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Cimentos de Ionômero de Vidro

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Cimentos de Ionômero de Vidro (CIV)
Cimento é uma substância que após presa, age como material restaurador, base ou agente forrador e cimentante de dispositivos protéticos e ortodônticos (ANUSAVICE, 2005).
A maioria é fornecida em dois componentes, um pó e um líquido; outros cimentos estão disponíveis em cápsulas para serem triturados em um amalgamador;
 Alguns cimentos foram reformados em duas pastas.
REAÇÃO ÁCIDO-BASE: - O líquido é uma solução ácida (doadora de prótons); o pó são bases (óxidos ou partículas de vidros)
CIV
Cimentos de Ionômero de Vidro (CIV): É um nome genérico de um grupo de materiais baseados na reação do pó de vidro de silicato e do ácido poliacrílico.
 Dois cimentos eram muito utilizados antigamente:
Cimento de silicato -> tinha propriedade de ação anti-cariogênica, pois contem flúor na sua composição.
Cimento de policarboxilado de zinco-> composto por ácido poliacrílico que tinha alto poder adesivo. Porém, era antiestético.
O cimento de Ionômero de Vidro uniu as melhores propriedades dos dois cimentos.
Composição: pó + líquido
Pó (parte sólida): SiO2, Al2O, CaF2 , AlF3 , NaF, AlPO4. 
 Os vidros são moídos em estado bruto, fundidos (1.100º-1.500ºC) e formam um ‘vidro’.
Líquido (parte líquida): solução aquosa de ácido poliacrílico (reagia muito rápido e para melhorar a presa, adicionaram mais 2 ácidos: 
 -Tartárico (melhorar a manipulação e tempo de trabalho do material).
 - Itacônico (reduzir a tendência à geleificação).
Química da Reação de Presa
Reação química exotérmica (± 5ºC) entre um ácido e uma base para formar um sal.
Química de presa muito lenta (24-72 horas), por isso é necessária uma proteção dessa restauração (sistema adesivo, vaselina, verniz) 
A reação é dividida em 3 fases: 
1º) Dissolução: O ácido na presença da água vai ser hidrolisado (libera o Hidrogênio) e esse H liberado vai romper as ligações (dissociado) dos compostos do pó. Os H do ácido vão continuar sendo liberados, o grupo CO2 do ácido (bastante reativo) vai se ligar com os íons, formando camadas moleculares que vão formar um gel. 
 -Os íons de Alumínio são liberados mais tarde porque sua ligação é mais forte, e esse alumínio é responsável pela resistência.
2º) Geleificação: no momento de gel, o CIV já tem que está na boca do paciente para que ocorra troca de ligações químicas entre o material restaurador e as estruturas do dente. (Aspecto brilhante e úmido, é o momento ideal para colocar no dente do paciente, o material vai se tonando opaco porque faz ligação com as estruturas dos dentes.
3º) Maturação: AUMENTO DA RESISTÊNCIA DO MATERIAL, JÁ NO DENTE. 
Classificação (composição)
CIV convencional
CIV anidro 
CIV reforçado por metais 
CIV modificado por resina 
CIV de alta viscosidade
CIV CONVENCIONAL 
Mais usado.
Disponível em pó e líquido.
 - Pó: contém partículas vítreas (ex: cálcio, sódio, flúor, fosfato, alumínio, silicato)
 - Líquido: uma solução de ácido poliacrílico, tartárico e itacônico; para aumentar o tempo de trabalho do material, acelerar o tempo de cura e impedir ou retardar a reação química dos ácidos, quando armazenado, reduzindo sua viscosidade e tendência à geleificação. 
Apresentam curto tempo de trabalho;
Sensibilidade a variações de umidade:
 - Sinérese -> saída de liquido da restauração.
 - Embebição-> entrada de liquido na restauração.
 Por isso se faz necessário proteger a superfície da restauração.
Longo tempo de cura, baixa resistência mecânica (por isso não se pode utilizar como restauração de dentes posteriores permanente, usado apenas em decíduos porque libera flúor.) e estética insatisfatória. Ex: Vidrion (SS WHITE).
Existe vários tipos de CIV convencional: Para restauração as partículas são maiores para promover uma maior resistência ao material; para cimentação as partículas são ultrafinas para obter um material mais fluido.
CIV ANIDRO
Em função da baixa estabilidade do ácido poliacrílico no meio aquoso, ele foi liofilizado (extraiu toda a água do ácido) e incorporado ao pó; desta forma o líquido desse material é composto apenas por água destilada e uma solução aquosa do ácido tartárico. Ex: Vidrion (SS WHITE)
O ácido poliacrilico não está presente no liquido e sim no pó.
