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ATOS PROCESSUAIS - DIREITO PROCESSUAL I

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ATOS PROCESSUAIS 
O processo consiste em uma sucessão de atos que se encadeiam logicamente e que visam alcançar o provimento
jurisdicional. São atos processuais os atos humanos realizados no processo. Não se confundem com os fatos 
processuais, que são acontecimentos naturais, que podem ter grande relevância ou repercussão no processo, 
mas que não dependem de condutas humanas.
➔ Os atos processuais devem ser praticados em conformidade com o que determina a lei. Esta 
preestabelece a sequência em que eles devem ser realizados e, em regra, a forma que devem obedecer. - 
Como estão no campo do direito público, somente em algumas situações há margem para a disposição 
de vontades.
OMISSÕES PROCESSUALMENTE RELEVANTES: A omissão só será processualmente relevante quando 
a lei determina a prática de determinado ato e impõe consequências para a sua não realização.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS 
ATOS DAS PARTES
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a 
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial.
ATOS UNILATERAIS: correspondem àqueles que a parte pratica sem necessitar da anuência da parte 
contrária. Por excelência, são os de postulação, como a petição inicial do autor e a contestação do réu, e os 
demais requerimentos que poderão fazer no curso do processo, como a apresentação de réplica, o requerimento 
de provas, a interposição de recursos.
ATOS BILATERAIS: atos praticados pelas partes conjuntamente. O exemplo mais comum é a transação.
REQUISITOS PARA SER JURÍDICO-PROCESSUAL: produção efeitos no processo, consistentes na 
constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
➔ Além deles, o juiz pratica outros atos no curso do processo, como o interrogatório das partes, a colheita 
de depoimentos, a inspeção judicial e outros atos materiais. Mas só os mencionados no art. 203 podem 
ser considerados pronunciamentos judiciais. Os demais são apenas atos materiais.
A SENTENÇA: 
Art. 203, § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o 
juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
➔ ACÓRDÃOS: “Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.”
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS: Distingue-se das sentenças por seu caráter interlocutório, pelo fato de ser 
proferido no decurso de um processo, sem aptidão para finalizá-lo. E sem, ainda, pôr fim à fase de 
conhecimento em primeiro grau de jurisdição. Se o ato judicial for capaz de provocar prejuízo e não puser fim
ao processo ou à fase de conhecimento, será decisão interlocutória, e não despacho. 
Art. 203, § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º.
DESPACHOS DE MERO EXPEDIENTE: São aqueles que servem para impulsionar o processo, mas não tem 
conteúdo decisório, sendo inaptos para trazer prejuízos às partes. 
Art. 20, § 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.
ATOS ORDINATÓRIOS: “Art. 203, § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista 
obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz 
quando necessário.”
SENTENÇA DECISÕES
INTERLOCUTÓRIAS
DESPACHOS
FUNÇÃO Por fim à fase cognitiva do 
procedimento comum, bem 
como extingue a execução.
Têm caráter decisório, são 
proferido no decurso de um 
processo, sem aptidão para 
finalizá-lo. 
São aqueles que servem para 
impulsionar o processo, mas não 
tem conteúdo decisório, sendo 
inaptos para trazer prejuízos às 
partes.
PRAZO (art.226 e 227) 30 dias 10 dias 05 dias
RECURSO Apelação Agravo de instrumento -----------------
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
Art. 201. As partes poderão exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que entregarem em cartório.
Art. 202. É vedado lançar nos autos cotas marginais ou interlineares, as quais o juiz mandará riscar, impondo a quem as escrever 
multa correspondente à metade do salário-mínimo.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes.
§ 1º Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-
os aos juízes para revisão e assinatura.
§ 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.
§ 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no 
Diário de Justiça Eletrônico.
FLEXIBILIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO E NEGOCIAÇÃO PROCESSUAL
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, é lícito às partes plenamente capazes estipular 
mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e 
deveres processuais, antes ou durante o processo.
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes 
aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em 
manifesta situação de vulnerabilidade.
