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HISTÓRIA DA ARQUITETURA 2 ARQUITETURA MODERNA Mestres: Mies van der Rohe, Le Corbusier, Alvar Aalto 6 ARQUITETURA MODERNA É fruto de uma visão de mundo relacionada ao projeto empreendido a partir da transição teórica iniciada pelo Iluminismo (racionalismo). Busca a essência de todas as coisas, aquilo que é comum e potencialmente universal para todos. Baseada em novos meios de construção. Disciplinada pelas exigências da função. Utiliza formas puras, geométricas. Deveria refletir a realidade atual e seu tempo. ARQUITETURA MODERNA 1. MIES VAN DER ROHE MIES VAN DER ROHE 1886 – 1969 Sua primeira atuação é na construção, conhece os métodos construtivos antes de estudar arquitetura. Teve influência de Hendrik Berlage (arquitetura a partir do pensamento do Semper) Schinkel (neoclassicismo alemão) Taut (Palácio de Cristal, uso da estrutura metálica e valorização do efeito refletexivo do vidro) trabalhou com Peter Behrens que fundou a Werkbund: inserção de métodos industriais e materiais modernos na produção da arte e a redução da expressão na forma “Não se deve edificar nada que não seja claramente construído”. Hendrik Berlage Altes Museum (Friedrith Schinkel), 1824 Fábrica da AEG (Peter Behrens), Pavilhão de vidro (Bruno Taut), Racionalidade Flexibilidade Leveza Mínimo Economia “A verdade é a relevância do fato. (…) A estrutura é o todo de cima até embaixo, até o último detalhe – com as mesmas ideias. É isso que damos o nome de estrutura”. “O máximo efeito com o mínimo dispêndio de meios. Os materiais são o concreto, ferro e vidro”. Mies van der Rohe REFERÊNCIAS JAPONESAS continuidade entre interior e exterior economia de traço simplicidade elementar espacialidade vazia, continua e flexível piso contínuo Uso de divisórias leves Estrutura independente Essas características foram conferidas tanto através de viagens ou atuações de arquitetos no país, como através das publicações de Bruno Taut (1880 – 1938) que comparavam a simplicidade contida na tradição japonesa e suas construções com o discurso e a prática moderna. REFERÊNCIAS JAPONESAS PAVILHÃO DE BARCELONA, 1929 CASA TUGENDHAT, 1930 EDIFÍCIO LAKE SHORE, 1948 Parede como tessitura (Semper): estrutura e fenestração Concentração dos elementos fixos CROWN HALL, INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ILLINOIS, 1951 Crown Hall e Altes Museum CASA NÚCLEO, 1951 CASA FARMSWORTH, 1951 EDIFÍCIO SEAGRAM, 1958 Em parceria com Philip Johnson NEUE NATIONAL GALERY, 1965 2. LE CORBUSIER LE CORBUSIER 1887 – 1965 Atitude dialética: contraste entre cheio e vazio Cresce em uma cidade industrial suíça , estuda em uma escola de artes e ofícios e se envolve com o movimento Arts and Crafts (Jugendstil) Foi aluno de Owen Jones que escreveu “A Gramática do Ornamento”, relacionava a ornamentação ao meio ambiente natural e catalogou elementos ornamentais do mundo LE CORBUSIER PRIMEIRAS OBRAS procedimento metodológico impuro Transformações/ reiterpretações tipológicas Estuda a linguagem clássica, especialmente as obras do renascimento sistema de proporções áureas Definição de malhas e eixos reguladores VILA FALLET, 1906 MAISON BLANCHE, 1912 VILA FAVRE-JACOT, 1912 VILA SCHWOB, 1916 PURISMO E O ESPÍRITO NOVO Nature morte au violon rouge, 1920 Nature morte verticale -1922 Crítica ao Cubismo Crença no evolucionismo Aprés le Cubisme (1918), manifesto de fundação do purismo, doutrina estética e movimento artístico que ajudou a formar as vanguardas construtivas do 1º pós-guerra europeu publicações na revista artística e literária L’Espirit Nouveal. Nature morte à la pile d’assiettes et au livre, 1920 1918, Le Corbusier escreve com Ozenfant Depois do Cubismo. propunham como atributos da nova