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Plágio e o conhecimento

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Universidade Federal do Espirito Santo
Aluno: Paulo Sergio Brandão
O Plágio, o professor, a universidade e os estudantes. 
Introdução
O plágio é uma realidade entre que surge no meio estudantil no ensino fundamental, médio e persegue a vida dos estudantes até o curso superior. Levando em consideração essa problema que é o plágio para estudantes, professores, meio acadêmico em geral. Abordaremos uma breve análise do plágio, tendo como foco a relação do estudante universitário com o plágio e as responsabilidades dos professores e da universidade na prevenção do mesmo e na formação acadêmica de seus alunos no decorrer da graduação, em especial nas ciências sociais. Apontaremos as motivações, as consequências e o que pode ser feito para prevenir a prática do plágio entre estudantes. Para isso, vamos usar como fonte de estudo e pesquisa os textos de autores que produziram análises importantes com base em pesquisas com estudantes publicadas em revistas científicas ou a partir de leituras de livros especializados. 
O que é plágio.
O plágio é uma prática antiga, que já foi considerada aceita, e era chamada de cópia criativa, mais que hoje se revela como uma prática desonesta, antiética ou até criminosa (DINIZ E MUNHOZ, 2011). E de acordo com a sua forma pode ter variantes diversas e apresentar nomes diferentes como autoplágio, cópia, pastiche e outros. Ele pode se dá em diversas áreas do conhecimento como a arte, a musica, a tecnologia, ciência em geral, na produção de livros de romances e outros. Enfim, “o plágio é uma apropriação indevida literária, que viola o direito de reconhecimento do autor a expectativa de ineditismo do leitor” (DINIZ E MUNHOZ, pg. 14) e no caso os estudantes, traz consequências sérias para sua carreira acadêmica, como veremos no decorrer do trabalho. 
O estudante: um aprendiz de imitador de cientista.
A estudante concorre a um vestibular concorrido e entra na universidade e com isso aspira ter um curso superior para ingressar no mercado de trabalho. Ao se matricular e adentrar o espaço acadêmico estará seguindo as regras e normas de uma instituição, “universidade”, que exigirá dele os conhecimentos metodológicos de aspirante a cientista, com todo o rigor necessário que até então não lhe era cobrado no ensino médio. 
Na verdade nem sempre é assim, pois algumas faculdades, devido a necessidade de empurrar os estudantes para um próximo período não observam com tanto rigor assim, esta exigência metodológica, permitindo em seus quadros estudantes com uma formação medíocre e precária. Este ambiente do “pagou passou” ou da necessidade de produzir com rapidez excessiva, somente para atender as “grades” curriculares, deixa pouco espaço para a aprendizagem, criatividade, pesquisa e a orientação que deveria ser uma prática recorrente neste período da formação dos estudantes. 
O estudante agora na academia passa a ser treinado para escrever, coisa que até então, geralmente, não fazia. Assim o processo de intimidade com as técnicas de escrita do novo meio leva um tempo considerável e se dá através de técnicas como o fichamento, resumos, resenhas, ensaios, teses, dissertações etc, que se (as técnicas) não forem bem absorvidas, apreendidas pelos estudantes, comprometerá o futuro da sua formação acadêmica. Estes gêneros textuais o aluno deve aprender para não ser considerado um estudante medíocre por uma produção de textos limitada, sendo capaz depois, de quiçá violar aqueles que outrora vêm imitando. (pg. 15 – DINIZ E MUNHOZ)
A universidade, por meio de seus professores não pode ter uma “visão pobre da academia” aceitando simplesmente a formação somente de meros escritores copistas ou ainda, “imitadores”, que simplesmente sobrevivem no meio acadêmico cumprindo suas regras, por mais que este seja realmente seu papel (ensinar os estudantes a cumprirem as regras cientificas) ao invés de investir em escritores que possam ser autores, produtores de conteúdos importantes para a academia e para a análise da realidade. (pg. 15 – DINIZ E MUNHOZ)
O plágio intencional e o inconsciente.
