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Periodontia – Osteotomia *Técnicas indicadas para casos semelhantes aos do Wildman, porém com profundidades um pouco maiores. *A gengivectomia vai ser aplicada em casos de bolsas mais fundas e vai ser uma técnica um pouco mais invasiva que Wildman. Também com indicações relacionadas a estética. Todas essas técnicas de tratamento de doença periodontal têm algumas limitações nas áreas estéticas, mas elas funcionam muito bem em áreas que não são estéticas. Nós vamos trabalhar hoje tanto com o periodonto de proteção como com o periodonto de sustentação. Vão ter técnicas exclusivamente de tecido mole e técnicas associadas ao tecido ósseo, que é o periodonto de sustentação. Periodonto de proteção: mucosa alveolar, gengiva ou mucosa ceratinizada, sulco gengival, epitélio juncional, inserção conjuntiva. Periodonto de sustentação: cemento, ligamento e osso. O periodonto apresenta algumas características que se precisa ter na mente antes de qualquer procedimento cirúrgico desse tipo, a primeira e principal: ele forma um arco côncavo regular. O periodonto (todo ele) forma um arco côncavo regular, então são vários arcos côncavos, isso quer dizer que a face livre sempre está mais apical do que a interproximal. A margem gengival acompanha o tecido ósseo, então os dois (tanto o periodonto de proteção quanto o de sustentação) formam esse arco côncavo regular. Este arco côncavo tem sempre que estar com a interproximal mais pra cervical do que a face livre que está mais apical. Nos dentes anteriores nós temos ponto de contato, nos posteriores nós temos área do col. O ponto de contato justamente por ser só um ponto de contato faz a crista ser muito mais fina, a anatomia da crista óssea é delimitada pela anatomia dos dentes. Na região posterior ela já é muito mais espessa, porque nós temos uma área de contato, não um ponto de contato (área do col). Temos também sulco de escape, para que os alimentos não venham a impactar nas interproximais, isso faz parte da anatomia. *Nós vamos ter, muitas vezes, que fazer desgastes nesse osso, tanto em altura quanto em espessura. Eu vou desgastar em altura a interproximal e vou ter que tirar osso na vestibular (a face livre tem sempre que estar apical a face interproximal). Se eu for desgastar tanto a interproximal quanto a vestibular, qual eu começo primeiro? R = interproximal, pois se você tiver um problema na interproximal e você desgastar a face livre primeiro e depois a interproximal, pode ser que quando eu desgaste a interproximal ela fique mais apical do que a face livre, aí eu vou ter que desgastar de novo a face livre. Portanto, toda vez que tiver envolvimento da interproximal a gente faz a interproximal e depois a face livre. Se eu tiver problema só na face livre nem precisa mexer na interproximal. A altura de papila dos dentes anteriores é muito maior do que a papila dos posteriores, pois a papila ocupa 1/3 do tamanho da coroa dos dentes, ou seja, os dentes que tem a coroa maior (anteriores) possuem uma papila maior. Então a doença periodontal, quando envolve só o tecido mole está de uma maneira, quando começa a envolver tecido ósseo já virou periodontite e começa a apresentar padrões de perda óssea. Nós temos dois tipos de perda óssea: horizontal e vertical. Nas técnicas ressectivas para tecido duro nós trabalhamos com perdas horizontais também, porém perdas horizontais mais acentuadas, associadas a pequenos defeitos interproximais. (quase não devia ter defeito interproximal pra fazer Wildman, pois não íamos mexer em tecido ósseo, era só pra raspar) quando passar do caso do Wildman você vai ter duas opções: ou você vai fazer a regularização desse tecido quando for uma perda óssea ainda horizontal (aqui tem um ligeiro defeito, mas ela é basicamente horizontal só que toda irregular, esses casos você vai associar a osteotomia), então nos vamos sair do Wildman, que é o caso que não precisa mexer em tecido ósseo, mas que há presença de bolsa para casos que você tem bolsa e tem defeito ósseo junto, em um padrão de perda óssea horizontal. Porém há casos em que você tem defeito ósseo vertical, esse tipo de defeito, que é chamado defeito intraósseo, quando está localizado assim nós não vamos fazer técnicas ressectivas, nós vamos fazer técnicas regenerativas. Então, para fazer ressectiva nós temos que ter padrão de perda óssea horizontal, quando for muito irregular osteotomia, pouco regular Wildman. *Outro tipo de defeito intraósseo Os defeitos intraósseos, nós já vimos que as perdas horizontais podem ser em uma forma mais branda ou mais irregular. Os defeitos intraósseos são classificados de acordo com o numero de paredes remanescentes, não de paredes perdidas. Defeito de 3 paredes: bem difícil de encontrar. Quanto mais paredes tiver, mais fácil a regeneração. Um defeito desses se for bem tratado e com a técnica correta, a chance de regenerar o defeito inteiro é muito grande. Quando for perdendo o número de paredes já tem uma dificuldade muito maior, já não há garantia que vai formar até a crista óssea. Defeito de 1 parede: é um dos piores para tratar, quando só há uma parede remanescente. - Cirurgia óssea ressectiva Ela pode ser dividida em dois tipos: a osteotomia e a osteoplastia. Cirurgia óssea ressectiva: é o uso combinado de osteotomia e osteoplastia para reestabelecer a morfologia do osso marginal e para se assemelhar ao osso normal com arquitetura positiva (arco côncavo regular). Arquitetura negativa é quando o arco está