Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Otorrino TOSSE Reflexo fisiopatológico ou patológico? Complicações: insônia, rouquidão, distúrbios urinários, vômitos, síncopes... Reflexo patológico: Pós-operatório (deiscências) Hemoptise do paciente TB Neoplasias Tosse pós-infecciosa Tosse em quatro passos: Receptores Laringe, traquéia, carina, brônquios (vago) Ouvido, esôfago, estômago (vago) Nariz e seios da face (trigêmeo) Orofaringe (glossofaríngeo) Diafragma e pericárdio (frênico) Tosse aguda Idade 65 anos Duração da tosse 2 sem Descompensação de doença cardíaca ou pulmonar prévia Hemoptise Dispneia Febre 38oC, duração da febre 3 dias Febre noturna Dor torácia Ausculta pulmonar alterada Em grande número nas vias aéreas Tempo de doença Tosse Aguda < 3 semanas Descartar doenças graves Duração da tosse aguda média 18 dias expectativa 7 a 9 dias sintoma “maldito” EXPLICAR o diagnóstico a duração possíveis evoluções/complicações Tratamento Não há indicação de antibióticos empírico na ausência de sintomas purulentos Crianças > 1 ano com tosse: 1 dose de mel Resfriado comum: dexclorfeniramina + pseudoefedrina Tosse Subaguda 3 a 8 semanas Quadro agudo está tratado? É precedido de IVAS? Sim algoritmo de tosse subaguda Não algoritmo de tosse crônica Radiografia de tórax Diagnostico diferencial: Tosse pós IVAS, coqueluche, BCP atípica Tosse Subaguda: Pós Infecciosa: Tosse seca Autolimitado: 3 a 8 semanas Inflamação e lesão epitelial Sem evidência para antibioticoterapia Baixa evidência para prednisona (30-40mg 2-3sem) ou codeína Tosse Subaguda: Coqueluche Bordetella pertussis, bacilo aeróbio gram negativo, altamente contagioso (70-100% casa; 50-80% escola), notificação compulsória Incubação 1 a 3 semanas 3 fases: catarral (virus-like 2sem), paroxística (tosse de cachorro 4-6 sem) e de convalescência Diagnóstico padrão-ouro: cultura da nasofaringe Tratamento: azitromicina 5d, eritromicina 14d, clindamicina 7d, SMX-TP 14d + atestado 5d + quimioprofilaxia Tosse Subaguda: BCP atípica Tosse seca progressiva, dor de garganta, coriza, sintomas gerais Ausculta pulmonar pode se manifestar pobre Quadro radiológico variável: infiltrado intersticial (dissociação clínico radiológica) Tratamento com macrolídeos (Mycoplasma pneumoniae) Tosse Crônica > 8 semanas Etapa mais desafiadora: Múltiplas causas: em até 62% dos casos Ansiedade pelo tempo de tosse: QUERO ANTIBIÓTICO, QUERO RADIOGRAFIA, COMO VOU TRABALHAR, ESTOU COM TUBERCULOSE Tratamentos mascarando sintomas 95% (ñ tabagista, ñ iECA, Rx nl): DRGE/RFL, Síndrome da tosse via aérea superior (UACS), Asma Tempo para resolução da tosse: Inibidores da ECA: 4 semanas Tabagismo:4 semanas Padrão ouro para o diagnóstico da tosse crônica: Resposta satisfatória ao tratamento Algoritmo de tentativa e erro UACS (síndrome da tosse da via área superior Principal causa nos adultos Segunda causa nas crianças As sinusites são 30% das causas de tosse não produtivas e 60% das produtivas História clínica E endoscopia nasal para o diagnóstico Tomografia para os casos refratários Tratamento com anti H 1ª geração / descong (“C”) Asma Principal causa nas crianças, Segunda causa nos adultos Tosse como sintoma isolado de asma pode ocorrer em 6,5 A 57% dos casos (tosse variante da asma) Melhora sintomática com beta2-agonista é fator chave para o diagnóstico (mesmo que parcial – resolução completa em 8 semanas) Teste de broncoprovocação (tbp) tem sensibilidade e valor preditivo negativo elevados Tbp não disponível + espirometria normal = tratamento empírico Tratamento inicial: ce inal + broncodilat, depois antileucotrienos ou ce oral Bronquite eosinofílica: espirometria normal, eosinofilia no catarro, tto: corticosteróide Refluxo faringolaríngeo “RGE”, “DRGE”, “manifestações atípicas da DRGE”, “manifestações supraesofágicas da DRGE”, “RFL”, “RLF” Métodos diagnósticos Não há consenso Teste terapêutico EDA: sintomas GI, idade > 40 anos, tabagismo Tratamento Medidas comportamentais Medicamentoso Cirúrgico Recorrência da doença Tuberculose: Endêmica no Brasil Febre, hemoptise, emagrecimento, sudorese noturna, anorexia Coleta de 3 amostras de escarros em jejum em dias seguidos Baciloscopia é método prioritário (diagnóstico ou fonte bacilífera) Exames complementares Será que vale investigar (custo x benefício)? Corticosteróide oral ou inalatório pode tratar: UACS, asma, bronquite eosinofílica, tosse pós-IVAS, rinite Antitussígenos Sintomático para os casos intensos Nunca terapêutico São contraindicados em crianças menores de 2 anos 5,7% das intoxicações em menores de 12 anos foram provocadas por antitussígenos e antigripais Ação central e narcóticos: Codeína Ação central e não narcóticos: Cloperastina Ação periférica: Levodropropizina O expectorante guaifenesina, o mucolítico N-acetil-cisteína, o antagonista de receptor de leucotrieno montelucaste não possuem evidência suficiente para indicá-los no tratamento da tosse. A gabapentina, pregabalina e amitriptilina se mostram promissores. Corticosteroides: Retirada gradual dos corticosteróides Doses altas após 7 dias Doses baixas após 30 dias Adversos: acne, retenção de líquido, alteração de glicemia, alteração de níveis pressóricos. “Doutor minha tosse não para”: Passo a passo: 1ª etapa: diagnostico 2ª etapa: quadro evolutivo de acordo com o tempo de doença 3ª etapa: exames 4ª etapa: medicações
Compartilhar