O plágio pode ser intencional, quando o estudante age visando se apropriar do conteúdo de um ou vários autores e não respeita a autoria do mesmo, preocupando-se em cumprir com suas obrigações acadêmicas. E o plágio pode ser inconsciente, quando acontece por falta de experiência do estudante quanto às normas necessárias ao exercício da prática acadêmica. (THIOLLENT, pg. 2)
Em relação a este último, o plágio inconsciente, devido a uma série de fatores como a falta de tempo do aluno em pesquisar mais sobre o método de ensino, a dificuldade de acesso a biblioteca (este ano estava em greve por um período), a falta de acesso aos livros (pouca quantidade na biblioteca), a falta de tempo do professor, que acaba se envolvendo em uma série de compromissos outros, e por fim, a falta de laboratório de pratica de métodos e técnicas de pesquisa em alguns cursos de graduação, é uma constante entre alunos que ingressam em cursos superiores, pois desconhecem a exigência de aplicação do método de iniciação cientifica. Porém isso não justifica este tipo de prática, considerada, no mínimo, desonesta.
A responsabilidade do Professor e da Universidade. 
Neste ponto a universidade e os professores tem também, uma grande parcela de responsabilidade quando não exigem uma melhor estrutura para trabalhar a formação dos alunos, com espaços e condições favorável e devido ao pouco tempo em que dedicam a ao acompanhamento e orientação dos trabalhos e projetos dos alunos durante a sua estada na universidade. 
O aluno é visto, muitas vezes, como uma mera peça de uma engrenagem que é a universidade e o profissional, professor, um cumpridor de normas e funções dentro deste espaço, com prazos para cumprir e resultados para apresentar. Tudo isso passa muito rápido, num semestre e os encontros entre alunos e professores se dão muitas vezes somente pelos corredores com pouco espaço para a construção de laços que permitem uma melhor aproximação e consequentemente formação dos estudantes. 
Como o estudante é alguém que está na fase de aprendizagem da linguagem e técnica da escrita cientifica, esta tarefa de treinar ser um cientista escritor/autor, deveria ser uma constante, porém o acompanhamento dos estudantes, na maioria das vezes, acaba ficando na responsabilidade mais dos professores de metodologia, que não dão conta de forma devida das exigências dos muitos alunos que orienta, principalmente, devido aos fatores que expus acima, prejudicando sobremaneira a formação acadêmica do estudante. 
Motivações e Consequências da Prática do Plágio pelos Estudantes
Por diversos motivos, um estudante pode apresentar trabalhos acadêmicos como plágio, como prazo curto e apertado, exigência de si mesmo para ter boas notas, falta de interesse ou até mesmo dúvida se vai permanecer no curso (caso de primeiro período), falta de estímulo e compromisso acadêmico, falta de incentivo a usar criatividade no desenvolvimento das funções acadêmicas, preguiça intelectual, falta de pratica de leitura (caso dos cursos de humanas) ou até mesmo entre outros fatores “ignorância ou compreensão insuficiente das regras de documentação das fontes utilizadas” (MUNHOZ E DINIZ, PG. 52)
Em decorre da prática do plágio o estudante pode ter sérias consequências para sua vida acadêmica que vão desde a reprovação, caso o plágio seja descoberto, que pode ser recuperada no próximo semestre, até a pobreza intelectual, devido a falta de criatividade na produção do conhecimento. Esta é uma perda de crescimento de capital intelectual que não pode ser recuperada, a não ser com uma nova postura, fruto de uma nova consciência ética sobre a importância do seu papel como estudante na produção do conhecimento. (MUNHOZ E DINIZ, PG. 52)
Os danos para a universidade pode ser aferido nas provas que avaliam os cursos, geralmente aplicadas por órgão do governo federal, e caso o plágio se torne uma pratica corriqueira, irá revelar uma pobrezaintelectual entre os seus estudantes, mostrando o quanto os professores e a própria instituição não levam a sério o ensino superior ou não acompanham e formam com o devido rigor os seus formandos. (SILVA, 2008)
Como Prevenir o Plágio entre Estudantes. 
