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Exame Físico Neurológico ENFERMAGEM

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Exame Físico Neurológico
e Avaliação 
de Cabeça e Pescoço
Profª. Dr.ª Natália Abou Hala Nunes
Exame Físico Neurológico
O exame neurológico pode revelar distúrbios do cérebro, dos nervos, dos músculos e da medula espinhal. Os quatro principais componentes de um exame neurológico são: a anamnese (história clínica), a avaliação do estado mental, o exame físico e, quando necessário, exames diagnósticos. 
Exame Físico Neurológico
Exame Físico Neurológico
Consciência
Consciência: capacidade do indivíduo perceber a si mesmo e ao mundo. 
Níveis de Consciência
Níveis de Consciência
Consciente
Inconsciente
Acordado, alerta
Responde adequadamente
 aos estímulos verbais
Orientado no tempo e no espaço
Sono profundo
Não emite som verbal
Não interage consigo ou com o ambiente
Orientações:
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) é utilizada para avaliar o nível de consciência naqueles pacientes que não estão sob o uso de sedativos
Deve-se sempre levar em conta a melhor resposta que o paciente apresentar
Escala de Coma de Glasgow
Escala de Coma de Glasgow
Em que ano
estamos?
2009
1972
Solta!Almoço!Não 
Hugh! Ahrr!
Escala de Coma de Glasgow
Avaliação Pupilar
Avaliação Pupilar
Pupilas isocóricas e com midríase
Pupilas isocóricas e com miose
Pupilas anisocóricas
Avaliação da Função Motora
Nervos motores
Lesão = Fraqueza ou paralisia do músculo por ele inervado
Falta de estímulo ao nervo periférico = atrofia
14
Avaliação da Função Motora
Score
Comportamento
0
Nenhuma contração muscular visível
1
Vê-se ou palpa-se uma contração muscular, mas não há movimento através de uma articulação 
2
Capacidade de manter o membro sem conseguir um movimento antigravitacional
3
Movimento ativo contra a gravidade porém não contra a resistência
4
Movimento ativo contra a gravidade e vence uma pequena resistência
5
Força muscular normal
Avaliação da Função Sensitiva
Nervos sensitivos = pressão, a dor, o calor, o frio, a vibração, a posição das partes do corpo e a forma das coisas.
Analgesia (perda da sensação de dor)
Hipoalgesia (diminuição da sensibilidade à dor)
Hiperalgesia (aumento da sensibilidade à dor)
Hipoestesia – Parestesia (diminuição da sensibilidade)
Hiperestesia (excesso de sensibilidade
Avaliação da Função Cerebelar
Cerebelo = regulador do movimento coordenado e do controle postural, orienta os movimentos dos olhos, da cabeça, do corpo, dos membros, tem um papel no aprendizado de habilidades motoras e funções cognitivas, incluindo rápidas mudanças de atenção. 
Integra a informação sensorial e motora. 
Avaliação Função Cerebelar
Ataxia = perda da coordenação muscular
Teste de Romberg:
Testa o equilíbrio: em pé com os pés juntos e as mãos ao longo do corpo, primeiramente de olhos abertos e depois fechados de 20 a 30 segundos
Marcha de paciente com ataxia
Avaliação dos Nervos Cranianos
Podem ser afetados em qualquer ponto de seu trajeto em decorrência de lesões, tumores ou infecções e, por essa razão, é necessário que seja determinada a localização exata da lesão. 
 Crânio
Tamanho: varia de acordo com a idade ou biótipo.
Lesões, cistos sebáceos, tumores ósseos, hematomas e nódulos no couro cabeludo.
Características dos cabelos: distribuição, quantidade, alteração na cor, higiene e presença de parasitas.
Pontos dolorosos
Avaliação da Cabeça
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Inicialmente, deve ser observada a posição da cabeça do paciente, que deve estar ereta e em perfeito equilíbrio, sem apresentar inclinação (doenças do pescoço ou meninges) ou movimentos involuntários ou tremores (parkinsonismo ou coréia).
Macro ou microcefalia / Hidrocefalia (aumento do líquido cefalorraquidiano / aumento desproporcional do crânio em relação à face)
Abertura e fechamento das pálpebras (ptose palpebral)
Conjuntiva e mucosa: coloração, congestão ou presença de secreção purulenta e hemorragia subconjutival.