arte a economia, a precisão, o rigor e a universalidade; consciência de Le Corbusier em perceber que só a referência a valores que tendessem ao universal permitiria que a nova arte superasse a consideração social de prática excêntrica, dirigida a uns poucos; quatro critérios fundamentais: uma das grandes contribuições da arquitetura moderna ao pensamento projetual contemporâneo, e de grande valia como critérios de projeto e da sua verificação; estuda no Wekbund com Peter Behrens e Tessenow (1910) e toma consciência dos avanços tecnológicos, estabelece bases para o seu texto “Olhos que não veem” Trabalha com Peter Behrens junto com Mies van der Rohe (1910 – 1915) Publicação do o livro “Por uma Arquitetura” (1923) Abstração e funcionalidade Se eliminarmos de nosso corações e mentes todos os conceitos mortos a propósito das casas e examinarmos a questão a partir de um ponto de vista crítico e objetivo chegaremos a “Máquina de Morar”, a casa de produção em série, saudável (também moralmente) e bela como são as ferramentas e os instrumentos que acompanham a nossa existência. Le Corbusier, Por uma Arquitetura CASA: MÁQUINA DE MORAR Maison Monol Maison Dom-Ino SISTEMA DOMINO Parceria com o engenheiro Max du Bois Baseado na ideia de estrutura independente ou esqueleto, é o fundamento técnico---construtivo da arquitetura moderna Cria base para a materialização dos “cinco pontos para uma nova arquitetura” (planta livre, fachada livre, pilotis, terraço jardim, janelas em fita) A denominação dada por Corbusier destaca tanto o caráter combinatório do Jogo arquitetônico quanto a “autoridade da regra sem a qual nenhum jogo pode começar” Prometo---lhes um poema deslumbrante: O poema das arquiteturas da era moderna. (Le Corbusier, Precisões) O terreno, sob a casa, ficou desimpedido; o teto foi reconquistado; a fachada está inteiramente livre e, assim, não estou mais paralisado. A arquitetura são pisos iluminados: demonstro o que digo através desta sequência de pequenos desenhos que exprimem, através das eras, a história da arquitetura por meio da história da janela Simplicação da fonte de luz; uma única abertura em cada extremidade; duas paredes laterais de suporte; uma cobertura plana; uma verdadeira caixa que poderia ser usada como uma caixa Le Corbusier MAISON CITROHAN 1920 PAVILLON DE L’ESPIRIT NOUVEAU 1925 VILA STEIN 1925 VILA STEIN / VILLA MALCONTENTA 1925/ 1560 1. PILOTIS: elevam a massa acima do solo 2. PLANTA LIVRE: uso da estrutura independente, dissociação entre estrutura e fechamento 3. FACHADA LIVRE: seu desenho e a definição das aberturas é livre, a vedação não é estrutural 4. JANELA EM FITA: a estrutura pode ser deslocada da sua face permitindo a abertura de grandes vãos 5. TERRAÇO-JARDIM: uma recriação do jardim na cobertura possibilitado pela cobertura plana CINCO PONTOS DE UMA NOVA ARQUITETURA 1926 VILLA SAVOYE 1929 VILLE CONTEMPORAINE 1922 Uma cidade feita para a velocidade é uma cidade destinada ao sucesso Le Corbusier VILLE RADIEUSE 1927 RIO DE JANEIRO 1929 PLANO OBUS, ARGEL 1930 3. ALVAR AALTO ALVAR AALTO 1898 – 1976 Apreço pela arquitetura vernacular primitiva, de modo geral, e as especificidades finlandesas Visão orgânica da arquitetura (influência de Richard Neutra) Negação de soluções universais e valorização da situação (respeito ao lugar, clima, tradição) Classicismo romântico (sensibilidade dórica e obra de Schinkel) e neogótico (através do estilo Shingle americano) Tactilidade do Romantismo nacional Trabalhou com Erik Bryggman, sob a influência da obra de Gunnar Asplund que fundia o vernacular ao clássico Biblioteca de Estocolmo, 1920 , Asplund Watts Sherman, 1874 , Richardson Senado, 1818, Carl Ludwig Engel Parlamento Finlandês, 1926, J.S. Sirién A partir