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Karina da Rocha e Enrique Rocha Administração de Recursos Humanos Para Concursos

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IBRAPI – Instituto Brasileiro de Psicoterapias Integradas 
 www.ibrapi.com 
Karina da Rocha Enrique Rocha 1 
karinadarocha@ibrapi.com enrique@e-raciociniologico.com.br 
 
 
 
 
AAddmmiinniissttrraaççããoo ddee RReeccuurrssooss HHuummaannooss 
para Concursos 
– ARH – 
Karina da Rocha e Enrique Rocha 
 IBRAPI – Instituto Brasileiro de Psicoterapias Integradas 
 www.ibrapi.com 
Karina da Rocha Enrique Rocha 2 
karinadarocha@ibrapi.com enrique@e-raciociniologico.com.br 
 
SUMÁRIO GERAL 
Módulo I ________________________________________________________________________________ 4 
1 Um breve histórico sobre as transformações no mundo do trabalho ___________ Erro! Indicador não definido. 
2 As principais mudanças nas organizações ______________________________________________________ 4 
Módulo II ______________________________________________________________________________ 20 
1 Análise e desenvolvimento organizacional______________________________________________________ 20 
2 Cultura organizacional: conceitos, elementos e dinâmica _________________________________________ 23 
3 Clima organizacional ________________________________________________________________________ 25 
4 Poder nas organizações _____________________________________________________________________ 25 
5 Comportamento humano no trabalho: motivação, satisfação e comprometimento ____________________ 26 
6 Suporte organizacional e Comprometimento ____________________________________________________ 28 
7 Educação nas Organizações _________________________________________________________________ 29 
8 Paradigmas em educação____________________________________________________________________ 32 
Módulo III ______________________________________________________________________________ 47 
9 Relacionamento Interpessoal e Processos de Comunicação_______________________________________ 47 
10 Pesquisa e intervenção nas organizações ______________________________________________________ 57 
11 Saúde e Qualidade de vida no trabalho_________________________________________________________ 59 
Módulo IV ______________________________________________________________________________ 89 
12 Técnicas de Administração de Recursos Humanos ______________________________________________ 89 
13 Técnicas de ARH ___________________________________________________________________________ 90 
14 Políticas de RH_____________________________________________________________________________ 98 
15 Cargos e Salários__________________________________________________________________________ 100 
16 Gestão por Competência ___________________________________________________________________ 110 
17 Avaliação de Desempenho __________________________________________________________________ 113 
Módulo V _____________________________________________________________________________ 133 
19 Treinamento e Desenvolvimento _____________________________________________________________ 133 
20 Gestão estratégica e Planejamento estratégico _________________________________________________ 141 
 
 
 IBRAPI – Instituto Brasileiro de Psicoterapias Integradas 
 www.ibrapi.com 
Karina da Rocha Enrique Rocha 3 
karinadarocha@ibrapi.com enrique@e-raciociniologico.com.br 
 
Sumário Módulo I 
Módulo I ________________________________________________________________________________ 4 
1 Um breve histórico sobre as transformações no mundo do trabalho ___________ Erro! Indicador não definido. 
2 As principais mudanças nas organizações ______________________________________________________ 4 
Teoria da Burocracia (1909) – Max Weber ................................................................................................................................5 
Teoria Clássica da Administração (1916) - Henri Fayol .............................................................................................................6 
Teoria das Relações Humanas (1932) - Elton Mayo..................................................................................................................6 
Teoria Estruturalista (1947) – Lévi Strauss ................................................................................................................................7 
Teoria Geral dos Sistemas (1951) – Karl Ludwig Von Bertalanffy .............................................................................................7 
Tipos de sistemas: fechado e aberto. ........................................................................................................................................8 
Abordagem Sociotécnica (1951) – Emery e Trist.......................................................................................................................9 
Teoria Neoclássica da Administração (1954).............................................................................................................................9 
Teoria do Comportamento Organizacional (1957) - Abraham Maslow ......................................................................................9 
Teoria dos Dois Fatores –Frederick Herzberg .........................................................................................................................10 
Teoria X e Teoria Y –Douglas McGregor .................................................................................................................................10 
Teoria do Desenvolvimento Organizacional (1962) – é Leland Bradford .................................................................................10 
Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial (1972) ..........................................................................................................11 
Novas Abordagens na Administração (1990) Teoria da Competitividade (Caos e Complexidade)..........................................11 
Exercícios – Módulo I _____________________________________________________________________________ 14 
GABARITO – Módulo I .............................................................................................................................................................18 
 
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Karina da Rocha Enrique Rocha 4 
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Módulo I 
Um breve histórico sobre as transformações no mundo do trabalho 
A origem do trabalho está busca humana de satisfazer suas necessidades biológicas de sobrevivência. Na medida em que 
essas necessidades foram sendo satisfeitas, ampliaram-se, criando novas relações, que passaram a evoluir junto com a 
história do próprio homem. 
Durante o processo de civilização da humanidade, a transformação das relações humanas passou de grupos caçadores e 
pescadores a agricultores, da vida migratória à sedentária, todas focadas em como manter a sobrevivência da espécie. O 
conceito de trabalho inicia-se na Pré-História (4000 a.C.), com o aparecimento dos primeiros seres humanos, e é no 
Período Neolítico, que surgem as primeiras "comunidades tribais". Essas “comunidades” não possuíam classes sociais e 
viviam da caça, pesca, criação de animais e formas rudimentares de cultivo, ou seja, de pura subsistência. Com o aumento 
dessas comunidades, nascem importantes civilizações permitindo contatos inter-regionais e intercâmbios culturais, que 
impulsionaram o desenvolvimento humano. 
Não havia nessa época obrigação dos povos "progredirem" materialmente, suas atividades eram discutidas e registradas, 
porém não eram combinadas numa unidade ou num subsistema diferenciado de sociedade. Na estrutura da sociedade 
antiga não havia conglomeração de mercados interdependentes, que caracterizaa economia moderna. Etimologicamente a 
palavra "economia" vem do grego oikos, "casa ou unidade doméstica", e nem com o sentido de "regulamentar, administrar, 
organizar", ou seja, o sentido não possuía a amplitude atual. Os bens materiais só tinham valor pela sua utilização e a 
produção e a distribuição não se correlacionavam a interesses econômicos específicos de posse de bens. 
No Período Clássico, a partir do século III a.C. até o século III d.C., a escravatura substituiu efetivamente outras formas de 
trabalho dependente, sendo criadas as relações de clientela, a servidão por dívidas e as principais formas de trabalho 
dependente são instituídas. 
Nos séculos IV e V já na Era Cristã, a escravatura recuou em favor do trabalho, na sua maior parte, independente; no 
campo, em favor de camponeses dependentes chamados coloni. Com a expansão e diversificação nas sociedades antigas 
o trabalho se universaliza, alcançando diferentes povos e civilizações, muito embora com concepções e atividades que 
diferem substancialmente do trabalho nos dias atuais, em que predomina a economia de mercado. 
Após a instalação do Império Romano, apesar de as atividades agrícolas continuarem sendo a ocupação predominante, o 
comércio foi fortalecido, tornando-se Roma o centro do comércio internacional, havendo, então, uma diversificação de 
atividades que perdurou até o final da Idade Antiga. 
As grandes religiões, que são o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo fazem nascer uma nova concepção de trabalho, 
associado à noção de punição e maldição. Isso fica claro na Bíblia, que em Gênesis (3,19) cita: "comerás o pão com o 
suor de teu rosto", associando o trabalho a uma necessidade que leva à fadiga e que resulta de uma maldição. Com esse 
princípio bíblico o trabalho tem o sentido de obrigação, dever, responsabilidade. 
As preocupações da Igreja com as questões do trabalho possuem uma correlação direta com os contextos sócio-
econômico- políticos de época mantendo estreitas relações com o poder dominante. Desta forma, o trabalho foi considerado 
pelos antigos como a essência da servidão e, por isso mesmo, era realizado por aqueles que tinham perdido a liberdade, ou 
seja, era atividade dos escravos. 
Na Idade Média, séculos de V a XV, ocorre uma mudança no modo de produção escravagista visto na Antiguidade, os 
trabalhadores passaram a ser os servos que, por não terem a posse da terra, passam a ter uma relação servil de trabalho, 
produzindo para si e também para todos os habitantes do feudo, o denominado Feudalismo. 
O significado da palavra trabalho de sofrimento e punição acompanhou a história da evolução do trabalho, que vem do latim 
vulgar tripalium, embora seja, às vezes, associada a trabaculum. Tripalium era um instrumento feito de três paus aguçados, 
com ponta de ferro, no qual os antigos agricultores batiam os cereais, para processá-los. Associa-se também à palavra 
trabalho o verbo do latim vulgar tripaliare que significava "torturar sobre o trepalium", mencionado como uma armação 
constituída por três troncos, suplício que substituiu o da cruz, conhecida no mundo cristão como instrumento de tortura. Por 
muito tempo, a palavra trabalho significou experiência dolorosa, padecimento, cativeiro, castigo. 
No decorrer da Idade Média há uma ascensão das atividades de comércio e de artesanato, surgindo novas demandas de 
trabalho e formação de riquezas, construindo as bases da Revolução Industrial. 
É por meio do trabalho que o homem cria coisas extraídas da natureza, convertendo o mundo num espaço de objetos 
partilhados. Diferencia, então, o labor do trabalho. O primeiro é um processo de transformação da natureza para a 
satisfação das necessidades vitais do homem. O segundo, um processo de transformação da natureza, para responder 
àquilo que é um desejo do ser humano, emprestando-lhe certa permanência e durabilidade histórica. 
Na sociedade grega, o trabalho era visto em função do produto, e este, por sua vez, em função de sua utilidade ou 
capacidade de satisfazer a necessidade humana. O que contava era o valor de uso e não o valor de troca, o valor de uma 
mercadoria em relação às outras. O valor do produto como mercadoria não passa do valor de uso para outra pessoa. Pode-
se perceber que a concepção de valor e de riqueza tinha alicerces diferentes dos que norteiam atualmente a produção e a 
distribuição no Ocidente. 
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karinadarocha@ibrapi.com enrique@e-raciociniologico.com.br 
 
