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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ ESCOLA POLITÉCNICA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ANA GABRIELA LIMA DE CARVALHO BERNARDO VALASKI CRISTIANO MAGNO SALES LIMA LAIS NAMI SHIBUYA ITO MATHEUS DE ROCCO PAMPLONA MATHEUS VASCONCELLOS RODRIGUES TERMÔMETRO DIGITAL CURITIBA 2014 2 ANA GABRIELA LIMA DE CARVALHO BERNARDO VALASKI CRISTIANO MAGNO SALES LIMA LAIS NAMI SHIBUYA ITO MATHEUS DE ROCCO PAMPLONA MATHEUS VASCONCELLOS RODRIGUES TERMÔMETRO DIGITAL Relatório científico apresentado na disciplina de Física Geral e Experimental II ao Curso de Graduação em Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito parcial de avaliação. Prof. Michelle Sostag Meruvia. CURITIBA 2014 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 5 2.1 CAMPO ELETROMAGNÉTICO ...................................................................... 7 3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ...................................................................... 8 3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 8 3.2 METODOLOGIA ............................................................................................. 8 4 FUNCIONAMENTO DO TERMÔMETRO ............................................................... 9 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 10 6 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 12 4 1. INTRODUÇÃO O termômetro, como a própria palavra indica, é um instrumento criado para medir temperaturas. Este tipo de aparelho é fundamentado em algumas grandezas físicas podendo elas variar de volume até resistência elétrica. Neste caso, a relação física utilizada foi a tensão elétrica Existem vários tipos de termômetro, cada qual com a sua forma de mostrar a variação de calor em um visor. Como exemplo tem-se o clínico, que utiliza dilatação de líquidos, principalmente o mercúrio. E o termômetro a radiação, que não necessita estar em contato com o objeto. O objetivo principal do projeto foi montar um circuito que tenha como função medir temperaturas, ou seja, um termômetro, o qual no caso foi do tipo digital. Este tipo de termômetro pode ser usado em indústrias como forma de indicador do funcionamento de uma máquina. Ou seja, utilizando-o de maneira que pudesse permitir o operador uma utilização da máquina de forma mais adequada dentro de um intervalo de temperatura conveniente para o bom funcionamento da respectiva máquina. 5 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A análise de circuitos elétricos e o conhecimento referente aos componentes básicos empregados na sua produção são fundamentais na construção de um termômetro digital. Segundo Sedra (2007), os sistemas eletrônicos são responsáveis pela execução do processamento de sinais mediante a transformação de uma situação física real em um sinal elétrico de tensão, com uso de transdutores, que no caso do termômetro é representado pelo sensor de temperatura, visualizado na Figura 1. Porém, uma vez que o sinal gerado pelo sensor é frágil para o processamento adequado, ele deve ser conectado a um amplificador de tensão, componente do circuito cuja função é o aumento da amplitude do sinal produzido em baixa escala pelo transdutor. Figura 1 – Sensor de temperatura Fonte: Coel. Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/empresa/automatizacao-e- robotica/coel/produtos/automacao_industrial/ensores-de-emperatura> Para controle da corrente do circuito já amplificada, um elemento básico e indispensável para qualquer circuito produzido é o resistor. Ele possui uma propriedade de resistência elétrica, ou seja, capacidade de se contrapor à passagem da corrente, medida em Ohms (Ω), que impede a sobrecarga no circuito. Além disso, outro componente fundamental na construção de circuitos são os fios condutores, mais conhecidos como jumpers. Trata-se de um filamento metálico com revestimento plástico capaz de ligar entre si os componentes do circuito, permitindo a circulação da corrente com o mínimo de perdas para o meio externo (HAYT, 2008). Os resistores e jumpers podem ser visualizados nessa ordem na Figura 2. 