de 1929 é influenciado pelo Construtivismo. Uso de esquemas seriais e geométricos Participação nos CIAMs (Congresso Internacional da Arquitetura Moderna) e sobre construção. Projetos com enfoque na habitação mínima Foi patrocinado pelas empresas madeireiras Ahlström e Enso-Gutzeit o que o levou a reavaliar a madeira como material expressivo em detrimento do concreto. Abordagem arquitetônica e construtiva textural Projetou móveis para uma fabricação seriada que originaram a Companhia de Móveis Artek Estudos urbanos para Kostino, 1926, Ladovsky ABORDAGEM PARTICULAR MODERNA BIBLIOTECA DE VIIPURI 1927 CASA EM MURAATSALO 1936 “A matéria é um elo. Tem o efeito de criar uma unidade. Todas as formas de arte se baseiam na matéria, precisam confrontar a realidade”. Alvar Aalto PAVILHÃO FINLANDÊS 1937 VILLA MAIREA 1938 “Tornar a arquitetura mais humana significa criar uma arquitetura melhor, o que, por sua vez, implica um funcionalismo muito mais amplo do que aquele com bases exclusivamente técnicas. Este objetivo só pode ser alcançado por métodos arquitetônicos – pela criação e combinação de coisas técnicas diferentes, de tal modo que elas possam oferecer ao ser humano uma vida extremamente harmoniosa”. Alvar Aalto PREFEITURA DE SAYNÄTSALO 1949 “Um dos problemas arquitetônicos mais difíceis é a configuração dos arredores do edifício em uma escala humana. Na arquitetura moderna onde a racionalidade da moldura estrutural e as massas construídas ameaçam dominar, existe frequentemente um vácuo arquitetônico nas porções restantes do lugar. Seria bom se, em vez de preencher o vazio com jardins decorativos, o movimento orgânico das pessoas pudessem ser incorporado à forma do lugar, de modo a criar uma estrita relação entre o Homem e a Arquitetura”. Alvar Aalto Referências bibliográficas CURTIS, Willian J. R. Arquitetura Moderna desde 1900. Porto Alegre: Bookman, 2008. Mies: capítulo 18 e 22 Le Corbusier: capítulo 10, 16 FRAMPTON, Kenneth. História Crítica da Arquitetura Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2003. Mies: capítulo 18 e 26 Le Corbusier: capítulo 17, 20 Aalto: capítulo 22 BAKER, Geoffrey H. Le Corbusier: Uma Análise da Forma. São Paulo: Martins Fontes, 1998. MIES: http://www.moma.org/explore/multimedia/audios/339/4314 LE CORBUSIER. Por uma Arquitetura. São Paulo: Perspectiva, 2000. ___________. Viagem do Oriente. Cosac e Naify: São Paulo, 2007. http://digicoll.library.wisc.edu/cgi-bin/DLDecArts/DLDecArts- idx?id=DLDecArts.GramOrnJones http://www.fondationlecorbusier.fr/corbuweb/morpheus.aspx?sysId=11&sy sLanguage=en-en&sysParentId=11&sysParentName=home&clearQuery=1 Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14 Slide Number 15 Slide Number 16 Slide Number 17 Slide Number 18 Slide Number 19 Slide Number 20 Slide Number 21 Slide Number 22 Slide Number 23 Slide Number 24 Slide Number 25 Slide Number 26 Slide Number 27 Slide Number 28 Slide Number 29 Slide Number 30 Slide Number 31 Slide Number 32 Slide Number 33 Slide Number 34 Slide Number 35 Slide Number 36 Slide Number 37 Slide Number 38 Slide Number 39 Slide Number 40 Slide Number 41 Slide Number 42 Slide Number 43 Slide Number 44 Slide Number 45 Slide Number 46 Slide Number 47 Slide Number 48 Slide Number 49 Slide Number 50 Slide Number 51 Slide Number 52 Slide Number 53 Slide Number 54 Slide Number 55 Slide Number 56 Slide Number 57 Slide Number 58 Slide Number 59 Slide Number 60 Slide Number 61 Slide Number 62 Slide Number 63 Slide Number 64 Slide Number 65 Slide Number 66 Slide Number 67 Slide Number 68 Slide Number 69 Slide Number 70 Slide Number 71 Slide Number 72 Slide Number 73 Slide Number 74 Slide Number 75 Slide Number 76 Slide Number 77 Slide Number 78 Slide Number 79 Slide Number 80