1 As principais teorias 
Por várias vezes já usamos o termo “organização”, sem nos preocuparmos com a conceituação. Organização é o termo 
usado quando temos mais de duas pessoas trabalhando de forma organizada e coordenada no intuito de alcançarem 
objetivos comuns e está associado à produção de bens e serviços. 
Nesse processo das organizações nasceram as teorias advindas de momentos históricos da sociedade humana, e essas 
teorias ajudam a entender processos essenciais do ambiente, das forças sociais, econômicas, políticas, tecnológicas e 
culturais. 
Administração Científica (1903) – Frederick Taylor 
Desenvolveu técnicas de racionalização do trabalho e a busca de uma organização científica do trabalho, enfatizando 
tempos e métodos, e por isso é visto como o precursor da Teoria da Administração Científica. 
Para garantir maior produção com menor custo, ele acreditava que era preciso adotar os seguintes itens: 
1. Seleção Científica do Trabalhador – desempenho de tarefas compatíveis com a capacidade e treino para a função. 
2. Tempo-Padrão - produzir um mínimo estabelecido pela empresa, rigorosamente controlado. 
3. Incentivo Salarial - rendimento proporcional à produção. 
4. Gerentes Planejam, Operários Executam - planejamento exclusivo das gerências, sem participação dos operários. 
5. Divisão do Trabalho - trabalho dividido em várias etapas, buscando através da simplicidade de cada tarefa, aumento de 
produtividade e remuneração proporcional ao volume produzido. 
6. Trabalho em Conjunto - interesse dos funcionários e da administração podem ser conciliados (altos salários x baixos 
custos de produção). 
7. Supevisão - dividida por áreas e acompanhando a produção mínima de cada operário. 
8. Ênfase na Eficiência - estudos de cada movimento dos operários buscando a melhor maneira de executar uma tarefa. 
9. Enfoque Mecanicista do Ser Humano - cada funcionário como uma peça de uma máquina, sem levar em consideração 
sua condição de ser humano. 
10. Homo Economicus - a administração científica não considera a auto-realização, reconhecimento pelo trabalho, apenas 
remunera pela produção. 
11. Abordagem Fechada - a empresa não levava em consideração o mercado, suas influências diretas e indiretas ao 
ambiente da empresa. 
12. Superespecialização do Operário - divisão das tarefas, execução de tarefas repetitivas, monótonas e desvinculadas de 
um todo. Ex. Tempos modernos – Chaplin. 
13. Exploração dos Empregados - não existiam leis trabalhistas que protegessem os funcionários. 
Henry Ford, ao organizar a produção de carros de sua fábrica contribuiu de forma definitiva para a abordagem clássica da 
administração e para a chamada produção em massa. 
As principais características da organização do trabalho fordista são: 
• Divisão do trabalho - na linha de montagem, cada operador era responsável por uma operação pequena, simples, que 
se completava com o trabalho de vários outros operadores, cada qual com operações igualmente simples; 
• Desconhecimento do processo global - cada operador detinha o conhecimento da sua operação e de nada mais; muitas 
vezes não sabia para que se destinava a peça por ele fabricada; 
• Intercambiabilidade de operadores: trabalho simplificado e desqualificado - não precisava nenhum tipo de conhecimento 
para ser realizado, nem experiênciaanterior, nem instrução, tampouco treinamento; desta forma, qualquer operador era 
facilmente substituído; 
• A velocidade de produção garantida pela linha de montagem - mais importante do que aumentar o ritmo de toda a linha 
de montagem propicia uma velocidade única para todos os operadores, o que torna o controle do trabalho mais fácil de 
ser realizado pela supervisão; 
• Aparecimento de trabalhadores indiretos: para fixar os operadores de linha de montagem nos seus postos, trabalhando 
unicamente numa operação, foram criadas várias outras funções: para limpeza do local de trabalho, para providenciar 
insumos para a linha de montagem, para coordenação entre as operações e outras; 
A padronização da produção não só diminuiu os custos dos veículos produzidos como induziu a um conceito diferente, na 
medida em que quanto mais se produzia, menos custava cada unidade: custos fixos, como o do projeto do carro e dos 
equipamentos projetados unicamente para a fabricação deste, são rateados por toda a produção. A economia de escala 
conseguida só foi possível na época por conta da produção em massa, como resultado da especialização de trabalhadores, 
processos e máquinas, assim como da padronização das peças e produtos. 
Teoria da Burocracia (1909) – Max Weber 
O Modelo burocrático da administração de Max Weber partiu da premissa, de que o traço mais relevante da sociedade 
ocidental, no século XX, era o agrupamento social em organizações, procurou fazer um mapeamento de como se 
estabelece o poder nessas entidades. Construiu um modelo ideal, no qual as organizações são caracterizadas por 
cargos formalmente bem definidos, ordem hierárquica com linhas de autoridade e responsabilidades bem 
delimitadas. 
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Weber descreve a organização dos sistemas sociais ou burocracia, sendo a burocracia como o modelo de organização 
eficiente por excelência. E para conseguir essa eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos mínimos 
detalhes como as coisas deverão ser feitas. Segundo Weber, a burocracia tem os seguintes princípios fundamentais: 
1. Formalização: regras definidas e formalizadas por escrito. 
2. Divisão do trabalho: cada elemento do grupo tem uma função específica. 
3. Hierarquia: o sistema organizado em pirâmide, sendo as funções subalternas controladas pelas funções de chefia, de 
forma a permitir a coesão do funcionamento do sistema. 
4. Impessoalidade: o sistema formalizado funciona tanto com uma pessoa quanto com outra. 
5. Competência técnica e Meritocracia: escolha dos funcionários e cargos por seu mérito e capacidades – com 
necessidade de formas de avaliação objetivas. 
6. Separação entre propriedade e administração: limite em administrativar, sem a posse dos mesmos. 
7. Profissionalização dos funcionários: buscando sempre o aprimoramento. 
8. Completa previsibilidade do funcionamento: comportar-se de acordo com as normas e regulamentos da organização a 
fim de que esta atinja a máxima eficiência possível. 
Teoria Clássica da Administração (1916) - Henri Fayol 
Define o ato de administrar a partir de cinco funções básicas: prever, organizar, comandar, coordenar e controlar. Este 
entendimento da administração pode ser observado ainda hoje na estrutura de manuais de administração. 
A visão de Fayol sobre a administração representa bastante bem a visão clássica e pode ser melhor entendida através dos 
14 princípios universais que, segundo ele, devem servir como diretriz para o administrador: 
1. Divisão do trabalho - semelhante à Administração Científica, o trabalho deve ser dividido para facilitar o treinamento e 
ganhar eficiência na execução das tarefas. 
2. Autoridade e responsabilidade - o poder de decisão associado ao cargo corresponde à responsabilidade pelo 
andamento da função. 
3. Disciplina - obediência a regras e ordens; inspirada na estrutura militar. 
4. Unidade de comando - cada funcionário deve ter um único chefe. 
5. Unidade de direção - os cargos devem ser agrupados por objetivos, de maneira que tarefas com mesmo objetivo 
subordinem-se a um mesmo cargo, tendo o mesmo planejamento e controle: um só chefe e um só programa para um 
conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo. 
6. Subordinação do interesse individual ao interesse geral - Fayol pressupõe que as pessoas devem agir desta maneira, 
para o bem da empresa. 
7. Remuneração do pessoal - para ele, a remuneração deve ser justa para que a empresa funcione. 
8. Centralização - as decisões devem ser centralizadas em quem tem autoridade sobre o assunto. 
9. Hierarquia - a comunicação deve obedecer a cadeia de superiores/subordinados. 
10. Ordem - reflete visão de Fayol, de que a eficiência está ligada à ausência de distúrbios, seja na ordem material 
(disposição das coisas) seja na ordem social (posicionamento das pessoas de acordo com uma estrutura pré arranjada) 
11. Eqüidade - a empresa deve garantir tratamento semelhante para as pessoas. 
12. Estabilidade do pessoal - manter o pessoal sempre que possível nas mesmas funções. 
13. Iniciativa - exige-se para os gerentes 
14. União do pessoal - refere-se ao envolvimento das pessoas com a empresa. 
Na década de 20 se inicia uma preocupação humanista na administração, com o uso da psicologia industrial para 
compreender o comportamento organizacional; posteriormente esta disciplina recebeu a influência de outras áreas de 
conhecimento como a sociologia, a economia e a antropologia, resultando em conceitos teóricos diferentes para formar a 
Escola Comportamental. 
Essas duas abordagens têm em comum, o foco no homem e seu grupo social, os temas de motivação, liderança, 
comunicação e comportamento na organização. 
Teoria das Relações Humanas (1932) - Elton Mayo 
Inicia em 1927 uma experiência na fábrica da Western Eletric, situada no bairro de Hawthorne de Chicago. A Western Eletric 
fabricava equipamentos telefônicos e a pesquisa foi realizada num departamento de montagem de relés, em que o trabalho 
havia sido dividido em operações simples e repetitivas executadas basicamente por moças. 
A experiência de Hawthorne, foi longa e composta de várias etapas. Nas primeiras etapas os pesquisadores pretendiam 
verificar a correlação entre a intensidade da iluminação e a eficiência das operadoras, mas os cientistas se depararam com 
o que chamaram de fatores psicológicos. 
As conclusões da pesquisa apontaram para a importância de fatores psicológicos e sociais para a produtividade da 
empresa, inaugurando uma nova fase da Teoria da Administração. 
As idéias centrais desta abordagem podem ser resumidas como: 
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1. A ênfase principal desta abordagem é sobre a organização informal, isto é, o conjunto de relações interpessoais não 
regulamentadas na empresa que correm paralelamente à organização formal. 
Segundo Mayo, o nível de produção é resultante da integração social. 
2. Os grupos informais constituem regras sociais às quais o indivíduo se submete, muitas vezes em detrimento das 
normas oficiais da empresa. É o caso dos operários que “amarram” a produção para não ferir a quota de produção 
estabelecida e imposta pelo grupo informal. Em Hawthorne, “a qualquer desvio das normas grupais, o indivíduo sofria 
punições sociais ou morais dos colegas, no sentido de se ajustar aos padrões do grupo.” (Chiavenato, 1979). 
Estes princípios da abordagem de Relações Humanas se baseiam no pressuposto que a natureza humana segue um 
modelo que pode ser descrito como “homo social” e três sãoas principais características desse modelo: 
a) o homem é apresentado como um ser cujo comportamento não pode ser reduzido a esquemas simples e mecanicistas; 
b) o homem é, a um só tempo, condicionado pelo sistema social e pelas demandas de ordem biológica; 
c) em que pesem as diferenças individuais, todo homem possui necessidades de segurança, afeto, aprovação social, 