O CPC atual modificou esse panorama e ampliou muito os poderes das partes a esse respeito. Foi mantida a 
possibilidade de convenção sobre a distribuição do ônus da prova (art. 373, § 3º), sobre a suspensão do 
processo (art. 313, II) e adiamento de audiência (art. 362, I). Trata-se de grande inovação, que autoriza as 
partes capazes, em cláusula aberta e geral, a influir diretamente sobre o procedimento e o prazo. Para 
que não haja abusos, haverá controle de validade das convenções. 
➔ SÚMULAS DA ENFAM: 
36) A regra do art. 190 do CPC/2015 não autoriza às partes a celebração de negócios jurídicos processuais atípicos que afetem 
poderes e deveres do juiz, tais como os que: a) limitem seus poderes de instrução ou de sanção à litigância ímproba; b) subtraiam 
do Estado/juiz o controle da legitimidade das partes ou do ingresso de amicus curiae; c) introduzam novas hipóteses de 
recorribilidade, de rescisória ou de sustentação oral não previstas em lei; d) estipulem o julgamento do conflito com base em lei 
diversa da nacional vigente; e e) estabeleçam prioridade de julgamento não prevista em lei.
37) São nulas, por ilicitude do objeto, as convenções processuais que violem as garantias constitucionais do processo, tais como as
que: a) autorizem o uso de prova ilícita; b) limitem a publicidade do processo para além das hipóteses expressamente previstas em 
lei; c) modifiquem o regime de competência absoluta; e d) dispensem o dever de motivação.
➔ NEGOCIAÇÃO DE CALENDÁRIO: Vantagem – dispensa intimações.
Art. 191. De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, 
devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido 
designadas no calendário.
O CPC dá, portanto, real validade ao princípio dispositivo, permitindo que, nos processos em que seja lícita a 
autocomposição, as partes negociem não apenas sobre o direito material discutido, mas também sobre o próprio
procedimento, estabelecendo convenções sobre ônus, poderes, faculdades e deveres processuais. Isso pode 
ocorrer antes ou durante o processo.Pode, por exemplo, ser estabelecido por contrato, cabendo ao juiz controlar
a validade da convenção, na forma do parágrafo único do art. 190.
➔ DELIMITAÇÃO CONSENSUAL NO SANEAMENTO: art. 357 (ver no resumo sobre saneamento) – 
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO.
➔ ESCOLHA DE CONCILIADOR, MEDIADOR, CÂMARA E PERITO: 
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de 
mediação.
§ 1º O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
(...)
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
FORMAS E REQUISITOS
FORMA
A forma é o aspecto exterior pelo qual os atos processuais se apresentam. Como regra, acolheu-se entre nós o 
princípio da liberdade das formas.
Art. 188. Os atos e os termos processuais independem de forma determinada, salvo quando a lei 
expressamente a exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a 
finalidade essencial.
➔ O processo não é um fim em si mesmo, mas um instrumento do direito substancial. Quando a lei 
determina que o ato seja realizado de determinada forma, não tem em vista a formalidade ou solenidade 
em si, mas o alcance de determinado fim; se atingido por outro meio, ficará afastada qualquer nulidade.
PROCESSO ELETRÔNICO - A busca pela efetividade e duração razoável do processo
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, 
armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for cabível, à prática de atos notariais e de registro.
Art. 194. Os sistemas de automação processual respeitarão a publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e de seus 
procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas as garantias da disponibilidade, independência da 
plataforma computacional, acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e informações que o Poder Judiciário 
administre no exercício de suas funções.
Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito em padrões abertos, que atenderão aos requisitos de autenticidade, 
integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada 
a infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e, supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a comunicação oficial 
de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de 
novos avanços tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários, respeitadas as normas fundamentais deste 
Código.
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de seu sistema de automação em página própria na rede mundial de 
computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e confiabilidade.
Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos 
andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput e § 1o.
Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à 
prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
Parágrafo único. Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados os 
equipamentos previstos no caput.
Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de 
computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos processuais e à assinatura 
eletrônica.
➔ DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO: Poderão ser feitas as intimações, dirigidas aos advogados das 
partes, pelo Diário da Justiça Eletrônico, caso em que a publicação só se considera feita no primeiro 
dia útil subsequente ao da disponibilização da informação no Diário de Justiça, passando a correr o 
prazo no primeiro dia útil posterior.
