvei s fei tas pe lo Sr. João Pi nho oco rrera e xa tame nte no di a 0 6 de ja nei ro de 2012, ou se ja , mai s de 4 a no s a ntes da p rete nsão deste caso co nc reto. O códi go ci vi l de 2002, tra z e m se u a rti go 178, cap u t, e no inci so I I, o prazo deca de nci al d e 4 a nos pa ra q ue se p leiteei a anulação do ne góci o j ur íd i co , sendo cla ro que a co ntagem de ta l te mpo deca denci al i ni ci a -se a parti r do di a em que se reali zo u a a ve nça . C om i sso, vi s lumbra-se deca ído o pedi do d a autora , não podend o fala r anulação de negó ci o jur ídi co já ati ngi d o p elo prazo decad enci al. N esses term os : Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência par a pleitear -se a nulação do n egócio jurídico, contado: 
I - no c aso de c oaç ão, do dia em que ela c ess ar; 
II - no de err o, dolo, fraude contra credores, estado de 
perigo ou lesão, do dia em que se r ealizou o negócio jurídico; 
III - no de atos de inc apazes, do d ia em que cess ar a inc apacidade. (CC)P ortan to, pe lo e xposto, do uto Mag i strado , co nstata -se de modo i nequ ívoco i mpossi bi li dad e de susten tação no pedi do da A uto ra, de ve nd o, deste 
mod o, se r e xti nto o processo com a resoluçã o de méri to por decorrênci a da argume ntação s uprare feri da. N os te rm o s do arti go 487 , II, do CP C /15 : Art. 487. Haverá resolução de m érito quando o j uiz: 
I - ac olher ou rejeit ar o pedi do form ulado na aç ão ou na reconv enç ão; 
II - decidir, de ofício ou a r equerim ento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
I.I II . DA ILE G IT IM ID AD E P AS S IV A 
 A crescente -se , desde log o, ai nda q ue pa ssadas as pre li mina res já expostas , q ue o presente ré u é par te p assi va i leg íti ma p ara estar ne s te processo que ora se di scute. Ve ja-se, E xcelê nci a, q ue o re feri do contra to de a l ug ue l tinha po r p ra zo fatal o decu rso d e 30 meses, send o que fo ra prorrogado por tempo i nd ete rmi nado sem q ualq uer a n uê nci a do S r. Jo ão p i nho, o ra Ré u, nã o só por i sso, mas também se fa z i mpo rta nte lemb rar que o mesmo S en hor Joã o já avi sara, ao locad or e ao locatári o, em 120 (ce nto e vi nte ) di as antes do térmi no do prazo da ave nça , que não a cei tari a co nti nuar como fi ado r ca so o con tra to fosse p rorrog ado, o q ue , 
como se vê, ocorre u se m a sua ple na co ncordâ nci a. Assi m, verifica -se q ue fora ate ndi do o que se manda no arti go 835 d o 
códi go ci vi l p átrio , ao ad uzi r sobre a po ssi bi li dad e de exo neração do fi ad or, qua ndo a ssi nado o ajuste co ntrat ua l sem limitação de tempo , deve ndo e ste ser resp onsabi lizado nos 60 (sessenta) d i as seg ui ntes após a no tificaçã o do credo r. N esse m esm o sentid o: 
. 835. O fiador poderá exoner ar -se da fiança que tiver assinado sem lim itação de tem po, sem pre que lhe convier, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante sessenta dias apó s a notificação do credor. (CC ) Art. 40. O locador poder á exigir novo fiador ou a substituição da m odalidade de garantia, nos seguintes casos: (...) X – prorr ogação da locação por prazo indeterm inado um a vez notificado o locador pelo fiador de sua intenção de 
desoneração, ficando obrigado por todos os efeitos da fiança, durante 120 (cento e vinte) dias após a notificação ao locador. ( Incluído p ela Lei nº 12.112, de 2 009) (LE I 
LOCAÇÕES. Nº 8.245/91) Po rtanto, Exce lê nci a, não resta o ut ra manei ra, se nã o d eclarar a 
i legi timid ade do S r. João em se r ré u deste feito. 
