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BOVINOCULTURA DE LEITE: RECRIA, MANEJO DE VACAS EM CONFINAMENTO, MANEJO DA VACA SECA E MANEJO DE VACAS A PASTO

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05/09
RECRIA
Animal desmamado Novilha;
Fase cria: 40kg (PN) – 100kg (PD) 80 dias 100-40 = 60kg/80dias GMD: 0,75kg;
Fase recria: 100kg PD – Parto: 82% do peso a maturidade (NRC: 650kg para holandês) = 533kg Fase onde o animal precisa ganhar muito peso;
*Com 82% do peso a maturidade a novilha consegue expressar o máximo do seu potencial na primeira lactação*
Ideal: fase de cria até 3 meses novilha prenha com 15 meses (precisa ter peso ideal: 330 a 350kg) pare com 24 meses;
Fase recria dividida em 2: Recria 1 Animal precisa ter 330kg, ou seja, ganhar 230kg em 365 dias (1 ano) GMD:0,63kg/d;
 Recria 2 Animal precisa parir com 530-550kg, ou seja, ganhar 200kg em 270 dias GMD: 0,74kg/dia;
Após o animal parir, ele perde cerca de 70kg, devido a saída do bezerro e líquidos do útero gravídico Peso volta Para a segunda lactação, ração deve manter GMD = 0,5kg/dia e atender as exigências de manteça, ganho de peso, lactação e gestação Para as próximas lactações, esse ganho diminui, pois o peso do animal será maior, apesar da perda dos 70kg.
Se os GMD forem mantidos no padrão IPP = 24 meses;
*Produtores mais tecnificados querem diminuir a IPP para 20 meses Mexer na cria é mais difícil, pois para conseguir aumentar o GMD precisa-se dar mais leite; ter um [ ] bom, com muito palatabilizante; diminuir a incidência de doenças como diarréia e pneumonia; e, ter animais com boa genética Mexer na recria 1, diminuindo o tempo para os animais alcançarem 330kg Animais chegam ao peso com 11 meses,ou seja, 230kg/240dias (8 meses) = GMD: 0,95kg Ganho alto;
*Na recria 2, não vale a pena aumentar o ganho diário, pois animais gordos parem bezerros com problemas*
NRC (2001) diz que deve se limitar o GMD para 0,7kg/dia para recria (NÃO HÁ PREJUÍZOS PARA A GLÂNDULA MAMÁRIA DO ANIMAL) No caso de o produtor querer encurtar a IPP para 20 meses, há prejuízos, pois o GMD fica em torno de 1,0kg/dia.
SIMULAÇÕES
EXTREMO 1 (o que ocorre no Brasil): Custo médio de uma novilha alimentada com a silagem de milho e 0,5kg de [ ] para ganhar 0,3kg/dia? R$2,50 x 800 dias = R$ 2.000,00;
EXTREMO 2 (o que os produtores querem atingir): Custo médio de uma novilha alimentada com silagem de milho e 2,0kg de [ ] para ganhar 1,0kg/dia? R$5,00 x 240 dias = R$1.200,00 Por mais que gaste mais, precisa de menos tempo para ter uma novilha prenha mais cedo.
Por quê? 
- A glândula mamária é constituída por parênquima (ductos e alvéolos), estroma (sustentação) e fat pad (gordura) Animais que produzem mais leite possuem mais parênquima;
- Animais com maior ganho de peso diminuíram a produção de leite futura Relação: quanto maior a gordura corporal depositada (medida por escore), menor o parênquima da glândula mamária, devido a um aumento no fat pad da glândula mamária Menor parênquima = menos ductos e alvéolos = menor produção de leite.
*NÃO É O GANHO DE PESO QUE INTERFERE NA LACTAÇÃO, MAS SIM O TIPO DE GANHO Ganho em proteína vira parênquima; Ganho em gordura (energia depositada) vira fat pad*
O QUE DEFINE O TIPO DE GANHO DE PESO?
- Nível de PB e de NDT da dieta;
NDT = PBd + CNFd (amido) + FDNd (carboidrato fibroso aproveita via bactéria: celulose, hemicelulose e lignina) + EEd x 2,25
- Checa-se a dieta avaliando a relação entre PM (aa’s absorvidos no intestino)/EM Animal pode ter 1,0kg/dia, mas a relação deve ser >41g PM para cada Mcal de EM (na prática: dieta com 16-17% de PB mais que o normal, que é em torno de 12%, devido ao animal estar ganhando muito peso) Animal deposita mais músculo e menos gordura Encarece a dieta, mas geralmente compensa.
