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Didática da Alfabetização e do Letramento.docx

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Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 1: História da Língua Escrita
Objetivos
Conhecer as primeiras manifestações históricas da escrita. 
Compreender a relação entre alfabetização e as cartilhas. 
Refletir sobre a alfabetização na atualidade. 
A leitura e a escrita na antiguidade. 
A escrita na história humana, não foi privilégio de ninguém ela é um fato social e não sobreviveria nas mãos de poucos. 
A necessidade de um sistema de escrita vem de situações vividas no cotidiano. 
Os registros históricos sobre a escrita 
• A escrita surge da necessidade de registrar os produtos vendidos ou trocados, já numa época em que os seres humanos passam a fixar-se nos espaços e a domesticar animais. Na época da escrita primitiva 
• Para ser alfabetizado, bastava que o indivíduo soubesse ler e escrever o que os símbolos significavam. 
• Não haviam vários tipos de textos ou documentos. 
Com a expansão do sistema de escrita 
• A necessidade obriga a criação de símbolos que representassem sons da fala, por exemplo as sílabas. 
• Para os diferentes povos a construção do sistema de escrita tem um elemento comum: a necessidade do convívio social.
O aprendizado da escrita 
• Na antiguidade, aprendia-se lendo algo escrito e depois copiando, inicialmente palavras para chegar a textos. 
• Com a criação do alfabeto, aprender a ler e escrever tornou-se uma tarefa popularizada. 
A alfabetização na Idade Média 
• Ocorria em casa, sob a orientação de um preceptor e o princípio era parecido aos modelos anteriores, bastava ao aprendiz decorar o nome das letras para fazer a decifração da escrita. 
O aparecimento das cartilhas 
• A partir do Renascimento havia a necessidade de expandir o acesso à leitura. 
• Dentre outros, destaca-se a obra de Comênius em que as lições vinham com gravuras.
• Com a nova organização produtiva impõem-se a necessidade do domínio da leitura e da escrita, a escola se populariza. 
• Houve o desenvolvimento das antigas cartilhas, sendo o estudo dividido em lições – método silábico. 
A difusão do ensino e a alfabetização 
• As necessidades da nova organização social impunha também a necessidade do domínio da escrita e da leitura. 
• A alfabetização deixa de ser responsabilidade da família e passa a ser da escola. 
• Porém a escola não era acessível a todas as crianças, somente aquelas das classes mais abastadas. 
• No Brasil a expansão do ensino ocorre de forma efetiva somente a partir do século XX.
Continuando 
Tema 01: História da Língua Escrita 
Cartilhas da Língua Portuguesa. 
Uma cartilha portuguesa famosa no Brasil foi a Cartilha maternal ou arte de leitura (João de Deus – 1830 – 1896). Havia o privilégio da escrita sobre a leitura. Após, quatro tipos se destacam: método sintético, método analítico, método misto e construtivista. 
A alfabetização e a cartilha 
• Inicialmente a ênfase estava na leitura, muita cópia e exercícios de decifração e de identificação de palavras. 
• A partir da década de 1950 o importante passa a ser aprender a escrever palavras. Palavras-chave, sílabas geradoras e textos.
• As famílias de letras passaram a ser estudadas numa ordem crescente de dificuldades. Os livros de leitura seguiam essa lógica de crescente dificuldade. 
• O resultado disso foi um aumento considerável na reprovação. 
O manual do professor 
• Alfabetizar por meio de cartilhas mostrou-se desastroso. Mas inicialmente se atribuiu à falta de preparo do professor. 
• Foram criados os manuais do professor. Com a manutenção da reprovação o problema passa a ser determinados alunos. 
As contribuições da psicologia 
• Foi criado o período preparatório em função dos estudos e pesquisas desenvolvidos na área da psicologia. 
• A prontidão consistia na realização de tarefas diversificadas para preparar a criança para a alfabetização.
• A teoria da prontidão busca justificar os equívocos da escola por meio da “deficiência” da criança, especialmente se advém das classes menos favorecidas. 
Alfabetização hoje 
• Ainda hoje a cartilha está presente na escola, se não diretamente na forma de manual, está na forma de método. 
• Porém muitos professores buscam articular o processo de ensino com o de aprendizagem. 
• As tentativas feitas pelo governo não foram fecundas, pelo equívoco no entendimento de quem realizava o processo. 
• O Ciclo é um exemplo disso.
• Isso deixa claro que sem a competência necessária, o professor não saberá avaliar se os métodos propostos é bom ou não. 
• A formação é fundamental para instrumentalizar o professor. Competência técnica: linguística e sistemas de escrita. 
Agora é sua Vez 
Tema 01: História da Língua Escrita 
Atividade 1
 Ao analisar o desenvolvimento dos sistemas de escrita há que se destacar uma aspecto: a relação entre escrita e necessidades da vida objetiva. Com a escolarização a alfabetização passa a ser feita pela escola, e o método silábico passa a dominar o alfabético. Contudo o povo simples e pobre continuava fora da escola. A que se atribui essa situação? 
R: A escola tinha caráter elitista, buscando manter a estrutura de poder da sociedade. Mesmo com a expansão do ensino, as crianças pobres eram “expulsas” da escola. 
Atividade 2 
• Mesmo com a sofisticação das cartilhas, as reprovações na primeira série ainda permanciam, uma alternativa foram os Manuais do professor. Porém isso não resultou positivo da mesma forma. Por que? 
R: Acreditava-se que bastava ter uma manual que orientasse o professor como utilizar a cartilha de forma pormenorizada. O enfoque era o mesmo ou seja no ensino e não na aprendizagem.
Atividade 3 
• Quais aspectos precisam ficar evidenciados na formação do professor alfabetizador? 
R: A importância da competência técnica, domínio dos conhecimentos de linguística e dos sistemas de escrita. 
Finalizando 
Tema 01: História da Língua Escrita 
Conclusão 
Historicamente os sistemas de escrita sempre foram simples e práticos sendo considerado uma tarefa simples e banal. A escrita surgiu do sistema de contagem usados para contar o gado ou quantidade de produtos negociados.
Na antiguidade as pessoas eram alfabetizadas aprendendo a ler algo já escrito e depois copiando. 
• Inicialmente copiavam palavras para depois chegar aos textos. 
• As cartilhas aparecem no Renascimento com a novas necessidades advindas da reorganização produtiva. 
• Houve o desenvolvimento das antigas cartilhas, os estudos divididos em lições e o ensino silábico aparece. 
• No Brasil a partir da influência de João de Deus (1870), surgiram outras cartilhas com métodos bem diferentes. 
• A partir da década de 1950 com a entrada das crianças mais pobres na escola, a ênfase é dada à escrita.
• Com a reprovação acentuada, foram criadas outras alternativas sendo uma delas o manual do professor. 
• Acreditava-se que o problema era a falta de conhecimento para o uso do material, pelo professor. 
• O manual não resolve o problema da reprovação e a busca por soluções recai nos testes psicológicos e no chamado período preparatório ou de prontidão. 
• Os pré-requisitos lógico formais exigidos nessa teoria colocavam a culpa nas próprias crianças principalmente as mais pobres que eram tachadas de deficientes e carentes.
• Apesar de ainda se observar a manutenção do método das cartilhas, há um número crescente de professores que procuram 
• Equilibrar o processo de ensino com o de aprendizagem, por meio de práticas diferenciadas. 
• Isso está articulado a uma sólida formação inicial em que a competência técnica esteja apoiada nos conhecimentos de linguística e dos sistemas de escrita – matemática, ciências – assim metodologia, psicologia e línguística serão o seu apoio.
Tema 2
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Objetivos 
• Compreender o que é alfabetizar. 
• Analisar o que deve ser considerado prioritário no processo de ensino e aprendizagem. 
• Refletir sobre a importância das escolhas do professor. 
O que é alfabetizar 
O principal objetivo das séries inicias do ensino fundamental é a alfabetização.Não é o único objetivo da escola, mas é o determinante para o indivíduo numa sociedade letrada.
Alfabetizar é ensinar a ler e escrever. Leitura e escrita estão vinculadas nesse processo. Escrever é uma decorrência do conhecimento que se tem para ler. O ponto crucial do trabalho é ensinar o aluno a decifrar a escrita. 
O segundo passo é ensinar o aluno a aplicar esse conhecimento para produzir sua própria escrita. Para isso a escola precisa ter clareza de objetivos e de instrumentos. Os alunos são falantes 
• O professor não precisa de início preocupar-se pelo fato de o aluno falar errado, isso não é requisito para aprender a escrever as palavras. 
• A variedade linguística adapta-se às exigências do contexto.
 Os alunos motivados para a alfabetização 
• As crianças com cinco anos podem ser alfabetizadas e é preciso conversar com elas sobre isso. 
• A escrita e a leitura têm muitos usos que precisam ser compreendidos ao longo da alfabetização. 
Decisão pelo melhor método 
• O melhor método será definido pela prática realizada pelo professor, e pelos conhecimentos sólidos e profundos da matéria que leciona. 
• Não é preciso que todos os professores façam as mesmas coisas e partam do mesmo ponto. 
• O que conduz o ensino e a aprendizagem é a interação desses dois processos e não a estrutura programática do método. 
• Quanto mais o professor dominar o conhecimento, melhor definirá o que fazer, como e quando.
O tempo para alfabetizar 
• Cientificamente está demonstrado que o tempo para que o aluno aprenda a decifrar o que está escrito é de mais ou menos três meses. 
• O tempo restante é o desenvolvimento dessa atividade. 
O tempo para alfabetizar 
• A chave da decifração da escrita é o ponto central, sem isso tudo o mais fica prejudicado. 
• Fala, leitura e escrita precisam de tempo para serem resolvidos e o professor precisa ter expectativas mais realistas. 