prestígio e auto-realização. 
Teoria Estruturalista (1947) – Lévi Strauss 
Concentra-se no estudo das organizações, na sua estrutura interna e na interação com outras organizações. As 
organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e 
reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. (exército, escolas, hospitais, igrejas, prisões). As organizações são 
caracterizadas por um conjunto de relações sociais estáveis e deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar 
objetivos ou propósitos. Assim, a organização e uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relações estáveis 
entre si, no sentido de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas. 
Claude Lévi-Strauss considerado o fundador da Antropologia Estruturalista, em meados da década de 1950. Em 1962 Lévi-
Strauss publicou aquele que para muitas pessoas é seu trabalho mais importante, O pensamento selvagem. Na primeira 
parte do livro ele descreve sua teoria da cultura e do pensamento, enquanto que na segunda parte expande suas 
considerações numa teoria da história e da mudança social. 
Karl Marx tinha um pensamento prático e político que muitos entenderam como sendo um método a determinar a realidade, 
chamando-o de materialismo histórico e dialético, que mais tarde veio a ser denominado de marxismo. Além disso, os 
estruturalistas, que passaram a ler os escritos de Marx segundo uma visão estruturalista segundo a qual com os homens 
seriam apenas apêndices das estruturas econômicas, e não criadores diretos destas. 
O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre os grupos sociais iniciado pela Teoria das Relações Humanas, para 
os das interações entre as organizações sociais. Da mesma forma como interagem entre si os grupos sociais, também 
interagem entre si as organizações. 
Teoria Geral dos Sistemas (1951) – Karl Ludwig Von Bertalanffy 
Propôs o estudo sistemas globais, observando todas as suas interdependências, pois cada um dos elementos, ao serem 
reunidos para constituir uma unidade funcional maior, desenvolvem qualidades que não se encontram em seus 
componentes isolados. 
Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com 
determinado objetivo de efetuar determinada função (OLIVEIRA, 2002, p. 35). 
A teoria de sistemas afirma que estes são abertos e sofrem interações com o ambiente onde estão inseridos. Desta forma, a 
interação gera realimentações que podem ser positivas ou negativas, criando assim uma auto-regulação regenerativa, que 
por sua vez cria novas propriedades que podem ser benéficas ou maléficas para o todo independente das partes. 
Desta forma, a evolução desses sistemas são ininterruptas e os sistemas se autoregulam, sendo um sistema realimentado 
necessariamente um sistema dinâmico. Seguindo esta linha de raciocínio, uma organização realimentada e 
autogerenciada gera um sistema, cujo funcionamento é independente da substância concreta dos elementos que a formam, 
pois estes podem ser substituídos sem dano ao todo, isto é, a auto-regulação onde o todo assume as tarefas da parte que 
falhou. 
Algumas definições que auxiliam na aplicação prática dessa teoria são: 
a) Sistemas: Conjunto estruturado visando a um fim, no qual existem relações complexas e não triviais entre os elementos 
constitutivos, de modo que o todo seja mais do que a soma das partes. Exemplo: sistema econômico. 
b) Sistema Operacional: Conjunto de atividades estruturadas, visando a um objetivo estabelecido, especialmente à 
produção de bens e serviços econômicos ou socialmente valiosos. Exemplos: empresa, hospital, escola. 
c) Sistema Administrativo: Conjunto de recursos estruturados, constituídos de pessoas, equipamentos, materiais e 
procedimentos, destinados a processar uma tarefa administrativa específica. Exemplos: rotina de seleção e controle de 
produção e materiais, controle de desempenho. 
d) Sistema de informação: Subsistema do sistema administrativo, destinado a processar o fluxo de informação. Exemplos: 
sistema contábil, sistema de controle de qualidade. 
Alguns elementos dos sistemas são: 
1. Diretrizes, objetivos, planos, projetos, metas; 
2. Entrada (input), saída (output), processamento, meio externo, variáveis endógenas, interface, ambiente externo, 
variáveis exógenas; 
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3. Laços positivos (amplificadores) e laços negativos (estabilizadores); 
4. Sensor, medidor, controle, correção, retroação, homeostase, regulador, servomecanismo, cibernética de Segunda 
ordem; 
5. Ruído, entropia, anti-sistema, redundância, 
Alguns dos princípios da dinâmica do sistema são: 
1. Todas as partes de um sistema são relacionados. Assim, uma alteração numa das partes do sistema causa 
necessariamente uma mudança em todas as demais. Isso significa que a otimização dos objetivos requer uma 
integração do próprio sistema. 
2. Em vista da grande complexidade que existe no relacionamento entre as variáveis do sistema e em razão dos muitos 
laços que interligam os subsistemas, os efeitos das mudanças que incidem sobre o modelo são contra-intuitivos e 
devem ser analisados pela construção e validação de um modelo. 
3. Quanto mais rápida a informação e quanto menor o número de estágios de um sistema, menores serão as oscilações 
produzidas por uma perturbação e mais rápida será a volta ao equilíbrio. 
Tipos de sistemas: fechado e aberto. 
Um sistema aberto é aquele que troca matéria e energia com o seu meio externo. Segundo Bertalanffy, a organização é um 
sistema aberto, isto é, um sistema mantido em importação e exportação, em construção e destruição de componentes 
materiais, buscando a eqüifinalidade. Eqüifinalidade do sistema significa que um certo estado final pode ser atingido de 
muitas maneiras e de vários pontos de partida diferentes, sem permitir um repouso estático. 
Os sistema fechados, sem intercâmbio da matéria com o meio têm como característica principal a tendência inerente à 
movimentação para um equilíbrio estático e à entropia. Entropia é a tendência que todos os sistemas fechados apresentam 
de passar a um estado caótico ou aleatório, em que não há mais potencial para a transformação de energia ou trabalho. 
Assim, a organização como sistema fechado tende a aumentar a entropia com o passar do tempo, caminhando para a 
desordem e conseqüente declínio. 
Desta forma, a autonomia de funcionamento de um sistema e à diferenciação entre sistema e meio ambiente, três conceitos 
inter-relacionados estão presentes: a abertura de sistema refere-se à capacidade que o sistema tem de ser receptivo a 
todos os tipos de input, a codificação de sistema é a principal maneira de agir a fim de assegurar especificações para a 
observação de informação e de energia, por isso, descreve o funcionamento real das barreiras que separam o sistema de 
seu meio ambiente; as fronteiras de sistema referem-se aos tipos de condições de barreira entre o sistema e o seu meio, o 
que ocasiona graus de abertura de sistema. 
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Abordagem Sociotécnica (1951) – Emery e TristA corrente Sóciotécnica tem sua origem nos trabalhos desenvolvidos no Instituto Tavistock de Londres, nos anos 50, sob a 
coordenação de E. Trist e de F. Emery. A corrente sóciotécnica tem como base a teoria geral dos sistemas, que classifica as 
empresas como sistemas abertos sóciotécnicos. O modelo sociotécnico parte da abordagem de que todo sistema tem 
entrada (input) , processamento e saída (output). Assim, a organização enquanto sistema de produção recebe (importa) 
matéria-primas (energia, informação, recursos) do meio ambiente, processa essas matérias-prima, através de uma 
conversão, em energia, informações, produtos acabados ou semi-acabados e serviços, que são exportados conforme 
exigências do meio ambiente (Santos et al, 1997). 
Segundo este modelo, a organização é concebida como um sistema sóciotécnico, estruturado em dois subsistemas: 
1. subsistema social - os trabalhadores com suas características fisiológicas e psicológicas, o seu nível de qualificação: 
formação e experiência, as relações sociais dentro da organização e as condições organizacionais do trabalho. 
2. Subsistema técnico - as tarefas a serem realizadas e as condições técnicas para a sua realização, envolvendo o 
ambiente de trabalho, as instalações, as máquinas, os equipamentos, as ferramentas e os procedimentos e normas 
operacionais, inclusive as condicionantes temporais para cada operação (Santos et al, 1997). 
A abordagem sóciotécnica mostra que a técnica e a organização não podem ser dissociadas, embora não haja uma ligação 
determinística entre elas. Uma técnica não determina um único modo de organização; mas toda mudança técnica tem 
incidentes sobre a organização e inversamente, sendo a empresa um sistema sóciotécnico no qual toda modificação de um 
elemento reflete no sistema inteiro. 
De uma forma geral, as organizações buscam de maneira contínua o comprometimento de seus empregados. Eric Trist, do 
Instituto Tavistock de Londres, já se preocupava, em suas pesquisas a partir da década de 50 do século passado, em 
compreender as condições que levam ao comprometimento organizacional. De acordo com a abordagem sociotécnica, o 
trabalho deve ser organizado de maneira a corresponder às motivações extrínsecas e intrínsecas dos trabalhadores, 
estimulando o comprometimento organizacional e melhorando o desempenho. 
De acordo com pesquisas realizadas por Trist e Emery, do Instituto Tavistock, o trabalho deve apresentar algumas 
propriedades para estimular o comprometimento daquele que o realiza, tais como o desafio, a aprendizagem contínua, a 
formalização do comportamento sem necessidade de julgamentos pessoais no trabalho, o reconhecimento e o controle pelo 
amor, pelo fascínio ou pela sedução. Esses elementos, quando reconhecidos por um gerente de recursos humanos, 
estimulam o comprometimento daquele que realiza um determinado trabalho. 
Teoria Neoclássica da Administração (1954) 
Tem como autores: Peter F. Drucker, Ernest Dale, Harold Koontz, Cyril O’Donnell, Michael Jucius, William Newman, Ralph 
Davis, George Terry, Morris Hurley, Louis Allen, entre outros. Esta teoria representa o ressurgimento das Teorias Clássica e 
Científica de Administração, retomando diversos dos assuntos abordados por essas teorias, aplicando novos pontos de 
vista, novas abordagens, ampliando o campo de atuação do administrador, e consolidando assim essa ciência. Os temas 
abordados pelas abordagens clássica e neoclássica ainda são considerados de extrema importância até os dias de hoje, 
ressalvando-se a flexibilidade e a volatilidade exigidas pelo meio ambiente e pela tecnologia. 
As principais características básicas da Teoria Neoclássica são as seguintes: 
• Ênfase na prática da administração 
• Reafirmação dos postulados clássicos 
• Ênfase nos princípios gerais de administração 
• Ênfase nos objetivos e nos resultados 
• Ecletismo 
Teoria do Comportamento Organizacional (1957) - Abraham Maslow 
Com a Teoria da Hierarquização das Necessidades Humanas, coloca que as necessidades dos seres humanos são 
hierarquizadas da seguinte forma: 
 
