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1 Bactérias Substâncias naturais Contaminantes de embalagens Análise de Risco Processo para identificar e controlar o risco de uma população exposta a um dano causado por um organismo, sistema ou substância Análise de dados e orientação - base científica - Avaliação do risco Gerenciamento do risco Comunicação do risco Regulação e controle - base política - Troca de informação entre as partes envolvidas 2 Avaliação de risco Químico Ambiental Alimentos/água Medicamentos Microbiológico Alimentos/água ambiental 3 RISCO = Ƒ(toxicidade & exposição) 1. Identificação do dano/perigo 2. Caracterização do dano/perigo 3. Avaliação da exposição 4. Caracterização do risco Avaliação de risco Gerenciador do risco Avaliador do risco 4 Identificação e caracterização do dano/perigo 5 Toxicologia computacional (QSAR: relação quantitativa estrutura atividade) Estudos in vitro Mecanismo molecular, celular e fisiológico Estudos in vivo Roedores e não roedores Outros organismos vertebrados (zebra fish) Modelos invertebrados (drosófila) Humanos Ética em pesquisa! Epidemiologia 6 7 8 OECD 471: Bacterial reverse mutation assay or ames assay OECD 473/2014: In vitro mammalian chromosome aberration test OECD 476: In vitro mammalian cell gene mutation test OECD479: Genetic toxicology: in vitro sister chromatid exchange assay in mammalian cells OECD 487/2016: In vitro mammalian cell micronucleus test 9 ➢Ratos/camundongos, coelhos, cachorros, macacos • agudo, sub agudo, sub crônico e crônico • Experimento totalmente controlado • Expõe os animais a diferentes doses da substância e observa o (os) efeitos adversos ocorridos ➢Fazem parte dos requerimentos obrigatórios para o registro de um produto (aditivos, agrotóxicos, medicamentos); ➢Seguem protocolos internacionais • OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) Estudos com animais de laboratório 10 Refinamento Redução Substituição (Replacement) Porque animais de laboratório? Boa correlação com homem Substâncias carcinogênicas no homem normalmente causam câncer in animais Doses tóxicas são similares no homem e em vários animais Parâmetros anatômicos, fisiológicos e bioquímicos similares entre mamíferos Aceito pela comunidade científica Ética Relação dose-resposta Assume: •A resposta é devido à substância administrada •A resposta está relacionada com a dose administrada • existe um sítio receptor ou molecular com o qual a substância interage para produzir uma resposta • a resposta está relacionada com a concentração da substância no sítio de ação • a concentração no sítio de ação está relacionada com a dose administrada DOSE, mg/kg peso corpóreo E F E I T O nutrientes xenobióticos depende de fatores como: • via de exposição • condições do experimento • características do animal Consulta Pública nº 87, de 02 de outubro de 2015. Avaliação toxicológica, avaliação de risco, bula.... 14 Toxicidade oral aguda (DL50 oral); Toxicidade cutânea aguda (DL50 cutânea); Toxicidade inalatória aguda (CL50 inalatória); Corrosão/irritação cutânea aguda; Corrosão/irritação ocular aguda; Sensibilização cutânea; Estudos relativos à absorção, distribuição, metabolismo e excreção (ADME) em mamíferos e de metabolismo in vitro; Estudos de mutagenicidade: mutação gênica