O comando está nas mãos do professor 
• As orientações advindas de outras instâncias, devem estar submetidas ao crivo do professor. 
• Ao professor cabe ter o domínio do conhecimento, a responsabilidade e o compromisso com seu trabalho.
Continuando 
Tema 02: A importância da Leitura e da Escrita 
Deve-se remanejar os alunos? 
Isso é uma forma de discriminação. Os alunos formam amigos, percebem os motivos do remanejamento e se sentem discriminadas. 
Ensinar é uma tarefa árdua e o professor encontrará crianças com maior ou menor dificuldades, e todos devem ser respeitados. 
As condições de trabalho 
• O professor deve traçar seu caminho e ter consciência de que não existem soluções prontas. 
• As condições de trabalho implicam dentre outras coisas, nas condições ambientais, de materiais e recursos.
• As salas precisam ter mais espaço, com menos alunos, materiais ao alcançe dos alunos e do professor. 
• O processo de aprendizagem é individual, e a alfabetização exige o atendimento às especificidades. 
A leitura e a escrita 
• Para alguém ser alfabetizado precisa aprender a ler. Nesse sentido, o professor pode prescindir do ensino da escrita mas não o da leitura. 
• Ler é decifrar a escrita, e pela leitura é que o aluno descobre como isso funciona. 
• A alfabetização tem outros objetivos além desses, especialmente na escola. Isso está ligado aos usos especiais que se faz da escrita. 
• O alfabetizador dará mais atenção à aquisição da habilidade de escrever.
• Na cartilha o importante é aprender a escrever juntando os pedaços, a progressão é rigorosa e o aluno deve seguir o modelo até dominar o exercício. 
• Isso leva o aluno a reproduzir um modelo e não a compreender o processo. 
• O aluno precisa (e ele pode!) refletir sobre o sistema de escrita. Ele precisa levantar hipóteses, testá-las, mostrar para o professor o que fez, explicar os motivos de fazê-lo, como lidar com o texto oral e escrito. 
• Esse processo varia em dificuldade de criança a criança. Aquelas que vivem em ambientes onde há livros, revistas, jornais, logo começam a se interessar por essas atividades.
• O professor deve fazer um levantamento dos conhecimento que seus alunos têm a respeito da escrita. 
• Respeitar o que a criança sabe e conhecer suas expectativas, motivará as crianças e facilita o trabalho do professor. 
Agora é sua Vez 
Tema 02: A importância da Leitura e da Escrita 
Atividade 1 
Considerando que escrever é decorrência do conhecimento que se tem para ler, qual é o melhor método? 
R: Quando o professor conhece bem o que deve ensinar, ele terá sua forma própria de fazê-lo, não há fórmulas prontas nem métodos únicos. 
Atividade 2 
 Qual deve ser o tempo previsto para que a alfabetização ocorra? 
• R: Quando se prioriza a decifração da escrita como o segredo da alfabetização, os alunos aprendem em menos de seis meses. 
Atividade 3
A descoberta da escrita é igual para todos os alunos? Como o professor deve proceder? 
• R: As crianças sofrem influência do meio em que vivem, para uma esse processo será mais fácil do que para outras. 
 Quando o professor der início ao trabalho deverá fazer com que as crianças explicitem o que já sabem a respeito da escrita. 
 Não é possível organizar bem o trabalho sem conhecer os alunos para definir os objetivos de acordo com a realidade.
Finalizando 
Tema 02: A importância da Leitura e da Escrita 
Conclusão 
O trabalho prioritário das séries iniciais é a alfabetização. Alfabetizar é ensinar a ler e escrever. 
O segredo da alfabetização é a leitura. Brincar, cantar, colar são atividades importantes mas não é ensinar a ler e escrever. 
Aos cinco anos a criança já tem condições de ser alfabetizada. Ela já aprendeu muitas coisas e aprender a ler e escrever nesse contexto é algo simples e banal. 
Quando o professor domina o conteúdo, saberá a melhor forma de conduzí-lo.
Quanto mais clareza o professor tiver em relação ao que espera de seus alunos melhor definirá os procedimentos e terá expectativas mais realistas. 
É imprescindível que o aluno tenha em mãos a chave da decifração da escrita. 
O aluno precisa aprender como o sistema de escrita funciona, como se lida com o texto oral e escrito, como funciona a ortografia e como se resolvem as dúvidas. 
Nem sempre o aluno que escreve corretamente sabe o que está fazendo.
Quando o professor permite ao aluno construir seu conhecimento, sabe que o resultado pode ser correto ou não uma vez que na construção não há como controlar tudo, do modo como acontece no método da cartilha.
Crianças que vivem em ambientes ricos em livros, revistas, jornais, materiais escritos terá mais interesse na escrita e no seu funcionamento. 
Por isso o professor deve conhecer a criança para não partir de um pressuposto falso.
Os alunos precisam ter boa explicação sobre a distinção entre desenho e escrita e que escrevemos com letras representando o som das palavras. 
As relações entre letras e sons não são transparentes. 
Quando alguém não alfabetizado pergunta como se escreve tal palavra, em geral se faz uma referência a letra inicial de algo conhecido, L de lata por exemplo. Mas essa relação não é evidente para o analfabeto, isso exige um grande esforço de análise.
O professor precisa de autonomia para realizar o trabalho de alfabetizar, mas precisa também de conhecimento para fazer suas escolhas de forma adequada.
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 03: A consciência fonológica no processo de alfabetização 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Compreender o que é a consciência fonológica e sua importância para a alfabetização. 
• Analisar dois tipos de método, um centrado no ensino e o outro centrado na aprendizagem. 
Definindo a consciência fonológica 
• Consciência de que as palavras são constituídas por sons ou grupos de sons e que podem ser segmentadas em partes menores. 
• É ter a ciência dos sons da fala (LIPPE, 2015)
• Envolve o reconhecimento pela criança de que as palavras são formadas por diferentes sons que podem ou não ser manipulados 
• Abrange não só a capacidade de reflexão, mas também a de operação comfonemas, sílabas, rimas e aliterações (MEDEIROS e OLIVEIRA, 2008).
Consciência sintática 
• Dentro da C.F. se refere à consciência da palavra seja na frase, na segmentação, na forma de distribuição números numa frase. 
• Significa a consciência das diversas formatações que a palavra assume numa frase. Consciência de sílabas 
• Envolve a habilidade de segmentar as palavras em sílabas; em contar o número de sílabas; em identificar a sílaba inicial e final e por fim, subtrair uma ou mais sílabas formando novas palavras (LIPPE, 2015).
• Se relaciona a capacidade de analisar os fonemas que compõem uma palavra e seu uso na formação de novas; quantidade de fonemas que compõem a frase; palavras a partir dos fonemas ditados ou citados; subtração ou a substituição dos fonemas para formar novas palavras. 
Fonologia 
• É o ramo da linguística que estuda como os sons da fala se organizam dentro de uma língua, classificando-os em unidades capazes de distinguir significados denominadas fonemas. 
Dois métodos utilizados na alfabetização: sintético e analítico 
• Método Sintético: também classificado como método fônico, parte de identificação de pequenos elementos para a formação de palavras, ou seja, da “parte” para o “todo” do texto. Relação entre fonemas e grafemas.
• Método Analítico: também classificado como método silábico, pois são dadas as crianças as palavras para que delas seja extraída as sílabas, ou seja, parte-se do “todo” para as “partes”. 
O método analítico 
• Nível pré-silábico: neste nível a criança não realiza nenhuma correspondência entre a fala e a escrita, qualquer traço ou rabisco é considerado a escrita para a criança; 
• Nível silábico: Neste nível a relação entre a fala e a escrita se tornam mais consistentes. A criança começa a se preocupar com a quantidade de palavras faladas e escritas, evidenciando nesta etapa grafismos mais definidos. 
• Nível silábico-alfabético: neste nível a criança conhece as sílabas e é capaz de identificar que as sílabas podem ser fragmentadas em unidades menores. Há o entendimento que o fonema não necessariamente é igual ao grafema e vice-versa. 
• Nível alfabético: neste nível inicia o processo de uma escrita regular, mais formal. A consciência fonológica agora se concentra ao nível dos fonemas, tornando-se um processo mais analítico e não mais automático.(LIPPE, 2015). 
Continuando
Tema 03: A consciência fonológica no processo de alfabetização
Os métodos básicos: o método de ensino e o método de aprendizagem 
O método voltado para o ensino: parte-se sempre de um modelo, uma palavra-chave, depois desmonta-se a palavras em sílabas, em seguida desmonta-se as sílabas em letras. Feito isso a palavra é remontada. 
O método voltado para o ensino 
Desmontar e montar as palavras da língua não é um uso natural nem da linguagem oral e nem da linguagem escrita. 
O aluno é levado a repetir para decorar e o mais importante é saber aplicar o conhecimento para realizar uma tarefa. 
Identifica-se que o aluno é exímio repetidor de palavras quando dominam sem saber o que significam. 
Quando precisam escrever uma palavra desconhecida, não conseguem – não fazem ou amontoam as letras.
Nesse método, se o aluno errou precisa repetir a lição, o ditado é um exemplo de atividade que só serve para demonstrar o que O aluno domina (decorou). 
Outra prática muito comum nesse método é a cópia, que serve de fixação do dominado.
 O método voltado para a aprendizagem 
É centrado na reflexão, e a partir do conhecimento que o aluno tem. 
Em vez de ditados o professor busca levantar a história de cada um; pedir para que os alunos façam desenhos ou rabiscos para ver como usam o lápis; utilizando explicações adequadas. 
Dar explicações adequadas requer saber a necessidade de esclarecimento de cada aluno e da classe como um todo. 