5. necessidade de auto-realização. 
 4. necessidades de auto-estima; 
 3. necessidades de participação; 
2. necessidades de segurança; 
 1. necessidades fisiológicas; 
 
Maslow afirma que há uma hierarquia destas necessidades humanas, e que as de ordem superior só se manifestam 
quando as de ordem inferior estão satisfeitas. As duas primeiras classes de necessidades humanas (fisiológicas e de 
segurança) são básicas ou primárias e enquanto não estão satisfeitas o ser humano não se motivaria pelas próximas, 
ligadas à vida social da pessoa, e as superiores ou secundárias (sociais, egostatus e auto-realização) . 
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Teoria dos Dois Fatores –Frederick Herzberg 
Coloca que vários fatores influenciam a satisfação do trabalhador, alguns provocam reações negativas e contrárias à 
empresa, mas quando são controlados, não provocam o interesse da pessoa, em que o contrário da insatisfação é nenhuma 
insatisfação. E já outros fatores , quando estão presentes, trazem o interesse da pessoa pelo trabalho; quando ausentes não 
provocam necessariamente insatisfação, apenas uma situação de nenhuma satisfação. 
A primeira classe de fatores foi chamada de higiênicos , numa referência à saúde pública e à medicina preventiva. Estes 
fatores são preventivos, isto é, servem para prevenir a insatisfação no trabalho, e se relacionam com o meio ambiente, 
sendo extrínsecos à tarefa. São eles: condições de trabalho, relações interpessoais, relações com os superiores, política da 
companhia e outros. 
Essa denominação de “extrínsecos” se deve ao fato de que esses fatores estão no ambiente em que as pessoas estão 
inseridas, contemplando as condições nas quais são realizadas as atividades de trabalho. São aspectos definidos pela 
organização e por isso extrapolam o controle das pessoas. Com base na idéia tradicional (e ultrapassada) de que o trabalho 
era uma atividade não prazerosa, os fatores higiênicos eram tidos como o único referencial de motivação. Com isso, se o 
objetivo era fazer com que as pessoas trabalhassem intensamente, a consideração desses fatores gerava mudança nas 
políticas de recompensa, principalmente voltados a prêmios e incentivos salariais. 
É importante perceber que a presença desses fatores não é responsável diretamente pela motivação dos empregados, mas 
apenas como elemento de redução da insatisfação, ou seja, quando são ótimos, evita-se a insatisfação (não se criando, 
necessariamente, um clima motivacional adequado). São, portanto, componentes de prevenção, ou seja, são “remédios” 
contra a insatisfação. 
Principais fatores higiênicos: salário, benefícios sociais, tipo de chefia, condições de trabalho, 
políticas e diretrizes da empresa, clima de relacionamento entre a 
empresa e funcionários, regulamentos internos e etc. 
A segunda classe de fatores foi chamada de motivadores e são responsáveis pela satisfação dos operadores com o 
trabalho. São fatores intrínsecos á tarefa, como a responsabilidade e a realização contidas no trabalho. Estão portanto 
relacionados ao conteúdo do cargo e à natureza das tarefas realizadas. São chamados “intrínsecos” justamente por 
poderem ser controlados pela própria pessoa, já que estão diretamente ligados ao que ela executa. Mais uma vez 
referenciando “eras remotas”, os cargos eram criados tendo-se em vista o atendimento dos princípios da economia e da 
eficiência, o que deixava de lado a necessidade de gerarem-se desafios e estimular-se a criatividade. 
Destaque-se que a presença dos fatores motivadores é capaz de gerar satisfação e por isso são considerados mais efetivos 
do que os higiênicos.Teoria X e Teoria Y –Douglas McGregor 
Da mesma forma, estuda a administração como responsável por moldar comportamento administrativo, e descreve dois 
modelos de administração que chamou de. 
A Teoria X parte da convicção que o homem não gosta de responsabilidade, prefere ser dirigido, é indiferente às 
necessidades da organização e resistente à mudança. Com tal concepção do ser humano, é natural que as empresas 
julguem que a administração deve dirigir os esforços do pessoal, motivando-o, controlando suas ações, modificando seu 
comportamento, tendo em vista as necessidades da organização. Resumindo, acreditam que administrar consiste em “fazer 
fazer”. 
Já a Teoria Y coloca que as pessoas não são passivas nem resistentes às necessidades da organização, elas são criativas 
e competentes e consideram que o trabalho é tão natural como a diversão ou o descanso. Assim sendo, sob condições 
corretas desejam trabalhar, basta lhes proporcionar condições para o seu desenvolvimento, e que constituem a base da 
Administração Participativa. 
Teoria do Desenvolvimento Organizacional (1962) – é Leland Bradford 
O Desenvolvimento Organizacional surge de um misto entre a Teoria Comportamental e a Abordagem dos Sistemas. 
Leland Bradford, autor do livro “T-Group Theory and laboratory methods” (Nova York, 1964). 
Os diversos modelos de D.O. consideram quatro variáveis: 
1. o ambiente global, focalizando vários de seus aspectos como as mudanças ambientais, acessibilidades tecnológicas, 
os avanços nas comunicações, as mudanças nos valores sociais. 
2. as organizações, focando os impactos decorrentes dessas mudanças. 
3. o grupo social, considerando aspectos como liderança, comunicação, relações interpessoais, conflitos. 
4. o indivíduo ressaltando suas motivações, atitudes e necessidades contínuas. 
O Desenvolvimento Organizacional é uma busca educacional complexa, destinada a mudar atitudes, valores, 
comportamentos e a estrutura da organização, para que esta possa se adaptar melhor às crescentes exigências da 
evolução. 
A ênfase do D.O. está nos relacionamentos entre e dentro dos grupos, e são: 
• Confiança e crença recíprocas. 
• Interdependência e responsabilidades compartilhadas. 
• Participação e responsabilidade multigrupal. 
• Tomada de decisões descentralizada. 
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• Compartilhamento de responsabilidade e de controle entre os membros pertencentes. 
• Solução de conflitos através da negociação ou da solução de problemas. 
Teoria da Contingência ou Teoria Contingencial (1972) 
Nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar quais os modelos de estrutura organizacionais mais eficazes 
em determinados tipos de indústrias. 
Pesquisa de A. Chandler Jr. – sobre estratégia e estrutura organizacional envolvendo o processo histórico das grandes 
empresas Du Pont, General Motors, Sears e Standard Oil. A conclusão de Chandler é de que, na historia industrial dos 
últimos cem anos, a estrutura organizacional das grandes empresas americanas foi sendo gradativamente determinada pela 
sua estratégia mercadológica. A estrutura organizacional corresponde ao desenho da organização, isto é, à forma 
organizacional que ela assumiu para integrar seus recursos, enquanto a estratégia corresponde ao plano global de alocação 
dos recursos para atender a uma demanda do ambiente. 
As organizações passaram por um processo histórico envolvendo quatro fases iniciais distintas: 
1. Acumulação de recursos: nesta fase as empresas preferiram ampliar suas instalações de produção a organizar uma rede 
de distribuição. A preocupação com matérias-primas favoreceu o crescimento dos órgãos de compra e aquisição de 
empresas fornecedoras que detinham o mercado de matéria-prima. Daí o controle por integração vertical que permitiu o 
aparecimento da economia em escala 
2. Racionalização do uso de recursos: as empresas verticalmente integradas tornaram-se grandes e precisavam ser 
organizadas, pois acumularam mais recursos do que era necessário. Os custos precisavam ser contidos por meio da 
criação de uma estrutura funcional os lucros dependiam da racionalização da empresa e sua estrutura deveria ser 
adequada às oscilações do mercado. Para reduzir os risco das flutuações do mercado as empresas se preocuparam com 
o planejamento, organização, e coordenação. 
3. Continuação do crescimento: a reorganização geral das empresas na segunda fase possibilitou um aumento da 
eficiência, fazendo a diferença de custo entre as varias empresas diminuírem. Daí a decisão para a diversificação e a 
procura de novos produtos e novos mercados. 
4. Racionalização do uso dos recursos em expansão: a ênfase reside na estratégia mercadológica para abranger novas 
linhas de produtos e novos mercados. Os canais de autoridade e de comunicação da estrutura funcional, inadequados 
para responder a complexidade crescente de produtos e operações, levaram à nova estrutura divisional 
departamentalizada. Cada linha principal de produtos passou a ser administrada por uma divisão autônoma e integrada 
que envolvia todas as funções de staff necessárias. Daí a necessidade de racionalizar a aplicação dos recursos em 
expansão, a preocupação crescente com o planejamento em longo prazo, a administração voltada para objetivos e a 
avaliação do desempenho de cada divisão. Conclusão: Diferentes ambientes levam as empresas a adotar diferentes 
estratégias, que exigem diferentes estruturas organizacionais. 
Segundo esta teoria há uma tendência das contingências a que o ser humano está exposto e ao qual se adapta: em 
ambientes imutáveis e estáveis, os sistemas mecanicistas sobrevivem, já em ambientes instáveis e turbulentos os sistemas 
orgânicos prevalecem. 
Novas Abordagens na Administração (1990) Teoria da Competitividade (Caos e Complexidade) 
Para os economistas clássicos, como Adam Smith, David Ricardo ou John Stuart Mill, a economia é o estudo do processo 
de produção, distribuição, circulação e consumo dos bens e serviços. 
Adam Smith é considerado o mais importante teórico do liberalismo econômico e procurou demonstrar que a riqueza das 
nações resultava da atuação de indivíduos que, movidos apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), 
promoviam o crescimento econômico e a inovação tecnológica. 
A Teoria do caos é baseada nos sistemas dinâmicos não-lineares, e traz a idéia de que uma pequena variação nas 
condições em determinado ponto de um sistema dinâmico pode ter consequências de proporções inimagináveis. 
No mundo globalizado observa-se que essa dinâmica é constante, imprevisível e desenvolve-se em ciclos, tal como uma 
espiral, e quando o curso dos acontecimentos completa um círculo, passa para outro nível. 
Porém o movimento pendular das mudanças não se limita a repetir os mesmos acontecimentos, um desses ciclos em 
espiral é o caos, que dá lugar à ordem que, por sua vez, origina novas formas de caos. 
A Teoria da competitividade é a capacidade da empresa de formular e implementar estratégias concorrênciais, que lhe 
permitam ampliar, ou conservar de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado. 
Teoria da Complexidade é a abordagem transdisciplinar dos fenômenos, e a mudança de paradigma, abandonando o 
reducionismo que tem pautado a investigação científica em todos os campos, e dando lugar à criatividade e ao caos. 
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Alguns dos conceitos que compõem a complexidade: 
• Auto-organização • Inclusão 
• Amplificação por flutuações • Metadimensionalidade 
• Artificialidade• Paradoxo 
• Autoconsistência • Aderência 
• Autopoiese (o sistema se organiza de forma 
que o único produto seja ele mesmo). 
• Potencialidade 
• Auto-semelhança • Retorno 
• Imprecisão • Ressonância 
• Conectividade • Rizomas 
• Construtivismo • Virtualidade 
• Correlação • Novos paradigmas : representação do padrão de modelos a serem 
seguidos, uma referência inicial para novos estudos e pesquisas. 
• Criticabilidade 
• Diversidade 
• Emergência 
• Fluxo 
• Imprevisibilidade 
Quadro resumido das teorias: 
TEORIA PRINCIPAIS NOMES ÊNFASE ENFOQUES 
Administração Científica 
(1903) 
Frederick Taylor 
Henry Ford 
TAREFA • Racionalização do trabalho no nível operacional. 
Teoria da burocracia 
(1909) 
Max Weber ESTRUTURA • Organização Formal Burocrática; Racionalidade Organizacional . 
Teoria Clássica da 
Administração 
(1916) 
 Henri Fayol ESTRUTURA • Organização Formal; Princípios gerais da Administração; 
Teoria das Relações 
Humanas 
(1932) 
Elton Mayo 
Victor H. Vroom 
 