em células bacterianas; mutação gênica in vitro em células de mamíferos; dano cromossômico in vitro em células de mamíferos; e dano cromossômico in vivo em células somáticas. Toxicidade oral com doses repetidas por 90 (noventa) dias em ratos; Toxicidade oral com doses repetidas por 90 (noventa) dias em camundongos; toxicidade oral com doses repetidas por 90 dias em não roedores; Toxicidade cutânea com doses repetidas 21/28 (vinte e um/vinte e oito) dias; Estudo com doses repetidas por outras vias; Estudos de carcinogenicidade conduzidos em ratos e camundongos. Estudo de toxicidade reprodutiva por duas gerações ou estudo de toxicidade reprodutiva de uma geração estendida, conduzidos com ratos; Estudo de toxicidade sobre o desenvolvimento pré-natal em ratos; Estudo de toxicidade sobre o desenvolvimento pré-natal em coelhos; Estudos de neurotoxicidade; Estudos de modo e/ou mecanismo de ação; Estudo de metabolismo em plantas; Desenvolvimento de uma nova droga CH3 C1 R 1-10 Compostos com potencial terapêutico Fase 1 Fase 2 Fase 3 + Testes in vitro e in vivo Submissão / aprovação pelas autoridades regulatórias Fase 4 Guia para a condução de estudos não clínicos de toxicologia e segurança farmacológica necessários ao desenvolvimento de medicamentos – ANVISA janeiro de 2013 - V2 Estudos de toxicidade de dose única (aguda). Estudos de toxicidade de doses repetidas Estudos de toxicidade reprodutiva Estudos de genotoxicidade Estudos de tolerância local Carcinogenicidade Estudos de interesse para a avaliação da segurança farmacológica Estudos de toxicocinética Estudos não clínicos de segurança para o desenvolvimento e registro de ADF (Associação em Dose Fixa) de medicamentos de uso oral. 16 Depende do uso terapêutico: via, frequência e duração da administração http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/e0f1d9004e6248049d5fddd762e8a5ec/Guia+de+Estudos +N%C3%A3o+Cl%C3%ADnicos+-+vers%C3%A3o+2.pdf?MOD=AJPERES O uso de chimpanzes na pesquisa UK, New Zealand, Netherlands, Sweden, Austria and Belgium - proibido. Australia e Japao, EU: limitado EUA – o maior usuário, mas... 2015 – NIH para de financiar pesquisas com primatas 17 Toxicidade Oral Aguda em Ratos Protocolos (2001): OCDE 420, 423, 425; DL50 ,dose única ou múltipla, 24 horas; Ratos albinos, 3 fêmeas por passo; Dose: 5, 50, 300 e 2000 mg/kg de p.c.; Administração por gavagem Avaliação clínica: diária, durante 14 dias; Eutanásia: inalação de dióxido de carbono; Achados patológicos. OECD 423 Toxicidade Dérmica Aguda em Ratos OCDE 402; 2017 Protocolo: OCDE 402 (1987); DL50 cutânea dose única ou múltiplas, 24 horas; Ratos albinos, mín. 5 animais/sexo/dose; Dose limite: 2000 ou 4000 mg/kg de p.c.; Depilação 24 horas antes (dorso), 10% da superfície corporal. O produto é coberto por gaze e fita hipoalergênica por 24 horas; Avaliação clínica: diária, durante 14 dias; eutanásia (CO2); Achados patológicos; PROBIT (intervalo de confiança a 95%). Toxicidade Inalatória Aguda em Ratos Protocolo: OCDE 436 (2009) Irritação/Corrosão Cutânea em Coelhos Protocolo: OCDE 404 (2002); Produto: pH ≥ 2 ou ≤ 11,5 Coelhos albinos, Nova Zelândia. Até 3 animais, machos e/ou fêmeas; Dose: 0,5 mL ou g; Depilação 24 horas antes (dorso), ~ 6cm2, Produto coberto por gaze e fita hipoalergênica por 