Buscar

direito penal lll incitação e apoligia ao crime

Prévia do material em texto

Furto = A posse é vigiada, você não tem autorização para levar aquilo dali e se você levar embora há o crime de furto.
 Apropriação indébita: Crime de confiança. Recebe o bem de boa fé, sem dolo, mas resolve não devolver mais o bem.
Estelionato: Quando você recebe o bem já na intenção de não devolver o bem.
1. INCITAÇÃO AO CRIME 
 
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prá tica de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. 
1.1. Objeto jurídico 
O objeto jurídico é a paz pública, que significa o sentimento de paz e tranqüilidade que deve imperar na sociedade. 
1.2. Sujeito ativo 
O crime pode ser praticado por qualquer pessoa (crime comum). 
O concurso de pessoas é admitido, tanto na forma de participação quanto na de coautoria. 
1.3. Sujeito passivo 
A vítima é a coletividade, isto é, ente sem personalidade jurídica. É chamado de crime vago, de vítimas difusas ou multivitimário. 
1.4. Núcleo do tipo 
Incrimina-se a conduta de incitar, que significa induzir, reforçar, estimular ou provocar, publicamente, a prática de determinado crime. No crime ora analisado, o termo incitar é tomado em sentido amplo, não se limitando a ideia de reforçar, encorajar, acoroçoar. 
Pela estrutura do tipo penal, o primeiro requisito para a existência do crime é que a incitação ocorra publicamente, isto é, atinja um número indeterminado de pessoas em lugar público ou de acesso ao público. No caso do agente incitar pessoa determinada será partícipe do crime incitado. 
O crime é de forma livre, admitindo quaisquer meios de execução, inclusive, por meio da internet como a incitação feita em uma sala de bate papo ou em sites de relacionamento como o orkut ou facebook. Demais disso, como segundo requisito, a incitação deve referir-se à fato criminoso determinado. Na hipótese da incitação referir-se a fato genérico, o crime deixa de existir, como, por exemplo, a conduta de defender a legalização do aborto ou das drogas ilícitas. São exemplos do crime em questão o agente que incita a multidão a descumprir ordem judicial de desocupação anunciada pelo oficial de justiça; que incita o povo a subtrair mercadorias de caminhão tombado etc. 
A incitação ao suicídio não configura o delito do art. 286 do CP, haja vista que o suicídio em si não é crime. Contudo, se o agente induzir pessoa determinada ao suicídio e essa pessoa vir a se suicidar ou sofrer lesão corporal grave há o crime de participação em suicídio (art. 122 do CP). 
1.5. Consumação 
Consuma-se com a mera incitação, independentemente da prática futura do crime incitado. Trata-se de crime formal. Se uma das pessoas incitadas pratica o crime, o incitador responde pelo artigo 286 na condição de autos e pelo crime incitado como partícipe, em concurso formal. 
1.6. Tentativa 
A tentativa somente é possível na forma escrita, já que a conduta comporta interrupção. Na forma verbal, não é admitida a tentativa, pois o crime é unissubsistente.
3. APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO 
 
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. 
1.1. Objeto jurídico 
É a paz pública. 
1.2. Sujeito ativo 
Qualquer pessoa (crime comum). 
1.3. Sujeito passivo 
É a coletividade (crime vago, de vítimas difusas ou multivitimário). 
2.1. Núcleo do tipo 
Incrimina-se a conduta de fazer apologia, que significa elogiar, exaltar, louvar, enaltecer ou fazer propaganda, publicamente, de fato criminoso ou autor de crime determinado.
 
É preciso que atinja um número indeterminado de pessoas, assim como ocorre com a incitação de crime, pois deve ser feita publicamente. A apologia a fatos contravencionais ou ao autor de contravenção penal estão excluídos do crime em questão, em razão da vedação da analogia in malam partem. A apologia de autor de crime deve referir-se, ainda que indiretamente, à prática do crime. É preciso que haja sentença penal transitada em julgado em relação ao fato criminoso ou autor de crime para que se configure o crime do artigo 287 do CP.
2.1. Diferença entre incitação ao crime e apologia de crime ou criminoso 
Na incitação ao crime, a instigação é explícita e direta. Na apologia de crime ou criminoso, a incitação é implícita e indireta, recaindo sobre fato criminoso ou autor de crime. Como regra, a incitação volta-s e para fatos futuros a apologia para fatos pretéritos. 
1.4. Elemento subjetivo do tipo 
É o dolo, ou seja, a vontade livre e consciente de fazer, publicamente apologia de fato criminoso ou autor de crime. 
1.5. Consumação 
Consuma-se com a apologia do fato criminoso ou autor de crime, ou seja, com a mera exaltação. Trata-se de crime formal.
1.6. Tentativa 
A tentativa somente é possível na forma escrita, já que a conduta comporta interrupção. Na forma verbal, não é admitida a tentativa, pois o crime é unissubsistente.
A Súmula 610 do STF determina: “Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a subtração de bens da vítima.” 
De acordo com a Súmula supracitada, o agente deverá responder por latrocínio consumado, com pena de reclusão de vinte a trinta anos.

Continue navegando