6 Figura 2 – Resistores e jumpers Fonte: Sttamp e Mms. Disponível em: <sttamp.com/loja/index.php?route=product/product&product_id=128> e <msseletronica.com/loja/detalhes.php?urlid=902> Outro componente empregado no circuito de um termômetro é um Circuito Integrado (CI), ilustrado na Figura 3. De acordo com Sedra (2007), esse dispositivo eletrônico é uma composição de outros elementos como o diodo, que provoca queda de tensão para retificação da corrente, o resistor e o capacitor, que armazena carga elétrica num campo elétrico devido a polarização das cargas do dispositivo. O CI fornece o sinal de tensão captado do amplificador aos dispositivos de identificação da temperatura processada pelo sistema. Figura 3 – Circuito Integrado LM3914. Fonte: EcuRed. Disponível em: <http://www.ecured.cu/index.php/Integrado_LM3914> Os dispositivos finais do sistema digital informam mensagens para avaliação do conceito físico (temperatura) de acordo com os sinais de tensão transmitidos pelo Circuito Integrado. Enquanto o LED acende para um determinado valor de tensão, como ilustrados, respectivamente, na Figura 4. 7 Figura 4 – LED’s Fonte – DiviLab e Multilógica. Disponível em: <http://www.divilabs.com/2013/04/multi-color-leds- beginner-level-guide.html> e <http://multilogica-shop.com/display-de-7-segmentos-039pol> 2.1 CAMPO ELETROMAGNÉTICO A análise de temperatura é um processo de avaliação física da tendência de um corpo transferir ou absorver calor em relação ao meio no qual está inserido (BAUER, 2013). A utilização do termômetro para medição da temperatura de um determinado corpo utiliza os princípios da criação de um campo eletromagnético a partir da movimentação de cargas elétricas no interior do sensor de temperatura. Segundo Nussenzveig (1997), a movimentação contínua de cargas elétricas é responsável pelo surgimento de um campo magnético e pela variação do fluxo magnético desse campo, o que induz a criação de uma pequena corrente elétrica responsável por alimentar um circuito. Baseado nesse conceito, o sensor de temperatura apresenta três terminais, dos quais um é tomado por elétrons livres, enquanto os outros dois são lacunas vazias para permitir a movimentação desses elétrons. Ao entrar em contato térmico com o corpo em análise, a energia térmica é transferida para os elétrons livres de um dos terminais do sensor, e passam a se movimentar no interior do dispositivo, o que induz a produção de um sinal de tensão que será processado pelo circuito do termômetro. Portando, a quantidade de energia térmica captada pelo sensor determina o valor da tensãoque alimenta o circuito, que será único para cada temperatura avaliada pelo sistema digital (NUSSENZVEIG, 1997). 8 3. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 3.1. Materiais Resistores (680, 1k, 10k); Potenciômetro (10k) Circuito integrado (CI’s) LM3914; LED’s cátodo comum; Jumpers; LM35; Amplificador operacional A741. 3.2. Metodologia Iniciou-se a montagem do projeto testando cada componente principal. São eles o sensor, o amplificador e o CI. O primeiro foi testado com ligando uma de suas “pernas” no terra, outra na alimentação de 12V e a última em resistores. Obtendo o valor da tensão presente no sensor à temperatura ambiente, com o auxílio de um multímetro, esquentou-se o sensor e, assim possível detectar uma tensão diferente da anterior confirmando, pois, o adequado desempenho do LM35. O segundo foi conectado a uma fonte fixa e a um osciloscópio que permitiu a verificação da ampliação da onda senoidal apresentada no visor do osciloscópio, o que implicou que o componente estava funcionando. Já o último, foi conectado a certa tensão, a um conjunto de resistores – também conhecidos como estrela – , aos LED’s e, por fim, ao potenciômetro que serve como um resistor variável. Após o término dos testes, montou-se o circuito em três etapas. Primeiro o sensor, em seguida o amplificador e por último o CI; todos com seus respectivos arranjos e componentes auxiliares, como os jumpers. Considerando que o principal objetivo do trabalho é a correta apresentação das cores dos LED’s de acordo com a variação de temperatura, sendo os de cor azul para temperaturas amenas (aproximadamente 25C), os laranjas para as temperaturas pouco acima de 25C e os vermelhos para temperaturas mais elevadas. Os LED’s foram ligados em ponto, pois assim, conforme a temperatura varia, apenas um LED é aceso por vez e o anterior é apagado. Ligou-se então este circuito em outro com o auxílio dos CI’s, os quais elegiam a cor associada a cada intervalo de temperatura. 