4 horas. Áreas adjacentes depiladas são utilizadas como controle; Eutanásia: injeção intravenosa de anestésico Achados patológicos. Irritação/Corrosão Cutânea em Coelhos ESCALA DE GRADUAÇÃO DAS REAÇÕES CUTÂNEAS Formação de Eritema e Escaras Ausência de eritema ..............................................................0 Eritema muito fraco (pouco perceptível)......................................1 Eritema bem definido ......................................................2 Eritema moderado a severo ..................................................3 Eritema severo (vermelhidão) à formação de escaras que impedem a graduação do eritema..................................................4 Formação de Edema Ausência de edema ..............................................................0 Edema muito fraco (pouco perceptível) ......................................1 Edema fraco (área de elevação do edema bem definida) ................2 Edema moderado (elevação de aproximadamente 1 mm)................3 Edema severo (elevação acima de 1 mm, ultrapassando a área de exposição) ..........................................................................4 Observação de vermelhidão e edema em 1, 24, 48, 72 horas e 7 e 14 dias; DRAIZE et al, 1944, p. 384 OECD 430, 2013: Corrosão dérmica in vitro: Teste de Resistencia elétrica transcutânea Pele de ratos jovens (28-30 dias) Discos de ~20 mm – 15-20/rato 150 uL da substancia teste aplicada – 24 hs, 20-23oC HCl controle positivo, água controle negative Perda da integridade do stratum corneum diminui a resistencia elétrica da pele OECD 431, 2014: Corrosão dérmica: pele humana reconstruida • Difusão pelo stratum corneum, causando toxicidade nas células das camadas inferiors da derme • Viabilidade : teste com MTT [3-(4,5-Dimethylthiazol-2-yl)-2,5-diphenyltetrazolium bromide, Thiazolyl blue tetrazolium bromide 24 OCDE 406 (1992): Sensibilização Dérmica em Cobaias - Método Buehler - Capacidade de desenvolver resposta alérgica Cobaias. 20 animais teste e 10 animais controle. Machos e/ou fêmeas; Dose: 0,5 mL ou g; Depilação: 24 horas antes da aplicação (flanco), 4 a 6 cm2. Produto coberto por gaze e fita hipoalergênica por 6 horas. Grupo controle gaze vazia ou diluente; Eutanásia: inalação de dióxido de carbono. 1a Indução – dia 0: flanco esquerdo do grupo teste 2a Indução – dia 7: flanco esquerdo do grupo teste 3a Indução – dia 14: flanco esquerdo do grupo teste Desafio – dia 28: flanco direito do grupo teste e controle Exames clínicos: 30 e 54 horas após cada aplicação Desafio: as reações cutâneas serão graduadas de acordo com Magnusson & Kligman (1969) Positivo: desafio reações grau ≥ 1 Grau Reação-desafio 0 Nenhuma alteração visível 1 Eritema discreto e irregular 2 Eritema moderados e confluente 3 Eritema intenso e edema Testes alternativos OECD 429 (2010): Local Lymph Node Assay (LLNA) Indução de proliferação de linfócitos , proporcional à dose Camundongos Uso de 3H-methyl thymidine para avaliar proliferação celular OECD 442 A (2010) Quantifica ATP como indicador de proliferação de linfócitos via análise de quimioluminescencia OECD TG 442D 2015 In Vitro Skin Sensitisation: ARE-Nrf2 Luciferase Linhagem HaCaT human keratinocytes 26 Irritação/Corrosão Ocular em Coelhos Protocolo: OCDE 405 (2002, 2012); Produto: pH ≥ 2 ou ≤ 11,5 Coelhos albinos, Nova Zelândia. Até 3 animais. Machos e/ou fêmeas; Dose: 0,1 mL ou g; Uso de anestésico local (2012) buprenorphine 0.01 mg/kg SC 60 min antes 0.5% proparacaine local; 5 min antes Lavagem 24 hs após a aplicação. Olho controle; Eutanásia: injeção intravenosa de anestésico para eutanásia de animais; Achados patológicos. 