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Capítulo 12 Regras: Estímulos dicriminitivos ou estímulos alteradores de função flisa Tavares Sanabio Universidade Católica de C/oiJs /ose/e A breu-Kodrigues Universidade de HrasHia Quando estímulos antecedentes exercem funções opmnnte*, eles «Ao axnumente dasstflr«dos como estímulos disorimmativo» (S°n) Tais nstlmulos exercem efeitos evocativos, pois. umn vn/ estando presente. produ/em um iiumonto Imodlata, mas itKxmntÃnoo, na frequência do comportamento Entretanto, alguns estímulos, freqüentei nonte definidos como S"8, produ/em mudanças duradoumano comportamento e quo podem ser observadas uxnanta apôs um perhxlodo ntrano. Essns estímulos nflo evocam diretamente comportamentos, sendo seu principal efeito altorar a função de outros eventos comportamentais (FASs). A partir dessa distinçAo entre SDe FAS, alguns autores apontam quo o defmiçAo do termo rmjra como um S” verbal é inadequado e propõem que osse termo se|a empregado somente quando o estimulo verbal exercer efeitos alteradores de funçAo. Uma das principais dificuldades metodológicas da pesquisa empírica sobre FAS consiste «m diferenciar o» efeitos dlscrlminativos dos efeitos alteradores de furvçfto A «stwWiyi* uWt/ada alguns autoros tem stdo separar Uimpomlmw\te o estimulo vurbal do wxnportamento por ele especificado, permitindo, assim, <jue o efeito atrasado seja observado. Os resultados empíricos (ainda om pequena quantidade), aliados ás análises conceituais, sugerem que <1 distinçAo entro S1’ e FAS deveria ser mais amplamente investigada pelos analistas do comportamento Palavras-chave: regra, estimulo discrlminntivo, estimulo «Iterador de funçAo When antecedent stlmull axart operant functions thoy are usually classlfied as dlscrlmlnativo stlmuli (S"s). Such stlmuli are said to have evocativa effects because they produce an immediate but monientary effect on tha fraquoncy of behavior. Howover, some stlmuli, often deflned as Su, produce •nduring changes on behavior which are obseived only after a d»l»y perlod. These stlmuli do not evoke behavior dlrectly; rathar, their maln efect I* to alter the functlon of other behavioral events (FASs). From this distinctlon between S° and FAS, some authors have polnted out that deflnlng ru/aa as Sus is Inapropriate and suggest that such term should be employed only when verbal stlmuli exert functlon-altarlng/ffacts One of the maln methodologlcal difflcultles of the emplrlcal research on FAS is to differentiate discrlminatlve and functlon-alterlnf effects. The strategy used by some authors has been to Impose a temporal gap between the verbal stimulus and the corraspondent behavior such that the delayed effect can be observed. The emplrlcal results (yet In a small amount), together with conceptual analyses, suggest that the distinctlon between 8° and FAS should be throughly investlgated by behavior analysts. Key words. rule, discrlminatlve stimulus, functlon-alterlng stimulus. Na tentativa de melhor compreender o comportamento e suas variáveis de controle, analistas do comportamento procuram identificar as condições ambientais das quais o comportamento é função. Para tanto, utilizam-se do conceito de contingência, definida como uma relação entre eventos ambientais ou entre comportamento e eventos ambientais, na forma “se, então" (Todorov, 1985). Contingências operantes comumente incluem três itens: (1) condições presentes ou antecedentes, (2) comportamento e (3) conseqüências ambientais de tal comportamento. Quando estímulos antecedentes exercem funções 114 FIIíu Tuvurcs Sanabio e foseie Abreu Roílrigue* operantes, eles são freqüentemente classificados como estímulos discriminativos (SDs). Recentemente, a literatura vem questionando essa classificação, tentando estabelecer uma diferenciação entre SDs e estímulos alteradores de função (FASs). De acordo com Michael (1982), classificamos um estímulo como discriminativo quando (1) dada a efetividade momentânea de um reforçamento, ocorre (2) um aumento na freqüência de uma dada resposta (3) devido a uma história de reforçamento diferencial na presença desse estímulo. Dizemos, então, que tal estímulo possui efeitos evocativos, pois, uma vez estando presente, produz um aumento imediato e momentâneo na freqüência do comportamento. É comum observar estímulos sendo classificados como Süs simplesmente porque exercem um controle antecedente sobre o comportamento, como é o caso dos estímulos verbais que chamamos de regras. O interesse por estes estímulos surgiu quando Skinner (1969) diferenciou dois tipos de comportamentos. Segundo ele, o comportamento pode ser o resultado do contato direto com as contingências, ou seja, um organismo se comporta de uma certa forma porque