Cada aluno terá uma necessidade diferente, e o professor precisa ter competência para analisar todas as situações.
Ao errar o aluno precisa ouvir uma análise e receber uma explicação adequada para entender o que deixou de fazer. 
Buscar formas diferentes de ensinar as coisas pois se o aluno não entende de uma forma, poderá entender de outras. 
Qualquer coisa que o aluno faça ou deixe de fazer serve como material para avaliação da aprendizagem. 
Leva em conta o processo de aprendizagem, é sempre cumulativa exigindo uma comparação com o já aprendido. 
Toda criança entra para a escola com uma bagagem intelectual que ajuntou ao longo de sua vida. 
Tudo o que o aluno faz ou deixa de fazer tem uma razão de ser para ele, o professor precisa interpretar para poder ensinar.
O professor precisa buscar esclarecer os motivos dos erros dos alunos. Os erros escolares são sempre localizados e circunstanciais. 
Descobrir as ideias dos alunos pode ser um exercício fascinante e surpreendente. 
Agora é sua Vez 
Tema 03: A consciência fonológica no processo de alfabetização 
Atividade 1 
Mesmo procurando explicações adequadas, o aluno pode não chegar ao entendimento. O que se remenda ao professor? 
Se ele constatar, apesar de todos os esforços, que persiste a dúvida, deve passar para outro ponto, pois muitas vezes falta complementar a explicação.
Atividade 2 
Qual é o objetivo da avaliação do método centrado na aprendizagem? 
R: Tem como objetivo de analisar as decisões tomadas pelo aluno, para que o professor possa fazer as intervenções adequadas. 
Atividade 3 
O que é necessário para que a consciência fonológica auxilie no processo de alfabetização das crianças? 
É necessário que exista a formulação de hipótese sobre a escrita e que a criança consiga refletir a relação entre a fala e a escrita. 
Finalizando 
Tema 03: A consciência fonológica no processo de alfabetização
Conclusão 
A aquisição da escrita só ocorre quando a criança reflete sobre a sua fala, ou seja, quando ela consegue representar graficamente os sons da fala. 
Para que a consciência fonológica auxilie no processo de alfabetização das crianças, é necessário que exista a formulação de hipótese sobre a escrita por parte das crianças e que elas consigam refletir a relação entre a fala e a escrita.(LIPPE, 2015) 
Os dois métodos definidos pelo autor Cagliari (2009) são: um centrado no ensino e o outro na aprendizagem. 
O centrado do ensino enfatiza a sequência de um modelo transmitido que cabe a criança reproduzir por meio da memorização.
Um aspecto enfatizado pelo autor é que nesse método aprender é dominar e devolver o dominado ao professor. 
Por isso decorar é fundamental pois a repetição é a prática mais comum para dominar. 
O método centrado na aprendizagem busca inicialmente as referências na escrita e leitura trazidas pelos alunos. 
O ensino não pode ser somente coletivo, mas a maior parte do tempo voltado para como cada um aprende. 
Ajudar o aluno entender uma coisa, é fornecer explicações adequadas para o uso do conhecimento e isso requer do professor competência para analisar todas as situações de trabalho que enfrenta na sala de aula.
O objetivo deve ser levar o aluno a buscar soluções por si mesmo, com autonomia e para isso a escola deve ser um espaço 
No qual o aluno tenha oportunidade de produzir trabalhos espontâneos, realizem atividades partindo de sua iniciativa. 
Mesmo um trabalho com objetivos definidos, como fazer um cartaz, pode favorecer a expressão individual. 
O método centrado na aprendizagem é cheio de desafios e nunca um caminho linear. 
O que inicialmente parece um caos, por meio das intervenções e rotinas os alunos vão se organizando melhor, ainda que por caminhos diversos. 
O método não é a solução que resolve todos os problemas educacionais.
Porém o método centrado na aprendizagem demonstra melhor atender os objetivos da alfabetização. 
Ele exige um professor bem preparado e uma escola que seja uma oficina de trabalho
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 04: Métodos de alfabetização: sintético, analítico e misto. 
Profª. Maria Clotilde Bastos Objetivos
 • Compreender as características dos métodos de alfabetização:sintético, analítico e misto.
 • Analisar as influências desses métodos na forma de organizar o trabalho didático do alfabetizador. 
Os principais métodos de alfabetização – sintético, analítico e misto 
• A historia da alfabetização no Brasil é visível por meio dos métodos aplicados nos diferentes momentos históricos. 
• O método sintético parte da unidade para o todo – da letra para a síliaba, da sílaba para a palavra, etc
São derivados do método sintético 
• O método alfabético, método fônico e método silábico. 
No método alfabético, o processo de ensino decorre do nome das letras, para as sílabas e suas modificações e, por conseguinte, para as palavras e suas propriedades.(RAMOS, 2015). 
O método fônico 
• No método fônico, o processo de ensino parte do som da letra, o fonema, para a sua representação gráfica e, em seguida, para a sílaba, a palavra e a frase.(RAMOS, 2015). 
parei aqui
O método silábico
 • Utiliza-se as sílabas como unidades-chave, ensinam-se as vogais, com o auxílio de recursos ideográficos e, posteriormente, realizam-se exercícios de combinação de cada vogal com as diferentes consoantes, formando-se palavras. (RAMOS, 2015).
Quanto à escrita
 • Se restringia à caligrafia e ortografia, e seu ensino, à cópia, ditados e formação de frases, enfatizando-se o desenho correto das letras.(MORTATTI, 2006).
 O método analítico 
• Passa a ser divulgado a partir de 1880, tomam como unidade de análise a palavra, a frase e o texto. 
• São derivados: o método de palavração, de sentenciação, de contos (ou global). 
O método de palavração 
• São apresentados grupos de palavras que serão, posteriormente, reconhecidas por meio da visualização e configuração gráfica, mediante o recurso de memorização.
O método de sentenciação
 • A unidade-chave é a sentença, a qual, após o seu reconhecimento global e a sua compreensão, será segmentada em palavras e sílabas. 
O método global ou de contos
 • Parte do reconhecimento global e memorização do texto, para subsequente fragmentação em sentenças, palavras e finalmente, sílabas. (RAMOS, 2015).
 O método misto ou eclético 
• Emprega tanto a análise como a síntese, por meio de atividades que visam decodificar e codificar o símbolo gráfico, estabelecendo um ecletismo conceitual e metodológico no processo de alfabetização.
Quanto à escrita 
• A escrita continuou sendo entendida como uma questão de habilidade caligráfica e ortográfica, que devia ser • ensinada simultaneamente à habilidade de leitura. Continuando
 Tema 04: Métodos de alfabetização: sintético, analítico e misto. 
O construtivismo em alfabetização 
Na década de 1980 foi introduzido no Brasil o pensamento construtivista sobre alfabetização, resultante das pesquisas sobre a psicogênese da língua escrita desenvolvidas pela pesquisadora argentina Emilia Ferreiro e colaboradores.
O construtivismo em alfabetização 
Desloca o eixo das discussões dos métodos de ensino para o processo de aprendizagem da criança (sujeito cognoscente) e se denomina não como um método novo, mas como uma revolução conceitual, o que exige o abandono das teorias e práticas tradicionais. 
A emergência do pensamento interacionista 
• Também ocorre a partir da década de 1980 há uma disputa entre as teorias, que se dilui com a incorporação dos elementos de ambas no discurso dos educadores. 
O Método das cartilhas 
• Apesar de todas as interferências a prática mais comum na escola ainda se apoia na cartilha. 
• Quando o professor diz que não adota a cartilha continua usando o método das cartilhas (CAGLIARI, 1998).
• Princípio acrofônico consiste em dar às letras de um sistema de escrita uma denominação de modo que o nome de cada letra começa com essa mesma letra. 
• Parte de uma concepção de linguagem segundo a qual uma palavra é feita de sílabas, uma sílaba de letras, uma frase um conjunto de palavras e um texto um conjunto de frases. 
• Atividades de desmonte e reagrupamento. 
• A ideia que passa é que a linguagem é uma soma de tijolinhos representados pelas sílabas e unidades geradoras. 
• A variação linguística não é considerada, o aluno vai “ter” que usar a fala padrão mesmo que em casa usem outros dialetos.
• A cartilha faz uso da silabação a todo instante ao passo que o aluno já tem desenvolvido uma fala natural, e isso não é aproveitado na alfabetização. 
A linguagem oral precede a linguagem escrita, a linguagem é essencialmente oral. 
• Cagliari (1998) sugere que se inicie a alfabetização contando a história da escrita para as crianças, outro aspecto que pode ser utilizado é a invenção de sistemas de escritas pelos alunos. 
• Para isso eles podem ler e escrever no primeiro dia de aula. 
• Primeiro o aluno aprende a escrever e depois aprende a escrever conforme as regras, sem medo de perguntar.
• A escrita é a forma gráfica da linguagem oral, é necessário explicar os usos dessa linguagem e como se relaciona com a forma escrita. 
• O professor não pode ter medo de levar o aluno a sério indo direto ao assunto. (CAGLIARI, 1994) 
Agora é sua Vez 
Tema 04: Métodos de alfabetização: sintético, analítico e misto. 
Atividade 1 
Quais as características dos métodos – sintético, analítico e misto?
R: No método sintético parte da unidade para o todo, ou seja, da letra para a sílaba, da sílaba para a palavra, da palavra para a sentença. 
Nos métodos analíticos, o ensino parte do todo para em seguida, proceder-se à analise de suas unidades constitutivas, buscando-se romper com o princípio da decifração. 
O método misto ou eclético emprega tanto a análise como a síntese, por meio de atividades que visam decodificar e codificar o símbolo gráfico, estabelecendo um ecletismo conceitual e metodológico no processo de alfabetização. (RAMOS, 2015). 