➔ Caso a parte ou seu advogado se cadastre na forma do art. 2º da Lei n. 11.419/2006, será dispensada 
a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico, porque as intimações serão feitas em portal 
próprio, considerando-se realizadas na data em que se efetivar a consulta eletrônica ao teor da 
intimação, o que deverá ser certificado nos autos. Mas a consulta deverá ser feita no prazo de dez 
dias corridos, contados da data do envio, sob pena de considerar-se automaticamente realizada ao 
final desse prazo.
➔ Se o processo for eletrônico, as citações, intimações e notificações, inclusive da Fazenda Pública, 
serão feitas por meio eletrônico. Só será possível a utilização de meio eletrônico se o destinatário tiver 
se cadastrado na forma do art. 2º da Lei. Não sendo viável, a citação será feita pelo modo convencional.
➔ Cadastro imposto somente às pessoas jurídicas, excluindo pessoas físicas e micro e pequenas empresas.
REQUISITOS
GERAIS:
REDAÇÃO EM PORTUGUÊS
Art. 192. Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Parágrafo único. O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão
para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
➔ Os atos orais devem ser praticados também em língua portuguesa. Se o juiz quiser ouvir uma das partes 
ou uma testemunha que não conheçam o português, terá que nomear um intérprete, necessário também 
em relação àqueles que fazem uso da linguagem mímica dos surdos-mudo.
ASSINATURA: os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem. Mas se
não quiserem ou não puderem firmá-los o escrivão ou chefe de secretaria certificará a ocorrência;
Art. 206. Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do 
processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes 
em formação.
Art. 207. O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos.
Parágrafo único. À parte, ao procurador, ao membro do Ministério Público, ao defensor público e aos auxiliares da justiça é 
facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervierem.
Art. 208. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas e rubricadas pelo escrivão ou pelo 
chefe de secretaria.
Art. 209. Os atos e os termos do processo serão assinados pelas pessoas que neles intervierem, todavia, quando essas não puderem 
ou não quiserem firmá-los, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará a ocorrência.
REGISTRO:
Art. 209. § 1º Quando se tratar de processo total ou parcialmente documentado em autos eletrônicos, os atos processuais praticados 
na presença do juiz poderão ser produzidos e armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico inviolável, na forma
da lei, mediante registro em termo, que será assinado digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos 
advogados das partes.
§ 2º Na hipótese do § 1o, eventuais contradições na transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento de realização do ato, 
sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano e ordenar o registro, no termo, da alegação e da decisão.
Art. 210. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipiaou de outro método idôneo em qualquer juízo ou tribunal.
➔ Os atos poderão ser datilografados, por via mecânica ou por computador. Admite-se o uso da 
taquigrafia, estenotipia ou qualquer outro método idôneo, em qualquer juízo ou tribunal. Mas essa 
possibilidade fica restrita aos atos judiciais, não aos das partes. No Juizado Especial Cível, admite-se a 
gravação fonográfica para documentar a audiência;
VEDAÇÃO A ESPAÇOS EM BRANCO:
Art. 211. Não se admitem nos atos e termos processuais espaços em branco, salvo os que forem inutilizados, assim como 
entrelinhas, emendas ou rasuras, exceto quando expressamente ressalvadas.
PUBLICIDADE: Os processos que correm em segredo só podem ser consultados pelas partes, seus advogados,
terceiros intervenientes admitidos no processo e pelo Ministério Público.
Art. 189. Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e 
adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na 
arbitragem seja comprovada perante o juízo.
§ 1o O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às 
partes e aos seus procuradores.
§ 2o O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário 
e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
➔ Os atos de comunicação do processo (intimações e publicações de editais) serão cifrados, e o nome das 
partes não aparecerá na íntegra, mas abreviado. 
➔ O desrespeito ao sigilo que obriga a todos os participantes do processo poderá acarretar sanções 
administrativas e eventualmente civis ao culpado, mas não nulidade processual.
DE LUGAR:
Art. 217. Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de 
deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz.
➔ EXCEÇÕES: os atos de inquirição de pessoas que, em homenagem ao cargo que ocupam, podem ser 
ouvidas em sua residência ou local em que exercem suas funções (CPC, art. 454); os atos que têm de ser
praticados por carta; os atos relativos à testemunha que, em razão de dificuldades de movimento ou 
locomoção, tem de ser ouvida em seu domicílio.
