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limpeza e preparo da unidade

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ENFERMAGEM - 3º PERÍODO 
 
CUIDAR II 
 
LIMPEZA E PREPARO DA UNIDADE 
 
Profa. Michelle C. Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade de internação 
 Área destinada a acomodar e prestar serviços de apoio 
ao paciente, facilitando a realização de um 
atendimento adequado e sua rápida recuperação. 
 Composta pelas enfermarias ou quartos, posto de 
enfermagem, expurgo, vestiários, copa e banheiro de 
funcionários. 
Unidade do paciente 
 
 
 
LIMPEZA? 
 
 Localizar, identificar, conter, remover e desfazer - 
se de forma adequada, de substâncias 
indesejáveis (visíveis ou não) de qualquer 
superfície, sem alterar suas características 
originais. 
 
LIMPEZA 
 Enfermeiro responsável pela limpeza? 
Lei 7498/86: 
Artigo 11- O enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, 
cabendo-lhe como integrante da equipe de saúde: 
A prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças 
transmissíveis em geral; 
A prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à 
clientela durante a assistência de enfermagem. 
 
 OBJETIVOS: 
 
 Retirar focos de contaminação; 
 Evitar riscos de contaminação; 
 Evitar acidente de trabalho; 
 Manter aparência agradável do ambiente para o cliente 
e funcionários. 
 
LIMPEZA HOSPITALAR 
 Remoção de sujidades mediante ação ou energia 
química, mecânica ou térmica 
 Limpeza das superfícies fixas e equipamentos 
permanentes das diversas áreas hospitalares, o que 
inclui pisos, paredes, janelas, mobiliários, instalações 
sanitárias, ar condicionados e caixas d’águas. 
 
 Ação ou energia química - produtos que tem por 
finalidades limpar através de dissolução, dispersão e 
suspensão da sujeira. 
 Ação ou energia mecânica - força física aplicada 
sobre a superfície para remover a sujeira resistente à 
ação do produto químico. 
 
 Ação ou energia térmica - É proveniente de atuação 
do calor que reduz a viscosidade da graxa, gordura, 
tornando mais facilmente removíveis pela aceleração 
de ação química. 
 
TIPOS DE LIMPEZA 
 
 LIMPEZA DIÁRIA OU CONCORRENTE: 
 É a limpeza feita nas dependências hospitalares 
enquanto ocupadas por pacientes ou ao término de um 
procedimento ou quando necessário. 
 
 LIMPEZA TERMINAL: 
 É a limpeza feita após alta, óbito ou transferência. 
 
 
ÁREAS 
 
 Críticas 
 Semi-críticas 
 Não críticas 
 
 
 
Fonte: Ministério da Saúde - portaria GM/MS: 930 (27/08/92) 
 
 
ÁREA CRÍTICA 
 Local que oferece maior risco de transmissão de 
infecção, seja pela baixa resistência do paciente ou 
pelas atividades desenvolvidas. 
 CTI, Centro Cirúrgico, Hemodiálise, Laboratórios, 
Banco de Sangue, Lavanderia (área suja), Cozinha 
 
ÁREA SEMI-CRÍTICA 
 
 Local de menor risco de transmissão de infecção. 
 
 Enfermarias em geral, Corredores, Ambulatórios de 
doenças não infecciosas. 
 
 
ÁREA NÃO CRÍTICA 
 
 Dependências que não apresentam risco de transmissão de 
infecção. 
 
 Áreas administrativas, Vestiários, Almoxarifados. 
 
 
 
 
 
 
 
 Artigos: Utensílios utilizados pelo paciente e pelos 
profissionais de saúde em seu tratamento. 
 Ex.: Comadre, copo, seringas, etc. 
 Assepsia: Processo que permite afastar os germes 
patogênicos de um local ou objeto. 
 Asseio: Estado de limpeza. 
 
 Degermação: 
 Remoção ou redução de microorganismos da pele, seja por 
meio de limpeza mecânica (sabão com escovação), seja 
por meio de agentes químicos (anti-sépticos). 
 Desinfecção: 
 Destruição de microorganismos, exceto os esporulados, 
pela aplicação de meios físicos ou químicos, em artigos ou 
superfícies. 
 
 
 
 Desinfecção concorrente: 
 É a desinfecção feita nas dependências hospitalares, 
enquanto ocupadas por paciente e ao término de 
procedimentos contaminados por matéria orgânica 
(sangue, secreções, excrementos). 
 Desinfecção terminal: 
 É a desinfecção feita após alta, óbito, transferência e ao 
final da jornada de trabalhos. 
 
De cima para baixo; 
Da esquerda para a direita; 
Do mais distante para o mais próximo; 
De dentro para fora; 
De trás para frente. 
 
 Sentidos 
Paredes: de cima para baixo. 
Tetos: utilizar uma direção única, iniciando do fundo da sala 
para a saída. 
 
 Sentidos 
Piso de enfermarias, quartos e salas: limpar em sentido 
único, evitando o vaivém, iniciando do fundo para a porta 
de saída. 
Piso de corredores, escadas e hall: sinalizar a área, 
dividindo-a em 2 faixas, possibilitando o trânsito em uma 
delas. 
 