seu comportamento foi seguido por um determinado tipo de conseqüência no passado. Nesse caso, denominamos tal comportamento de comportamento modelado por oontingências. Entretanto, as pessoas aprendem a descrever seus comportamentos, as condições em que eles ocorrem e suas conseqüências e são, de alguma forma, afetadas por estas descrições. Esse segundo tipo de comportamento, produto de descrições verbais das contingências, ó chamado de comportamento governado por estímulos verbais. Embora esses dois tipos de comportamento apresentem processos de aquisição e manutenção diferenciados, um ponto comum entre eles deve ser destacado: ambos são comportamentos operantes e, enquanto tais, são controlados por suas conseqüências ambientais. Tendo feito essa distinção, Skinner (1969) definiu os estímulos verbais a partir de dois critérios. De acordo com o primeiro, um critério formal, estímulos verbais são descritos como estímulos especificadores de contingências (ou CSS, do inglês contingency-specifying stimuli). De acordo com o segundo critério, que enfatiza a função de tais estímulos, estímulos verbais são descritos como estímulos discriminativos, ou seja, SDs. A partir de então, esta definição funcional é encontrada no trabalho de muitos analistas do comportamento, tais como Baldwin e Baldwin (1981), Baum (1999), Catania (1998), Cerutti (1989), Galizio (1979) e Hayes, Brownstein, Zettle, Rosenfarb e Korn (1986). Sem dúvida alguns estímulos verbais podem controlar comportamento enquanto estímulos antecedentes e estas relações de controle parecem ser claramente operantes. De acordo corrf Schlinger (1993), entretanto, devemos ser cuidadosos ao classificar um estímulo antecedente como sendo um SD. Considere o estímulo verbal ‘‘Quando os hóspedes chegarem, prepare um café", sendo apresentado a um indivíduo pela primeira vez. Apesar de preceder o comportamento de preparar o café, esse estímulo verbal não deve ser classificado como Sn, pois não atende dois importantes critérios para que um estimulo seja considerado discriminativo. Primeiro, tal estímulo verbal não evoca o comportamento de preparar o café, no sentido de produzir um aumento imediato e momentâneo na freqüência desse comportamento. Uma análise cuidadosa revelaria que a ocorrência de tal comportamento foi ocasionada pela chegada dos hóspedes. Assim, não seria apropriado afirmar que o estímulo verbal evocou o comportamento, pois tal função evocativa parece ter sido exercida pelos hóspedes. Segundo, para que esse estímulo verbal fosse considerado SD, seria preciso identificar uma história de reforçamento diferencial que resultou no estabelecimento de tal função. Entretanto, uma vez que tal estímulo foi apresentado pela primeira vez, o Sobre Comportamento e CoflniçAa 115 comportamento especificado por ele ainda nâo teve a oportunidade de ser reforçado em sua presença e, assim, não é possível identificar tal história. Um outro exemplo pode ajudar na compreensão dessas duas funções. Consideremos a primeira vez que uma pessoa recebe o estímulo verbal "Tire as roupas do varal quando a chuva cair". De acordo com a sugestão de Schlinger (1993), o comportamentode tirar as roupas do varal não está sob controle discriminativo do estímulo verbal, uma vez que o comportamento em questão ocorreu horas depois que esse estímulo foi dado, tendo sido evocado pela ocorrência da chuva em si. Além disso, não é possível identificar uma história de reforçamento diferencial, pois, como no exemplo anterior, o estimulo verbal está sendo apresentado a primeira vez e ainda não foi possível que o comportamento de tirar as roupas do varal tenha sido reforçado em sua presença. Nesses dois exemplos apresentados, qual seria, então, a função dos estímulos verbais? Segundo Schlinger e Blakely (1987), Blakely e Schlinger (1987), Schlinger (1990), Schlinger, Blakely, Fillhard e Poling (1991) e Schlinger (1993), esses estímulos devem ser chamados de alteradores de função. "O termo alteradorde função é usado para se referir a operações ambientais que alteram funções comportamentais de outros estímulos" (Schlinger, 1993, pág. 11). Os estímulos alteradores de função possuem efeitos que podem ser observados somente após um período de atraso e que são considerados duradouros. Além disso, tais estímulos não evocam comportamentos como os SDs, sendo seu principal efeito alterar a função de outros eventos comportamentais. Sendo assim, nos exemplos apresentados anteriormente, cada um dos estímulos verbais pode ser considerado como alterador de função: o estímulo “Quando os hóspedes chegarem, prepare um café"altera o papel da chegada dos hóspedes, que passa a ter a funções evocativas sobre o comportamento de preparar o café; da mesma maneira, o estimulo "Tire as roupas do varal quando a chuva cair" alterou o papel da chuva, que passou a exercer funções evocativas sobre o comportamento de tirar as roupas do varal. A partir dessa discussão, Schlinger e Blakely (1987), Blakely e Schlinger (1987), Schlinger (1990), Schlinger e cols. (1991) e Schlinger (1993) propõem uma revisão conceituai do termo regra, com base em dois argumentos. Primeiro, se um estímulo verbal é definido como SD verbal e se o SD verbal exerce funções semelhantes àquelas exercidas pelo Su não verbal, por que atribuir ao primeiro um nome especial (regra)? Segundo, a definição amplamente utilizada de regra como um SD verbal é considerada inadequada por esses autores, que sugerem que esse termo seja empregado somente quando o estímulo verbal exercer efeito^alteradores de função. Os estímulos alteradores de função podem atuar de diversas maneiras sobre os eventos ambientais (Schlinger e Blakely, 1987). Eles podem, por exemplo, alterara função evocativa dos SDs, seja estabelecendo uma nova relação discriminativa, como mostram os dois exemplos anteriores, seja alterando (fortalecendo ou enfraquecendo) uma relação discriminativa já existente. Nesse último caso, por exemplo, o estímulo "Permaneçam na sala após tocar o sinal do recreio” altera uma relação discriminativa, uma vez que o sinal não mais irá funcionar como um SD para o comportamento de sair da sala. Esses estímulos também podem alterar a função evocativa de operações estabelecedoras (OEs), produzindo uma nova relação entre variáveis motivacionais e o comportamento. Por exemplo, o estímulo “Fiquei sabendo que a loja X está com uma liquidação ótima" estabelece uma relação motivacional entre a loja descrita e o comportamento de consumir seus produtos. É possível também que eles alterem uma relação motivacional já existente. Por exemplo, o estímulo 116 hlisd Tavares San.ibio c Joscle Abrcu-Rodri#u« verbal “A sua loja preferida aumentou os preços"aItera a relação motivacional já estabelecida entre a loja e o comportamento de consumo. Esses estímulos alteradores de função também podem estabelecer propriedades reforçadoras para as conseqüências do comportamento. Um exemplo desse efeito é encontrado em muitos estudos com sujeitos humanos, quando o experimentador fornece um estímulo verbal do tipo "Tente ganhar o máximo de pontos possível. Ao final da sessão, seus pontos serão trocados por dinheiro" (Schlinger, 1993). Ou seja, os pontos ganhos durante a sessão adquirem propriedades reforçadoras em decorrência do estímulo verbal fornecido. O efeito alterador de função ó observado não apenas em relações operantes. Muitas relações respondentes podem, também, ser modificadas. O estímulo verbal "Quando você receber a prova, você sentirá um frio na barriga "pode alterar a função da prova. Ou seja, o estímulo prova pode passar a eliciar diversos respondentes, o que não ocorria antes da emissão desse estímulo verbal. Em suma, os efeitos alteradores de função, de acordo com Schlinger (1993), representam os processos que comumente chamamos de aprendizagem. Por exemplo, as seguintes operações são consideradas alteradoras de função: (a) condicionamento e extinção respondentes: (b) condicionamento e extinção operantes, reforçamento, punição, treino discriminativo; (c) operações que produzem reforços e punições condicionadas; (d) escolha de acordo com o modelo; e (e) operações induzidas por esquemas. Ou seja, qualquer operação que resulte na mudança de alguma função de um estímulo, como essas citadas anteriormente, pode ser considerada como alteradora de função. Além disso, esses efeitos podem ser exercidos também por estímulos não verbais. Por exemplo, quando um som alto (estímulo incondicionado) é emparelhado com uma luz (estímulo neutro), a luz tem sua função alterada e passa a exercer funções de estímulo condicionado ao eliciar respostas de sobressalto. A sugestão que muitos estímulos, sejam verbais ou não, podem exercer efeitos alteradores de função esbarra na dificuldade de se demonstrar tais efeitos de maneira empírica. Uma das principais dificuldades metodológicas consiste em separar os efeitos discriminativos dos alteradores de função, principalmente quando um estímulo verbal é emitido e o comportamento especificado por ele é observado logo em seguida. Por exemplo, consideremos o estímulo verbal "Permaneçam na sala após tocar o sinal", citado anteriormente, sendo apresentado a um grupo de alunos. Caso os alunos seguissem o estímulo verbal nomomento que ele havia sido dado, como saber se tal estímulo exerceu efeitos evocativos (imediatos e momentâneos) ou efeitos alteradores de função? Em situações como essa, quando o estímulo verbal e o comportamento descrito ocorrem ao mesmo tempo, sempre haverá