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Cuidados com a traqueostomia A traqueia começa na cricóide e termina na carina,ou seja, do pomo de adão até o pulmão. Existem duas traqueos, a definitiva e a provisória, no caso os cuidados são mais para as definitivas. A definitiva é feita me tumores da laringe, onde a retirada do tumor requer a retirada total da laringe(com isso o paciente não tem passagem de ar pela parte superior). É feita entre o 2 e 3º anel traqueal ou entre o 3 e 4º. Após a recuperação o paciente pode ficar sem a cânula, pois não tem o risco da traqueia fechar novamente. Como o orifício é aberto, o paciente não consegue falar, isso só ocorre se não tiver ocorrido a ressecção total da laringe, pois não vai ter a vibração das cordas vocais pela passagem de ar. O câncer de laringe é mais frequente em homens, devido ao tabagismo e etilismo, pode ser percebido com o aparecimento de rouquidão na idade adulta. Indicações da traqueo Obstrução das vias aéreas superiores (traumatismo de face/mandíbula/coluna, tumor de laringe, aspiração de corpos estranhos); Eliminação ineficaz de secreções traqueobrônquicas; Intolerância à cânula endotraqueal (paciente entubado, mas acordado); Suporte ventilatório por período prolongado(10 a 15 dias). Tipos de cânulas -Plástico (ventilação mecânica): vem com cuff, que precisa estar sempre fechado ou deixa com que o ar volte, além de deixar que a cânula deslocar, evitar a passagem de secreções e derramamento de sangue no TRI. Desvantagem: pode lesar a traqueia. -Metal: é colocada no paciente após três dias de pós operatório. Complicações Precoces: (1ª até as 24 horas): -Sangramento: (Veias jugulares anteriores, sangue vivo e mais forte) e istmo da tireóide que deve ser mais fraco. -Pneumotórax: (incisão próximo à cúpula pleural); -Enfisema subcutâneo: escape de ar no subcutâneo; -Descolamento de cânula Tardias: -Sangramento por lesão braqueocefálica(cânula maior); -Deslocamento da cânula; -Obstrução: (coágulos, secreção e crosta) - nesses casos fazer aspiração com indicação, mas mantém a nebulização. -Infecção: quadro pulmonar subjacente, por acumulo de secreção ou quadro clinico externo. -Fístula: traqueosofágico ou traqueoiomiada; -Estenose cicatricial da traqueia: a pressão do cuff abaixa a perfusão e leva a lesão isquêmica por granulomas e fibromas, isso desencadeia a estenose ou retração da luz traqueal. Cuidados de enfermagem Observação nas primeiras 24 horas: secreção, sangramento, enfisema cutânea e posicionamento da cânula. Posição semi-fowler; Nebulização constante: para evitar endurecimento da secreção. Estimular a tosse; Aspirar sempre que necessário: (quando a paciente tossir, já pode parar de introduzir a sonda) Instrução do paciente: perda de voz temporária e apoio psicológico para diminuir o medo e a apreensão; Manter cuff insuflado Incentivar ingesta hídrica e higiene oral Impedir vazamento oral, evitar broncoaspiração e derrame de ar Insuflação do cuff: regular a pressão pelo volume mínimo para evitar oclusão 18-22 mmHg, 25-30 em cm de água, trocar a cânula 1x por plantão. Troca de cânula após 72 horas de PO; Troca diária de conjunto e cânula interna de 6 em 6 horas Troca de curativo 1x ao dia Limpar a secreção com sabão neutro.
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