Atividade 2 
Para Cagliari (2009)o método das cartilhas dá uma ideia falsa de ordem e organização. A que se deve isso? 
Todos os alunos devem fazer a mesma coisa, do mesmo modo ao mesmo tempo. O trabalho é igual e avança aos poucos.
 O caderno do aluno é uma cópia do caderno do professor, que deve estar bonito e perfeito. O resultado disso será observado nas próximas séries em que o aluno deve escrever espontâneamente. 
Finalizando 
Tema 04: Métodos de alfabetização: sintético, analítico e misto. 
Conclusão 
Nos dias atuais, assim como em outros momentos, a discussão sobre métodos de alfabetização se faz presente, ora com propostas de a desmetodização desse processo, criticando as cartilhas, até mesmo utilizando determinados métodos considerados tradicionais. 
A questão dos métodos é tão importante (mas não a única, nem a mais importante) quanto outras envolvidas nesse processo cujo maior desafio é a busca de soluções para as dificuldades das crianças em aprender a ler e escrever e dos professores em ensiná-las. 
Não é possível desconsiderar o passado que insiste em ser presente, uma vez que está operante em formas revestidas de novo. Conhecê-lo é criar as possibilidades de mudar para garantir o direito ao domínio efetivo da leitura e da escrita para as crianças. 
O método da cartilha “ronda” as práticas dos alfabetizadores. Se isso de início não parece problemático, nas séries posteriores virão As dificuldades dos alunos quando tiverem que escrever espontaneamente.
A cartilha enfatiza o trabalho com a sílaba onde cada lição se parte de uma palavrachave. Em seguida vem os exercícios de montar e desmontar palavras, de completar lacunas com sílabas, de forma mecânica e descontextualizada, que visam somente à memorização. 
A cartilha ignora a realidade linguística do aluno quando trabalha com textos que não contemplam a sua experiência de vida, desenvolvendo, assim, um trabalho descontextualizado. 
Outro problema frequente em ambientes que usam cartilhas é o fato de a atividade escrita prevalecer sobre a fala. O aluno vem para a escola com a habilidade de produzir textos orais. 
Ele se depara com textos artificiais, montados para finalidades específicas, que não correspondem à sua linguagem, com isso conclui que sua oralidade estáerrada e acredita que o modelo apresentado pela escola é o correto, o padrão ideal de texto a ser seguido.
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 05: Alfabetização e letramento de crianças, jovens e adultos. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Compreender as diferenças entre alfabetização e letramento. 
• Conhecer as regras para decifração da escrita. 
• Conhecer os procedimentos para estudo das letras. 
O letramento 
• Fenômeno distinto do denominado alfabetização, que ocorre em meados da década de 1980. 
• Ser letrado é mais do que saber ler e escrever; é ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita.
• No Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado a uma inadequada e inconveniente fusão dos dois processos (SOARES, 2009). 
• Derivou-se da concepção construtivista de alfabetização uma falsa inferência, a de que seria incompatível com o paradigma conceitual psicogenético a proposta de métodos de alfabetização (SOARES, 2009). 
• Outro falso pressuposto foi de que apenas com o convívio intenso com o material escrito que circula nas práticas sociais do convívio com a cultura escrita as crianças se alfabetizam.
A alfabetização e o letramento 
• Nesses processos um é condição do outro, isto é, alfabetização é condição para o letramento existir e vice-versa; e um não precede o outro.(FIORILLO, 2015). 
• É preciso integrar esses processos sem perdem de vista sua especificidade reconhecendo a diversidade de métodos • Pois a natureza de cada aspecto é que irá determinar os procedimentos de ensino. 
A alfabetização e o letramento na EJA 
• Aprendizagem é algo que ocorre internamente à pessoa, por meio de sua ação. 
• Os métodos não criam a aprendizagem, a escolha da metodologia está ligada ao que se pretende com o aluno.
• Uma metodologia é ativa quando estimula o aluno a pensar sobre o que faz, a resolver problemas. 
• Na EJA a forma de abordagem deve ser diferente daquela utilizada com as crianças. 
• Escolher atividades que tenham significado para os alunos: tiras com seus nomes, montagem de cartaz com suas datas de aniversário, fazer um levantamento sobre o que esperam da escola com registro no quadro, fazer uma listagem dos ... 
• Estados de origem dos alunos, preencher uma ficha pessoal e explicar sua necessidade, elaborar textos coletivos, dentre outros. 
• As atividades devem ser significativas.
Continuando 
Tema 05: Alfabetização e letramento de crianças, jovens e adultos. 
Leitura e escrita 
• Alfabetizar é em sua essência ensinar alguém a ler, a decifrar a escrita (CAGLIARI, 2009). • Na alfabetização a leitura como decifração é o maior objetivo a ser atingido. 
• A leitura como forma de pesquisar adquire importância secundária. Depois que o aluno se torna fluente na leitura, sabe decifrar a escrita com facilidade o uso da leitura como pesquisa torna-se o objetivo mais importante.
Alguns aspectos necessários para decifração da escrita 
• Dentre outros destacamos, conforme orientação de Cagliari (2009): 
• Conhecer o sistema de escrita: saber distinguir um desenho de uma manifestação de escrita. 
• Conhecer as letras: aprender a distinguir as letras entre si e com relação a outros sinais e marcas da escrita. 
• Saber o nome das letras é importante para poder conversar a respeito do que é letra e o que não é. 
• Conhecer a categorização funcional das letras: não se pode escrever qualquer letra em qualquer posição numa palavra. 
• No aspecto gráfico é usada exatamente da maneira como é exigida na ortografia.
• Conhecer a ortografia: ela comanda a função das letras no sistema de escrita, estabelecendo a ordem dos caracteres na palavra e o valor fonético da cada um, conforme a linguagem oral. 
• Conhecer as relações entre letras e sons: existem regras que controlam os valores fonéticos que as letras podem ter numa língua. Essas regras podem transforma-se em exercícios em aula, por meio de jogos e adivinhas, por exemplo. 
• Conhecer a linearidade da fala e da escrita: a escrita segue da esquerda para a direita, porém as pausas da fala nem sempre tem • correspondência fixa com as pausas ou sinais de pausa, no processo da escrita.
• Os alunos precisam saber que as letras estão dispostas em linhas e que uma letra sucede a outra, da esquerda para a • direita linha por linha. 
• Toda letra tem uma forma básica. 
• Os alunos precisam saber por onde começar a ler ou a escrever, e onde terminar, o que são palavras isoladas e o que é um texto. 
• Colocar um cartaz bem grande na sala com as letras do alfabeto, para que os alunos consultem. 
• O professor poderá pedir para os alunos ditarem palavras para verem como são escritas e para proceder a análises.
• Poderá realizar uma análise geral da palavra dizendo o nome de cada uma das letras que a compõem. 
• O professor pode, com a turma, fazer o levantamento dos sons que as letras têm. Alguns aspectos necessários para decifração da escrita 
• E fazer um levantamento das letras que são usadas para representar um mesmo som. Montar uma lista de palavras para mostrar as funções das letras será um procedimento cotidiano.
 Agora é sua Vez 
Tema 05: Alfabetização e letramento de crianças, jovens e adultos.
Atividade 1 
• Quanto à diferença alfabetização e letramento, a alternativa que vai ao encontro na distinção dos termos é:
 A - Alfabetização e letramento são processos diferentes, e para garantir o domínio da leitura e da escrita é preciso que o indivíduo seja alfabetizado. 
B - Alfabetização e letramento são processos diferentes, inseparáveis e independentes, mas a alfabetização prioriza a leitura e o letramento a leitura e a escrita. 
C - Alfabetização e letramento são processos praticamente iguais, ... 
• inseparáveis e independentes, fica sob responsabilidade do professor qual pratica aplicar uma vez que cada sala, cada aluno possui características diferentes a cada ano. 
D - Alfabetização e letramento são processos diferentes, inseparáveis e independentes, …
 Complementam-se em suas aplicabilidades e especificidades, alfabetização é condição para o letramento existir e vice-versa; e um não precede o outro. 
Resposta: Letra D 
Atividade 2 
• No que consiste a competência técnica do professor para ensinar a ler e escrever? 
• Ele deve fazer muitas coisas como educador, formação geral, conhecer a linguagem e a língua portuguesa em particular, etc. 
Finalizando 
Tema 05: Alfabetização e letramento de crianças, jovens e adultos.
Conclusão 
Para alfabetizar letrando, é necessário enriquecer e diversificar o ambiente escolar com livros, vídeos, filmes, desenhos, música, dança, e todas as formas e vivências culturais mais amplas. 
Alfabetização e letramento são processos cognitivos e metodológicos diferentes, inseparáveis, e não excludentes. Complementam-se em suas aplicabilidades e especificidades. 
Um é condição do outro, isto é, alfabetização é condição para o letramento existir e viceversa. Na EJA o jovem e o adulto trazem suas experiências de vida que devem ser o ponto de partida de sua alfabetização.
Aprender a ler e escrever não acontecerá para todos do mesmo jeito e ao mesmo tempo. Segundo Oliveira (1999), a homogeneidade dos alunos jovens e adultos se dá por sua: adultez, condição de excluídos da escola,condição de membros de determinados grupos culturais. 
O desafio de aprender a ler é o mesmo para o adulto e para a criança, o professor deverá buscar o método mais adequado conforme as condições apresentadas pela turma, e as referências de leitura já vivenciadas. 
O processo de decifração da escrita pode seguir as mesmas regras, uma vez que para escrever o aluno precisa aprender a ler. Essa deve ser a preocupação inicial do professor, e para isso irá utilizar dos recursos e materiais que forem necessários.