invertido (a interproximal está mais apical que a face livre). Deve-se sempre olhar para o defeito ao descolar o retalho. Osteotomia: é a técnica que remove o osso de suporte diretamente envolvido na inserção do dente para possibilitar o recontorno marginal interdental. É o tipo de desgaste ósseo que envolve osso de suporte, isso quer dizer que o dente vai ficar mais exposto. Deve-se tirar osso em altura. Osteoplastia: é a técnica que vai criar uma forma fisiológica do osso alveolar sem remover qualquer osso de suporte, ela desgasta para criar sulcos de escape, para eliminar tórus e pra alguns tratamentos de lesão de furca. Lesão de furca classe I: só entra a ponta da sonda na furca. O tratamento é realizar uma plastia no tecido ósseo pra deixar ele liso, sem engatar a ponta da sonda. Não se faz regeneração, se faz plastia. Lesão de furca classe II: você tem uma destruição óssea na furca que tem um comprometimento horizontal, mas sem ultrapassar para o outro lado. O tratamento é regeneração. Lesão de furca classe III: é quando a destruição atravessa para o outro lado, não há tratamento. Indicações: 1. Reestabelecimento das distancias biológicas com comprometimento periodontal. O reestabelecimento por comprometimento periodontal é quando você tem perda óssea e que começa a criar defeitos resultando em um epitélio juncional longo, você fazendo o desgaste, elimina isso. Também pode ocorrer por comprometimento dentário. 2. Estética, você trabalha com estética tanto para restaurações estéticas como para correção de sorriso gengival. Para correção de sorriso gengival você faz remoção de tecido mole e remoção de tecido ósseo, muitas vezes tanto com osteotomia quanto com osteoplastia. 3. Finalidade restauradora protética, que é quando temos que aumentar o tamanho do dente, quando já se encontra fraturado, para ter suporte dentário. O comprometimento dentário é problema do dente (cárie, fratura), porém tem vezes que o dente não apresenta nenhum desses problemas, mas apresenta uma coroaclinica curta e essa coroa não vai dar sustentação para uma prótese, então você precisa aumentar o dente para ele ter suporte para cimentar a prótese. Vantagens: Diminuição e eliminação da bolsa. Técnicas de osteotomia e osteoplastia eliminam completamente a bolsa, com muita previsibilidade. Porém há algumas desvantagens como: perda de suporte periodontal (em dentes muito comprometidos você não pode realizar a técnica); Se for área estética não devemos utilizar essa técnica; Sensibilidade dentinária (pode acontecer pela exposição do colo do dente); suscetibilidade de cárie (aumenta a quantidade de dente exposto e impacção alimentar nas ameias). Técnica cirúrgica. Gengivectomia para tratamento de doença. *Depois da anestesia nós iremos sondar, visualizar o tecido ósseo, ver qual a profundidade do tecido ósseo em relação a margem, e realizar as marcações. O objetivo é deixar o tecido mole no nível do tecido ósseo. Devemos sondar da margem gengival para o tecido ósseo (3mm), dão 4mm, então eu vou tirar 4mm de colarinho (NA PALATINA). Se for na vestibular, a mucosa ceratinizada vai ser limite para o colarinho vestibular, deverá sobrar 2mm de mucosa ceratinizada em dentes hígidos e de 4 a 5mm em dentes com prótese. O objetivo do colarinho é eliminar a bolsa sem mexer em tecido ósseo. (foto) Observamos que não havia doença, havia apenas uma invasão de distancia biológica, e essa invasão precisava de mais dente para poder restaurar. Na sondagem observamos que havia de 3 a 4mm de altura do tecido ósseo. *Nesses casos o tecido mole deve ficar no nível do tecido ósseo e a distancia biológica irá se formar, se o tecido mole ficar acima há chances de formar uma nova bolsa. (Osteotomia para aumento de coroa clínica ou tratamento de doença). O colarinho é feito da mesma forma (até a inclinação da lamina), porém aumenta- se a medida. Incisão bisel interno: o bisel encontra-se para dentro do tecido mole. *Você pode fazer a incisão do colarinho depois incisar intrasucular, remover o colarinho e descolar o retalho ou você faz a incisão do colarinho, descola e depois incisa intrasucular e descola o retalho. Toda vez que você tiver invasão de distancia biológica por algum motivo, você tem que tirar radiografia interproximal, pois a radiografia periapical encurta a distância. Cunhas: O Wildman pode ter uma associação com as cunhas, então a cunha aparece com certa frequência, só que deve ser muito bem indicada, do contrário a cirurgia é feita e volta tudo depois. Cunha nada mais é que um tipo de cirurgia ressectiva de tecido mole, pode ser tanto pra reestabelecer distancia biológica para restauração, ou só para eliminar bolsa. Existem também cunhas interproximais, porém são raras de acontecer. Para fazer a cunha deve haver presença de gengiva inserida e 1cm de distância do final da mandíbula, pois se tiver muito próximo do ramo, o ramo que está fazendo a gengiva ficar por cima do dente. (pericoronarite de 3º molar). *incisões divergentes e sempre de posterior pra anterior *em seguida realizar incisão do colarinho (encostar o bisturi no tecido ósseo) *descolar o retalho, utilizar ou gengivótomo ou as curetas de Goldman fox para descolar o tecido. *sutura juntando as pontas em posição mais apical Osteotomia: primeiro mexer na interproximal, após isso visualizar se há irregularidades nas faces livres, verificar arquitetura positiva. Restituição: formação das distancias biológicas numa posição mais apical
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