PESSOAS 
• Organização informal; 
Motivação, liderança, comunicações 
• e dinâmica de grupo; 
Teoria Estruturalista 
(1947) 
Levi-Strauss 
Karl Marx 
Max Weber 
ESTRUTURA 
• Múltipla abordagem: 
Organização formal e informal. 
Análise intra-organizacional e 
interorganizacional. 
Teoria dos Sistemas 
(1951) 
Ludwig Von Bertalanffy PESSOAS 
• Estilos de Administração; 
• Teoria das Decisões; 
Integração dos objetivos organizacionais e 
individuais 
Abordagem Sociotécnica 
(1953) 
E. Trist 
F. Emery 
AMBIENTE / 
TECNOLOGIA 
• Mudança organizacional planejada. 
Abordagem de sistema aberto. 
Teoria Neoclássica da 
Administração (1954) 
Peter F. Drucker 
Ernest Dale 
Harold Koontz 
Cyril O’Donnell 
ESTRUTURA 
• Análise intra-organizacional 
• e análise ambiental. 
Abordagem de sistema aberto. 
Teoria Comportamento 
Organizacional 
(1957) 
McGregor 
Maslow 
Hezberg 
PESSOAS 
• Estilos de Administração; 
Teoria das decisões; 
• Integração dos objetivos organizacionais 
individuais 
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Teoria do 
Desenvolvimento 
Organizacional 
(1962) 
 Leland Bradford PESSOAS • Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto. 
Teoria da Contingência 
(1972) 
A. Chandler Jr AMBIENTE / TECNOLOGIA 
• Análise ambiental 
• (imperativo ambiental); 
Abordagem de sistema aberto 
Novas Abordagens na 
Administração 
(1990) 
Adam Smith 
David Ricardo 
COMPETITIVIDADE
• Caos e complexidade; 
• Aprendizagem organizacional; Capital 
Intelectual. 
 