28 Graduação das alterações oculares, Draize et al., 1944 Estudo macroscópico e microscópico da superfície ocular de coelhos tratados com formulações contendo 2,4-D Lilian Verdolin Milo Collor, Mestrado em Ciências da Saúde 2007, LabTox Produto Ingrediente ativo Concentração Aspecto físico pH 1 2,4-D picloram 150 g/L 15 g/L Líquido 6,93 2 2,4-D picloram 447 g/LTIPA / 240 g/L ácidoa 114 g/L TIPA / 64 g/L ácidoa Líquido 6,27 3 2,4-D min. 960 g/kg Pó 3,10 4 2,4-D 806 g/L DMA / 670 g/L ácidoa Líquido 9,54 24 horas, E: Córnea: opacidade 1; Íris: 0; Conjuntivas: hiperemia 2 e edema 1. Produto 1 48 horas, Córnea: opacidade 2; Íris: 0; Conjuntivas: hiperemia 2 e edema 0. 1 hora, Córnea: opacidade 1; Íris: 0; Conjuntivas: hiperemia 1 e edema 2. Produto 2 Produto 3 Produto 4 24 horas, Córnea: opacidade 3; Íris: 1; Conjuntivas: hiperemia 2 e edema 1. 1h 24h 48h 72h 7d 14d 21d 19 20 210* 1 2 2 0 0 0 0 1 2 2 0 0 0 1 1 2 2 2 0 0 1h 24h 48h 72h 7d 14d 21d 40 41 420* 1 2 2 0 0 0 0* 2 3 2 0 0 0 0* 1 2 2 2 1 0 1h 24h 48h 72h 7d 14d 21d 61 62 63 2 4 2 2 0 0 0 1 2 2 1 0 0 0 2 4 4 2 3 3 1 1h 24h 48h 72h 7d 14d 21d 82 83 84 2 2 2 2 1 0 0 2 2 2 4 4 2 3 3 4 4 Produto 1 Produto 2 Produto 3 Produto 4 Opacidade da córnea durante o estudo OECD 437/2013 Opacidade da cornea e permeabilidade usando cornea bovina Liquidos: sem diluição Solidos, gels, semisólidos – 10% Opacidade é medida pela quantidade de luz que passa através da cornea (490 nm) Permeabilidade pela quantidade de fluoresceina que passa pela cornea 32 Classificação toxicológica do agrotóxico: Produtos pesticidas levando em consideração a sua ação tóxica sobre o homem e o meio ambiente Classificação Toxicidade Cor da tarja Classe I Extremamente tóxico Vermelha Classe II Altamente tóxico Amarela Classe III Medianamente tóxico Azul Classe IV Pouco tóxico Verde Portaria nº 3/92, classificação toxicológica Portaria nº 84/96, classificação do potencial de periculosidade Testes agudos Provêm dados para informar na rotulagem e bula do produto: Símbolos de perigo e os pictogramas (corrosivo ou irritante); Equipamentos de proteção individual (EPI) durante a manipulação; Informações sobre os mecanismos de ação (absorção e excreção para o ser humano); Efeitos colaterais; Primeiros socorros em casos de acidentes. Toxicidade Oral em Doses Repetidas para Roedores (90 dias) Protocolo: OCDE 409 (1998); Ração contendo a substância-teste 20 animais por grupo (10 machos e 10 fêmeas) Inspeção diária; Consumo de água, ração, peso corporal e exame clínico - semanal Exame neurotóxico, manifestações clínicas; Oftálmo - um dia antes do início e último dia Patologia clínica: análise hematológica, coagulação e bioquímica; Eutanásia: inalação de dióxido de carbono; Necropsia: todos os órgãos são coletados e pesados; sangue por punção cardíaca Histopatologia: grupo controle e maior dose, nos outros grupos apenas órgãos alterados Análise estatística: SAS