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CÁRIE DENTÁRIA: É uma doença antiga É endêmica: doença da civilização Transmissibilidade: água, alimentos, saliva CÁRIE DENTÁRIA: A cárie dentária é uma doença resultante do desequilíbrio do binômio saúde-doença, podendo apresentar lesões- sinais na população. Esses sinais são erroneamente conhecidos pela população como “cáries”, mas, na verdade, são as lesões da doença propriamente dita. Termo usado incorretamente!! LESÃO CARIOSA: Essas lesões podem se apresentar em estágios iniciais visíveis clinicamente (lesões de mancha branca ativa em esmalte) ou em estágios mais avançados, como as cavitações dentárias, que são mais uma vez compreendidas pela população como “cáries”. Diagrama adaptado de Manji & Fejerskov (1990) para explicar os fatores etiológicos determinantes (círculo inerno) e modificadores (círculo externo) da doença cárie. Primeiros anos após irrupção • Mineralização e desmineralização constantes • Carbonato e sódio liberados e flúor retido Entre 2 e 4 anos após irrupção • Maior risco de desenvolvimento de lesão cariosa • Esmalte mais susceptível e acúmulo de biofilme Oclusão com o antagonista • Adquire capacidade de autolimpeza MORFOLOGIA: características anatômicas e da ocorrência de defeitos no esmalte Fossas e fissuras mal coalescidas ou em locais incomuns Alinhamento e apinhamento dos dentes Presença de flúor CARACTERÍSTICAS DO ESMALTE NORMAL A SUPERFÍCIE MAIS EXTERNA DO ESMALTE É POROSA, COMO DEMONSTRADO PELA ABERTURA DAS ESTRIAS DE RETZIUS AS DEPRESSÕES DAS PERIQUIMÁCIAS FUNCIONAM COMO VIAS DE DIFUSÃO PERIQUIMÁCIAS: conferem caráter de individualidade ao dente ASPECTOS IMPORTANTES A SEREM CONSIDERADOS RELATIVOS AO ESMALTE DENTAL É O ESMALTE QUE UMA VEZ ERUPCIONADO E TOTALMENTE E EM OCLUSÃO FUNCIONAL, TENHA SIDO SUJEITO A SUBSTANCIAIS SEM APRESENTAR ALTERAÇÕES QUÍMICAS E MENORES ALTERAÇÕES MECÂNICAS DURANTE A ERUPÇÃO EMALTE NORMAL OU HÍGIDO FUNÇÕES DA SALIVA FUNÇÃO DE DEFESA CONTRA MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS: lisozima, lactoferrina e lactoperoxidase; IgA: inibe a aderência de bactérias REDUÇÃO DO FLUXO SALIVAR XEROSTOMIA HIPOSSALIVAÇÃO IMPRESSÃO SUBJETIVA DE SENSAÇÃO DE SECURA NA BOCA REDUÇÃO DO FLUXO SALIVAR BASEADO EM MEDIDAS OBJETIVAS ADMINISTRAÇÃO DE ANTICOLINÉRGICOS (crianças de rua) OU DE DROGAS PARASSINPATICOLÍTICAS (asma, úlcera) DOENÇAS AUTOIMUNES: ARTRITES REUMATÓIDES, SARCOIDOSES, SÍNDROME DE SJÖGREN (olhos e boca secos e artrite reumatóide). RADIOTERAPIA DA REGIÃO DA CABEÇA E DO PESCOÇO SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) DIABETES MELITUS (TIPO I) INFECÇÃO VIRAL AGUDA ENVOLVENDO AS GLÂNDULAS SALIVARES DISTÚRBIOS NA ALIMENTAÇÃO: BULIMIA, ANOREXIA, DESNUTRIÇAO, ETC. ANSIEDADE, ESTRESSE MENTAL E DEPRESSÃO CAUSAS MAIS COMUNS DE HIPOSSALIVAÇÃO E/OU MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO DA SALIVA em crianças AQUISIÇÃO DA MICROBIOTA RESIDENTE O FETO NORMALMENTE É ASSÉPTICO O AMBIENTE BUCAL ESTÉRIL PERMITE A IMPLANTAÇÃO DE MICRORGANISMOS DO TRATO GENITAL DA MÃE POUCAS HORAS DEPOIS DO NASCIMENTO: Streptococcus salivarius (dorso língua, mucosa oral) E. mitis, S.oralis, S. salivaris AQUISIÇÃO DA MICROBIOTA RESIDENTE DURANTE O PRIMEIRO ANO DE VIDA OS STREPTOCOCOS REPRESENTAM 70% DOS MICROGANISMOS VIÁVEIS 90% das famílias abrigam a mesma cepa. A infecção da criança depende da infecção da mãe e da família. Atualmente: utilização de medidas preventivas pela mãe (xilitol, clorexidina) AQUISIÇÃO DA MICROBIOTA RESIDENTE CRIANÇA NA IDADE ESCOLAR TEM A MICROBIOTA IGUAL AO ADULTO Complexidade da microbiota: Fatores sociais (contatos) Fatores ambientais (dieta) Fatores fisiológicos (mucosa, dentes, fluxo salivar) CÁRIE DENTÁRIA CONSUMO DE ALIMENTOS AÇUCARADOS ANTES DA IRRUPÇÃO: efeitos nutricionais na formação do dente e composição da saliva. APÓS A IRRUPÇÃO: efeitos locais do metabolismo dos elementos da dieta na placa bacteriana e na saliva. EFEITOS DA DESNUTRIÇÃO NA INFÂNCIA LIMITAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO CÉREBRO LIMITAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DAS GLÂNDULAS SALIVARES EXPOSIÇÃO DO ESMALTE DENTAL À DESMINERALIZAÇÃO RETARDO NA ERUPÇÃO DO DENTES DECÍDUOS Nutrientes mais importantes: cálcio, fósforo, vitamina D, flúor. Vitamina D, hormônio da paratioreóide e a calcitonina regulam a concentração de cálcio e fósforo inorgânico no plasma e fluidos extracelulares. CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA CÁRIE DE FÓSSULAS E FISSURAS CÁRIE DE SUPERFÍCIE LISA CÁRIE DE ESMALTE CÁRIE RADICULAR INICIA EM ESMALTE INICIA NO CEMENTO E NA DENTINA RADICULAR CÁRIE DE CICATRÍCULAS E FISSURAS CÁRIE DE SUPERFÍCIE LISA CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS LESÕES PRESENTES EM SUPERFÍCIES ADJACENTES A RESTAURAÇÕES CÁRIE SECUNDÁRIA OU RECORRENTE CÁRIE INATIVA CÁRIE ATIVA CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS PRIMEIRO SINAL DE UMA LESÃO CARIOSA EM ESMALTE, TAMBÉM DENOMINADA LESÃO INCIPIENTE. LESÃO DE MANCHA BRANCA DE ACORDO COM A ATIVIDADE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: FLUOROSE DENTAL CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS TERMO QUE SERVE PARA DESIGNAR A PRESENÇA DE MÚLTIPLAS LESÕES ATIVAS EM UM MESMO PACIENTE, ENVOLVENDO FREQUENTEMENTE SUPERFÍCIES DENTÁRIAS QUE EM GERAL NÃO SÃO AFETADAS POR CÁRIE. CÁRIE RAMPANTE DE ACORDO COM A ATIVIDADE CÁRIE SEVERA NA INFÂNCIA (CSI) CÁRIE POR RADIAÇÃO CÁRIE INDUZIDA POR DROGAS CÁRIE DE RADIAÇÃO CÁRIE SEVERA DA INFÂNCIA (CSI) CLASSIFICAÇÃO DAS LESÕES CARIOSAS TERMO QUE DESCREVE LESÕES EM DENTINA NÃO PERCEPTÍVEIS AO EXAME VISUAL, PORÉM EXTENSAS E DESMINERALIZADAS O SUFICIENTES PARA SEREM DETECTADAS AO EXAME RADIOGRÁFICO CÁRIE OCULTA DE ACORDO COM A ATIVIDADE CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS DOS DIFERENTES TIPOS DE DENTINA CÁRIE EM DENTINA ZONAS DA CÁRIE DE DENTINA 1. ZONA SUPERFICIAL: hígida, macroscopicamente, até determinado estágio de progressão e microscopicamente, já existem sinais de dissolução direta de superfície. 2. CORPO DA LESÃO: região onde há mais perda mineral da lesão e, dependendo do grau de progressão, poderá ocorrer a cavitação da lesão. Livre de bactérias. 3. ZONA ESCURA: área de remineralização, pois recebe depósito de minerais perdidos durante a desmineralização. É uma área mais extensa em lesão de progressão lenta ou inativa. 4. ZONA TRANSLÚCIDA: É a linha de frente da lesão, não sendo observada em todas as secções. É mais porosa do que o esmalte hígido e representa os processos de desmineralização. RISCO DE CÁRIE BAIXO RISCO RISCO MODERADO ALTO RISCO Nenhuma lesão de cárie no último ano 01 lesão de cárie no último ano 02 ou mais lesões de cáries no último ano Fóssulas e fissuras coalescidas Fóssulas e fissuras profundas Cárie em superfícies lisas Boa higiene oral Higiene oral deficiente Higine oral muito deficiente Uso constante de flúor Uso ocasional de flúor Fóssulas e fissuras profundas Baixa frequência de consumo de açúcares Frequência moderada no consumo de açúcares Pouco ou nenhum uso e flúor Visitas regulares ao CD Manchas brancas Alta frequência no consumo de açúcares Imagens radiolúcidas interproximaisTratamento ortodôntico Tratamento ortodôntico Baixo fluxo salivar Visitas regulares ao D Uso de mamadeira (acima de 2 anos) BAIXO RISCO RISCO MODERADO ALTO RISCO Nenhuma lesão de cárie no último ano 01 lesão de cárie no último ano 02 ou mais lesões de cáries no último ano Fóssulas e fissuras coalescidas Fóssulas e fissuras profundas Cárie em superfícies lisas Boa higiene oral Higiene oral deficiente Higine oral muito deficiente Uso constante de flúor Uso ocasional de flúor Fóssulas e fissuras profundas Baixa frequência de consumo de açúcares Frequência moderada no consumo de açúcares Pouco ou nenhum uso e flúor Visitas regulares ao CD Manchas brancas Alta frequência no consumo de açúcares Imagens radiolúcidas interproximais Tratamento ortodôntico Tratamento ortodôntico Baixo fluxo salivar Visitas regulares ao D Uso de mamadeira (acima de 2 anos)
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