CIV REFORÇADO POR METAL (CERMETS) 
Foram adicionadas ao pó dos CIVs limalhas de amálgama e também partículas de prata com o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas do material; 
Diminuição da liberação de flúor, redução das propriedades estéticas; 
Seu uso está limitado a restaurações em dentes posteriores deciduos. Ex: Ketac-Silver (3M ESPE)
CIV MODIFICADO POR RESINA/ CIV RESINOSO/ IONÔMERO HÍBRIDO 
CIV convencional com adição de pequena quantidade de monômeros resinosos (HEMA e o BisGMA) e fotoiniciadores (Cânforoquinona), tornando-o um cimento fotoativado; 
Vantagens: maior tempo de trabalho, diminuição do tempo de presa e da sensibilidade do material; 
Melhoria das propriedades mecânicas e estéticas. Ex: Vitremer (3M ESPE); VitroFil LC (DFL)
Não se faz necessário usar protetores sobre esses materiais. 
Nestes materiais a reação ácido-base foi mantida, mas um segundo processo de presa ativado pela luz foi incluído; 
Desvantagens: necessidade de técnica incremental de inserção, maior contração de polimerização, maior citotoxicidade (devido aos monômeros resinosos- por isso não se pode colocar em cavidades profundas) e custo do material.
CIV CONDENSÁVEL OU DE ALTA VISCOSIDADE 
Se caracteriza por apresentar alta viscosidade e consistência, liberar alta quantidade de flúor e proporcionar melhores propriedades mecânicas em relação ao CIV convencional e aos reforçados por metais; 
Utilizado na técnica de restaurações atraumáticas, essa técnica é utilizada em locais que não tem consultório odontológico, nas tribos indígenas. (ART- Atraumatic Restorative Treatment); - Ex: Vitro Molar (DFL), Ketac-Molar (3M ESPE)
Classificação (indicação clínica)
 - Tipo I: Indicados para cimentação (prótese, aparelho odontológico)
- Tipo II: Indicados para restauração 
- Tipo III: Indicados para selamento de cicatrículas e fissuras, como base e forramento de cavidades
Indicações Clínicas 
Selamento de cicatrículas e fissuras; 
Classe I conservadoras (dentes permanentes), e extensas (dentes decíduos);
Classe II tipo túnel (dentes permanentes) e Classe II (dentes decíduos);
Classe III com pouco envolvimento estético; 
Classe V (lesões cariosas e não cariosas);
Material de forramento/base na técnica de sanduíche;
Núcleo de preenchimento;
Cimentação: coroas parciais e totais, pinos e bráquetes ortodônticos.
Contra-indicações
Classe I extensa em dentes permanentes (locais de tensões mastigatórias)
Classe II com envolvimento de crista marginal em dentes permanentes; 
Classe IV
Propriedades
Adesão à estrutura dental (PORQUE ELE TEM UMA MAIOR ADESÃO...porque é o único material que troca íons da estrutura do dente-Ca- com o material)
- a adesão tem que ser feita quando o material estiver úmido, porque o ácido está ativo e vai reagir com o Ca do dente. 
Biocompatibilidade (porque os ácidos da sua composição contem alto peso molecular não atravessando os tubos dentários, o ácido é logo neutralizado em contato com a estrutura do dente e CET similar aos tecidos dentários)
Liberação de íons (Flúor- tornando a HAP menos solúvel)
CET similar aos tecidos dentários (contração e dilatação)
Preparo da superfície dentária (no caso de retração gengival)
Profilaxia com pedra-pomes e água; 
Condicionamento com ácido poliacrílico (10-25%) por 10-20 seg (ele vai desmineralizar a superfície do dente, tornando ela mais reativa para adesão do material)
Lavagem com água
Preparo do Material
Quando apresentados em dois frascos (pó + líquido):
Os frascos devem ficar bem fechados; 
Não manter o líquido em geladeira (geleificação); 
Agite o pó antes da dosagem; 
Seguir a recomendação do fabricante quanto à dosagem P/L;
Utilizar a concha dosadora fornecidapelo fabricante (diferenças entre os materiais);
Dosar o pó e depois o líquido, imediatamente antes da manipulação;
Manipulação em uma placa de vidro (resfriada 20ºC) ou bloco de papel fornecido pelo fabricante (impermeável);
Pode-se empregar espátula plástica ou metálica; 
Espátula metálica: em contato com o vidro e o ácido poliacrílico promove a liberação de íons metálicos da espátula que são incorporados á estrutura do material; 
Tempo de manipulação: 40-60 seg
Acabamento e Polimento
Devem ser evitados durante os períodos iniciais de presa;
Remover apenas os excessos grosseiros com lâmina de bisturi.
Cuidados pós-operatórios
Recobrir a superfície da restauração (proteger contra a perda ou ganho de água –sinérese e embebição): uso de vernizes cavitários ou sistemas adesivos;

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