Toxicidade Oral com Doses Repetidas para Cães (90 dias) Protocolo: OCDE 409 (1998); Via de administração: Oral, em cápsulas; Espécies/raça: Cães Beagle, 4 a 6 semanas de idade, 4 animais/sexo/grupo; Eutanásia: injeção intravenosa de anestésico (T- 61), seguida de exsanguinação por secção das artérias femurais; Avaliação como em roedores Teste de Toxicidade/ Carcinogenicidade (Combinado) OCDE 453 (1981); Ratos albinos, 6 semanas de idade Substância adicionada na ração Grupos (1 controle e 3 tratados) 50 animais/sexo/grupo, eutanásia após 24 meses Satélite por cada grupo com 20 a (controle) ou 12 animais (tratado), eutanásia após 12 meses Exame clínico semanal e inspeção duas vezes ao dia; Exame oftálmico - um dia antes do início e no último dia do tratamento nos grupos satélites; Análise sanguínea, bioquímica e de urina aos 3, 6, 12, 18 e 24 meses em 20 animais/sexo/grupo ESTUDOS DE AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE REPRODUTIVA Seleção da Espécie Animal -Roedores (ratos, camundongos) -Organogênese: 5- 15° dg -Tª da sala. :22 (±3 °C) -Dia 0 prenhez: verificação plug vaginal/coleta - ½ ninhada vísceras e ½ esqueleto -Não-roedores (coelhos) -Organogênese: 6-18° dg -Tª da sala: 18 (±3 °C) -Dia 0: Inseminaçãoartificial ou coito -Ninhada para ambas as alterações OECD-414 Toxicidade pré-natal em ratos (Teratogenicidade) OCDE 414 (2001) Efeitos no desenvolvimento embriofetal de ratos (desenvolvimento normal, anomalias e morte fetal) Ratos fêmeas Wistar 20 fêmeas/grupo Administração por gavagem do 6º (implantação) ao 20º dia de gestação Eutanásia e laparatomia após a ultima dose Toxicidade materna Observações clínicas, avaliação macroscópica e pesagem dos órgãos Índices Reprodutivos Número de corpos lúteos Presença de reabsorções (precoce e tardias) Sítios de implantação (Salewski) Número de fetos vivos, mortos e sua localização no útero Sexo e peso de cada feto Peso da placenta Eutanásia dos fetos ( temperatura) Avaliação anomalias e/ou malformação esquelética Avaliação anomalias e/ou malformação visceral Análise estatística: SAS 2. Caracterização do dano IDA (Ingestão Diária Aceitável) – estimativa da quantidade de uma substância no alimento ou água, expressa em peso corpóreo, que pode ser ingerida diariamente por toda a vida sem que ocorra risco apreciável (WHO, 1987) • PTWI – ingestão semanal provisional tolerável (metais) • PMTDI - ingestão semanal provisional tolerável (micotoxinas) ARfD (Dose de Referência Aguda) – estimativa da quantidade de uma substância no alimento ou água, expressa em peso corpóreo, que pode ser ingerida por um período de 24 horas ou menos, sem que ocorra risco apreciável com base no conhecimento na época da avaliação (JMPR, 2002) 43 Avaliação dos dados Identificação do efeito crítico e do estudo crítico Identificação do NOAEL – No Obseved Adverse Efect Level Maior dose na qual nenhum efeito adverso foi observado LOAEL - Lower Obseved Adverse Effect Level Menor dose na qual foi observado um efeito adverso Identificação das incertezas Derivando a IDA e a ARfD 0.01 0.1 1 10 100 1000 LOAEL NOAEL Efeito tóxico Estudos com animais 100 80 60 40 20 0 R e s p o s ta Dose 10 UF Indivíduo médio Indivíduo Sensível 10 ADI/ARfD Cinética DinâmicaCinética Dinâmica Diferença entre as espécies