Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CIV114 Profª. Maiga Dias 1 » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Considerando uma força F aplicada na origem O de um sistemas de coordenadas cartesianas xyz. Para definir a direção F, podemos desenhar o plano vertical mostrado em (a) que contém F. Esse plano contém o eixo vertical y, e sua orientação é definida pelo ângulo com o plano xy, enquanto a direção de F dentro desse plano é definido pelo ângulo y que F forma com o eixo y. A força F pode ser decomposta em uma componente vertical Fy e uma componente horizontal Fh (b). 2 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Mas Fh pode ser decomposta em duas componentes cartesianas Fx e Fz segundo os eixos x e z, respectivamente (c). Com isso temos as seguintes expressões: 3 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Aplicando Pitágoras nos triângulos OAB e OCD temos: 4 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Substituindo Fh² temos: 5 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO A relação existente entre a força F e suas três componentes Fx, Fy e Fz será entendida mais facilmente se for desenhada uma caixa que tenha Fx, Fy e Fz por arestas. A força F é então representada pela diagonal OA dessa caixa. 6 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Os três ângulos usados definem a direção da força F e são mais usados que os ângulos y e apresentados anteriormente. Os cossenos de x, y e z são conhecidos como cossenos diretores da força F. 7 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Introduzindo os vetores unitários i, j e k orientados segundo os eixos x, y e z, respectivamente, podemos exprimir F da forma vetorial: 8 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Exemplo 1: Uma força de 500N forma ângulos de 60°, 45° e 120°, respectivamente, com os eixos x, y e z. Determine as componentes Fx, Fy e Fz da força. 9 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO O ângulo que uma força F forma com um eixo será medido a partir do semi- eixo positivo e estará sempre compreendido entre 0° e 180°. Um ângulo x menor que 90° (agudo) indica que F (supostamente aplicada em O) está do mesmo lado do plano zy que o semi-eixo positivo x; nesse caso, cosx e Fx serão positivos. Um ângulo x maior que 90° (obtuso) indicará que F está do outro lado do plano yz; neste caso, cosx e Fx serão ambos negativos. No exemplo 1, os ângulos x e y são agudos, enquanto z é obtuso: consequentemente, Fx e Fy são positivos e Fz é negativo. 10 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Considerando: E substituindo em: Tem-se: Chamando o vetor unitário: Chega-se a: 11 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO O vetor é um vetor de módulo unitário e de mesma direção e sentido que F. Ou seja, o vetor unitário segundo a linha de ação de F. As componentes do vetor unitário são, respectivamente iguais aos cossenos diretores as linha de ação de F: 12 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Devemos observar que o valor dos três ângulos x, y e z não são independentes. Levando em conta que a soma dos quadrados das componentes de é igual ao quadrado de seu módulo, temos: Substituindo nesta expressão os valores de: Chega-se a: 13 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Quando forem dadas as componentes Fx, Fy e Fz de uma força F, o módulo F da força será obtido com: As equações: podem ser resolvidas para os cossenos diretores: e os ângulos x, y e z que caracterizam a direção de F, podem ser determinados. 14 Profª. Maiga Dias » COMPONENTES CARTESIANAS DE UMA FORÇA NO ESPAÇO Exemplo 2: Uma força F tem as componentes Fx=100N, Fy=-150N e Fz=300N. Determine seu módulo F e os ângulos x, y e z que ela forma com os eixos coordenados. 15 Profª. Maiga Dias » FORÇA DEFINIDA POR SEU MÓDULO E DOIS PONTOS DE SUA LINHA DE AÇÃO Em muitas aplicações, a direção de uma força F é definida peças coordenadas de dois pontos, M(x1,y1,z1) e N(x2,y2,z3), localizados sobre sua linha de ação: 16 Profª. Maiga Dias » FORÇA DEFINIDA POR SEU MÓDULO E DOIS PONTOS DE SUA LINHA DE AÇÃO Considerando o vetor 𝑀𝑁, que liga os pontos M e N e que tem o mesmo sentido que F. Representando suas componentes escalares por dx, dy e dz, escrevemos: Definindo o vetor unitário como: sendo d a distância entre M e N. Lembrando que F é igual ao produto de F por : do que segue que as componentes escalares de F são: 17 Profª. Maiga Dias » FORÇA DEFINIDA POR SEU MÓDULO E DOIS PONTOS DE SUA LINHA DE AÇÃO As equações anteriores simplificam a determinação das componentes de uma força F de dada intensidade F, quando a linha de ação de F é definida por dois pontos M e N. Subtraindo as coordenadas de M das de N, determinamos inicialmente as componentes do vetor 𝑀𝑁 e a distância d de M a N: 18 Profª. Maiga Dias » FORÇA DEFINIDA POR SEU MÓDULO E DOIS PONTOS DE SUA LINHA DE AÇÃO Introduzindo os valores de F, d, dx, dy e dz nas equações: encontram-se os valores das componentes cartesianas da força F. Isolando F das seguintes expressões: e substituindo na expressão anterior chega-se as expressões para determinação dos ângulos: 19 Profª. Maiga Dias » ADIÇÃO DE FORÇAS CONCORRENTES NO ESPAÇO Podemos determinar a resultante R de duas ou mais forças no espaço pela soma de duas componentes cartesianas. Os métodos gráficos e trigonométricos não são geralmente práticos no caso de forças no espaço. Utilizaremos processo semelhante ao usado com as forças coplanares, ou seja: decompondo cada força em suas componentes cartesianas: de onde: 20 Profª. Maiga Dias » EQUILÍBRIO DE UM PONTO MATERIAL Solução de problemas com número de incógnitas 3: • Diagrama de corpo livre mostrando o ponto material em equilíbrio r todas as forças que atuam sobre esse ponto, • Escrever as equações de equilíbrio, resolvendo-as para três incógnitas. Problemas usuais: • Três componentes de uma única força, • Módulos de três forças de direção conhecida. 21 Profª. Maiga Dias » BEER, Ferdinand Pierre; AMORIM, José Carlos (Rev.) Mecânica vetorial para engenheiros. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006. 2 v » DREHMER, Gilnei Artur. Apostila de estática. Notas de aula. UPF. 22 Profª. Maiga Dias
Compartilhar