Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lavinia Dias Tavares 1 Instrumentação Videolaparoscópica 1. Princípios básicos: Sistema ótico: consiste na utilização de endoscópios rígidos, os laparoscópios. Eles podem apresentar angulação variadas (de 0º a 75º); as lentes não-anguladas proporcionam uma imagem frontal, enquanto as anguladas fornecem imgens oblíquas – facilitando a visualização de algumas regiões (como a cavidade pélvica e o hiato esofagiano). Videoimagem e iluminação: os laparoscópios possuem uma entrada que é ligada a uma fonte de luz através de um cabo de fibra ótica, transmitindo luminosidade para o interior da cavidade abdominal. Atualmente, utilizam-se lâmpadas de xênon. A imagem intracavitária é transmitida a um monitor de alta resolução através de uma microcâmera acoplada à porção proximal do laparoscópio. Insuflação intracavitária: a cavidade necessária para a realização da cirurgia é criada através de um pneumoperitôneo (gases na cavidade peritoneal) com o uso de CO2. No momento inicial, o débito não deve ser superior a 2 l/min, para evitar um distensão aguda, mas se utiliza normalmente insufladores que tenham capacidade de 15 l/min. 2. Técnica e intrumental: São realizadas sob anestesia geral. Realiza-se o acesso inicial à cavidade através da cicatriz umbilical, com a utilização da agulha de Veress. Assim, primeiramente temos uma incisão cutênea, seguida de tração da aponeurose e puncionamento da agulha de Veress. Acopla-se uma seringa a essa estrutura e se realiza a aspiração (não deve vir sangue ou outros fluidos), a injeção (soro fisiológico injetado) e o gotejamento (deve-se ter entrada passiva do soro, demonstrando que essa está sujeita a pressão negativa da cavidade peritoneal). Após isso, conecta-se a mangueira de CO2 e se faz a insuflação. Deve-se monitorar a pressão intracavitária. Os trocartes são cânulas por onde são inseridos os instrumentais e o endoscópio. Seguindo-se a introdução do laparoscópio, realiza-se um inventário abdominal. As posições do trocartes dependerão do procedimento a ser realizado. O material básico é composto por pinças de dissecção e preensão, tesouras, intrumentos de cauterização e grampeadores. Também temos os afastadores e porta-agulha. Objetiva Endoscópio Ótica Encaixe da microcâmera A. Visão frontal; B. Visão oblíqua. A B Agulha de Veress Trocartes (somente o último é de uso único). Habilidades Profissionais V – Intubação Traqueal Lavinia Dias Tavares 2 3. Contraindicações e complicações da videocirurgia: 3.1. Complicações: Complicações relacionadas à introdução e manipulação de instrumentais: - Lesões vasculares - Lesões de órgãos digestivos - Lesões vesicais Tesouras Maryland Pinças de preensão e dissecção Clipadores Mixter Porta-agulha Afastadores Habilidades Profissionais V – Intubação Traqueal Lavinia Dias Tavares 3 - Hérnias incisionais e infecção Complicações de procedimentos específicos Complicações relacionadas ao pneumoperitônio: - Diminuição da complacência pulmonar, atelectasia, hipercarbia e hipóxia; - Embolia gasosa; - Arritmias cardíacas; - Refluxo passivo do conteúdo gástrico; - Enfisema subcutâneo; - Pneumotórax/pneumomediastino. 3.2. Contraindicações: INTRUMENTAIS NA UEPA: Habilidades Profissionais V – Intubação Traqueal Lavinia Dias Tavares 4 Dica para identificação dos instrumentais: CORES (presente no cabo) Diérese: - Vermelho: tesouras - Roxo: bisturi harmônico ultracision Preensão: - Amarelo: endoclinch/gasper - Verde e cinza: pinça de dissecção e apreensão - Azul: Maryland (tanto reta quanto curva) Hemostasia: - Cinza: clipador (ponta tem formato de batman) Síntese: - Cinza: grampeador linear - Azul: grampeador circular (formato de cotonete) - Verde: grampeador circular (formato de ogiva) parece uma furadeira Maryland (preensão)
Compartilhar