9 4. FUNCIONAMENTO DO TERMÔMETRO O termômetro construído tem como objetivo mostrar variações de temperatura. Para isso, utilizam-se LED’s, que acendem conforme a temperatura percebida pelo sensor se altera. Para que isto aconteça, o sensor deve estar ligado a um amplificador, devido a sua natureza sensível à variação de tensões. Em seguida, o sensor e o amplificador são conectados ao circuito integrado LM 3914, cuja função é identificar a tensão proveniente do amplificador e acionar os LED’s coloridos, que identificam em qual faixa de temperatura se encontra o objeto analisado. Assim, com o intuito de acender apenas um dos LED’s por vez, configurou-se o circuito integrado para ponto móvel. 10 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO A montagem do circuito, uma das maiores dificuldades encontradas no desenvolvimento do projeto, fundamentou-se em um circuito já pronto – apresentado na figura 5 – pois não havia conhecimento o suficiente para, partindo do zero, desenvolver um circuito para o termômetro eficientemente. Com isso, o circuito pronto, o qual utilizava um microcontrolador, teve que ser reajustado para um mais simples e de fácil manuseio. Sendo assim, a ideia inicial da construção do termômetro era que ele mostrasse a temperatura aproximada em formato numérico. Entretanto, devido ao alto nível de complexidade para tal execução, foi necessário alterar o display para um sistema de intervalos os quais apresentam como conseqüência o acendimento das luzes de LED. Assim como também foi necessário modificar o tamanho de alguns dos circuitos integrados devido às dimensões do protoboard disponível. Na realização dos testes foram encontrados alguns obstáculos, pois, em certos momentos o termômetro não funcionava como o esperado, tendo então que substituir peças como sensor, amplificador e jumpers para realização de novos testes. Após a troca de cada componente era preciso testá-los individualmente com os instrumentos de medida com, por exemplo, amplificadores, para em seguida testá-los no conjunto. Posteriormente, foram resolvidos os problemas encontrados e o termômetro passou a mostrar as temperaturas conforme o intervalo esperado de -55ºC a 150ºC. O projeto teve um custo total de 40 reais e duração de uma semana na execução, incluindo desde a montagem até os testes finais. 11 6. CONCLUSÃO Tendo em vista a importância dos estudos sobre termômetro e campo elétrico tanto em aplicações práticas do dia a dia quanto no estudo da física, foi realizada a elaboração de um termômetro elétrico. Durante a execução foram enfrentados alguns problemas com relação aos componentes, entretanto, foram solucionados e o projeto foi realizado com êxito, apresentando o resultado esperado de medida de temperatura em um intervalo de - 55°C a 150°C. 12 REFERÊNCIAS BAUER, Wolfgang; WESTFALL, Gary D.; DIAS, Helio. Física para universitátios: relatividade, oscilações, ondas e calor. Porto Alegre: AMGH, 2013. HAYT, Willia, H.; KEMMERLY, Jack E.; DURBIN, Steven M. Análise de circuitos em engenharia. 7. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. NUSSENZVEIG, Herch Moysés. Curso de física básica: eletromagnetismo. 1. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1997. SERWAY, Raymond A.; JEWETT, John W. Princípios de Física: movimento ondulatório e termodinâmica. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. DATASHEET CATALOG. Datasheet. Disponível em < http://www.datasheetcatalog.com/>. Acesso em: 16 de Novembro de 2014.
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