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Vida e Obra de Maquiavel

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Introdução
Este trabalho vem repousar sobre o pensador Nicolau Maquiavel (1469 – 1527). É um pequeno resumo da história, vida, ideias e pensamentos deste grande pensador que influenciou muitos outros.
Numa primeira parte este trabalho vai desdobrar sobre a vida e obra de Maquiavel, por um motivo muito simples, precisamos viajar no tempo e espaço para conhece-lo melhor, e compreender as suas teorias e obras.
É importante sublinhar que este trabalho tem como grande finalidade analisar, estudar, aprofundar e compreender a Moralidade Política na visão de Maquiavel, que foi um politólogo, poeta, historiador e diplomata.
Maquiavel escreveu diversas obras como “Os discursos 1 década de Tito Lívio”, “A história de Florença”, “o príncipe”, “ A arte da guerra”, dessas obras a mais marcante foi a obra “O príncipe”, e o menos lido é “A arte de guerra”. Maquiavel foi cultor da ciência política, venda a política com o realismo e não com idealismo, faz a separação política da ética.
I Parte: A vida e obra de Maquiavel
1: Sobre Maquiavel
Nicolau Maquiavel nasceu em três d Maio de 1469, filho de pais pobres, sendo o pai um advogado Florentino. Nasceu na Itália em Florença, ingressou muito cedo nos estudos, pois com sete anos estudou e aprendeu o latim, ábaco e a língua grega antiga.
Chegado aos 29 anos entrou na vida política, exercendo o cargo de secretário da segunda chancelaria, com o líder Soderini (1498) trabalhou nesse campo durante 14 anos e saiu em 1513, quando a segunda chancelaria fora derrotada pelos espanhóis, que puseram os Médicis como governantes de Florença.
Quando os Médicis entraram no poder, baniram o Maquiavel, que ficara prisioneiro no campo em San Casciano, no entanto este acontecimento não impediu-o de ganhar a confiança da família. Nesse mesmo exílio escreveu grandes obras como “O príncipe”, “Os discursos sobre a 1 década de Tito Lívio”, a obra “a história de Florença” e mais duas peças, essa obras mencionadas foram feitas com a intenção de conseguir o seu cargo de volta, porém só obteve um inferior.
	
Dir-se-ia que essas duas obras “O discurso” e “O príncipe”, trouxeram uma nova realidade: a separação política da ética. “O príncipe” foi escrito em 1513, tinha como prioridade reviver o sentimento cívico do povo italiano para sua unificação, por isso dava concelhos aos governantes para que estes governassem bem e consolidassem o poder absoluto, a partir dessas ideias que ele defendeu nessa obra o termo “Maquiavélico” começou a ser utilizado por certos indivíduos que praticassem o mal, esta obra só chegou a ser publicada cinco anos depois da sua morte em 1533.
Nos meados de 1517 e 1520 escreveu “A arte da guerra” é uma das obras menos lida, nesta mesma época ele foi reconhecido como o principal historiador de Florença. De 1513 à 1521 ele escreveu o discurso sobre a 1 década de Tito Lívio, nessa obra defende o governo republicano, através de uma constituição mista, seguindo o modelo da república da antiga Roma, assegura também a importância de uma cultura política sem corrupção, seguindo os princípios morais e éticos.
Para escrever essas obras que já foram mencionadas, Nicolau Maquiavel utilizou o empirismo através do método indutivo (conselhos), com um pouco de realismo, foi influenciado por Dante Alighieri, Tito Lívio, Aristóteles, Cícero, Platão, Xenofonte e muitos outros renascentistas.
Maquiavel foi denominado de historiador, poeta, músico renascentista italiano, diplomata e criou a ciência política, porque escreveu sobre o Estado e o Governo tal com é, e não como as pessoas queriam que fosse.
Por tudo isso Niccoló di Bernardo dei Machiaver como está escrito no seu túmulo influenciou Thomas Hobbes, James Harrington, Jean Jacques Rousseau, Montesquieu e outros, apesar de ter uma grande importância para ciência política Maquiavel durante o século XVI e XVII, foi sinónimo de crueldade, tanto é que na Inglaterra chamaram- no de Nieck para identificar o diabo, pois foi o pensador mais recriminado por causa da obra “O Príncipe” que falava sobre o Estado e o Governo. Nicolau Maquiavel viu assim o seu fim em 21 de Junho de 1527.