a possibilidade do estímulo verbal exercer apenas um dos efeitos ou os dois efeitos simultaneamente. Para que esses dois tipos de efeitos possam ser diferenciados, a estratégia metodológica utilizada tem sido separar temporalmente o estímulo verbal do comportamento por ele especificado, permitindo, assim, que o efeito atrasado, característico dos estímulos alteradores de função, seja observado. Essa estratégia metodológica é encontrada nos estudos de Mistr e Glenn (1992), Reitman e Gross (1996) e Hupp e Reitman (1999), que tinham como objetivo diferenciar os efeitos evocativos e os efeitos alteradores de função. A tarefa experimental utilizada nos três estudos foi bastante semelhante: o experimentador fornecia a informação (estímulo Sobre C om portam ento e Cognlv'<So 117 verbal) de que a criança deveria guardar, numa cesta ou caixa, brinquedos (Mistr & Glenn, 1992) ou blocos de madeira (Reitman & Gross, 1996; Hupp & Reitman, 1999), espalhados pelo chão. Durante algumas condições, os participantes tinham oportunidade imediata de responder, ou seja, os brinquedos ou blocos de madeira já estavam no chão e poderiam ser guardados logo após a emissão do estímulo verbal. Durante outras condições, a oportunidade para responder era atrasada por alguns minutos, ou seja, minutos após a emissão do estímulo verbal, o experimentador colocava os objetos no chão para que as crianças pudessem guardá-los. Quando o responder ocorreu sob a contingência imediata, os autores sugeriram que esse estímulo estariaexercendo tanto efeitos evocativos como efeitos alteradores de função. Por outro lado, quando o responder foi observado na contingência atrasada, os autores concluíram que o estímulo verbal estaria exercendo apenas efeitos alteradores de função, isto é, o estímulo “Coloque os blocos de madeira dentro da caixa” teria alterado a função evocativa dos blocos e da caixa, que passaram a exercer a função de SD para o comportamento de guardá-los. A análise teórica de Schlinger e Blakely, aliada aos resultados empíricos obtidos até o momento (ainda em pequena quantidade), sugere que a distinção entre SD e FAS deveria ser mais amplamente investigada pelos analistas do comportamento. Do ponto de vista conceituai, essa distinção é importante na medida que auxilia a resolver problemas relacionados à maneira como os analistas do comportamento falam sobre estímulos verbais. Quando o controle exercido por um estímulo verbal é observado após um período de atraso e é interpretado como discriminativo, é comum o surgimento de análises mediacionais, que tentam preencher a lacuna temporal inferindo a ocorrência de controle por eventos privados. Tais análises, obviamente, apresentam problemas relacionados ao referencial teórico da Análise do Comportamento. O controle por eventos privados deve ser considerado com cautela, pois a ocorrência desses eventos não é condição necessária, e nem suficiente, para a emissão de um determinado comportamento público (Abreu-Rodrigues e Sanabio, 2001). Existem várias possibilidades de relações funcionais envolvendo eventos privados e comportamentos públicos: o evento privado pode não ocorrer, pode ocorrer e influenciar o comportamento público, pode ocorrer e não influenciar o comportamento público e pode ocorrer e ser ele próprio influenciado pelo comportamento público. Uma análise mediacional assume, por inferência e a priori, que eventos privados ocorrem e influenciam comportamento, desconsiderando outras relações funcionais possíveis. Para evitar esse problema mediacional, uma alternativa seria considerar tais estímulos como FASs, ou seja, estímulos que alteram as funções de outros eventos e que, assim, afetam o comportamento mesmo após longos períodos de tempo. Do ponto de vista prático, a interpretação de que estímulos verbais são S°s desconsidera outras possíveis funções que tais estímulos poderiam exercer. Por exemplo, estímulos antecedentes, verbais ou não, podem exercer papéis respondentes, motivacionais, discriminativos e alteradores de função e cada uma dessas funções irá determinar processos diferentes de aquisição, manutenção e extinção do comportamento. Sendo assim, o planejamento de intervenções eficazes requer a identificação e análise adequadas das funções dos estímulos antecedentes. Considerando a relevância conceituai e prática da distinção entre FASs e SDs, torna-se necessária a realização de estudos empíricos adicionais sobre a questão. 118 Elitd Tavares Sanabio e Joscle Abrru-kodritfuti Abreu-Rodrigues, J. & Sanabio, E. T. (2001). Eventos internos em uma psicoterapia externallsta: causa, efeito ou nenhuma das alternativas? Em H. E. Guilhardi, M. B. B. P. Madi, P. P.Queiroz, & M. C. 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