DE TEMPO: Os atos processuais devem ser praticados em um determinado prazo, em regra, sob pena de
preclusão.
TEMPO REFERENTE À OCASIÃO DA PRÁTICA:
• Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave 
dano.
§ 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias 
forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, 
inciso XI, da Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver de ser praticado por meio de petição em autos não eletrônicos, essa deverá ser protocolada no horário de 
funcionamento do fórum ou tribunal, conforme o disposto na lei de organização judiciária local.
• Art. 213. A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do 
último dia do prazo.
Parágrafo único. O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para fins de atendimento do 
prazo.
• Art. 216. Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não 
haja expediente forense.
➔ FÉRIAS FORENSES:
Art. 214. Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2º;
II - a tutela de urgência.
Art. 215. Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo 
adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
TEMPO REFERENTE AOS PRAZOS: entende-se a quantidade de tempo que deve mediar entre dois atos.
PRAZOS PRÓPRIOS OU PRECLUSIVOS PRAZOS IMPRÓPRIOS
Os das partes (incluindo do Ministério Público quando atua nessa
condição) e dos terceiros intervenientes, em regra, são próprios, 
têm que ser respeitados, sob pena de preclusão temporal, de 
perda da faculdade processual de praticar aquele ato. 
Mas alguns atos das partes e seus advogados não serão 
preclusivos. Por exemplo: o de formular quesitos e indicar 
assistentes técnicos no prazo de quinze dias, quando for 
determinada prova pericial, pois há numerosas decisões do STJ 
que permitem a apresentação até o início dos trabalhos periciais; 
o de restituir os autos, retirados do cartório; o de indicar bens que
possam ser penhorados.
Os prazos do juiz, de seus auxiliares e do Ministério Público, 
quando atua como fiscal da ordem jurídica, são impróprios, não 
implicam a perda da faculdade, nem o desaparecimento da 
obrigação de praticar o ato, mesmo depois de superados. O juiz 
não se exime de sentenciar, nem o Promotor de Justiça de se 
manifestar, porque foi ultrapassado o prazo previsto em lei. Da 
mesma forma, em relação aos auxiliares do juízo. Mas se o 
Promotor de Justiça, ainda que fiscal da ordem jurídica, quiser 
recorrer, deve fazê-lo no prazo, sob pena de preclusão, já que o 
prazo de recurso é sempre próprio.
➔ Art. 223. Decorrido o prazo, extingue-se o direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de 
declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa.
§ 1o Considera-se justa causa o evento alheio à vontade da parte e que a impediu de praticar o ato por si ou por 
mandatário. 
§ 2o Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
PRAZOS PEREMPTÓRIOS PRAZOS DILATÓRIOS
Prazos cogentes, que não podiam ser modificados pela vontade das partes.
* fixados para apresentação de resposta, interposição de recurso, 
apresentação de incidente de falsidade documental, oposição de 
impugnação e embargos de devedor, e ajuizamento da ação principal após
a concessão da medida cautelar
Prazos que podiam ser alterados por vontade das partes.
*prazos para arrolar testemunhas, formular quesitos e 
indicar assistentes técnicos, em caso de prova pericial, 
prestar caução e constituir novo advogado, em caso de 
morte do anterior.
➔ Mas essa distinção tem pouca utilidade no sistema do CPC atual, diante do que dispõem os arts. 190 e 
191, que não fazem nenhuma distinção entre prazos peremptórios ou dilatórios. Não havendo nenhuma
restrição ao poder de convenção das partes, exceto aquele estabelecido no parágrafo único do art. 
190, mesmo os prazos anteriormente considerados peremptórios estarão sujeitos à alteração, por 
vontade das partes, sob a fiscalização do juiz.
➔ Sem a convenção das partes, o juiz tem poderes apenas para dilatar prazos processuais, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito (art. 155, VI). Só é 
dado ao juiz aumentar o prazo onde for difícil o transporte (art. 222). O juiz pode também, sem a 
anuência das partes, reduzir os prazos meramente dilatórios. 
Art. 222. Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz poderá prorrogaros prazos por até 2 (dois) 
meses.
§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos peremptórios sem anuência das partes.