I I . D O M É RI T O 
 II. I . D A OCOR R Ê N C IA D A AN T EC IPAÇ ÃO D E H E R AN Ç A 
 É de tod o sabi d o, ínc lito Ju lgado r, q ue é co stume de afeto e cui dad o do s pai s que possuem alg um rec urso d e mo nta, for nece rem mei os que s us ten tem e deem segura nça fi na ncei ra aos seus fi lhos no caso d e uma poss íve l fa lta f utura, quer se ja repe nti na, q ue r seja na t ural do d ecurso da vi da. Nad a mais tenro e nítida demonst ração de amor para com se us de scende ntes do q ue dar - lhes os 
bens q ue possui e d i stribui -los de forma e fica z e j usta antes d e uma poss ível desave nça na parti l ha , o que vi nga ri a decerto e m co nfro ntos e nt re fil ho s caso veja m-se se m a ba t uta dos pai s para um pro vei toso de sli nde. 
 No caso e xposto , nad a mais a contece u d o que i sto , E xce lê nci a, mera anteci p ação da hera nça de um pai carid oso para co m suas fi lha s q ue se ini ci a m em suas próprias jo r na das. Fornece ndo -as d e modo jus to e e scorre i to, be ns, em que para ta ntos , são o so nho de uma vi da. A doação o corre ra d e modo efeti vo co m o reg i stro , e a a nuênci a das dona tárias no di a 06 d e janeiro de 2012 , send o que à é poca do oco rrid o, o doa dor não po ssuía mai s qua lq uer ob rigaçã o de fia nça no contra to d e alug uel do ca so em aná li se , te ndo em vi sta de que o mesmo pedi ra exone ração do encargo com 120 (cento e vin te) d i as antes do térmi no d a ave nça, e aind a, c umpre ressal tar que o co ntrato passou -se para a q uali da de de ser por tempo i nd etermi nado em 
2011 , já co m a e feti va sa ída do S r. João da obrigaçã o de fiança. Po rtanto, E xce lência, res ta-se verificad o a i mpossi bi li dad e de anulaçã o do negóci o jur íd i co aqui di scuti do, le va nd o em consi deração o tud o já exposto , e que não se passa mera antecip ação d e herança do S enho r Jo ão P i nha a sua s fi lhas , li be ralidad e esta pe rmitid a clarame nte no cód i go ci vi l pá trio. N esses term os: Art. 544. A doação de as cendentes a des cendentes, ou de um cônjuge a outro, im por ta adiantam ento do que lhes cabe por herança. (CC) 
 I II. D OS P E D ID OS 
 Po r todo o e xpos to, o ré u , com o devi do acatame nto e re spei to, desd e logo, req uer : 
 I. O acol h i men to das prel im inares al udi das 
nesta peça , deven do ser reco nheci d a a 
i ncom pe tênci a d este ju ízo para anál i se do 
fei to; 
II. O reco nheci m e nto da prelim i nar 
perem ptóri a d e i l egi tim i d ade pa ssi va do 
R éu, em vi rtude do me sm o não ter o m ai s
o encargo de fi ador à época da propositura 
da dem anda; 
III . Se j a decl arado a exti nçã o do p rese nte 
processo, com resol ução do m érito, no s 
term os do artigo 48 5, II , em ra zão d a 
i ntem p esti vida de da ação i ni cial ; 
IV . O reconheci m ento da i m procedê nci a d o 
pedi do no m érito da qu estão do caso em 
tel a, vi sto a pa tente oco r rênci a d e m era 
antecipação de herança, e que o S enhor 
João nada ti nha de e ncargo com o fiado r 
quando doou os i m óveis ; 
V. C ondenação da Autora ao pagam ento dos 
H onorários advoca tíci os em 20% sobre o 
val or da ca usa (art. 85 d o C P C ), bem com o
nas custa s processuai s a serem fixa das .