Teoria da Expectância – Victor Vroom (1964) 
Diante da necessidade de entender melhor as alternativas de escolha quanto a empregos, tarefas e níveis de esforço, Victor 
Vroom, em 1964, criou um modelo que supostamente teria capacidade preditiva quanto aos benefícios associados a essa 
opções. Esse modelo ficou conhecido como Modelo multiplicativo VIE, ou seja: “valência x instrumentalidade x expectância”. 
A idéia foi baseada na concepção de que as pessoas estão sujeitas a três fatores motivacionais quando precisam tomar 
decisões: 
Valência: intensidade com que uma recompensa é desejada. Assim, pode ser vista como a preferência de cada pessoa por 
um determinado resultado ou por uma recompensa. 
Expectância: estimativa da probabilidade de que o esforço empreendido redunde no bom desempenho da escolha. Como 
bom desempenho aqui podemos entender, às vezes, a simples conclusão de uma tarefa. Essa variável define justamente a 
relação entre esforço e desempenho. 
Instrumentalidade: estimativa da probabilidade de que o bom desempenho implique na recompensa esperada. Como 
conseqüência dessa estimativa, as pessoas deverão avaliar subjetivamente a chance de que a organização reconheça e 
valorize o desempenho por meio das recompensas esperadas. Espera-se, portanto, que as pessoas façam um julgamento 
subjetivo a respeito da probabilidade da organização valorizar o desempenho e fornecer recompensas com base no 
desempenho. Também é necessário que o indivíduo perceba o sistema como sendo justo, por exemplo, é recompensado 
quem obtém desempenho satisfatório, ser amigo do chefe não vai fazer diferença 
Com isso, Vroom equacionou o seguinte: 
Força Motivacional = Valência x Expectância x Instrumentalidade 
Com base nessa teoria tornou-se possível estudar formas de criação de motivadores que levassem ao comprometimento e 
envolvimento das pessoas em programas que exigem participação coletiva como os programas de qualidade. 
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Exercícios – Módulo I 
1. (CHESF/2002 - ADM – CESPE) Assinale a opção correta, relativamente à motivação. 
(A) Os fatores motivacionais estão, segundo Herzberg, restritos aos incentivos financeiros. 
(B) Os fatores higiênicos estão, segundo Herzberg, restritos às condições de higiene do ambiente de trabalho e do 
trabalhador. 
(C) A hierarquia das necessidades, segundo Maslow, relaciona determinados fatores motivacionais a níveis 
hierárquicos das organizações. 
(D) A idéia de expectância, segundo Vroom, baseia-se nas expectativas dos indivíduos em função da relação 
esforço/desempenho/recompensa/valor. 
(E) Segundo Mc. Gregor, indivíduos do tipo X são automotivados. 
2. (TSE/2006 – PSI /CESPE) Em relação às diferentes abordagens por meio das quais o poder é estudado, 
assinale a opção correta. 
(A) A abordagem sistêmica enfatiza o perfil profissiográfico do gestor e sua capacidade de influenciar resultados. 
(B) A abordagem humanista tem foco na relação indivíduo-ambiente-cliente como uma das bases de poder. 
(C) Um dos princípios da abordagem psicossociológica considera que o inconsciente organizacional é um depositário 
dos simbolismos recalcados, e, como tal, exerce influência sobre os jogos de poder. 
(D) Na abordagem comportamental-cognitivista, prevalece o foco nas relações sociopsíquicas e nos processos 
mentais da organização. 
3. (TSE/2006 – PSI /CESPE) Quanto às mudanças organizacionais, assinale a opção correta. 
(A) Existem dimensões inconscientes nas organizações que não podem tornar-se consciente. 
(B) A resistência a mudança pode ocorrer em função da falta de relação entre produtividade e bem-estar. 
(C) Os valores do trabalho mais nucleares formam a identidade da organizaçã e são imutáveis. O que se altera nos 
processos de mudança são os comportamentos. 
(D) Os jogos de poder são os maiores bloqueadores das mudanças organizacionais. 
4. (INCA/2005 – RH / NCE.UFRJ) Ganhos de produtividade baseados na racionalização, melhor aproveitamento 
dos tempos e movimentos e padronização da produção e controle de qualidade realizado por amostragem e 
lotes de produtos já elaborados, são características da seguinte filosofia de administração: 
(A) Neoliberalismo; 
(B) Taylorismo; 
(C) Fordismo; 
(D) Toyotismo; 
(E) Monetarismo. 
5. (ANVISA/2004 - PSI – CESPE) Julgue os itens que se seguem, acerca das transformações do mundo do 
trabalho. 
(I) Historicamente, as inovações tecnológicas radicais que alteraram os modos de trabalhar com o intuito de colocar 
o homem como apêndice da máquina foram recebidas com forte resistência dos trabalhadores. 
(II) Apesar do temor generalizado de que a introdução da máquina no contexto da industrialização promoveria a 
supressão completa do trabalho humano no processo produtivo, tal perspectiva não se efetivou. 
(III) A denominada Revolução Microeletrônica,que ocorreu nos decênios 60-70 do século passado, reacendeu o 
debate sobre o fim do trabalho. 
(IV) Com as novas tecnologias da informação, o dispêndio físico, predominante no passado, é paulatinamente 
substituído pelas exigências cognitivas na execução das tarefas. 
(V) As mudanças produzidas pela sociedade da informação não vêm acompanhadas de impactos no perfil das 
profissões. 
(VI) As transformações que se operam no mundo do trabalho não têm produzido efeitos no âmbito da reestruturação 
produtiva brasileira. 
(VII) Para muitos autores, o advento da revolução informacional modifica o trabalho monótono e repetitivo e o controle 
burocrático instaurando, aos poucos, um trabalho que convoca o saber criativo e a cooperação. 
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6. (ELETRONORTE/2006 – PSI /NCE.UFRJ) Ao examinar a evolução teórico-prática da Psicologia do Trabalho, 
Sampaio diz que a prática da chamada Psicologia Industrial resumia-se inicialmente à seleção e à colocação 
profissional. Segundo o autor, os estudos de Hawthorne, iniciados em 1924, geraram uma reação à escola 
clássica da Administração. A tese básica da corrente que veio a ser chamada de Relações Humanas era: 
(A) Que a expressão “Relações Humanas”, por ser mais abrangente, dava conta, mais do que a anterior, de seu 
complexo campo de atividades; 
(B) Que os fatores humanos influenciavam a produção; 
(C) Que a justaposição do termo “Humanas” a “Relações” tornava a disciplina mais palatável, gerando menos 
resistência; 
(D) Que, com a mudança do nome, deslocava-se inconscientemente o foco da indústria para a pessoa; 
(E) Que o ser humano é o principal elemento do processo produtivo e que era preciso focalizar nele o eixo dessa 
disciplina. 
7. (ELETRONORTE/2006 – PSI /NCE.UFRJ) McGregor aponta que há quatro variáveis principais implicadas na 
liderança: (1) as características do líder; (2) as atitudes, necessidades e outras características pessoais dos 
seguidores; (3) características da organização, tais como finalidade, sua estrutura, a natureza das tarefas a 
serem realizadas; e (4) o meio social, econômico e político. A conclusão deste autor é de que a liderança é: 
(A) Uma relação complexa entre essas variáveis; 
(B) Uma propriedade do indivíduo; 
(C) Uma variável dependente; 
(D) Um traço de personalidade; 
(E) Uma variável interveniente. 
8. (ELETRONORTE/2006 – PSI /NCE.UFRJ) Sobre a organização de trabalho concebida como um sistema sócio-
técnico é correto afirmar: 
(A) Consiste na interação do sistema de tarefas com o sistema administrativo; 
(B) Trabalha na ação isolada dos sistemas social, administrativo e técnico; 
(C) Atua na interação do sistema humano com o sistema técnico; 
(D) Trabalha na interação do sistema gerencial com o sistema social; 
(E) Consiste na interação dos sistemas de tarefas, social e gerencial. 
9. (ELETRONORTE/2006 - NCE/UFRJ) Numa perspectiva humanista, o modelo da hierarquia das necessidades de 
Maslow supõe que a última classe de incentivos que sucede as demais na hierarquia motivacional numa 
situação de trabalho consiste em: 
(A) Necessidades fisiológicas; 
(B) Necessidades afetivas; 
(C) Necessidades de auto-realização; 
(D) Necessidades de reconhecimento social; 
(E) Incentivos organizacionais. 
10. (ELETRONORTE/2006 - NCE/UFRJ) Ao longo do século XX várias eras organizacionais se configuraram numa 
evolução do pensamento administrativo. Nessa perspectiva, considere as afirmativas abaixo: 
I - A teoria neoclássica das organizações, conhecida como Escola das Relações Humanas, gerou uma crítica ao 
ideário taylorista, a Administração Científica do Trabalho, ressaltando que os sentimentos e as relações entre as 
pessoas participavam de modo significativo do sucesso do trabalhador. 
II - Sob a perspectiva da teoria da contingência, pesquisadores perceberam que a interação entre as dimensões 
estruturais (mecanicistas) e humanas (comportamentais) das organizações sofriam influência de forças externas. 
III - A teoria dos sistemas desenvolve uma abordagem situacional, ressaltando as condições ambientais exclusivas e 
fatores internos inerentes de cada organização. Neste ideário, concentram-se as pesquisas de estilos de 
liderança e natureza do relacionamento entre o líder e os membros do grupo. 
Assinale se: 
(A) Todas as afirmativas estão corretas; 
(B) Somente a afirmativa I está correta; 
(C) Somente as afirmativas I e III estão corretas; 
(D) Somente a afirmativa II está correta; 
(E) Somente a afirmativa III está correta. 
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11. (MINC/FGV/2006 - ARH) "Viver, para o operário, é não morrer." Em relação à classe operária do século XIX, é 
preciso que seja assegurado outro aspecto independentemente da doença. Num contexto em que a morbidade 
é elevada, a luta pela saúde identifica-se com: 
(A) Subsistência. 
(B) Condições ótimas de trabalho. 
(C) Benefícios. 
(D) Sacrifícios. 
(E) Enfermidades. 
12. (MINC/FGV/2006 - ARH) Além da ênfase técnica da administração científica, o comportamento organizacional 
foi também influenciado por outras disciplinas. São elas: 
(A) Sociologia (suicídio e anonimato), antropologia cultural (valores e costumes de uma empresa, cultura), ciência 
política (input e output). 
(B) Sociologia (comportamento de grupos, estrutura organizacional, diversidade), antropologia econômica (economia), 
ciência política (logística reversa). 
(C) Sociologia (comportamento de grupos, estrutura organizacional, diversidade e cultura), antropologia cultural 
(economia), ciência política (logística reversa). 
(D) Sociologia (suicídio e anonimato), antropologia econômica (economia), ciência política (competição e carreira nas 
organizações). 
(E) Sociologia (comportamento de grupos, estrutura organizacional, diversidade e cultura), antropologia cultural 
(valores e costumes de uma empresa), ciência política (distribuição de poder nas organizações). 
13. (MINC/FGV/2006 - ARH) A motivação intrínseca é caracterizada pela: 
(A) Habitualidade de aumentos salariais. 
(B) Presença de variáveis tangíveis. 
(C) Automotivação. 
(D) Habitualidade de quaisquer ações produtivas. 
(E) Motivação. 
14. (TJ/MA/2004 - ESAG) Sobre motivação apenas NÃO podemos afirmar que: 
(A) Usualmente a motivação é cíclica. 
(B) Os motivos primários são motivos aprendidos que são inatos ou aparecem com a maturação. 
(C) Os motivos convergem quando um tipo de atividade satisfaz simultaneamente vários motivos. 
(D) Motivação é um termo que abrange qualquer comportamento dirigido para um objetivo. 
15. (PREF.MUNIC.BUÍQUE/2006 - IPAD) Com relação à motivação humana em situação de trabalho, uma teoria 
muito difundida é a de Douglas Mc Gregor, chamada de teoria Y. Assinale a alternativa que não corresponde a 
um pressuposto dessa teoria: 
(A) O esforço físico e mental para o trabalhador é tão natural quanto a diversão e o repouso. 
(B) As pessoas não são por natureza passivas ou resistentes à mudança. 
(C) O indivíduo comum não tem aversão ao trabalho. 
(D) O homem comum é indiferente às necessidades organizacionais. 
(E) O trabalho pode ser uma fonte de satisfação para o trabalhador. 
16. (PREF.MUNIC.BUÍQUE/2006 - IPAD) Assinale a alternativa que corresponde à ordem correta da hierarquização, 
da mais básica para a mais elevada, das necessidades de acordo com Maslow: 
(A) Necessidades de segurança, necessidades fisiológicas, necessidades de afiliação e amor, necessidades de 
estima, necessidades de auto-realização. 
(B) Necessidadesfisiológicas, necessidades de segurança, necessidades de afiliação e amor, necessidades de 
estima, necessidades de auto-realização. 
(C) Necessidade de auto-realização, necessidades fisiológicas, necessidades de afiliação e amor, necessidade de 
estima e necessidade de segurança. 
(D) Necessidades de segurança, necessidades de afiliação e amor, necessidades fisiológicas, necessidade de estima 
e necessidade de auto-realização. 
(E) Necessidades de estima, necessidades fisiológicas, necessidade de auto-realização, necessidades de afiliação e 
amor e necessidade de segurança. 
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17. (PREF.MUNIC.BUÍQUE/2006 - IPAD) Com relação às necessidades humanas relacionadas à posse psicológica, 
um dos conceitos essenciais para que se entenda a resistência organizacional à mudança, analise as 
seguintes afirmativas: 
I - A autovalorização refere-se ao desejo do indivíduo de alcançar e manter altos níveis de auto-estima. 
II - A preservação da auto-imagem significa que os indivíduos tentam manter a estabilidade do seu eu ao longo do 
tempo e nas diversas situações. 
III - Os indivíduos têm um desejo de manter e demonstrar um senso de controle e eficiência. 
Assinale a alternativa que corresponde à análise correta das afirmativas acima: 
(A) Somente 1 é verdadeira. 
(B) Somente 2 é verdadeira. 
(C) Somente 3 é verdadeira 
(D) Somente 1 e 2 são verdadeiras. 
(E) 1, 2 e 3 são verdadeiras. 
18. (PREF.MUNIC.BUÍQUE/2006 - IPAD) São características do novo paradigma que tem gerado mudanças 
significativas no mundo do trabalho todas as opções abaixo com exceção de: 
(A) O trabalho como algo que traz satisfação e bem–estar para o indivíduo e não somente recompensas financeiras. 
(B) Cooperação. 
(C) Visão sistêmica dos processos organizacionais. 
(D) Ausência de preocupação com questões que possam afetar o meio ambiente. 
(E) Respeito ao direito dos consumidores. 
19. (TJ/PA/2006 - CESPE) Com base na teoria geral da administração, assinale a opção incorreta. 
(A) A teoria clássica, ou escola clássica, deu ênfase à organização formal, à racionalização dos métodos de trabalho e 
à eficiência, e subordinou o interesse individual ao interesse da organização. 
(B) A teoria comportamental foi a primeira teoria a dar ênfase às expectativas dos empregados, às suas necessidades 
psicológicas e à liderança em lugar da autoridade hierárquica formal. 
(C) Constantes e rápidas mutações do ambiente, necessidade contínua de adaptação e interação entre o indivíduo e a 
organização são pressupostos básicos do desenvolvimento organizacional. 
(D) Segundo a teoria da contingência, a estrutura organizacional deve adaptar-se às condições do ambiente. 
20. (TJ/PA – PSI/2006 - CESPE) O contexto sociotecnológico e o desenvolvimento científico influenciam as 
práticas sociais, entre elas a atuação do psicólogo organizacional. Tendo em vista que o psicólogo deve estar 
atento a essas mudanças que transformaram algumas práticas de trabalho e criaram outras, assinale a opção 
incorreta. 
(A) A análise do trabalho tende a deixar de ser somente a descrição do cargo atual e agrega uma visão prospectiva 
que busca integrar a perspectiva das mudanças no trabalho. 
(B) Houve uma ampliação no cargo do psicólogo, no sentido de realizar tarefas originalmente consideradas de outros 
profissionais e que hoje são incorporadas ao leque de competências do psicólogo organizacional. 
(C) O psicólogo organizacional passou a ser demandado em decisões de nível estratégico, contribuindo com os 
processos de mudança implementados. No entanto, esse profissional ainda não é demandado com relação às 
políticas de ações organizacionais. 
(D) As atividades de recrutamento e seleção são amplamente terceirizadas por empresas que agregam psicólogos 
autônomos e contratados. 
21. (CEAGESP/SP/2006 - ARH) Uma das idéias centrais do Movimento da Administração Científica é de que o 
homem é um ser eminentemente racional e que ao tomar uma decisão conhece todos os cursos de ação 
disponíveis , bem como as conseqüências da opção por qualquer um deles. Marque a alternativa INCORRETA: 
(A) A Escola de Administração científica estava principalmente interessada em fazer cumprir uma filosofia básica que 
consistia em encontrar, através de uma análise cuidadosa do trabalho, a nível dos movimentos feitos por seu 
executante, a “única maneira certa”de executá-lo. 
(B) Formulações básicas de muitas das escolas em Administração foram calcadas não somente nas pesquisas, como 
também nas teorias psicológicas construídas com vista ao melhor entendimento do comportamento humano. 
(C) É sobretudo no decorrer do século XX que, sem nenhuma colaboração entre psicólogos e administradores, ocorre 
no M.I.T. muitos trabalhos restritos à administradores como Kurt Lewin. 
(D) Uma área de especialização dentro da administração é o Desenvolvimento organizacional. 
(E) Até que fossem divulgados os pressupostos básicos da Administração científica, praticamente não havia pesquisa 
sistemática a esse respeito e o administrar era uma sucessão de medidas tomadas ao acaso. 
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22. (CEAGESP/SP/2006 - ARH) Em relação à Escola Behaviorista dentro da Teoria Geral da Administração: 
(I) Para os behavioristas da Administração é fundamental o estudo de aspectos ligados ao processo de tomada de 
decisões e o exame das diferentes formas de autoridade. 
(II) Com relação à escola de Relações Humanas, representa uma reação ao modelo simplista do homo economicus. 
(III) O processo cooperativo dentro das organizações leva para os behavioristas da Administração a conotação de que 
ele deva vir de encontro direta ou indiretamente ao atendimento dos objetivos pessoais, do contrário, ele não se 
dará. 
Está(ão) correta(s) apenas: 
(A) I 
(B) I e II 
(C) I e III 
(D) I, II e III 
(E) II e III 
23. (TJMA/2004 – PSICÓLOGO – ESAG) A liderança envolve um processo de influência e atribuí a quem a usa, o 
líder, a capacidade de exercer influência sobre pessoas. Um recurso utilizado pelo líder para influenciar os 
seus liderados é o poder. Uma das formas de relação com o poder é o empowerment que significa: 
(A) Transferir aos funcionários poder e recursos incentivando-os a se responsabilizarem pelo que fazem. 
(B) Uso do reforço positivo ou do reforço negativo para o controle do comportamento. 
(C) Motivar o grupo para contribuir com a organização e aceitar responsabilidades. 
(D) Processos nos quais os superiores compartilham com os liderados o poder de decisão. 
 