CRESCIMENTO DA GLÂNDULA MAMÁRIA
Isométrico (0-3 meses – Cria) Alométrico (3-9 meses: Recria 1 (PREOCUPAÇÃO, POIS A GLÂNDULA CRESCE 4X MAIS QUE O CORPO E HÁ O CRESCIMENTO DOS DUCTOS) Isométrico (10 meses – ½ da gestação) Alométrico (final da gestação, crescimento de alvéolos);
*Nível de energia dado de 0-3 meses não influencia na composição da glândula mamária do animal;
*Preocupação com a checagem da dieta não ocorre durante toda a fase de vida da novilha, apenas durante a fase de crescimento alométrico (3-9 meses glândula cresce 4x mais que o corpo), que é a fase de risco/mais importante para o desenvolvimento dos ductos CASO O CRESCIMENTO DOS DUCTOS SEJA DANIFICADO, O CRESCIMENTO DE ALVÉOLOS NO FINAL DA GESTAÇÃO TAMBÉM SERÁ*
*NO CRESCIMENTO ALOMÉTRICO DURANTE O FINAL DA GESTAÇÃO, ACREDITA-SE QUE O GMD DE 1,0KG NÃO CAUSE DANOS PARA A GLÂNDULA MAMÁRIA DO ANIMAL, POIS É O PERÍODO DE MAIOR EXIGÊNCIA DO FETO E, DEVIDO A ISSO, APROXIMADAMENTE 0,5KG IRÁ PARA O ÚTERO GRAVÍDICO E 0,5KG PARA O CRESCIMENDO DO ANIMAL. ALÉM DISSO, OS DUCTOS JÁ ESTARAM FORMADOS*
PARA ANIMAIS GIROLANDO
Mesmo respeitando a relação, o animal não pode ganhar 1,0kg/dia, pois a % de fat pad aumenta muito;
*MESMO QUE O TEMPO PARA IPP SEJA DIMINUÍDO, HAVERÁ PERDAS NA PRODUÇÃO DE LEITE DO ANIMAL*
É recomendado que na recria 1 o ganho fique em 0,5kg/dia IPP: 27-28 meses.
Novilha parida = Primípara Já é uma vaca.
11/09
MANEJO DAS VACAS EM CONFINAMENTO
Sistema de manejo mais caro Mais utilizado para vacas holandesas.
INSTALAÇÕES
FREE STALL
Animais em camas separadas, que podem ser de areia, de lona (colchão) Devem ter tamanho apropriado de acordo com a raça e a idade do animal, para evitar que o animal consiga virar e defeque em cima da cama Problema: aumenta índice de CCS e mastite;
**Cama de areia Melhor (macio e, se estiver limpo, a incidência de mastite é menor) porém, devido a ser um material inorgânico, não pode ir para a chorumeira e voltar para o solo Necessário ter um separador de areia (caro) e reposição constate da mesma (também é cara, pois a mesma deve ser limpa e de qualidade);
**Cama de lona Areia + Pneu triturado + Lona Precisa ser trocada a cada 2 anos.
Frisar 8m² por animal No confinamento, o ambiente é mais poluído, devido a [ ] de animais;
Manejo das camas: retirar as sujidades, jogar cal para fazer desinfecção (não pode ser todo dia, pois é muito forte e pode rachar os tetos dos animais), jogar maravalha/serragem para manter animais mais limpos, pois diminui a umidade das fezes (possuem CCS mais baixa e menor incidência de mastite);
Flushing: água suja reaproveitada e usada para retirar o excesso de fezes e urinas das pistas Água vai para chorumeira e é utilizada para fertirrigação na fazenda;
Pistas possuem ranhuras para deixar o chão mais abrasivo e evitar que o animal escorregue Maior abrasividade do piso causa problemas de casco.
LOOSE HOUSING
Cama da vaca feita de capim/palhada/bagaço de cama Materiais de baixa qualidade;
Possui pista no local onde o animal come, para [ ] as fezes e urina;
Diferença para o Compost: a cama não é revolvida e é necessário que o material usado seja melhor (casca de café, maravalha), já que haverá compostagem e produção de adubo; crescimento de bactérias boas para compostagem, que não causam mastite nos animais;
Funciona bem para o pré-parto ou pós-parto de 7 dias, no máximo Contaminação grande, por isso, evita-se momentos em que a vaca está produzindo muito leite, já que propicia ambiente bom para crescimento de bactérias que podem causar mastite no animal.
