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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS DA COMARCA DE PALMAS/TO.
Processo nº: XXXXXXXXXXXXX
MARIA CÂNDIDA, já devidamente qualificados nos autos da ação que move em face de Energia’s, por intermédio de seu advogado, procurador signatário, vem respeitosa e tempestivamente ante Vossa Excelência apresentar, nos termos do art. 41 e seguintes da Lei 9.099/95, o seu:
RECURSO INOMINADO 
requer seja recebido o presente recurso no seu regular efeito devolutivo com a concessão do efeito suspensivo afim que não seja interrompida a prestação de serviços, pois trata-se de serviço essencial, com fulcro no art. 43 da Lei 9.099/95, para evitar dano irreparável à recorrente.
Por fim, requer a Vossa Excelência seja o recurso devidamente recebido e devidamente processado, eis que tempestivo e devidamente preparado, conforme comprovante em anexo, encaminhando-se ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado. 
Termos em que, 
Pede Deferimento.
Local, Data e Ano.
Advogado.
OAB/UF nº xxxxxx
RAZÕES DA APELAÇÃO
Recorrente: Maria Cândida
Recorrido: Energia’s
JUIZO DE ORIGEM: XX VARA CIVEL DA COMARCA DE XX/UF
PROCESSO ORIGINÁRIO Nº: XXXXXXXXXXXXX
NOBRES DESEMBARGADORES DA COLENDA CÂMARA DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
I – SÍNTESE DOS FATOS 
Maria Cândida propôs ação de anulação em face de Energia's sob o argumento de que foi coagida a assinar confissão de dívida no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), pois a concessionária de serviço público alegou que, quando da visita de inspeção do medidor em sua residência, constatou irregularidade no medidor, conhecido popularmente como "gato", e que se não assinasse seria interrompida a prestação de serviços. 
Maria informou que mesmo com o valor parcelado em 5 prestações mensais e sucessivas não tem condições financeiras de arcar com este pagamento mais os valores referentes ao seu consumo mensal, o que certamente resultará na interrupção na prestação de serviço de energia elétrica, uma vez que os dois valores juntos são superiores ao seu salário. 
A ré em contestação alegou a validade da confissão de dívida, por ser a autora maior, o objeto lícito e a forma prescrita em lei. Afirmou ainda em preliminar, a incompetência do juizado para julgamento da demanda face à necessidade de perícia para saber se o medidor de energia elétrica havia sido alterado ou não. 
O magistrado acolheu a preliminar de incompetência e julgou extinto o processo sem resolução do mérito.
II – DOS FUNDAMENTOS
Trata-se o caso de erro no procedimento já que a realização de perícia é desnecessária ao deslinde da controvérsia, conforme entendimento já consolidado do JEC. O caso se encaixa na relação de consumo, sendo aplicável o Código de Defesa do Consumidor (CDC, Lei n. 8.078/90). A ré é fornecedora de produtos e serviços, enquadrando-se nas disposições do artigo 3º e seus parágrafos do CDC. 
 Não pode a empresa, de forma unilateral, efetuar a cobrança de multa de recuperação de consumo sem esclarecer como alcançou o valor pretendido, assim a autora tem direito a anulação da confissão de dívida.
Também é bom lembrar a regra consagrada no artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90. 
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código.
III – DOS PEDIDOS RECURSAIS
Por todo o exposto, à Vossa(s) Excelência(s) requer seja: 
1 - Requer que o recurso seja conhecido e que ao final seja dado provimento para invalidar a decisão monocrática devendo julgar procedente o pedido da recorrente de anulação da confissão de dívida firmada com a recorrida.
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Local, data e ano. 
Advogado. 
OAB/ UF nº XXXXXX

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