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Atividade Contextualizada Liderança e Gestão de Equipes

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Com base no que foi estudado durante as quatro unidades, analise o Estudo de Caso abaixo:
A partir de agora iremos estudar e analisar uma das maiores tragédias da aviação brasileira de todos os tempos e, para tal, precisaremos nos utilizar de todos os conhecimentos adquiridos durante a disciplina Liderança e Gestão de Equipes. Podemos dizer que este estudo é uma síntese de nosso aprendizado.
É necessário que você, caro aluno, esteja bastante atento e siga atentamente as instruções para uma análise imparcial e aprofundada do ocorrido. Você verá o quanto é difícil e complexa a análise de um incidente/acidente aéreo. Verá o quanto é determinante, ou pelo menos contribuinte, a atuação de um líder nestas situações, para que soluções sejam encontradas e decisões sejam tomadas. Acompanhe a seguir a descrição do acidente.
Em 2006, no mês de setembro, ocorreu a maior tragédia, até então, da aviação brasileira e que repercutiu por todo o mundo, através da imprensa e das mídias sociais. As aeronaves envolvidas colidiram em voo e apenas sete, das 161 pessoas envolvidas no acidente, sobreviveram. A colisão ocorreu quando as aeronaves sobrevoavam os céus da Floresta Amazônica e os destroços de uma das aeronaves envolvidas foram encontrados nos arredores do município de Peixoto Azevedo, MT e a outra aeronave realizou um pouso emergencial no aeródromo militar de Novo Progresso, situado na Serra do Cachimbo, PA.
As aeronaves envolvidas eram um avião B737-8EH8 , de matrícula PR-GTD, da companhia aérea Gol Transportes Aéreos S/A, uma das concessionárias do transporte aéreo público brasileiro, que realizava voo comercial de passageiros e a outra era um avião EMB- 135BJ9 , de matrícula N600XL da ExcelAir e Service Inc., uma empresa estadunidense que faz operações aéreas por demanda, ou seja, táxi aéreo e também serviços de manutenção de aeronaves, mas na ocasião do acidente executava um voo de translado, pois havia recebido a referida aeronave do fabricante.
O GLO 1907 realizava seu voo de Manaus (Aeroporto Internacional Eduardo Gomes) para o Rio de Janeiro (Aeroporto Internacional do Galeão – Antônio Carlos Jobim), com escala em Brasília (Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek) e o N600XL realizava seu voo de São José dos Campos (Aeroporto Professor Ernesto Stumpf) para Fort Lauderdale, FL, USA (Hollywood International Airport), com parada em Manaus, no mesmo aeroporto de onde partira a aeronave da Gol.
O GLO 1907 decolou de Manaus às 1835 UTC10 do dia 29 de setembro de 2006 com seis tripulantes e cento e quarenta e oito passageiros e o N600XL decolou de São José dos Campos às 1751 UTC com dois tripulantes e cinco passageiros. Elas se chocaram frontalmente, às 1956 UTC, tocando suas asas esquerdas, ambas estavam na aerovia UZ6, próximo à posição NABOL, na FIR Amazônica e no nível de voo 370 (CENIPA, 2008, p. 12).
O N600XL perdeu parte do winglet 11 da asa esquerda e sofreu avaria no estabilizador e profundor esquerdos, mesmo assim manteve-se controlável e efetuou um pouso de emergência no Campo de Provas Brigadeiro Veloso, tendo os seus ocupantes ilesos. Entretanto, o PR-GTD “perdeu, inicialmente, cerca de um terço da asa esquerda e ficou incontrolável aos pilotos. A aeronave entrou em mergulho, vindo a ter separação estrutural em voo, antes de atingir o solo” (CENIPA, 2008, p.12). Infelizmente, nenhum de seus ocupantes sobreviveu.
Esta é uma descrição sucinta, caro aluno, do que ocorreu neste fatídico acidente. A seguir, você deverá assistir ao documentário da Discovery Channel sobre o ocorrido e ler o relatório final do CENIPA apontando todos os fatos determinantes e contribuintes para o acidente. Esteja bastante atento, pois suas respostas às perguntas que serão feitas, deverão estar embasadas nestes documentos e em sua observação de todo o cenário apresentado.
Utilize o livro-texto da disciplina, também, para apoiar suas respostas.
https://www.youtube.com/watch?v=vaIiqmhNnGE
http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/paginas/relatorios/pdf/PR_GTD_N600XL_29_09_06.pdf
http://www.desastresaereos.net/acidente_gol_menu.htm
Questões para discussão
Os princípios do CRM (Crew Resource Management) foram observados, tanto pelos controladores de tráfego aéreo quanto pelas tripulações dos voos afetados? As comunicações, os aspectos organizacionais, o estado emocional e orgânico dos envolvidos, o processo decisório dos pilotos e dos controladores... Algo poderia ou deveria ter sido feito de maneira diferente?
 Você poderia trazer à tona algum outro fator que não tenha sido abordado no relatório ou no documentário, que ajudaria a elucidar melhor o acidente? Que fator seria esse (embase sua resposta em alguma legislação ou documento publicado)?
Com relação aos tipos de liderança, abordados em nossa disciplina, você seria capaz de apontar qual o tipo de liderança foi utilizado pelo supervisor de órgão de controle no turno que ocorreu o acidente? Apresente fatos que apontem para a sua afirmação.
Algo poderia ter sido feito (tanto por pilotos quanto por controladores), que pudesse ter evitado a tragédia? Ou ela era inevitável? Todos os envolvidos cumpriram com suas atribuições conforme o previsto?
Liderança e Gestão de Equipes – Atividade Contextualizada
 O trágico acidente aéreo ocorrido no dia 29 de setembro de 2006 envolvendo uma aeronave B737-8EH8 de matrícula PR-GTD da companhia aérea da GOL Transportes Aéreos S/A e uma aeronave EBM-135BJ9 de matricula N600XL da ExcelAir e Service Inc, ocorreu devido uma sequência de erros que aconteceu neste dia, tanto dos pilotos quanto dos controladores.
 Não foi posto em prática um princípio básico do CRM que é o uso de todos os recursos disponíveis para garantir segurança e eficiência nas operações aéreas. Ocorreu uma falta de comunicação e de atenção de ambas as partes. Ouve um erro significativo dos pilotos da N600XL, que tiveram poucos dias de treinamento na aeronave e mesmo assim na presença dos instrutores e por desconhecerem a aeronave os pilotos não se atentaram ao painel do avião onde o TCAS da aeronave estava desligado. Outro ponto que poderia evitar o acidente foi o plano de voo que não foi seguido. Ele teria que voar no nível de 370 (37.000 mil pés) até Brasília e logo após ir para o nível 360 (36.000 mil pés), porém o controlador não foi claro na comunicação e determinou que o N600XL voasse no nível 370 (37.000 mil pés) até Manaus, essa informação com a aeronave ainda em solo. Quando a aeronave entrou no espaço aéreo de Brasília, a informação do plano de voo mostrava na tela do controlador que era para a aeronave estar no nível de 360 (36.000 mil pés), o controlador confundiu as informações de altitude real e altitude planejada por inexperiência com o sistema e o serviço devido estar a pouco tempo nessa posição.
 Esse acidente poderia ter sido evitado se todos estivessem atentos aos procedimentos e normas básicas que a função de cada exigia. 
 No dia do acidente, na sala do controle aéreo a liderança imperava era a Liberal ou Lasseiz-faire, onde o Líder permite total liberdade para a tomada de decisões individuais ou em grupo, participando delas quando solicitado. Não ouve supervisão.

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