TIE STALL
Animais presos/amarrados Controle do consumo: usado para pesquisas, estudos e torneios leiteiros;
Uma vaca para cada baia.
COMPOST BEDDED PACK/COMPOSTO/BARRACÃO
Estrutura, geralmente, toda fechada (estufa), mas pode ser aberto nas laterais (mais comum no Brasil);
Cama feita de maravalha/serragem (produto de madeireiras) Dificuldade para conseguir;
Reposição da cama de acordo com a necessidade Cama muito úmida começa a formas placas, mostrando que há alta [ ] de fezes, urina, matéria orgânica;
Bem-estar das vacas, CCS e mastite baixas, caso a cama seja bem manejada Caso o manejo seja ruim, será pior do que os outros;
É necessário passar implemento revolvendo a cama 2x por dia na hora ordenha (momento sem vacas);
Animais limpos refletem cama seca.
**Em regiõessecas e onde faz muito frio (EUA), pode-se usar 7,44m² por animal Em regiões mais chuvosas/úmidas, como o Brasil, deve-se usar de 12 a 20m² por animal, pois, um espaço pequeno ficará muito úmido devido a alta [ ] de fezes e urina e, devido ao clima úmido, a cama não conseguirá secar; Para regiões mais secas no Brasil: utilizar o mínimo (12m²) De acordo com a estação do ano e o clima, aumentar ou diminuir o número de animais.
LOTEAMENTO
A quantidade ração para cada animal é relacionada a quantidade de leite produzida 3 a 4kg de leite para cada kg de [ ] Relação varia de acordo, principalmente, com a qualidade do volumoso;
O loteamento é importante para agrupar animais com a mesma produção e evitar dar menos ração para animais que produzem mais (animal perderia peso) ou mais ração para animais que produzem menos (animal engordaria) Mudança normal e constante (feita a cada 15 dias), pois a produção varia sempre;
*Animal leva até 15 dias para se adaptar ao novo lote.
O que seca a cama?
Vento seca mais do que o sol Não existe compost sem ventilador, voltado para secagem da cama;
MANEJO DA CAMA
De 50 a 60cm para início;
Nova a cama, de 5 a 20cm para ajustar a umidade acumulada;
Limpeza do stall de 1 a 2x por ano Não há mais como repor, pois a cama já está muito alta;
*Excelente adubo Pode ser vendido;
Piso de terra Tomar cuidado para não retirar junto do material da cama.
*CASO A CAMA NÃO SEJA BEM MANEJADA, SERÁ PIOR DO QUE OS OUTROS, AUMENTANDO A CCS E CAUSANDO MAIS MASTITE NOS ANIMAIS, POIS OS MESMOS ESTARÃO DEITADOS EM CIMA DE FEZES E URINA*
Aeração
Colocar O2 no ambiente;
Feito quando as vacas estão na ordenha;
Começar junto com a nova cama;
25 a 30cm;
Misturar nas duas direções para quebrar os torrões (formados por urina, fezes e cama);
Cultivador, sub-solador (quebram só de um lado, podem deixar torrões) ou enxada rotativa (mais cara);
Equipamento pesado Compactação evita aeração.
Porque não funciona sempre?
Design Correto: posição leste-oeste, região onde venta muito, pé-direito alto, lanternin deve evitar entrada de chuva;
Densidade;
Material: maravalha, casca de café, bagaço de cana;
Mistura inadequada;
Compactação;
Frio;
Umidade.
Checagem
Temperatura da cama: 43 a 65ºC (pegar de 10-15cm do material) Tem que estar quente para demonstrar a fermentação (presença de bactérias boas para fazer a compostagem e ausência das ruins, que poderiam causar mastite no animal);
Umidade: 45 a 55%;
Maciez Se estiver fofa, a umidade vai estar na faixa certa;
Distruibuição das vacas Animais [ ] em um só local demonstram que a cama está ruim;
Sujeira das vacas;
Análise de CCS – difícil, pois precisa-se coletar todo o leite da vaca, homogeneizar e tirar uma alíquota, já que o leite dentro da glândula não está homogêneo e a gordura, junto com as células somáticas, estão em cima) ou mastite subclínica.