1.1: O Príncipe
É um livro escrito por Nicolau Maquiavel em latim e foi publicado em 1513. É um tratado político, que ajudou a fundamentar o Estado, a obra aconselha o governante a manter o poder, acreditava que para a unificação italiana, a melhor forma era a republicana. 
É uma grande obra dedicada a Lourenzo de Médicis II (1492 – 1519) duque de Urbino. Esse tratado tem 26 capítulos, em que a maior parte é reservada as suas observações históricas da política, e utiliza-a para dar concelhos, propostas, que ponham em causa a ética e a moral, surge então a frase “os fins justificam os meios”, ou seja, o governante é livre para praticar actos ilícitos desde que seja em prol da estabilidade do Estado. Apesar de esta frase não estar na obra, tornou-se conhecida como pensamento Maquiavélico.
Nesta mesma obra, ele é a favor da centralização do poder político, no capítulo 1 a capítulo 14 delimita duas formas de governo, a monarquia e a república, no capitulo 15 fala como o príncipe deve agir perante os súbditos e amigos, ´para ser adorado tem que usar muito bem os vícios e as virtudes para assegurar o bem-estar e a segurança. No capítulo 16 ensina o príncipe a gerir bem a sua economia, deve mostrar-se pobre e generoso, pobre para com o povo e generoso para com os soldados, para estes já mais pensarem abandona-lo. No capitulo 17 assume que um príncipe deve ser tímido do que amado, deve ser maldoso ensinar o povo com o exemplo das penas, a morte de um delinquente é pessoal, ma a prisão ou libertação faz mal a todo o povo, as pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança.
No capítulo, ele da sua opinião porquê que os princípios da Itália ficaram sem o Estado, para isso não voltar a acontecer devem estar preparados para guerrear. Deu esse concelho e mais alguns para Lourenzo de Médicis para que este conserve o poder, apesar de fazer esta obra com intenção de reaver o seu cargo, que o mesmo não conseguiu reaver.
Esta obra tornou-se muito conhecida no pensamento ocidental, apesar de ser severamente criticada pela igreja católica que o pôs no índex em 1559, obra esta que foi muito recriminada pelos moralistas. Esta obra claramente realista leva-nos a razão do Estado. O príncipe pode aparentar, ter características éticas, mas deve saber ser maldoso e temido pelo povo.
II Parte: Moralidade Política de Maquiavel
2: Moralidade Política 
Maquiavel sempre foi muito realista na sua obra. Na obra “O Príncipe” que foi uma dedicatória ao Lourenzo de Médicis com o fim de reaver o seu cargo público, contém 26 capítulos e tem como principal objectivo recomendar o príncipe, ou seja, dar-lhe conselhos como este adquiri o poder e como conserva-lo, modos de adquirir e conservar o poder, pois para ele isso é o mais importante.
Na perspectiva cristã, Maquiavel afirmava que a religião só serve para induzir os povos a obedecerem as leis, pois não faz menção à Deus, utiliza o realismo político como adversário do idealismo ético. Apresenta o seu projecto de um “espelho”, pois diversos autores escreveram livros de género “espelhos dos príncipes” que tinha como finalidade apresentar um certo comportamento aos governantes, esses livros andavam a volta da moral cristã.
Maquiavel no seu espelho desenvolve a moral pagã que perto da moral cristã é vista como algo que advém do mal, mas para ele a moral diz respeito a vida privada, onde o individuo põe em evidência a verdade, compaixão, honestidade, generosidade, piedade, fidelidade, humanidade, religiosidade e a bondade.
Durante o tempo que trabalhou como funcionário público observou que se o governante proceder sempre com requisitos da moral que já fora mencionada, estará arruinado, como ele mesmo diz “um homem que deseje fazer profissão de bondade em todas as coisas necessariamente ficará derrotado entre tantosque não são bons”, dai que seja necessário para um príncipe que pretenda manter-se no seu trono aprendera a não ser bom, e a usar ou não, este conhecimento de acordo com as necessidades de cada caso.
Para ele o governante na sua vida política, não deve buscar incessantemente a moral, nem na sua consciência, nem na bíblia e nem nas tábuas de mandamentos, a sua política deve ser auto normativa, as suas acções mesmo que sejam contrárias a moral deve ser utilizado sempre para o bem indiscutível que é a estabilidade do Estado.