Variabilidade humana 10 10 Fator de incerteza/segurança Fator de segurança ≠ 100 Baixa qualidade dos estudos - Ausência de NOAEL - Severidade do efeito - Proteger subgrupos mais sensíveis da população - Efeito reversível - Primata ou humanos - Efeito definido por pico de concentração plasmática - 47 Valor Estudo Fator de segurança JMPR Carbaril ADI, mg/kg pc/dia 0 – 0,008 Carcinogenicida- de em ratos (LOAEL) 200 2001 ARfD, mg/kg pc 0,2 cachorro, 5 semanas 25 Acefato ADI, mg/kg pc/dia 0-0,03 Homem, 28 dias 10 2005 ARfD, mg/kg pc 0,1 Homem, dose única 10 48 IDA/ARfD de pesticidas, mg/kg pc Pesticida Brasil JMPR/WHO EFSA (europa) EUA Aldicarbe 0.003 0,003 ARfD=0,003 - 0,001 (dose aguda em humanos, F=10) Carbaril 0,003 0,008 ARfD=0,2 0,00075 ARfD=0,01 - Metamidofós 0,004 0,004 ARfD=0,01 - 0,00005 diflubenzuron 0,02 0,02 ARfD=ñ nec. 0,008 ARfD=0,035 0,02 Paration metil 0,003 0,003 ARfD=0,03 - 0,00025 49 Ingestão semanal provisional tolerável (PTWI) (JECFA/WHO) Metal mg/kg pc/semana Ano Chumbo 0,025 2001 Arsênio 0,015 1989 Cádmio 0,007 2003 http://www.inchem.org/pages/jecfa.html 51 Aflatoxinas (JECFA, 1998) Hepatocarcinogênica em animais e no homem (↓) Virus hepatite B Fator de potência (q) HBsAg+: 0,3 cancers/ano/100 000 per ng aflatoxin/kg pc/dia HBsAg-: 0,01 cancers/ano/ 100 000 per ng aflatoxin/kg pc/dia Dados Animais de laboratório Modelo aplicado: aditivo-linear, multiplicativo-linear Curva dose X resposta não definida Fator de segurança, conversão animal-homem Estudos epidemiológicos Biomarcador: Adutos de AFB1 na urina humana 52 Substâncias carcinogênicas genotóxicas Benchmark dose (BMD) Dose que corresponde a um nível particular de efeito adverso BMD10 – dose que causou um aumento de 10% na incidência de tumores modelagem matemática da curva dose-resposta BMDL - limite de confiança inferior da estimativa Substâncias não genotoxicas e carcinogênicas genotoxicas Não utiliza fator de segurança e independe do desenho experimental 53 T U M O R E S 0,005 1 2 10 50 dose (em mg/kg peso corpóreo) 50 % Modelos de regressão: logistic, probit, gama, multistage,.... http://www.epa.gov/ncea/bmds/versions.html 1/106 (homem) 10 % Stefan et al., 2010 BMD10 BMDL10 54 Benchmark dose (BMD) Metais - JECFA 2010 Arsênico inorgânico PTWI de 15 μg/kg pc não é mais adequado BMDL0.5 = 3.0 μg/kg pc/dia (cancer de pulmão) água e alimentos – arroz irrigado ou na preparação Mercúrio Mercúrio inorgânico (exposição outra que não peixe e crustáceos): 4 µg/kg pc BMDL10 para aumento de ganho de peso renal de ratos machos 55 RISCO = Ƒ(toxicidade & exposição) 1. Identificação do dano/perigo 2. Caracterização do dano/perigo 3. Avaliação da exposição 4. Caracterização do risco Avaliação de risco Gerenciador do risco Avaliador do risco 56 Ingestão = Concentração (mg/kg) X Consumo (g/dia) pc (kg) 3. Avaliação da exposição Consumo de alimentos ❖concentração da substância no alimento ❖ quantidade do alimento consumido por peso corpóreo 57 Dados de concentração Limite legais (LMR, LM) Monitoramento Alimento pronto para o consumo dieta total e dieta duplicada Método analítico Exatidão, precisão, sensibilidade amostras < LOQ/LOD – não quantificada/detectada 58 Consumo de alimento FAO/OMS GEMS/FOOD Cluster diets disponibilidade de alimentos no país: produção + importação – exportação - desperdício 19 alimentos marcadores 183 países 1997 – 2001 FAO Food Balance Sheets data Assume peso corpóreo de 60 kg ou 55 kg (Ásia) 13 Clusters – A a M http://www.who.int/foodsafety/chem/gems/en/index1.html 59 60 2014: 17 Dietas cluster Brasil - Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) do IBGE 2008/2009 (maio a maio) 27 capitais e DF – 55970 domicílios Caderneta de aquisição coletiva - dez 2010 Registro diário por 7 dias consecutivos Disponibilidade de alimentos no domicílio Estimativa assume que todos “consomem” a mesma quantidade de alimentos Bloco de consumo alimentar pessoal – março 2011 30 % dos domicílios; indivíduos ≥ 10 anos Registro de dois dias não consecutivos 61 Consumo individual Registro Registro diário da quantidade de cada alimento consumido 1- 7 dias Recordatório 24 horas Reporta o que comeu nas últimas 24 horas Questionário de frequência alimentar (QFA) Número de porções e frequencia de consumo por dia e semana Dieta duplicada Cada alimento consumido pelo individuo é pesado e analisado 62 Avaliação da exposição Concentração da substância Consumo de alimentos Limite máximo de resíduos (LMR), limites máximos Cluster diet Dados de rótulo, bula POF Dados de monitoramento Consumo individual Estudo de dieta total Dieta duplicada Dieta duplicada R E F I N A M E N T O 63 Uso de limite máximo = Ingestão diária total máxima (IDTM) RISCO = Ƒ(toxicidade & exposição) 1. Identificação do dano/perigo 2. Caracterização do dano/perigo 3. Avaliaçãoda exposição 4. Caracterização do risco Avaliação de risco Gerenciador do risco Avaliador do risco 64 4. Caracterização do risco Estimativa quantitativa ou semi-quantitativa da probabilidade de ocorrência e severidade de um efeito adverso/evento numa dada população sob determinadas condições baseada na identificação do dano, caracterização do dano e avaliação da exposição (CE, 2000) Substâncias não genotóxicas Sustâncias carcinogênicas genotóxicas 65 Substâncias não genotóxicas Ingestão é comparada com o parâmetro toxicologicamente seguro (IDA, PTWI, ARfD), e normalmente expresso em % Risco pode existir quando a ingestão estimada ultrapassa a ingestão segura, % IDA > 100 ➢Considerar qualidade dos dados e incertezas!!!!!!!!!!! 66 % IDA = Ingestão (mg/kg pc/dia) X 100 IDA (mg/kg pc/dia) Caldas & Souza. Rev. Saude Pública. 2000 Alimentos que mais contribuiram: •Banana, laranja • arroz • batata • tomate Pesticidas com IDTM > IDA •Organofosforados •carbamatos •ditiocarbamatos POF 1995/1996 Disponibilidade de alimentos Peso corpóreo 60 kg IDTM (ingestão diária teórica máxima) de pesticidas no Brasil Caldas & Souza. Food Addit Cont., 2004 Caldas & Souza. Rev. Saude Pública. 2000 18 pesticidas com %IDA> 100 7 pesticidas com %IDA> 100 LMR de pesticidas reflete o uso do pesticida no campo de acordo com as boas práticas agrícolas Estabelecido para cada pesticida/alimento Uso de LMR como concentração do pesticida assume: o consumo diário de todos os alimentos para os quais existe LMR estabelecido que 100% da dieta será de alimentos que foram tratados com pesticidas, que 100% da cultura tratada conterá o pesticida no limite máximo de resíduo que nenhuma dissipação ou degradação do pesticida ocorrerá durante a estocagem, transporte e preparação do alimento