ESTUDOS
CCS
Houve diminuição da CCS para os animais como um todo;
Para animais mais sensíveis (com laminite, novilhas recém-paridas e vacas doentes), a CCS aumentou.
Produção de leite e CCS
Houve aumento da produção: 1,6 litros Pagaria o investimento em 10 anos em uma fazenda que já utilizava outro sistema e possuía 300 animais;
CCS diminuiu Produtor ganha bonificação de 0,03 centavos.
*NÃO É BOM PARA UM PRODUTOR QUE JÁ TEM FREE-STAL MUDAR PARA O COMPOST APENAS POR MODA, POIS GANHARÁ POUCO EM RELAÇÃO AO INVESTIMENTO FEITO, MAS, PARA PRODUTORES QUE ESTÃO
COMEÇANDO, CONSTRUIR UM COMPOST É MAIS BARATO DO QUE CONSTRUIR UM FREE STALL, PORÉM, A MANUTENÇÃO DO COMPOST É MAIS CARA (VENTILADORES E MANEJO DA CAMA)*
*CASO HAJA MUITOS PROBLEMAS DE CASCO E ABATES DEVIDO AOS MESMOS, A MUDANÇA PARA O COMPOST SERIA MAIS INTERESSANTE*
MOTIVOS PARA DESCARTE
- Produção de leite;
- Vaca que não emprenha (reprodução);
- Vaca com mastite crônica;
- Pernas e pés (problemas de casco);
- Perfil leiteiro.
*ANTES DO COMPOST, NO FREE STALL, OS MAIORES MOTIVOS ERAM REPODUTIVOS E PERNAS E PÉS (PROBLEMAS DE CASCO) APÓS, O PRINCIPAL MOTIVO SE TORNOU PRODUÇÃO DE LEITE, O QUE É BOM MENORES PROBLEMAS REPRODUTIVOS, DEVIDO A BEM-ESTAR, E PROBLEMAS DE CASCO, DEVIDO A MENOR ABRASIVIDADE DO PISO*
COCHOS
Cordoalha para vaca não passar Pode-se colocar cano ao redor, para evitar machucados nos animais;
Na altura da pista;
Pode-se azulejar, para evitar abrasividade com a língua do animal e impregnação de sujeira;
Pode-se colocar um murinho, para evitar que a comida seja empurrada pelos animais Dificulta retirada de sobras e, sem o mesmo, pode-se empurrar o trato de volta, estimulando o consumo dos animais;
Distrubuição deve ser homogênea, para evitar que só o animal dominante do lote coma Vagão forrageiro auxilia, pois mistura, além de diminuir o tamanho da partícula da comida, mas é muito caro.
*Na maioria das vezes, a raça holandesa é usada no confinamento. As raças pardo-suíça e jersey também podem ser utilizadas e, ocasionalmente, a raça girolando.
18/9
ESCORE DE HIGIENE
Escore 1: limpa, sem resquícios de esterco;
Escore 2: limpa, mas com respingos de esterco;
Escore3: suja, com pequenas pontuações de esterco;
Escore 4: imunda, com grandes placas de esterco;
Vaca suja na hora da ordenha aumenta o risco de mastite;
Não deve se lavar o úbere das vacas na hora da ordenha, pois escorrerá água suja, que cairá dentro da teteira, aumentando a CBT. Deve se lavar apenas os tetos;
Serve principalmente para avaliar a qualidade da cama da vaca.
ESCORE DE COCHO
Comida deve ser dada “ad libtum” = a vontade Precisa ter sobras;
Avalia o quanto de comida sobrou de um dia para o outro;
Sem pesar Análise subjetiva, deve ser feita sempre pela mesma pessoa.
Escore 0: vacas passaram fome Ruim, pois influencia a produção;
Escore 1: até 2,5% de sobra Dependendo do que foi deixado (exemplo: palha), pode-se dizer que a vaca passou fome;
Escore 2: até 5% de sobras IDEAL;
Escore 3: até 10% de sobras Sobrou demais, deve se diminuir a quantidade de silagem fornecida;
Escore 4: >10% de sobras Pode indicar cio;
Escore 5: alimento intacto Pode indicar problemas de saúde;
- Caso os animais tenham passado por manipulação um dia antes, é normal que o consumo caia no dia posterior;
- As sobras podem ser dadas para um lote de menor produção (lotes vaca baixa, vaca seca ou novilha(*)), a depender da temperatura da silagem. Caso esteja muito quente, indica que houveram fermentações indesejadas Não jogar fora, pois causaria prejuízo;
(*)Normalmente, o escore de cocho das vacas secas e novilhas é 0, pois a quantidade dada não é aumentada sempre, devido a esses animais não poderem engordar muito.