Por tudo que citamos acima, o plágio é uma realidade que temos que enfrentar. Então quais as seriam as formas de prevenir o plágio no meio estudantil universitário recomendado por alguns autores.
Eis as orientações:
- orientação sobre postura ética na pesquisa e elaboração de trabalhos acadêmicos;
- exigência de trabalhos científicos mais originais, permitindo o aluno um prazo razoável para sua produção com uso das aulas para orientação individual sobre as dúvidas do processo de produção;
- produção de trabalhos mais críticos ou comparativos; menos enciclopédicos ou compilatórios;
- trabalhos voltados para a experiência de vida em seu meio social (ciências humanas) e reflexão, permitindo ao estudante se apropriar de conceitos teóricos de forma a relacioná-los ao seu cotidiano;
- exigência de entrega de trabalhos com mais regularidade, em vez de deixar concentrado ao final de uma disciplina, penalizando assim os estudantes, uma vez que todos os professores marcam trabalhos e provas para mesmo momento;
- criar laboratórios de praticas de métodos e técnicas de ensino e pesquisa cientifica durante os quatros primeiros períodos do curso, com inclusão de aulas de produção de textos acadêmicos e troca de experiência entre alunos de outros períodos (monitores). (pg. 24: DINIZ E MUNHOZ)
O plágio, desde a formação de ensino médio a universidade, tornou-se uma constante, fazendo-se necessário um olhar diferenciado para a política pedagógica e para a metodologia de avaliação dos estudantes. (pg. 25: DINIZ E MUNHOZ) Isso nos coloca uma reflexão sobre a importância das práticas de ensino em nossas escolas e universidades e quanto elas precisam ser revistas e repensadas. 
Conclusão
Esta análise nos faz refletir sobre o papel estudantes no meio acadêmico, exigindo do mesmo uma nova tomada de postura frente a prática do plágio, pois acaba sendo uma constante, basta conversar ou mesmo observar entre os estudantes a troca de conteúdos de textos as vésperas da entrega de trabalhos, por tudo que falamos acima, como por exemplo a fala de tempo, estas e outras são desculpas usadas para este tipo de prática vigiada. Portanto, depois de constatado que o plágio é algo real cabe aqui observar as contribuições deixadas pelos diversos analistas da área em que parte foram citadas acima, aproveitando outras referências de estudo, para aprofundar um debate no meio acadêmico entre estudantes para o crescimento de todos, o estudante, o professor e a universidade. 
Estamos diante de algo que está posto e ainda não sabemos, ou não queremos entender e aperfeiçoar o nosso modo de lhe dar com este problema. É preciso, sempre ir mais longe na construção do conhecimento e não temos como fugir desta realidade, então façamos uma revisão de nossos métodos e práticas e passemos a ser mais atentos aos sinais da nossa mutante realidade, que enriquecida da pluralidade de textos, e no caso do uso da internet, de hipertextos e intertextos, passe a ser vista como possibilidade da formação de sujeitos/leitores mais críticos e participativos na formação acadêmica e científica. 
REFERÊNCIAS
MUNHOZ, Ana Terra Mejia; DINIZ, Debora. Nem tudo é plágio, nem todo plágio é igual: inflações éticas na comunicação científica. Argumentum, Vitória (ES), ano 3, n.3, v.1, p.50-55, jan./jun. 2011. 
SILVA, Obdália Santana Ferraz. Entre o plágio e a autoria: qual o papel da universidade? Revista Brasileira de Educação. Estado da Bahia, campus XIV, Departamento de Educação. V. 13, n. 38, maio/ago. 2008. 
MUNHOZ, Ana Terra Mejia; DINIZ, Debora. Cópia e Pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum, Vitória (ES), ano 3, n.3, v.1, p.11-28, jan./jun. 2011.

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