§ 2º Havendo calamidade pública, o limite previsto no caput para prorrogação de prazos poderá ser excedido.
CONTAGEM DE PRAZO
Art. 218. Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei.
§ 1º Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade do ato.
§ 2º Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a comparecimento após decorridas 48 (quarenta e
oito) horas.
§ 3º Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 (cinco) dias o prazo para a prática de ato processual a 
cargo da parte.
§ 4º Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.
➔ Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os 
dias úteis. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.
➔ Se a intimação for feita pelo Diário Oficial, o prazo começará a correr no primeiro dia útil seguinte à 
publicação. Se for eletrônico, a publicação considera-se feita no primeiro dia útil subsequente à 
disponibilização da informação.
Art. 224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.
§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que 
o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.
§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça 
eletrônico.
§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DE PRAZO: Distingue-se a suspensão da interrupção de prazo porque, na 
primeira, ele fica paralisado, mas volta a correr do ponto em que parou, quando incidiu a causa suspensiva. Já a 
interrupção provoca o retorno do prazo à estaca zero, como se nada tivesse corrido até então.
“Art. 221. Suspende-se o curso do prazo por obstáculo criado em detrimento da parte ou ocorrendo qualquer das hipóteses do art. 
313, devendo o prazo ser restituído por tempo igual ao que faltava para sua complementação. Parágrafo único. Suspendem-se os 
prazos durante a execução de programa instituído pelo Poder Judiciário para promover a autocomposição, incumbindo aos tribunais
especificar, com antecedência, a duração dos trabalhos.”
Art. 313. Suspende-se o processo:
I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer
das partes, de seu representante legal ou de seu procurador;
II - pela convenção das partes;
III - pela arguição de impedimento ou de suspeição;
IV- pela admissão de incidente de resolução de demandas 
repetitivas;
V - quando a sentença de mérito:
a) depender do julgamento de outra causa ou da declaração de 
existência ou de inexistência de relação jurídica que constitua o 
objeto principal de outro processo pendente;
b) tiver de ser proferida somente após a verificação de 
determinado fato ou a produção de certa prova, requisitada a 
outro juízo;
VI - por motivo de força maior;
VII - quando se discutir em juízo questão decorrente de acidentes 
e fatos da navegação de competência do Tribunal Marítimo;
VIII - nos demais casos que este Código regula.
IX - pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada 
responsável pelo processo constituir a única patrona da causa; 
X - quando o advogado responsável pelo processo constituir o 
único patrono da causa e tornar-se pai.
➔ As causas interruptivas são raras, podendo ser mencionadas duas: quando o réu requer o 
desmembramento do processo, em virtude de litisconsórcio multitudinário; e quando as partes opõem 
embargos de declaração.
BENEFÍCIOS DE PRAZO: MP, DP e Fazenda Pública têm prazo dobrado - não ofende o princípio 
constitucional da isonomia, porque a quantidade de processos em que atuam é maior do que a comum, razão 
pela qual fazem jus a um prazo maior, para contestar e responder. 
➔ Quando houver litisconsortes que tenham diferentes procuradores, todos os prazos legais ser-lhe-ão 
contados em dobro: para contestar, recorrer, contrarrazoar e falar nos autos em geral. Súmula 641 do 
STF: “Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja sucumbido”.
➔ Não se aplica a dobra de prazo aos juizados especiais em razão do princípio da celeridade.
➔ Equiparam-se, para os fins de dobra do prazo, aos órgãos públicos os entes que exercem funções 
equivalentes, como os Centros Acadêmicos de Universidades Públicas que, por força de convênio com o
Estado, prestam serviço de assistência judiciária, mas não têm o benefício os advogados particulares, 
que atuam por força de convênio, prestando serviço de assistência.
Art. 229. Os litisconsortes que tiverem diferentes procuradores, de escritórios de advocacia distintos, terão prazos contados em 
dobro para todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou tribunal, independentemente de requerimento.
§ 1 Cessa a contagem do prazo em dobro se, havendo apenas 2 (dois) réus, é oferecida defesa por apenas um deles.
§ 2º Não se aplica o disposto no caput aos processos em autos eletrônicos.
RENÚNCIA DO PRAZO: “Art. 225. A parte poderá renunciar ao prazo estabelecido exclusivamente em seu 
favor, desde que o faça de maneira expressa.”