Cartazes, listas, relação dos nomes, fichas individuais, cardápio da merenda, lista de compras, são apenas alguns dos recursos que devem fazer parte do repertório do professor para criar as situações de aprendizagem.Didática da Alfabetização e do Letramento
Tema 06: A abordagem construtivista na aquisição da leitura e da escrita. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Refletir sobre o que é o construtivismo e como influenciou as teorias educacionais. 
• Compreender o pensamento construtivista na alfabetização. 
• Analisar as práticas construtivistas empreendidas pela escola. Sobre o construtivismo 
• O termo hoje designa um conjunto teórico e de práticas que abrange a obra de muitos autores e desdobramentos práticos diversificados. 
• Os métodos pedagógicos “ditos” construtivistas são construções baseadas na teoria formulada por Piaget.
Sobre o construtivismo 
• Principalmente sobre o desenvolvimento infantil (ou em algum tema contido nela) e/ou em autores que desenvolveram suas pesquisas na mesma linha.(SANCHIS;MAHFO UD, 2010). 
• Piaget é apontado como o primeiro pesquisador na área de ciências humanas a utilizar o termo construtivismo quando formulou sua teoria da epistemologia genética, a fim de indicar o papel ativo do sujeito na construção de seu conhecimento. 
Sobre o construtivismo 
• A especificidade do construtivismo de Piaget está no fato de que o processo ativo de interação sujeito/mundo, possibilita a construção de estruturas de compreensão cada vez mais equilibradas.
• E uma estruturação (em termos de significado) cada vez mais abrangente do mundo (SANCHIS;MAHFOUD, 2010). 
• A inteligência não principia, pelo conhecimento do eu nem pelo das coisas como tais, mas pelo da sua interação e é orientando-se simultaneamente para os dois pólos dessa interação que a inteligência organiza o mundo, organizando a si própria (PIAGET, 1975). 
Equívocos em relação ao construtivismo 
• Alguns autores afirmam que o construtivismo não é uma teoria pedagógica e um dos erros na sua interpretação é a ideia de que o sujeito deve construir tudo por si mesmo, que é solitário na construção do conhecimento…
• ou de que aprende unicamente mediante a manipulação de objetos físicos.(DELVAL, 2000). 
• Esse fenômeno também pode ser aplicado aos estudos de Ferreiro e Teberosky. 
• Isso em função de que muitos pedagogos se apropriam dos resultados encontrados, procurando “aplicá-los” ou transformá-los em um método eficiente de alfabetização. 
• Ao se reduzir a teoria construtivista a apenas uma técnica metodológica, ou reduzindo-se o desenvolvimento infantil a uma sequência de estágios, reduz-se também a noção de sujeito.
Continuando 
Tema 06: A abordagem construtivista na aquisição da leitura e da escrita 
As contribuições de Ferreiro e Teberosky 
• Desenvolveram suas pesquisas com fundamentos psicolinguísticos, deixando claro que a teoria piagetiana não contava com pesquisas suficientes para dar conta da linguagem. MENDONÇA; MENDONÇA, [2000]). 
• Emília Ferreiro não condena didática alguma, não prescreveu métodos, nem os indicou. 
• Nem o construtivismo, nem a Psicogênese da língua escrita são métodos. (MENDONÇA;MENDONÇA [2000]).
• A Psicogênese da língua escrita descreve como o aprendiz se apropria dos conceitos e das habilidades de ler e escrever. 
• Descreve o aprendiz formulando hipóteses a respeito do código. 
• Num caminho representado nos níveis pré- silábico, silábico, silábico-alfabético, alfabético. 
• Na fase pré-silábica o aprendiz ignora que a palavra escrita representa a palavra falada.(MENDONÇA; MENDONÇA, [2000]). 
O nível silábico 
• No nível silábico há vinculação do discurso oral com o texto escrito, da palavra escrita com a palavra falada. 
• O aluno descobre que a palavra escrita representa a palavra falada.
O nível silábico alfabético 
• No nível alfabético, o aprendiz analisa na palavra suas vogais e consoantes. 
Acredita que as palavras escritas devem representar as palavras faladas, com correspondência absoluta de letras e sons.
Consequências na alfabetização
 • No final da década de 1980, Secretarias de Educação, motivadas pelo constatado fracasso escolar dos alunos da 1ª série iniciaram um trabalho de elaboração de Propostas Pedagógicas e de treinamento com base no “construtivismo”! 
• Sob o impacto das descobertas de Ferreiro e Teberosky (1986), houve uma tentativa de metodização da Psicogênese da língua escrita. 
• Tentaram criar um método revolucionário, inovador de alfabetização, muito diferente do método das cartilhas.
• Disso decorreram grande equívocos que causaram constrangimentos às autoras. 
• Por exemplo: a relação entre letramento e alfabetização; o aluno aprende só de ver o professor escrever; não é preciso buscar métodos;... 
• ...o professor não pode corrigir o aluno; as autoras jamais se posicionaram contra o ensino da sílaba, porque a sílaba é intuitiva na fala do alfabetizando em línguas neolatinas. 
Existem métodos efetivamente construtivistas? 
• Conforme Oliveira (2002) faltam estudos científicos que efetivamente comprovem os resultados de métodos que se dizem construtivistas. 
Outro aspecto apontado pelo autor é a dificuldade de se afirmar quando um método é ou não construtivista.
• Embora o construtivismo não possa ser designado como método, como movimento social, ele representou e pode representar uma importante contribuição para a educação. 
Aspectos que devem ser considerados
 • Não se pode atribuir a seguidores do construtivismo o problema do baixo desempenho dos alunos das escolas brasileiras - que é muito maior do que uma questão de métodos didáticos. 
Agora é sua Vez 
Tema 06: A abordagem construtivista na aquisição da leitura e da escrita.
Atividade 1
 • Qual é a dificuldade para se definir o construtivismo na alfabetização? 
No Brasil não existem propostas teóricas originais que permitiriam caracterizar algum autor nacional como “construtivista”. 
• O que existe são pessoas que se autointitulam construtivistas seja divulgando idéias e instrumentos desse movimento seja considerando-se um praticante dessas idéias. (OLIVEIRA, 2002) 
Atividade 2 
• Um dos equívocos em relação ao trabalho da Ferreiro e Teberosky se relaciona a afirmação de que a criança não precisa ser ensinada, ela aprende sozinha. Explique.
 • Esse foi uma das idéias propagadas na constituição de muitas orientações pedagógicas.
• Alfabetizar exige trabalho sistemático com objetivos determinados, com carga horária diária, concentração, esforço, persistência e determinação. 
• O professor pode realizar atividades que envolvam o manuseio e reconhecimento de letras associadas ao som da fala, trabalhar com os nomes dos alunos reconhecendo letras iniciais, mediais e finais, leitura de parlendas, letras de músicas, poesias, etc, com outras que envolvam o reconhecimento de grafemas (letras) associados a fonemas (sons). 
Finalizando 
Tema 06: A abordagem construtivista na aquisição da leitura e da escrita.
Conclusão
 • Embora exista uma legião de educadores se intitulando construtivista, existem poucos trabalhos científicos no Brasil que permitam uma analise objetiva do que seja esse “fenômeno”. 
Conclusão 
• Seria mais fácil e adequado caracterizar o construtivismo como um “movimento” de educadores do que como uma teoria, no sentido formal da palavra. (OLIVEIRA, 2002) Conclusão 
• Uma teoria pressupõe a existência de pressupostos que podem ser verificados e falsificados, se houver evidência contrária. 
• No Brasil, o movimento construtivista se confunde, no tempo, com inúmeros outros fatores difíceis de serem separados.
• Esses movimentos giram em torno da insatisfação com a centralização e o autoritarismo característicos do regime vigente entre 1964 e 1985.
• Além disso, muitos dos que se dizem construtivistas descrêem do valor da ciência. 
• Esses movimentos giram em torno da insatisfação com a centralização e o autoritarismo característicos do regime vigente entre 1964 e 1985. 
• Além disso, muitos dos que se dizem construtivistas descrêem do valor da ciência. 
• Para Oliveira (2002) a vinculação do construtivismo com o anti-intelectual, o anti-racional e o anti-científico transformaram a teoria aplicada à alfabetização num desserviçoà educação.
• Evidências demonstram a necessidade de pesquisas que revelem efetivamente as práticas empreendidas pelos educadores
 • E de que forma o chamado construtivismo vem sendo realizado. 
• Além disso há necessidade de materiais que de fato possibilitem aos professores a compreensão de sua tarefa no sentido de Buscar a comprovação científica ao que está sendo proposto para o seu trabalho. 
• A alfabetização precisa ser compreendida como um assunto técnico, e de domínio de áreas científicas. 
• Tem que ser submetida ao rigor próprio do método científico para demonstrar evidências e resultados.
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 07: Alfabetização em uma perspectiva inclusiva. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Conhecer as orientações legais no País para a inclusão de aluno com necessidades educativas especiais. 
• Analisar os aspectos que envolvem os diferentes tipos de necessidades, no processo de alfabetização. 
A escola inclusiva 
• A escola hoje tem se preocupado em proporcionar melhor qualidade de ensino às pessoas com deficiência, tentando minimizar suas dificuldades buscando incluí-las nas atividades e na escola como um todo.
• A legislação garante que a educação, dever constitucional do Estado, é um direito de todos e a Educação Especial inicia-se durante a Educação Infantil, na faixa etária de zero a seis anos, devendo ocorrer, preferencialmente, na rede regular de ensino. 
A deficiência e o transtorno 
• Existe uma diferença conceitual entre deficiência e transtorno; a deficiência caracteriza-se como a situação de impedimento de longo prazo que pode ser de natureza física, intelectual, mental ou sensorial. 
 Ela pode levar ao impedimento da participação plena da pessoa na sociedade. 