 
GABARITO – Módulo I 
01. D 
02. C 
03. B 
04. B 
05. C / C / C / C / E / E / C 
06. B 
07. A 
08. E 
09. C 
10. B 
11. A 
12. E 
13. C 
14. B 
15. D 
16. B 
17. E 
18. D 
19 B 
20. C 
21. C 
22. C 
23. A 
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Sumário Módulo II 
Módulo II ______________________________________________________________________________ 20 
1 Análise e desenvolvimento organizacional...........................................................................................................20 
Desenvolvimento Organizacional (D.O) ...................................................................................................................................20 
2 Cultura organizacional: conceitos, elementos e dinâmica ..................................................................................233 Clima organizacional ...............................................................................................................................................25 
Monitoramento do clima: ..........................................................................................................................................................25 
4 Poder nas organizações..........................................................................................................................................25 
5 Comportamento humano no trabalho: motivação, satisfação e comprometimento .........................................26 
Comportamento humano nas organizações.............................................................................................................................27 
6 Suporte organizacional e Comprometimento........................................................................................................28 
7 Educação nas Organizações ..................................................................................................................................29 
Competência individual ............................................................................................................................................................29 
Aprendizado .............................................................................................................................................................................30 
Aprendizagem Organizacional .................................................................................................................................................30 
Dinâmica Social na Empresa ...................................................................................................................................................31 
Fatores que favorecem a Aprendizagem Organizacional ........................................................................................................32 
O Ciclo de Aprendizagem Organizacional................................................................................................................................32 
A organização aprendiz ...........................................................................................................................................................32 
8 Paradigmas em educação.......................................................................................................................................32 
Paradigmas tradicionais x Paradigmas inovadores..................................................................................................................33 
Exercícios – Módulo II ........................................................................................................................................................36 
GABARITO – Módulo II ............................................................................................................................................................45 
 