PRECLUSÃO
TEMPORAL LÓGICA CONSUMATIVA
Os prazos próprios são aqueles que, se não 
respeitados, implicam a perda da faculdade
de praticar o ato processual. Haverá a 
preclusão temporal para aquele que não 
contestou ou não recorreu no prazo 
estabelecido em lei.
Consiste na perda da faculdade processual 
de praticar um ato que seja logicamente 
incompatível com outro realizado 
anteriormente. Por exemplo, se a parte 
aquiesceu com a sentença e cumpriu o que 
foi nela determinado, não poderá mais 
recorrer
O ato que já foi praticado pela parte ou 
pelo interveniente não poderá ser 
renovado. Se o réu já contestou, ainda que 
antes do 15º dia, não poderá apresentar 
novos argumentos de defesa, porque já
terá exaurido sua faculdade
➔ PRECLUSÃO “pro judicato” - Não se trata de preclusão temporal, mas da impossibilidade de decidir 
novamente aquilo que já foi examinado. Não há a perda de uma faculdade processual, mas vedação de
reexame daquilo que já foi decidido anteriormente, ou de proferir decisões incompatíveis com as 
anteriores. Mas, mesmo nelas, o juiz poderá modificar a decisão anterior, se sobrevierem fatos 
novos, que justifiquem a alteração. E se a decisão foi objeto de agravo de instrumento, pode exercer o 
juízo de retratação, enquanto ele não for julgado.
O juiz não pode voltar atrás nas que: Há outras decisões que, mesmo sem recurso e sem fato novo, podem ser alteradas pelo 
juiz. Não estão sujeitas, portanto, à preclusão pro judicato.
deferem a produção de provas;
concedem medidas de urgência;
decidem matérias que não são de ordem
pública, como as referentes a nulidades 
relativas.
aquelas que examinam matéria de ordem pública, como falta de condições da ação e 
pressupostos processuais, requisitos de admissibilidade dos recursos;
aquelas em que há indeferimento de provas, porque, por força do art. 370 do CPC, o juiz 
pode, a qualquer tempo, de ofício, determinar as provas necessárias ao seu convencimento.
INVALIDADES DO ATO PROCESSUAL
Para compreendê-las, é preciso ter em mente que o processo civil não é um fim em si mesmo, mas um 
instrumento para tornar efetivos os direitos materiais. Além disso, é um conjunto de atos que se sucedem no 
tempo, tendo existência que pode ser bastante prolongada. Quando a lei exige que um ato processual tenha 
determinada forma, ou que seja praticado de determinado modo, ou em certo tempo ou lugar, e as exigênciaslegais são desrespeitadas, cumpre verificar se o ato será, em razão dos vícios que o acometem, apto para 
alcançar as finalidades para que ele foi realizado.
ATOS MERAMENTE IRREGULARES: São aqueles que desobedecem uma formalidade não relevante para a 
sua validade. Exemplo: a existência de rasuras, que não tragam dúvida sobre a autenticidade do ato.
NULIDADES PROCESSUAIS: Ocorre quando o ato é praticado sem a observância de um requisito de 
validade. Distingue-se da irregularidade, porque esta não provoca nenhuma consequência; e da ineficácia 
porque, a partir de determinado momento, será também sanada. No curso do processo, se o juiz detectar 
alguma nulidade, determinará a correção, ordenando, se necessário, que o ato processual contaminado e os a ele
interligados sejam refeitos. Encerrado o processo, haverá ainda a possibilidade de, por meio de ação rescisória, 
reclamar de algumas nulidades. Mas, findo o prazo da rescisória, a nulidade será sanada. A ineficácia, por 
sua vez, não se sana nunca pelo simples transcurso do tempo, podendo ser arguida a qualquer tempo.
O ato nulo produzirá efeitos e consequências processuais até que o juiz reconheça o vício e declare a nulidade: 
enquanto isso, continuará eficaz. 
➔ Só podem ser qualificados de nulos os atos do juiz e dos seus auxiliares. Os das partes não o são 
propriamente: apenas, se não preencherem os requisitos legais, não produzirão os efeitos que visavam 
alcançar.