Olhos
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O exame dos olhos pode revelar afecções locais ou manifestações oculares de doenças sistêmicas como síndrome ictérica e hipertireoidismo (protusão dos olhos).
A ptose palpebral (queda da pálpebra), geramente unilateral, é um sinal característico da paralisia do músculo elevador da pálpebra superior, causado por comprometimento do nervo oculomotor.
Exoftalmia: protusão dos olhos / Enoftalmia: afundamento dos globos oculares
Conjuntiva é o epitélio que recobre a porção visível do globo ocular, com exceção da córnea. Coloração da conjuntiva pode tornar-se pálida (anemias), amarelada (icterícia) ou hiperemiada, quando ocorre um processo inflamatório (conjuntivite). Para examinar a conjuntiva, traciona-se as pálpebras, a inferior para baixo e a superior para cima.
Globo oculares: exoftalmia unilateral (tumores) ou bilateral (hipertireoidismo); enoftalmia (desidratação, tumores).
Córnea: integridade ou presença de ulcerações, corpos estranhos ou opacificações do cristalino, características da catarata.
Esclerótica: icterícia, placas de pigmento marrom, hemorragias.
Aparelho lacrimal: as obstruções podem levar a um ressecamento da córnea e à produção de lesões.
Acuidade visual: mantida pelos movimentos oculares reflexos ou voluntários, coordenados pelos nervos oculomotores.
Pupilas: esféricas, negras e isocóricas
Olhos
25
A córnea é o mais importante meio refrativo do olho, caracterizando-se pelo seu alto grau de transparência. Deve apresentar a superfície regular.
A esclerótica corresponde à porção do globo ocular que está exposta ao redor da íris e que deve se apresentar branca ou levemente amarelada na periferia.
Icterícia de coloração amarelo forte: característica de hepatite ou obstrução ou compressão dos ductos biliares.
Placas de pigmento marrom: normalmente encontradas na esclerótica dos negros.
Hemorragias: rompimentos de vasos.
A perda da visão (amaurose) pode estar presente em um ou nos dois olhos. As alterações geralmente apresentam-se por meio de nistagmos, que são movimentos rítmicos, involuntários e bilaterais dos globos oculares. Essas alterações podem ser causadas por lesões oculares, labirintites ou processos cerebrais como hemorragias e epilepsias. 
Normal de 2 a 6mm
MIOSE - 1 a 2 mm
MIDRÍASE - 7 a 8 mm
Boca
Integridade da mucosa oral
Coloração da cavidade oral e hálito
Lábios
Gengivas
Quantidade e conservação dos dentes
Prótese dentária
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Integridade dos lábios: deformações congênitas (lábio leporino), lesões herpéticas ou neoplásicas, rachaduras nas comissuras (deficiência vitamínica), edema (síndrome nefrótica, insuficiência cardíaca, hipertireoidismo e processos alérgicos).
Gengivas: hiperplasia gengival, lesões ulceradas ou hemorrágicas, processos infecciosos ou inflamatórios peridontais.
Prótese dentária: ajuste e higiene.
A coloração avermelhada (hiperemia) com hipertrofia das papilas pode indicar escarlatina. Na anemia perniciosa, a língua apresenta-se lisa e sem papilas e no hipertireoidismo torna-se volumosa, podendo exteriorizar-se. Na desidratação, a língua apresenta-se seca.
As amígdalas devem ser inspecionadas no paciente com a boca bem aberta e com a ajuda de uma espátula. 
Língua
Dorso da língua: superfície rugosa, recoberta por papilas e levemente esbranquiçada.
Amígdalas
Normalmente pequenas ou ausentes
Nos processos inflamatórios, aumento do volume e presença de placas de pus.
Exame do Pescoço
Tamanho (biótipo) e simetria
Cicatrizes, cianose e ingurgitamento das veias jugulares
Veias jugulares: normalmente não são visíveis
Glândula tireóide: normalmente não é visível nem palpável
Pulsações das artérias carótidas
Linfonodos da região cervical
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A estase jugular bilateral, que não desaparece na posição sentada, indica insuficiência cardíaca.
O aumento do volume da glândula tireóide pode revelar nódulo ou bócio, que indica disfunção da glândula.
As pulsações das artérias carótidas não são normalmente visíveis. Quando as pulsações mostram-se muito aumentadas, revelam patologias como o hipertireoidismo,fístulas arteriovenosas periféricas e insuficiência aórtica.
Diapasão e o Ouvido

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