 
 Frequência da limpeza 
Em áreas críticas, duas vezes ao dia (ao iniciar os 
plantões) e quando necessário. 
 
Em áreas semi-críticas e não-críticas, uma vez ao 
dia e quando necessário. 
 
Nos casos de precauções de contato, aumentar a 
freqüência da limpeza e da desinfecção. 
 
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DA UNIDADE DO 
PACIENTE COM ÁGUA E SABÃO 
 
Preparar dois baldes, um com água e sabão e outro apenas com 
água. 
Colocar o material sobre a mesinha ou cadeira. 
Calçar luvas. 
Embeber o pano em água e sabão e fazer a limpeza de toda a 
superfície do colchão, cabeceira, bordas, estrados e pés da 
cama, repetindo a operação tantas vezes quantas necessárias. 
Utilizar um sentido único na limpeza, evitando o movimento de 
vaivém. 
 
PROCEDIMENTO DE LIMPEZA DA UNIDADE DO 
PACIENTE COM ÁGUA E SABÃO 
 
Dobrar o colchão fazendo a sua limpeza e da parte interna do 
estrado, procedendo da mesma forma com o outro lado da cama 
e do colchão. 
Elevar os pés e cabeceira da cama fazendo a limpeza da parte que 
fica sob o estrado. 
Lavar o pano no balde com água limpa sempre que sujo. 
Trocar a água dos baldes quantas vezes forem necessárias. 
Incluir na limpeza os suportes de soro, mesa de cabeceira, 
cadeiras, escadinhas e mesas de alimentação. 
 
Unidade do paciente 
 Deve ser confortável, seguro e suficientemente 
espaçosos para permitir uma boa movimentação do 
paciente e profissionais. 
 Controlar a temperatura, a ventilação, a iluminação, os 
ruídos e os odores do quarto para criar um ambiente 
mais confortável. 
 Manter o quarto arrumado e ordenado também 
contribui para a sensação de bem-estar do cliente. 
Preparo do leito 
 Manter o leito limpo e confortável requer inspeção 
frequente para se certificar de que a roupa de cama 
está limpa, seca e sem dobras. 
 Comumente a cama é arrumada pela manhã depois 
do banho, quando está sentado em uma cadeira ou 
fora do quarto para procedimentos ou exames. 
 
 
Preparo do leito 
 Durante todo o dia, alinhar as roupas de cama que 
estiverem frouxas, enrugadas ou dobradas. 
 Verificar as roupas após a alimentação para eliminar 
partículas de alimentos. 
 Trocar qualquer roupa de cama suja ou molhada. 
Arrumação de Cama 
1- Cama Simples 
 aberta - com paciente 
 
fechada- sem paciente 
2 - Cama de operado 
 
 
 Material necessário 
 
- dois lençóis grandes 
 - um impermeável 
 
- um lençol móvel 
 
- uma colcha 
 
- uma fronha 
 
- cobertor se necessário 
Técnica 
 
 
1- Colocar a roupa na cadeira ao lado da cama, na 
ordem em que vai ser utilizada. 
 
2- Soltar a roupa de cama suja, iniciando pelo lado 
distal, retirando uma peça de cada vez. Voltando as 
pontas para dentro e colocando no hamper. 
 
3- Colocar a fronha no travesseiro, deixando-osobre a 
cadeira. 
 
 
Técnica 
 4- Estender o lençol protetor do colchão. 
 
5- Estender o lençol móvel. 
 
6- Estender o lençol normal. 
 
7- Estender o cobertor e a colcha. 
 
8- Fazer a dobra da cabeceira se a cama for aberta. 
 
 
 
 9- Colocar o travesseiro sobre a cama. 
 10- Passar para o outro lado da cama, 
complementando-a. 
 11- Ajeitar o travesseiro. 
 
Técnica 
 Observações: 
 
- Se o paciente tiver incontinência urinária ou em caso de 
puérpera, acrescenta-se um impermeável sob o lençol 
móvel. 
 
- Quando o leito estiver vago, o lençol de cima ficará 
esticado e o travesseiro de pé encostado no espaldar da 
cama. 
 
 
Cama com paciente 
 Evitar cansar o paciente, este deve ser afastado para o 
lado contrário aquele em que se está arrumando. 
 O paciente ficará em decúbito lateral ou dorsal, 
conforme seu estado. 
 Pode ser feito por dois profissionais para ser mais 
rápido e seguro (pcte grave) 
 
Cama com paciente 
 Ao terminar de arrumar um lado, o paciente deve ser 
trazido para o lado arrumado, coberto com lençol 
limpo. 
 Assim que arrumar todo o leito, o paciente será 
acomodado no centro da cama com todo conforto. 
 
 
Cama de operado 
 Aguardar o paciente que vem da cirurgia ou de 
exames sob anestesia. 
 Semelhante à cama simples, acrescentando: 
 - um lençol em forma de leque na cabeceira 
 - Lençol de cima com cobertor 
 - Colcha do lado da porta (nos pés deve ser dobrado 
sobre a cama, facilitando a entrada do paciente). 
 
 
 
Próxima aula: Prática em 
laboratório!

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