Assim, se o réu apresentar contestação que não obedeça às exigências legais, o juiz não a considerará nula, mas 
não apresentada, deixando de produzir os efeitos almejados. O ato será ineficaz.
➔ A lei não enumera quais são as nulidades. Mas, de forma genérica, aduz que serão nulos os atos que não 
respeitam determinado requisito legal. São exemplos: as decisões prolatadas por juízes impedidos ou 
por juízos absolutamente incompetentes; a falta de intervenção do Ministério Público, quando 
obrigatória; a citação realizada sem obediência às formalidades legais; a sentença que não observe a 
forma prescrita em lei.
NULIDADE ABSOLUTA NULIDADE RELATIVA
A forma terá sido imposta em observância ao interesse público A forma terá sido imposta em observância ao interesse das 
partes
pode ser decretada, de ofício, pelo juiz; tem que ser alegada pela parte a quem interessa; 
pode ser conhecida a qualquer tempo no curso do processo preclui, se não alegada na primeira oportunidade
 a absoluta pode ser arguida por qualquer dos participantes do processo,
ainda que não sofra prejuízo, já que pode ser conhecida até mesmo de 
ofício.
só pode ser arguida por quem tenha interesse, por ter 
sofrido algum prejuízo em decorrência do ato
➔ Há casos de nulidades absolutas que só poderão ser invocadas por aqueles que tiveram prejuízo. É o 
caso das decorrentes da falta de intervenção do Ministério Público, quando atua como auxiliar da parte, 
ou do curador especial, quando atua em favor de um dos litigantes. Entende-se que só poderá ser 
alegada se a parte em favor de quem intervém o Ministério Público ou o curador especial tiver 
sucumbido. Se não tiver sofrido prejuízo, inexistirá a nulidade.
➔ Será preciso verificar se a forma prevista em lei e não respeitada decorria de norma cogente, estatuída 
em prol do interesse público, ou de norma não cogente, estabelecida em vista do interesse das partes.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS:
Art. 277. Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a 
finalidade.
A forma só é necessária para assegurar que o ato alcance a finalidade. Se isso ocorrer por outro meio, inexistirá 
vício: se o réu foi citado de maneira incorreta, ou nem foi citado, mas compareceu e se defendeu, o juiz não 
declarará nulo ou inexistente o processo. Do princípio da instrumentalidade das formas resulta que não se 
declarará a nulidade — seja absoluta ou relativa — se não houver prejuízo. Mas, na relativa, o prejuízo há de 
ser para algum dos litigantes, que deve demonstrá-lo; ao passo que na absoluta, o prejuízo é presumido e pode 
dizer respeito não só ao litigante, mas ao desenvolvimento do processo ou à aplicação da jurisdição.
EFEITO EXPANSIVO DAS NULIDADES - Alguns atos processuais estão interligados a outros que o 
antecedem. A nulidade de um pode prejudicar a dos posteriores que dele dependam, mas não prejudicará os que 
com ele não guardam relação.
Art. 281. Anulado o ato, consideram-se de nenhum efeito todos os subsequentes que dele dependam, todavia, a nulidade de uma
parte do ato não prejudicará as outras que dela sejam independentes.
Art. 282. Ao pronunciar a nulidade, o juiz declarará que atos são atingidos e ordenará as providências necessárias a fim de que 
sejam repetidos ou retificados.
§ 1º O ato não será repetido nem sua falta será suprida quando não prejudicar a parte.
§ 2º Quando puder decidir o mérito a favor da parte a quem aproveite a decretação da nulidade, o juiz não a pronunciará nem 
mandará repetir o ato ou suprir-lhe a falta.
REGULARIZAÇÃO DO PROCESSO: Se a nulidade ocorre no curso do processo, o juiz tomará as 
providências necessárias para saná-la. Sendo relativa, cumpre à parte prejudicada argui-la na primeira 
oportunidade, sob pena de preclusão. Sendo absoluta, cumpre ao juiz declará-la, de ofício ou a requerimento do 
interessado, determinando a retificação ou a repetição do ato viciado.
➔ Se o processo se concluir sem que a nulidade absoluta tenha sido detectada, cumprirá verificar se há 
ainda possibilidade de ajuizamento da ação rescisória, o que ocorrerá nas hipóteses do art. 966 do CPC.