• As deficiências podem ser: auditivas, visuais, intelectuais, físicas, múltiplas, dentre outras.
• Já os transtornos podem ser caracterizados como as alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento nas relações sociais, na comunicação,estereotipias motoras, podendo incluir: o espectro do autismo, síndrome de Rett, dentre outros. 
• Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros (BRASIL, 2008). 
A deficiência motora
• A deficiência motora caracteriza-se pelos impedimentos nos movimentos e na coordenação de membros e/ou de cabeça, em que a pessoa necessitará de adaptações que garantam a acessibilidade motora. (BRASIL, 2012).
• Os recursos de tecnologia assistiva utilizados na prática pedagógica dependerão das necessidades de cada estudante e de suas especificidades. 
• Devemos conhecer os recursos disponíveis na escola, desde as condições de acessibilidade física, até materiais pedagógicos adequados: lápis e canetas ajustados à condição do aluno, alfabeto móvel, pranchas com letras e palavras, …
• computadores, teclados e mouses acessíveis, acionadores, órtese de mão funcional para escrita e digitação, ponteiras de boca ou cabeça. 
• Se não for possível manejar um lápis, se propõe uso de outro instrumento, letras em emborrachado ou em madeira.
• teclado comum ou adaptado; ou mesmo um escriba que anote letras indicadas em uma prancha. 
Continuando
 Tema 07: Alfabetização em uma perspectiva inclusiva. 
A deficiência intelectual 
• A criança com deficiência intelectual também pode ter acesso aos mesmos conteúdos das demais crianças. • Dependendo da situação, as tecnologias podem ser um importante recurso
• Assim como qualquer outra criança, as com deficiência intelectual podem ser alfabetizadas na mesma turma de ensino regular. 
• O tempo da criança precisa ser respeitado e a escola precisa pensar sobre as especificidades desses alunos.
• No desenvolvimento da consciência da escrita em crianças com cegueira, o professor precisará prever situações 
• Pois elas não têm as mesmas possibilidades de contato com a riqueza de material gráfico emergente no universo da escola e da família. 
A deficiência auditiva 
• Crianças surdas ou com deficiência auditiva, podem utilizar certos recursos de tecnologia assistiva, como aparelhos de amplificação sonora, sistema de frequência modulada e implante coclear auxiliam no processo de oralização (BRASIL, 2012).
• Isso se dá pela compreensão da importância da audição para alfabetizar em uma língua oral auditiva, cuja escrita alfabética é um sistema notacional. 
 • Não há limitações cognitivas ou afetivas inerentes à surdez, tudo depende das possibilidades oferecidas pelo grupo social para seu desenvolvimento, em especial para a consolidação da linguagem (GÖES, 1996). 
• O professor precisa saber que a pessoa surda percebe e compreende o mundo por meio da visão, preponderantemente, assim • deve nortear as atividades no sentido de que sejam explorados os recursos visuais (BRASIL, 2012).
A sala de recursos multifuncionais 
• As Salas de Recursos Multifuncionais (SRMF) foram instituídas pelo Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais, via Portaria nº 13, de 24 de abril de 2007 (BRASIL, 2012). 
• De acordo com o §1º do artigo 1º do Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011, considera-se público-alvo da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação. 
• Não deve ser confundido com sala de reforço, e sim como um ensino complementar. 
• Deve ocorrer no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado. 
 • Cabe ao professor, elaborar, executar e avaliar um plano de atendimento educacional especializado para o aluno; 
• definir cronograma e atividades dos alunos, respeitando seus interesses, ... 
 • organizar as estratégias pedagógicas e elaborar e utilizar recursos acessíveis (BRASIL, 2012). 
Agora é sua Vez 
Tema 07: Alfabetização em uma perspectiva inclusiva.
 Atividade 1 
• Considerando-se as políticas educacionais vigentes, quais são as principais atribuições dos sistemas regulares de ensino em uma perspectiva inclusiva? 
• Considerando-se as políticas educacionais atuais, os sistemas regulares de ensino em uma perspectiva inclusiva devem disponibilizar recursos humanos e materiais que assegurem o acesso físico, pedagógico e aos meios de comunicação e que propiciem a aprendizagem e o atendimento das necessidades educacionais de alunos com deficiência, altas habilidades/superdotaçã o e transtornos globais do desenvolvimento. 
Atividade 2
 • No próximo ano, a professora Beatriz receberá em sua turma de alfabetização um aluno com cegueira congênita. Considerando-se as necessidades educacionais de alunos com deficiência visual no processo de alfabetização, como deverá pensar sobre o trabalho a ser realizado com o aluno?
 • realizar adequações nos recursos e materiais empregados que considerem as especificidades do aluno com deficiência visual e que viabilizem o acesso ao currículo oficial. 
• dispor de materiais pedagógicos adaptados com letras e números em relevo, figuras e mapas táteis, recursos de tecnologia assistiva, entre outros. 
Finalizando 
Tema 07: Alfabetização em uma perspectiva inclusiva.
Conclusão
 • A educação inclusiva introduz, um novo paradigma educacional, baseado em uma concepção de direitos humanos, em que • igualdade e diferença são considerados valores indissociáveis (BRASIL, 2008). 
• Representa um grande desafio na medida em que demanda uma ressignificação do contexto escolar, exigindo transformações no âmbito das políticas e sistemas educacionais. 
 • Cabe à escola criar as condições de acesso, de participação e de aprendizagem a todos os alunos, por meio de procedimentos individuais de ensino, recursos didáticos e tecnologias assistivas que atendam às necessidades conforme suas características.
• A cada necessidade, corresponderá um conjunto de suportes que favorecerão o trabalho do professor alfabetizador. 
• Ao aluno com deficiência física corresponderão recursos que favoreçam sua interação conforme... 
 • Se manifestesuas limitações. Ao aluno com deficiência auditiva, a prática educativa deve orientar-se segundo pressupostos de uma educação bilíngue reconhece a língua de sinais como natural e primeira língua do surdo e…
 • assume o aprendizado da Língua Portuguesa na modalidade escrita como segunda língua. 
• aluno com deficiência visual o acesso ao currículo oficial, assim como por meio da aplicação do sistema Braille, soroban, …
• recursos ópticos, lupas manuais e eletrônicas, softwares como ampliadores de tela, leitores de tela, teclados virtuais, simuladores de mouse, materiais pedagógicos adaptados com letras e números em relevo, figuras e mapas táteis, entre outros. 
 • A educação especial também atende os alunos com altas habilidades ou superdotação e alunos com transtornos 
• Globais do desenvolvimento. 
• As Salas de Recursos Multifuncionais são importantes suportes Para o processo de aprendizagem e devem ser previstas e pensadas em articulação ao trabalho desenvolvido na sala de aula Regular com acompanhamento do professor.
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 08: Competências docente para a alfabetização e o letramento​. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Analisar aspectos fundamentais para a formação do professor alfabetizador. 
• Compreender a necessidade da competência 
• Técnica, pedagógica e política.
 • Conhecer os elementos necessários para uma prática reflexiva. 
A criança nas séries iniciais do EF 
• O ingresso no EF inaugura um período diferenciado de aprendizagens na experiência infantil, pela ampliação do convívio da criança com processos sistemáticos e intencionais de ensinoaprendizagem.
 • O aprendizado adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam impossíveis de acontecer.(VIGOTSKI, 1998). 
A formação inicial do professor alfabetizador 
• A formação docente deve consubstanciar-se em parâmetros que considerem as diferentes dimensões que marcam o fazer docente: técnica, política, humana, ética, dentre outras. 
A formação inicial do professor alfabetizador 
• O professor deve ser visto como sujeito crítico e criativo, com potencial para transformar sua própria prática diante das exigências que esta lhe faz.
 • A prática do professor é situada e tem uma intencionalidade, às vezes implícita. No caso do alfabetizador, isso pode se traduzir na compreensão do processo de alfabetização como processo político. 
Aspectos fundamentais em relação à prática pedagógica
 • Para levar os alunos a pensar sobre o sistema alfabético e compreender os princípios que o constituem, é necessário diversificar as atividades. 
• É preciso conhecer e refletir sobre diferentes tipos de atividades e os Aspectos fundamentais em relação à prática pedagógica conhecimentos e capacidades mobilizados por meio delas para um bom desenvolvimento com a mente e com o corpo. (SALES, 2000). 
 É preciso refletir sobre os diferentes tipos de agrupamento e sobre como lidar com a heterogeneidade em cada um desses tipos de agrupamento. (SALES, 2000). 
• Não é a atividade em si que conduz ao conhecimento, mas a ação do aluno. 
• As informações e intervenções que o professor realiza durante a atividade, assim como pelas trocas de informações entre pares (interação entre alunos) são as mediações necessárias. 
 • Ao professor cabe, refletir sobre as formas de intervir e sobre os tipos de questionamentos que fará em diferentes atividades. (SALES, 2000). 
Continuando 
Tema 08: Competências docente para a alfabetização e o letramento​. 
O professor como educador 
• Significa olhar para o aluno e compreender o que se passa com ele. • Significa levar em conta se aquele é o momento adequado para o que pretendem fazer e se aqueles alunos se enquadram no caso que querem aplicar.(CAGLIARI, 2009) 
 • Significa conhecer o aluno e depois dizer a ele de maneira clara, honesta e adequada o que os educa de fato, para a vida.
 O plano de aula como instrumento útil 
• O plano deve deixar claro: a intencionalidade das atividades e recursos pedagógicos, • os objetivos devem ser claros, o plano deve considerar o perfil dos alunos em sala de aula 
Os conteúdos devem estar estruturados de forma sequenciada. 
