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A estrutura de distribuição das competências tributárias é compatível com a federação 3

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A estrutura de distribuição das competências tributárias é compatível com a federação?
Competência tributária é a aptidão para criar tributos em abstrato, por meio de lei, com todos os elementos essenciais (hipótese de incidência, sujeito ativo, sujeito passivo, base de cálculo, alíquota). Abrange também a aptidão para aumentar, parcelar, diminuir, isentar, modificar, perdoar tributos e etc. (princípio de que quem pode o menos pode o mais). Normalmente, quem tem competência é o sujeito ativo da relação jurídica tributária, pois também têm capacidade tributária ativa (aptidão para cobrá-lo). Mas nada impede que a pessoa política, por meio de lei, delegue a capacidade tributária ativa a terceiros, figurando este terceiro como sujeito ativo do tributo. O poder tributário pode ser repartido entre as diversas pessoas de direito público, as quais ficam com competência tributária. Trata-se de uma parcela de poder tributário atribuída à pessoa jurídica de direito público, que lhe dá a possibilidade de criar o tributo. A competência tributária compreende uma competência legislativa plena. Diante do princípio da legalidade tributária, que admite a criação de tributos somente através da lei – vemos, portanto, que a competência tributária acha-se ligada à criação do tributo.
A competência tributária pode ser: a) Competência Tributária Privativa: ocorre quando a entidade política que recebe o poder de decretar determinado tributo é uma única, não se admitindo que outra entidade política atinja tal área, ficando com competência idêntica. Ex: Caso da União diante do IPI. b) Competência Tributária Comum: ocorre quando duas ou mais entidades políticas recebem poderes para decretar um mesmo tributo. É o caso do Estado e Município diante do imposto sobre a circulação de combustíveis líquidos e gasosos. c) Competência Tributária Residual: ocorre quando determinada entidade política fica com o poder de decretar outros tributos, diferentes dos previstos. É o caso da União, que tem competência para decretar “outros impostos”, diferentes dos que constam na Constituição.
De todo o exposto, considerando que a tributação visa à consecução de" recursos para que o Estado possa pagar as despesas necessárias à realização das suas finalidades ", pode-se asseverar que a competência tributária só é atribuída às pessoas jurídicas de direito público como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, uma vez que os tributos devem ser destinados, exclusivamente, para fins públicos e nunca particulares. 
De outra parte, há de se considerar o fato de que:
"na tributação, o princípio da segurança jurídica como diretriz, aponta para uma direção; em seus desdobramentos aparecem os princípios da competência, da submissão da ação estatal à lei, da supremacia da Constituição, do respeito aos direitos e garantias individuais, entre outros".
Impende consignar que a Constituição Federal fixa a competência em matéria tributária, deixando, não obstante, a União exercê-la de forma privativa - art. 153, CF - ou residual - art. 154, CF -, que, em verdade, também é privativa quanto à titularidade do exercício, sendo residual quanto à materialidade da hipótese de incidência. “Como se pôde observar, ante a possibilidade do exercício da competência residual,” a lista de situações materiais que ensejam a incidência de impostos da União (art. 153) não é exaustiva, dado que outras situações podem ser oneradas por impostos federais”. Não é demais registrar que aos impostos oriundos do exercício da competência residual da União aplicam-se as mesmas" regras relacionadas com as limitações ao poder de tributar, notadamente o princípio da estrita legalidade”.
 Aluna(o): Yasmi Bastos Dourado Lopes UC13100364

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