ATOS PROCESSUAIS INEFICAZES: O que os distingue é que só a falta dos primeiros gerará um vício que 
não se sana pelo simples transcurso do tempo. A nulidade pode ser alegada no curso do processo e até mesmo 
depois do seu encerramento, mas há um limite: o fim do prazo da ação rescisória. A ineficácia, que é jurídica, 
e não fática, também pode ser alegada no curso do processo, caso em que o juiz determinará as 
providências necessárias para saná-la. Mas se o processo se encerrar sem que o vício seja detectado, 
qualquer interessado poderá postular ao juízo que o declare. Só depois dessa declaração é que ela deixará 
de produzir efeitos. A providência judicial a ser tomada em caso de nulidade absoluta quando o processo já está 
concluído (ação rescisória) é diferente da que deve ser tomada em caso de ineficácia (ação declaratória — 
querela nullitatis insanabilis).
Art. 276. Quando a lei prescrever determinada forma sob pena de nulidade, a decretação desta não pode ser requerida pela parte que
lhe deu causa.
Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de 
preclusão.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a 
preclusão provando a parte legítimo impedimento.
Art. 279. É nulo o processo quando o membro do Ministério Público não for intimado a acompanhar o feito em que deva intervir.
§ 1o Se o processo tiver tramitado sem conhecimento do membro do Ministério Público, o juiz invalidará os atos praticados
a partir do momento em que ele deveria ter sido intimado.
§ 2o A nulidade só pode ser decretada após a intimação do Ministério Público, que se manifestará sobre a existência ou a 
inexistência de prejuízo.
Art. 280. As citações e as intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais.
Art. 220. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de 
janeiro, inclusive.
§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros do 
Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão 
suas atribuições durante o período previsto no caput.
§ 2o Durantea suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.
Art. 228. Incumbirá ao serventuário remeter os autos conclusos no prazo de 1 (um) dia e executar os atos 
processuais no prazo de 5 (cinco) dias, contado da data em que:
I - houver concluído o ato processual anterior, se lhe foi imposto pela lei;
II - tiver ciência da ordem, quando determinada pelo juiz.
§ 1o Ao receber os autos, o serventuário certificará o dia e a hora em que teve ciência da ordem referida 
no inciso II.
§ 2o Nos processos em autos eletrônicos, a juntada de petições ou de manifestações em geral ocorrerá 
de forma automática, independentemente de ato de serventuário da justiça.
Art. 230. O prazo para a parte, o procurador, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública e o Ministério Público 
será contado da citação, da intimação ou da notificação.
Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
I - a data de juntada aos autos do aviso de recebimento, quando a citação ou a intimação for pelo correio;
II - a data de juntada aos autos do mandado cumprido, quando a citação ou a intimação for por oficial de 
justiça;
III - a data de ocorrência da citação ou da intimação, quando ela se der por ato do escrivão ou do chefe de 
secretaria;
IV - o dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, quando a citação ou a intimação for por edital;
V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao término do prazo para que a consulta 
se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica;
VI - a data de juntada do comunicado de que trata o art. 232 ou, não havendo esse, a data de juntada da carta 
aos autos de origem devidamente cumprida, quando a citação ou a intimação se realizar em cumprimento de 
carta;
VII - a data de publicação, quando a intimação se der pelo Diário da Justiça impresso ou eletrônico;
VIII - o dia da carga, quando a intimação se der por meio da retirada dos autos, em carga, do cartório ou da 
secretaria.
§ 1o Quando houver mais de um réu, o dia do começo do prazo para contestar corresponderá à última 
das datas a que se referem os incisos I a VI do caput.
§ 2o Havendo mais de um intimado, o prazo para cada um é contado individualmente.
§ 3o Quando o ato tiver de ser praticado diretamente pela parte ou por quem, de qualquer forma, 
participe do processo, sem a intermediação de representante judicial, o dia do começo do prazo para 
cumprimento da determinação judicial corresponderá à data em que se der a comunicação.
§ 4o Aplica-se o disposto no inciso II do caput à citação com hora certa.
Art. 232. Nos atos de comunicação por carta precatória, rogatória ou de ordem, a realização da citação ou da 
intimação será imediatamente informada, por meio eletrônico, pelo juiz deprecado ao juiz deprecante.

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