Para o acompanhamento do progresso dos alunos 
• Aplicar sistematicamente instrumentos que possibilitem avaliar o processo ensinoaprendizagem, analisar a natureza das dúvidas suscitadas pelos alunos, conforme o nível de desenvolvimento, 
• Conforme visualizar dificuldades, desenvolver atividades pedagógicas diferenciadas para as crianças nesta Situação. (FARIAS, 2015).
Fatores relacionados à individualidade de cada aluno 
• Acolher os alunos e principalmente em suas questões afetivas, criança que se sente amparada aprende com mais facilidade, ser ético na relação, principalmente pautando o respeito à diversidade e respeito ao próximo, 
 • oportunizar, sempre que possível, a autoestima, criatividade e espontaneidade, facilitando o processo de aprendizagem. 
• Intervir, quando necessário, para a instauração da autonomia do aluno.(FARIAS, 
 A competência docente 
• O professor não é técnico nem um improvisador, mas sim um profissional que pode utilizar o seu conhecimento e a sua experiência para se desenvolver em contextos práticos preexistentes.(SACRISTÁN, 1995). 
• O sentido da profissão de docente não é ensinar, mas fazer o aluno aprender. 
• A competência implica sempre a articulação de diferentes conhecimentos. (MELLO, 2000) 
 • No caso do professor, isso significa organizar informações de conteúdo especializado, de didática e prática de • ensino, de fundamentos educacionais e de princípios de aprendizagem. 
• participar da elaboração do PPP sabendo trabalhar em equipe; e estabelecer relações de cooperação dentro da escola e com a família dos alunos. (MELLO, 2000). 
 • O professor competente não se limita a aplicar conhecimentos, mas possui características do investigador em ação. 
Agora é sua Vez 
Tema 08: Competências docente para a alfabetização e o letramento​. 
Atividade 1 
• O professor alfabetizador ao planejar seu trabalho e escolher os recursos pedagógicos apropriados deve levar em conta que: 
• A - O professor deve promover um ambiente alfabetizador, mas com pouca ênfase em espaços lúdicos e materiais escritos próprios do universo infantil. 
• B - O educador deve organizar a turma de diferentes formas, porém sem se importar com a interação em grupos. 
• C - Preocupar-se com o contexto do qual a criança advém, porém esse aspecto é importante, mas não essencial. 
• D - O saber fazer do professor alfabetizador deve oportunizar a aprendizagem compartilhada e a inserção da criança na cultura escrita.
 Atividade 2 
• Qual é o papel da relação professor aluno na alfabetização e letramento? 
• a tarefa de ensinar implica numa relação plena e constante do professor com o aluno, não só no conhecimento,mas também na capacidade de questionar a criança que, nas situações de aprendizagem, vai desenvolver cada vez mais a habilidade de fazer perguntas. Faz-se necessário, portanto, valorizar a curiosidade, o espírito de busca, a imaginação, a autonomia. 
Finalizando 
Tema 08: Competências docente para a alfabetização e o letramento​. 
Conclusão 
• Paulo Freire nos anos de 1960 destacou e condenou a prática de reduzir a alfabetização ao ato mecânico de depositar palavras, sílabas e letras nos alfabetizandos, como se estes fossem recipientes vazios carentes de qualquer conteúdo. Não basta tão só ensinar a ler palavras, já que apenas a apreensão dos signos, a ideia é que a leitura produza um comportamento, porque ela é antes leitura do mundo. 
• O professor alfabetizador, é o profissional que irá planejar e implementar ações pedagógicas que visando o desenvolvimento das habilidades de ler e escrever com compreensão.
 • As ações do professor ocorrem de forma articulada aos instrumentos: PPP, plano de curso e plano de aula. 
• A complexidade do processo de alfabetização,exige do professor competências para... 
 Orientar os alunos na compreensão e na valorização da linguagem como espaço de interação social, produção e circulação do Conhecimento, e estruturação da identidade individual e coletiva.(CERTIFICA, 2000). 
 • O professor alfabetizador deve reconhecer a importância do planejamento para o sucesso do processo de ensino-aprendizagem. 
• Além disso precisa estar qualificado para conduzir o processo a partir do domínio dos conceitos e
• Teorias de aprendizagem, no processo de construção da escrita e da leitura. O conhecimento da Língua Portuguesa e da Literatura infantil, são indispensáveis ao exercício da profissão.
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 09: Produção de textos espontâneos e sua avaliação. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Conhecer os aspectos relevantes dos textos na alfabetização. 
• Compreender a importância da produção pelo aluno. 
• Analisar as formas de interferência e correção dos textos das crianças. 
O que é um texto 
• Quando as pessoas pensam e falam guiamse pelo significado, permanecendo no inconsciente os conhecimentos para o • controle da linguagem.
• Somente quando acontece alguma coisa diferente com o significado ou com os sons é que se busca as regras. 
• Caso contrário tudo acontece normalmente a gramática é o que menos interessa. 
• Quando se passa a escrever com fluência deixa para o domínio do subconsciente as regras que regem o sistema de escrita, 
• Guiando-se apenas pelo seu significado. 
• Quando se interrompe, é em geral buscando melhor forma de se expressar. 
Textos orais e escritos 
• Tudo o que se diz, mais o contexto em que é dito, forma um discurso ou texto. 
Outra coisa é o modo como esse texto é Apresentado e a finalidade para a qual é feito. 
• Os textos tem estilos diferentes, sejam textos escritos ou orais.
 • Alguns professores pensam que na fase da alfabetização, a criança não sabe lidar bem com textos e por isso dão em aula apenas 
• Frases isoladas. 
• Essa concepção foca somente nos estilos culturalmente exigidos na escola, supondo que na fala comum não existe um texto ou um estilo que tenha valor. 
• Quando entram na escola, as crianças lidam com a linguagem como qualquer falante nativo. 
• A criança que está se alfabetizando poderá aproveitar melhor por ser mais natural lidar com textos do que com palavras isoladas, 
• Sílabas ou outros segmentos. 
• Por isso o professor deve privilegiar situações em que predominem os textos.
O texto do aluno 
• Incentivar a criança a ler e escrever texto e não palavras isoladas, soltas. 
• Dar explicações às crianças do que está 
• Fazendo e do que pretende fazer, mostrando o funcionamento da linguagem. 
• Levar o aluno a analisar e refletir o que conhecem da linguagem através da introspecção da própria fala. 
• Quando aprendem a falar e a ouvir a linguagem diante de textos, as crianças passam a dominar não só os sons da fala... 
• e os significados das palavras, como também as formas de argumentar, a coesão e a coerência dos textos e o uso literal e metafórico da linguagem.(CAGLIARI, 2009).
• Um ensino baseado na repetição excessiva de elementos para a fixação da aprendizagem, não possibilita a compreensão da função da linguagem e o aluno começa a produzir textos que são um amontoado de palavras. 
Continuando 
Tema 09: Produção de textos espontâneos e sua avaliação. 
O planejamento dos textos 
• Na produção dos primeiros textos pela criança, não vale a pena ficar tratando de planejamento de texto. 
• Basta o professor dizer que escrevam o que quiserem, do jeito que quiserem sobre o que o professor definir ou o que optarem.
 • O texto oral pode ser apresentado mais próximo de uma fala comum. 
O texto escrito tem características próprias de organização. 
• O planejamento de texto deve ser ensinado depois que os alunos tiverem familiarizados e produzindo textos. 
A produção de texto na alfabetização 
• O professor deve optar por trabalhar com texto e os alunos devem analisar a linguagem dentro de um contexto real de uso.(CAGLIARI, 2009). 
• O que os alunos fazem produzindo textos serve para mostrar ao professor o que sabem e o que precisam saber. 
 • O erro é mais revelador que o acerto. 
• Se o ensino for muito controlado, o aluno só seguir modelo, o professor obtém apenas a reprodução do que “passou” para os alunos, isso não permite analisar as hipóteses construídas pelos alunos.
 • No início os alunos farão apenas pequenos textos com uma ou duas frases, depois vão tentando escrever mais. 
• Os erros serão inevitáveis, mas o professor não irá corrigir apenas analisá-los e discuti-los com os alunos. 
• Isso fará parte do dossiê do aluno, com as devidas anotações do professor.(CAGLIARI, 2009). 
• Com o aumento da habilidade o professor irá exigir o planejamento textual e principalmente a autocorreção. 
Como fazer a correção dos textos 
• A autocorreção pode ser feita individualmente, em duplas ou coletivamente. 
• Nem todos os textos precisam ser corrigidos, alguns se destinam a aumentar a fluência na escrita.
 • Cagliari (2009) sugere: depois de pronto, os alunos devem corrigir e melhorar tudo o que quiserem. 
• Depois em duplas, discutem o texto e chegam à versão final. Como fazer a correção dos textos 
• Ao final o professor revisa e somente depois o aluno passará o texto a limpo. 
O professor deve ensinar aos alunos como fazer a autocorreção. 
• Na alfabetização o mais importante é cuidar da ortografia (CAGLIARI, 2009). 
• Aprender a ter dúvidas na ortografia é muito importante, pois assim irá analisar se uma palavra foi escrita da forma correta ou não. 
• Não adianta apenas dizer ao aluno que o texto está errado ou ruim, precisa mostrar os motivos.
• Ao errar na grafia de alguma palavra, o aluno demonstra não dominar a ortografia da palavra e o professor pode ler o texto do aluno conforme a norma culta, mesmo que ocorram muitos erros. 
• O professor não deve dizer ao aluno que ele leu errado, porque escreveu uma coisa e leu outra. 
• A escrita existe para representar a fala o que o aluno escreveu representa sua fala, seus erros são de ortografia não de transcrição fonética. 
 • Isso significa respeitar o que o aluno sabe, e o seu esforço para melhorar. 
