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Resumo do livro: O Monge e o Executivo Autor: Hunter, James C O livro o Monge e o Executivo, narra as experiências de John Daily, onde inicia informando que fora o responsável, pela decisão de deixar a Gerência Geral de uma grande indústria para passar uma semana em um Mosteiro. Relata as perseguições com relação ao nome: "SIMEÃO" que herdara quando foi batizado em uma Igreja Luterana e conta que “NO FINAL DOS ANOS 1990”. (prólogo p. 7), estava em um momento de “glória”, no trabalho alcançara um sucesso tremendo, a família perfeita, casado com uma Psicóloga e pai de dois filhos, sendo um adotado, e cercado de um patrimônio promissor. Porém, as coisas começaram a mudar, em casa a sua esposa não estava satisfeita com o casamento, as conversas com os filhos sempre eram exaltadas e sem entendimento, no trabalho a situação cada vez mais piorava, não conseguia comandar seus liderados e a produção seguia de mal a pior. Diante deste novo quadro, procurou o Pastor de sua Igreja e este o orientou para que fosse a um retiro Cristão Chamado João da Cruz, próximo ao Lago Michigan, sugestão referendada por sua esposa Raquel. Ao chegar no retiro, fora bem recebido pelo Padre Peter, que o informou da programação semanal do mosteiro e o alojando em um quarto com mais um hóspede. Ao perguntar por Len Hofferman, teve uma surpresa ao ouvir que se tratava de ser o irmão Simeão. John Daily, participa de uma palestra liderada pelo irmão Simeão, que expõe o que vem ser a verdadeira liderança e como exercitá-la, enfocando a diferença em gerenciar coisas e liderar pessoas, como influenciá-las a fazer aquilo que o líder deseja sem pressões e de forma exemplar. Enfocou ainda, a diferença entre poder e autoridade. “Você gerência coisas e lidera pessoas”. (capítulo Um, as definições p. 20). São realizados os comentários e análises das quebras de velhos paradigmas e os desafios dos novos que se apresentam. O palestrante demonstra que para ser líder é preciso servir e analisa a maneira mais correta de resolver as necessidades e atender as vontades analisando a hierarquia das necessidades humanas, de Maslow. O autor nos remete a refletir que a melhor forma de liderar as pessoas é aprendendo a servir, isto é, ser um líder servidor, conclamando que apenas a vontade não é suficiente para construção da liderança, se não há ação, fica só na intenção e nada se constrói. Apresenta alguns dos grades líderes que se tem notícia, começando por Jesus Cristo, o homem que até hoje, passados dois mil anos, continua influenciado pessoas e a segui-lo. Mahatma Ghandi, outro exemplo de líder servidor, Martim Luther King, o primeiro negro a ganhar o prêmio novel da paz, pelas suas ações em favor do povo negro nos Estados Unidos e Madre Teresa, ( Cap. 7, Arecompensa, p. 131). O Texto informa que todos usaram a influência para atingir seus objetivos, sem a prática do poder e se respaldando na autoridade e no exemplo, sem violência ou armas. São evocados os ensinamentos de Cristo, com base no amor ágape, verdadeiro e que “Quando optamos por amar e doar-nos aos outros, estamos aceitando ser pacientes, bons, humildes, respeitosos, abnegados, generosos, honestos e comprometidos”. Todas estas qualidades juntas, concorrem ajudam significadamente para as pessoas se tornarem líderes servidores, adquirindo mais respeito e autoridade junto aos seus liderados, enfatizando a importância de se promover um ambiente saudável, acolhedor, amigável, respeitoso e que flua um ar de harmonia, não só entre os funcionários, como também, aos clientes. O Líder deve sempre ter em mente que as motivações são de primordial importância para manter uma equipe unida, equilibrada e motiva, em um ambiente salutar e aconchegante. Simeão acrescentou: Liderança e amor são questões ligadas ao caráter, paciência, bondade, humildade, abnegação, respeito, generosidade, honestidade e compromisso. Estas são as qualidades construtoras do caráter, são os hábitos que precisamos desenvolver e amadurecer se quisermos nos tornar líderes de sucesso, que vencem no teste do tempo. Os pontos e objetivos emergentes da didática do Livro, busca preconizar que os valores e atitudes são ações importantes para a eficácia da liderança. O Autor traz conceitos e definições que visam estimular a autocrítica dos leitores, dentro de uma visão humanística no âmbito dos negócios, Buscando: a) Focar na forma real da importância do trabalho em equipe, com o objetivo de atingir o sucesso pleno; b) Massificação dos valores éticos e morais como prerrogativas de união e sucesso profissional; c) Refletir sobre a arte de liderar e propor modelos ideais de reconstrução de práticas estilizadas e conservadoras no mundo dos negócios. Muito embora o texto fora criado em tempos pretéritos, suas ideias são atuais e podem ser aproveitada em todos os seguimentos da sociedade, e não só, nas relações de trabalho como nas atividades familiares. O Autor convida o leitor a uma viagem que ilustra e sintetiza o pensamento com uma bela narrativa com muito envolvimento. Em uma visão sistemática, o texto aqui analisado, em seu conjunto singular, oferece uma grande contribuição para o ensino da Teoria da Administração, em virtude de estar pautado em conceitos de administração de pessoal, com o olhar não de “chão de fábrica”, mas, sim, de compreensão que as pessoas reagem a incentivos e buscam obter suas necessidades basilares de sobrevivência, serem reconhecidas pelas suas importâncias no conceito de administração, obterem segurança e atingir metas, sentindo-se desta forma, parte na construção de uma sociedade mais justa e solidária. ANÁLISE CRÍTICA: Muito embora o texto esteja bem escrito, e ao meu ver, adote um modelo de autoajuda, nos remete ao conceito estereotipado da liderança, compondo um paradoxo entre o racionalismo e humanismo no mundo dos negócios, onde a tese central é de que o "servir" é uma característica elementar na consecução dos objetivos pensados para um líder de excelência. O objetivo principal do texto é trazer conceitos fundamentais e viáveis que podem servir como parâmetro para reavaliar nossa capacidade de liderança e consequentemente, auxiliar na inter-relação com os colaboradores, fazendo aflorar um clima de grande satisfação na empresa. Porém, na prática, nós vislumbramos que diariamente nos encontramos com pessoas que não observam estes conceitos, notadamente no serviço público, onde a estabilidade no emprego, tornam os funcionários blindados e avessos a mudança e quebra de paradigmas, preferindo permanecer na mesmice e no desempenho aquém das funções públicas as quais deveriam cumprir e respeitar. Por fim, concluímos que ser líder começa com uma escolha nada fácil ecabe somente a nós a decisão de pô-la em prática. REFERÊNCIAS HUNTER, James C. O Monge e o Executivo: Uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro, Brasil. Editora Sextante, 2004.