Refinamento do IDTM usando dados de resíduos do PARA 2002 Pesticida Analisadas/ detectadas Resíduos, mg/kg LMR, mg/kg % IDAN refinada Dicofol laranja: 242 / 2 maçã: 208/9 < 0.05 - 0.81 < 0.05 - 0.40 5.0 5.0 2 (2 - 4) Etiona laranja: 242 / 0 maçã: 208/3 tomate: 380/0 <0.01 <0.01 - 0.26 <0.01 2.0 2.0 2.0 60 (50 - 90) Fenitrotiona feijão: 0 / - laranja: 242 / 1 - <0.01 - 0.50 10 0.5 140 (100 - 180) Metidationa laranja: 242 / 5 maçã: 139 / 1 <0.02 - 0.50 <0.02 - 0.04 2.0 0.02 2 (1 - 3) Metam sodio tomate: 380/129 morango: 284/110 batata: 361 / 0 cenoura: 261 / 0 <0.05 - 2.2 <0.05 -1.1 <0.05 <0.05 2.0 0.2 0.2 0.3 7 (4 - 9) Dimetoato laranja: 242 / 0 maçã: 178/ 31 tomate: 380 / 0 <0.02 <0.02 - 0.80 <0.02 2.0 2.0 1.0 1 (<1 - 2) Caldas & Souza. Food Addit Cont., 2004 Risco benefício ainda favorável para o consumo de vegetais Food Additives & Contaminants., v.28, p.71 - 79, 2011. Avaliação probabilistica da exposição Residue Consumption Intake distribution P99.5 ➢Monte Carlo Risk Assessment (MCRA – Holanda) ➢Dados de resíduos: PARA e MAPA 2005-2015 e LabTox: 30 alimentos e 184 preparações Fator de processamento ➢Consumo de alimentos e peso corpóreo - POF 2008/2009 Consumo individual, 10 anos ou mais 1.2 mg/kg malathio n 0.5 mg/kg triazofos 0.1 mg/kg ethion Exposição cumulativa Amostra com múltiplos resíduos Normaliza os resídos para o compost de referencia aplicando o fator de potencia tóxica (FPT) 1 mg/kg acefato Mesmo mecanismo de ação: - Organofosforados - Carbamatos - Piretróides - Triazois - Ditiocarbamatos 73 • Dados de consumo: POF 2002/2003 IBGE • Ingestão diária provisional tolerável (PMTDI) = 2 μg/kg pc/dia Potencial risco para altos consumidores de produtos de milho 76 77 Substâncias carcinogênicas genotóxicas Aflatoxinas, furano, benzopirenos, acrilamida Sem limiar de toxicidade, sem NOAEL Princípio ALARA (As Low As Reasonable Achiavable) Não considera exposição nem a potencia carcinogênica Não possibilita priorizar Fator de potência carcinogênica Margem de Exposição (margin of exposure, MOE) 78 Potencia aflatoxina: HBsAg+: 0,3 cancer/ano/100 000/ng aflatoxina/kg pc/dia (0.05-0.5) HBsAg-: 0,01 cancer/ano/ 100 000/ng aflatoxina/kg pc/dia (0.002-0.03) Potencia estimada: 0,01 × (% HBsAg-) + 0,3 × % HBsAg+ = y cancers/ano/100 000 per ng aflatoxina/kg pc/dia Risco = ingestão x potência estimada Margem de exposição (MOE) MOE < 10.000 para substancias genotóxicas pode significar preocupação com a saúde pública Também utilizado para substâncias não genotóxicas 80 MOE = BMDL exposição (ingestão) 81 30, 127-136, 2013 < 10 000 !!!! 82 Produzida durante o processamento Batata chips, batata frita, biscoitos, torradas, pão Avaliação internacional (JECFA, 2010) BMDL10 = 0.31 mg/kg pc (tumor de mama em ratos) MOE = 310 (população geral) e 78 (altos consumidores) Brasil (Caldas & Jardim, 2012) BMDL10 of 0.18mg/kg bw/day harderian gland tumors in mice (JECFA, 2010) MOE = 1500 (pop. geral) e 231 (altos consumidores) Indica um risco para a saúde humana Acrilamida Pesticidas Fungicidas x micotoxinas Pressão de pragas Custo de produção Menos tóxico ao homem/mais tóxico ao meio ambiente Beneficio nutricional Pesticidas/frutas e vegetais Mercurio/peixe Acrilamida? Relação risco / beneficio
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