• Quanto à ilustração, recomenda-se que primeiro o aluno escreve e depois ilustre.
 • Nesse caso haverá menor problemas de coesão e coerência. Os estudos demonstram que no caso de apresentar • primeiro a ilustração, os textos tendem a ter mais descrição de ações e personagens e o resultado são frases soltas. 
Agora é sua Vez 
Tema 09: Produção de textos espontâneos e sua avaliação. 
Atividade 1 
• Segundo Cagliari (1998), durante a análise da escrita de textos espontâneos produzidos por alunos: 
• a) Os acertos que o aluno apresenta são mais reveladores, pois permitem ao professor refazer o processo de construção da escrita.
• b) O professor deverá realizar intervenções imediatas sobre os erros cometidos pelo aluno, evitando que tais erros iniciais se repitam. 
• c) Se observará textos curtos e com muitos erros, o professor deve esperar o aluno escrever textos maiores e com agilidade para exigir planejamento e autocorreção. 
• d) A influência da alfabetização feita através das cartilhas, certamente, evidenciará textos mais ricos em detalhes e com maior precisão ortográfica. 
Atividade 2 
• Cagliari (1998) sugere que o professor utilize a estratégia de autocorreção para o uso de textos espontâneos. Sobre a autocorreção análise as afirmações a seguir e assinale Verdadeiro (V) ou Falso (F):
 ( ) A autocorreção não pode ser coletiva, deve ser um processo individual no qual o aluno relê o próprio texto em busca do que corrigir ou melhorar. 
• ( ) A autocorreção pode ser um processo coletivo, no qual o aluno discute com um ou mais colegas até chegar a uma versão final do texto. 
 • ( ) O aluno deve aprender a realizar a autocorreção, para isso o professor deve dizer a ele o que está ruim em seu texto e como fazer paramelhorar. 
• ( ) Após a autocorreção o professor analisa, corrige e revisa o texto do aluno. 
• F, V, V, V
0 Finalizando 
Tema 09: Produção de textos espontâneos e sua avaliação
 Conclusão 
• A criança aprende a falar quando é exposta a contextos linguísticos reais e significativos, nos quais ela tem motivações para interagir através do uso da língua. 
• Em geral nas escolas, as crianças só tem acesso aos textos após demonstrarem o domínio das unidades menores que o compõem. 
• Os textos apresentados em cartilhas são produzidos para os alunos visando exclusivamente a decodificação de palavras, sem um compromisso com uma unidade temática ou com uma coerência textual (KUMADA, 2015). 
 • Cagliari (1998) defende o uso de textos espontâneos no processo de alfabetização, permitem ao aluno a liberdade de usar a língua com a qual ele se expressa oralmente, para dizer sem restrições o que deseja, sem medo de errar.
• Para Cagliari (1998) os erros são oportunos para que o professor entenda o processo de construção e reflexão pelo qual o aprendiz está passando. 
• O autor ainda apresenta algumas atividades de produção escrita: 
• Compor um livro de história, ou de poesias, ou de pesquisas de classe, etc. buscar temas de interesse dos alunos; 
• elaborar revistas em quadrinhos, com balões nos quais os alunos devem preencher com diálogos; 
 • elaborar um jornal de classe a partir de textos dos alunos, com notícias, horóscopo, esportes, etc; • escrever peças de teatro, os aluno podem se dividir em personagens interpretando falas que eles mesmos criaram;
• construir propagandas para televisão ou para revistas, contemplando a escrita e o uso de imagens. (KUMADA, 2015). 
• O importante é não restringir a produção de textos às redações que tem por objetivo, simplesmente, ... Conclusão
 • atribuir uma nota ao aluno e aprová-lo ou reprová-lo.(KUMADA, 2015).
Didática da Alfabetização e do Letramento 
Tema 10: Políticas de promoção da alfabetização e do letramento. 
Profª. Maria Clotilde Bastos 
Objetivos 
• Analisar o contexto de constituição das políticas de alfabetização. 
• Compreende as relações entre os modelos teóricos e as propostas didático-pedagógicas. 
• Analisar as práticas empreendidas na escola e o papel do professor. 
Sobre as políticas de alfabetização e letramento 
• Estão inseridas no contexto da definição de um conjunto de medidas com vistas a efetivar o processo de democratização do ensino. 
• Nesse sentido as políticas representam estratégias do Estado para garantir o acesso aos direitos básicos.
 • A erradicação do analfabetismo no Brasil, ainda não foi alcançada e mesmo com a universalização da educação, não há garantias da qualidade necessária para que a educação cumpra seu papel na construção da cidadania. 
• Dentre as muitas tentativas e medidas para reverter o analfabetismo a mais recente é aprovação da Emenda Constitucional nº • 59/2009, através da LEI Nº 13.005, DE 25 JUNHO DE 2014, que aprova o Plano Nacional de Educação - PNE , .... 
 • que deverá ser executável durante os próximos 10 anos.(BORGES, 2015). 
• No Art. 2º do documento expõe as diretrizes do PNE. 
• Dentre os 10 principais objetivos em primeiro lugar cita-se a erradicação do analfabetismo e em segundo a universalização do atendimento escolar, a superação das desigualdades educacionais, dentre outras. 
• É possível constatar que ao longo dos últimos 130 anos de história da alfabetização no Brasil, a centralidade 
• No âmbito das políticas, esteve vinculada a um aspecto específico da alfabetização. Sobre as políticas de alfabetização e letramento 
• Isso reduziu esse processo a aspectos neutros e meramente técnicos em função da verdade científica comprovada. 
• Isso desconsidera que as opção são também, teóricas, epistemológicas e políticas.
Aspectos importantes após a década de 1980 
• Principalmente após a década de 1980, foram criticadas de forma mais contundente as formas de se realizar o ensino e a • aprendizagem da leitura e da escrita.
 • A partir desse momento no âmbito das políticas ficou oficializado o construtivismo como modelo teórico para a alfabetização. 
• Desse modelo teórico decorre a desmetodização da alfabetização (MORTATTI, 2010). 
• Outros modelos teóricos foram sendo incorporados como complementares no âmbito das políticas públicas. 
• Apesar das diferentes matrizes epistemológicas, esses modelos foram conciliados de forma reducionista.
 • Vale destacar que não houve unanimidade na prática alfabetizadora, uma vez que o método das cartilhas ainda estava presente. 
• Com o resultado das avaliações externas, fica evidenciado a manutenção dos problemas de alfabetização. 
Continuando 
Tema 10: Políticas de promoção da alfabetização e do letramento. 
Após a década de 1990
 • Principalmente no início desse século, ganha destaque a proposta do método fônico. • Essa proposta pode ser caracterizada como remetodização da alfabetização (MORTATTI, 2010).
• Os propositores desse método, tiveram aprovado na Câmara dos deputados relatório que recomenda a adoção desse 
• Método no Brasil (MORTATTI, 2010). A proposta não foi assumida pelo MEC. 
 • Os propositores desse método, tiveram aprovado na Câmara dos deputados relatório que recomenda a adoção desse 
• Método no Brasil (MORTATTI, 2010). A proposta não foi assumida pelo MEC. ]
A marca do discurso acadêmico no discurso oficial 
• A autora Mortatti (2010) afirma que muitos pesquisadores constam como autores de documentos oficiais, mas não autores das Políticas e propostas didático-pedagógicas. 
• Isso fica visível no âmbito de secretarias de educação. 
Esse tipo de parceria entre órgãos da administração pública e as universidades públicas passa a integrar o movimento de reorganização do ensino, com base no que foi produzido na Universidade. 
 • Esse movimento acompanhou a tendência de a alfabetização se constituir num campo de conhecimento autônomo e interdisciplinar. 
• O resultado disso, ainda que baseado na verdade científica é o discurso da ênfase na autonomia didática ou na rejeição a receitas didáticopedagógicas. 
• Na sala de aula, longe das recomendações oficiais, o professor continua utilizando a cartilha explícita ou disfarçadamente.
• Vale destacar que mesmo nos textos ou orientações de cunho construtivista, sociointeracionista, ou mesmo nos livros didáticos observa-se a estrutura e sequência didática semelhante às das antigas cartilhas. 
O que a escola está ensinando 
• Conforme Borges (2015) existem duas situações: a criança que chega na escola para aprender a ler e escrever devido a Referências que tem do seu meio cultural. 
• As crianças que nunca tiveram contato com material didático. 
O que cabe ao professor 
• Para Cagliari (2009), o professor deve assumir o comando de seu trabalho e não abrir mão disso. Segundo ele não será o 
• Ministério da Educação, nem a Secretaria Estadual ou Municipal de Educação, nem o diretor da escola, nem a coordenação, associação de pais e mestres nem monitoria de alfabetização, nem cartilhas ou livros quem devem impor ao professor o que fazer
• O autor acrescenta que é preciso eliminar a ideia de que o professor precisa De uma receita que o oriente passo a passo na sua atividade. 
• Se ele souber tudo o que necessita a Respeito da leitura, da escrita e da fala tem o segredo pedagógico para desenvolver um trabalho correto. 
Agora é sua Vez 
Tema 10: Políticas de promoção da alfabetização e do letramento.
Atividade 1 
• É significativo que consideramos o termo alfabetizado, isto é, aquele que aprendeu a ler e a escrever. • Diante desse entendimento explique o termo “alfabetismo funcional”. 
• É funcionalmente alfabetizada a pessoa capaz de envolver-se em todas as atividades em que o alfabetismo é necessário para um funcionamento efetivos de seu grupo e de sua comunidade, e também para dar-lhe condições de uso da leitura. 
• Da escrita e do cálculo para seu desenvolvimento pessoal e o de sua comunidade. (UNESCO,1978,p.1 apud SOARES,2010 p.34).
Atividade

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