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Módulo II 
"... os cidadãos das sociedades modernas nascem em hospitais, são educados em escolas, trabalham em uma ou 
outra organização e, de acordo com sua participação em atividades político-religiosas, também com freqüência 
ocupam lugares nas organizações complexas. Em resumo, os membros das sociedades modernas tiram grande parte 
de sua satisfação material, social e cultural de organizações feitas em grande escala”. Etzioni (1976:13). 
1 Análise e desenvolvimento organizacional 
As organizações formam-se a partir de um princípio simples, que é a base para sua existência, “fundamenta-se no fato de 
que o indivíduo sozinho é incapaz de satisfazer todas as suas necessidades”. Schein (1982:10) 
Organização é um grupo coordenado de pessoas que realizam tarefas para produzir bens ou serviços. São coletividades de 
partes, que não conseguem realizar seus objetivos de modo eficaz, se operarem separadamente. 
O mundo globalizado caracteriza-se por um ambiente em constante mudança, e por isso, o ambiente que envolve as 
organizações é extremamente dinâmico, exigindo delas uma elevada capacidade de adaptação para que consigam 
sobreviver. 
Para que a organização evolua cria-se a sua estrutura, que é um mecanismo adaptável para permitir que a organização 
funcione; com estruturas mal adaptadas a organização tende ao fracasso e deixa de existir. 
As cinco partes básicas de uma organização são: (1) gerência operacional – membros operadores; (2) gerência 
estratética – pessoas encarregadas da responsabilidade global; (3) média gerência – cadeia de gerentes que têm 
autoridade formal; (4) tecnoestrutura – analistas; (5) staff de apoio – pessoas envolvidas com atividades que não seja a 
atividade-fim, ou seja, ligadas às atividades-meio da organização. 
A análise organizacional tem se mostrado um caminho útil para a condução de processos de mudança e para a 
compreensão da realidade das organizações. Com a teoria clássica de Max Weber, a perspectiva estrutural tomou novo 
impulso ao longo dos tempos. 
A Análise Organizacional visa compreender a situação da organização através dos seus elementos constituintes, 
buscando compreender não somente as partes como também os inter-relacionamentos entre essas partes. Busca 
compreender os valores e crenças compartilhados pelos membros da organização, os objetivos e estratégias, envolvendo 
aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais, técnicos, entre outros, ou seja, busca uma visão macro de toda a 
organização. 
Para uma análise organizacional é preciso buscar na organização a ser analisada, a sua estrutura, seus objetivos e 
estratégias, seu contexto organizacional, seu ambiente, sua cultura organizacional e sua tecnologia. 
A análise organizacional pode ser subdividida no intuito de facilitar a compreensão dos objetivos específicos e a definição de 
técnicas aplicáveis especificamente em cada área: 
• Análise da tarefa: usada para determinar os objetivos de treinamento relacionados ao desempenho de certas 
atividades ou operações do cargo. Resulta em uma relação de atividades ou operações e das condições sob as quais o 
cargo é desempenhado. Envolve quatro passos principais: especificar completamente as tarefas (desenvolvimento da 
tarefa); agrupar as tarefas em conjuntos homogêneos para torná-las usáveis e administráveis (desenvolvimento do 
agrupamento de tarefas); especificar cãs capacidades necessárias para realização das tarefas (análise de 
conhecimento, aptidão e habilidade – CAH); desenvolvimento de programas de treinamento a partir da relação entre os 
CAHs e as tarefas. 
• Análise individual: identifica as pessoas que precisam de treinamento e o tipo de treinamento adequado a cada 
pessoa. Baseia-se fundamentalmente nas informações obtidas a partir das avaliações de desempenho, que visa 
diagnosticar as forças e as fraquezas dos recursos humanos disponíveis e avaliá-los para subsidiar as decisões 
administrativas, como aumentos de salários e promoções. 
Desenvolvimento Organizacional (D.O) 
surgiu a partir de 1962, através de um complexo conjunto de idéias a respeito do homem, da organização e do ambiente, no 
sentido de propiciar o crescimento e desenvolvimento, como resultante da Teoria Comportamental, no sentido de obter 
mudança e flexibilidade nas organizações. 
 O D.O. é uma área da Administração de Recursos Humanos que enxerga a organização sob uma ótica sistêmica, 
considerando elementos comportamentais e objetiva o aperfeiçoamento da empresa no que diz respeito à sua eficácia. O 
enfoque está no longo prazo e é realizado por intervenções aplicadas nos processos e na estrutura da organização. 
A dinâmica dos ambientes organizacionais

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