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O Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários é um Manual inteiramente novo, sem similares anteriores no IPR/DNIT; é bastante oportuno porque, além de indicar os procedimentos de recuperação, define o que se pode esperar de uma obra dita recuperada. Embora aplicável a todas as obras de concreto, tem como alvo principal as pontes de concreto armado. O Manual fica limitado a indicar operações de identificação e tratamento de patologias que visam restabelecer as condições atuais da estrutura, sem reforçá-la; convém, entretanto, enfatizar que inspeções regulares e manutenção adequada e continuada são procedimentos imprescindíveis para garantir e prolongar a vida útil da estrutura, e que a ausência de defeitos visíveis não implica em adiar ou limitar os procedimentos indicados. O conhecimento da real e atual capacidade portante de uma ponte deve ser uma preocupação constante do órgão gestor, visto que ela sofre reduções, principalmente com a idade, a utilização e a agressividade do meio ambiente. O Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários aplica-se a pontes rodoviárias de concreto armado e protendido, com vãos máximos de duzentos metros, independentemente de seus comprimentos totais. Pontes ferroviárias, pontes metálicas e pontes especiais, tais como pontes flutuantes, pontes móveis, pontes pênseis e pontes estaiadas não são objeto deste Manual. Entretanto, muitos dos conceitos aqui emitidos aplicam-se a outras estruturas de concreto, de maneira geral. 1. DEFINIÇÕES Algumas expressões empregadas em projetos viários carecem de uma definição uniforme e precisa. Com o objetivo de uniformizar a terminologia existente, são fornecidos alguns conceitos gerais, relativos ao projeto de recuperação de pontes e viadutos rodoviários. • Avaliação - Conclusões de uma investigação, abrangendo revisão de documentos, inspeções locais, retirada de amostras e ensaios de materiais. • Elemento - Peça isolada e identificável da estrutura. • Diagnóstico - Identificação da causa da deterioração. • Inspeção - Processo que permite avaliar as condições físicas da estrutura e a extensão da deterioração, dos danos e dos desconfortos existentes. • Investigação - Coleta e reunião de dados e informações detalhadas concernentes ao comportamento, condições e resistência de uma estrutura, através de análises de documentos, levantamentos, observações e ensaios. • Amostragem - Identificação e escolha de materiais para remoção, com a finalidade de submetê-los a testes de laboratório. • Reforço - Aumento da capacidade resistente da estrutura, em um nível superior que o proposto no projeto original. • Redundância - Condição estrutural, onde há mais elementos que os estritamente necessários para garantir a estabilidade da estrutura. • Estrutura - A obra ou seus componentes, considerados como sendo de concreto, neste Manual. • Ensaio - Operação para qualificar o material e suas propriedades físicas, através de equipamentos calibrados e procedimentos padronizados. • Ponte - Estrutura, inclusive apoios, construídos sobre uma depressão ou uma obstrução, tais como água, rodovia ou ferrovia, que sustenta uma pista para passagem de veículos e outras cargas móveis, e que tem um vão livre, medido ao longo do eixo, de mais de seis metros. • Pontilhão - Ponte, inclusive apoios, com vão livre igual ou inferior a seis metros. • Bueiro - Estrutura de drenagem, construída sob a via, atravessando todo o corpo da estrada.