Sendo o príncipe apático a moral deve sustentar a política no efectivo e não do afectivo, ou seja na realidade tal como é, e não nos conceitos de boa índole, pois a política é relativista, o governante precisa compreender que certas virtudes levam a desgraça, e certos vícios levam-no atingir a estabilidade “que algumas coisas que parecem virtudes levariam, se seguidas a sua própria ruina, e outras, que parecem vícios, resultarão na segurança e bem-estar”.
A estabilidade do Estado é o bem maior, e para atingir esse o príncipe deveria ser temido e amado, temido para ser respeitado, amado para não criar rancor entre o povo, tendo em conta que o príncipe deve agir para o bem do Estado e não para o bem pessoal, podendo usar actos ilícitos desde que seja para o bem maior. Dessa teoria surge a frase “os fins justificam os meios”, esses fins para Maquiavel é a estabilidade do Estado, pois Maquiavel utiliza o método da investigação empírica para distinguir a verdade efectiva da política, utilizando vários exemplos da vivência social para entender melhor a vida política.
Essas vivencias sociais ocorreu mais no período vespertino, onde ele convivia com os mais humildes para aprofundar o seu conhecimento, afastou da sua época, cultura para entregar-se ao mundo e conhece-lo bem, a fim de realizar a sua metodologia maquiavélica, com outras culturas e épocas para retirar os grandes exemplos da história que pode leva-lo a entender a verdade efectiva, tal como ela é, e não como as pessoas gostariam, e essa verdade efectiva entra em colisão com a verdade afectiva.
Maquiavel abrindo-se para aculturação e para outras épocas a fim de estudar a ciência política foi um actor revolucionário para sua metodologia, esses exemplos retirados por Maquiavel encontra-se na obra “O Príncipe” onde a verdade efectiva é necessária na vida política mesmo que não esteja de acordo com a moral, pois essa verdade é independente, livre da moralidade fechada, porque a acção política deve ser aberta.
Maquiavel para elaborar essa verdade efectiva, utilizou sempre factos históricos e o realismo das coisas. Chega assim a “razão do estado” em que o governante deve seguir a acção directa para proteger o Estado, este que não precisa da ética e moral, o importante é atingir o poder e mante-lo, independentemente do acto que usou para chegar a esse fim, ignora assim a moral.
De tudo isso que já fora abordado aqui é a doutrina de Maquiavel, moral ou amoral, nesta doutrina que o principio tem um objectivo delimitado que é atingir e manter o poder, se o príncipe conseguir este objectivo será vitorioso independentemente de ter utilizado ou não actos ilícitos, porque no final só será válido a fim, e todos elogiarão “nas acções dos homens, e sobretudo nas dos príncipes onde não há tribunal para quem reclamar, apenas se olha ao fim. Faça então o príncipe por conquistar e manter o estado, que meios os meios usados serão sempre julgados honrosos, e louvados por todos” (século XVIII).
A este pensamento de Maquiavel leva ao tão falado maquiavelismo, devido o seu ponto de vista, no que diz respeito a política como ele mesma diz “creio que seriam desejáveis ambas as coisas, mas como é difícil reuni-las é mais seguro ser tímido do que amado.
Conclusão
Nicolau Maquiavel foi um poeta, músico renascentista italiano, e diplomata. Foi secretário da 2ª chancelaria (1498), e deixou de exercer este cargo após 14 anos, em 1513 com a entrada dos Médicis no poder, ele foi banido para sua propriedade em San Casciano, onde escreveu a sua maior obra “O Príncipe” que gerou muitas críticas, não só de moralista. Criou a ciência política, vendo-a com realismo e não com idealismo.
Argumentou que o príncipe pode praticar actos ilícitos, desde que seja para o bem maior que é a estabilidade do Estado, para ele a ética diz respeito ao individualismo, sendo que o individuo pode praticar a moral, mas o príncipe não deve buscar sempre a moral, pois certas virtudes levam a ruina, ele deve saber qual é o momento certo para usar a virtude e o vício, pois a acção política deve ser efectiva e não afectiva.
Com isso surge a frase “os fins justificam os meios”, o governante deve ter a arte de governar para ter sempre o poder. A razão de estado para Maquiavel o governante deve seguir a acção directa para proteger o Estado, essa é a doutrina de Maquiavel.
Bibliografia
BORGIA, César, História in Network, 10 de Dezembro de 2010.
AMARAL, Freitas, Livro de História do Pensamento Político-ocidental, pág. 118 - 130.
Wikipedia, enciclopédia livre – A Moral Política.
Www.infoescola.com – Nicolau Maquiavel

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