ESPAÇO DE COCHO
Área deixada para o animal comer. Deve ser de 80-90cm até 1 metro para evitar o maior consumo dos animais dominantes. Além do que, o estresse causado nos animais que apanham diminui a produção de leite;
Maior espaço de cocho = Menor competição.
AGRUPAMENTO
Em fazendas muito grandes, não há divisão em muitos lotes Utiliza-se a capacidade máxima;
CRITÉRIOS:
*QUANDO SE TEM POUCAS VACAS (40-50), UTILIZA-SE APENAS A PL. OS OUTROS CRITÉRIOS SÃO USADOS QUANDO SE TEM MAIS ANIMAIS*
*SE ATENTAR AO DEL VACAS PÓS-PARTO, ATÉ 21 DIAS, RECEBEM DIETA ESPECIAL. SE O ANIMAL ESTIVER COM DEL PRÓXIMO A 21, PODE SER COLOCADO JUNTO COM OS OUTROS ANIMAIS. LEMBRAR QUE ELA DEVE SER DESAFIADA, OU SEJA, A PRODUÇÃO LEITE/DIA DO LOTE DEVE SER MAIOR DO QUE A DELA, PARA QUE ELA RECEBA MAIS RAÇÃO DO QUE MERECE*
*AGRUPAR ANIMAIS COM MESMO DEL FAZ COM QUE A QUEDA NA PRODUÇÃO DE LEITE DOS MESMOS SE DÊ NO MESMO PERÍODO*
*A ORDEM DE PARIÇÃO É UTILIZADA EM CASOS DE ANIMAIS MENORES APANHANDO DAS MAIORES AJUSTE FINO, FEITO EM REBANHOS GRANDES, POIS, EM REBANHOS MENORES NEM SEMPRE DÁ PARA SEPARAR OS ANIMAIS*
*ECC AJUSTE FINO, FEITO EM REBANHOS GRANDES ANIMAL COM ECC ALTO DEVE SER SEPARADO DO LOTE PARA RECEBER TRATO DIFERENTE*
PRODUÇÃO DE LEITE
- Avaliação feita de 15 em 15 dias, a partir do controle leiteiro, em fazendas maiores, que possuem medidor na ordenhadeira.Em fazendas pequenas, utilizar 1 mês;
- Também deve se avaliar o peso e altura dos animais, evitando disputa pelo alimento de forma que todos os animais comam a mesma quantidade;
- É sempre o primeiro critério a ser usado Utiliza-se os outros para melhorar o agrupamento;
Vantagens:
- Vacas que produzem muito serão atendidas;
- Vacas que produzem pouco não receberão mais do que precisam, evitando que fiquem gordas;
Desvantagens:
- Vacas não gestantes transferidas de grupo;
*Importante para observar cio dos animais
- Mudanças constantes de animais;
PERÍODO DE LACTAÇÃO (DEL)
DEL: 0-100dias Produção aumentando Animais recebem ração desafio na relação 3:1, ou seja, maior quantidade é fornecida Condições melhores (ração melhor), para que os animais consigam expressar seu potencial;
 100-200dias(*)
 200-300dias(*)
(*)Normalmente essas vacas estão gestantes e a produção de leite está diminuindo. 
Desvantagens:
- Penaliza animais com produção alta, mesmo em estágio avançado de lactação;
PRODUÇÃO DE LEITE CORRIGIDA PARA 4% DE GORDURA
Refina o ajuste, pois, ao longo da lactação, o teor de gordura diminui;
MÉRITO LEITEIRO
Produção de leite x Peso corporal;
MÉTODO CLUSTER
- Nutrientes requeridos por kg de matéria seca;
Desvantagens:
- Exige o uso de tecnologia computacional;
*Utilizado apenas para fazendas grande, com 200-300 vacas;
CONDIÇÃO CORPORAL (ECC)
Associado a outros cirtérios;
*Estratégia para retirar um animal muito gordo de um lote que está recebendo muita ração e colocá-lo num que recebe menos Produção diminui um pouco, mas o animal utiliza reservas corporais para manter a produção antiga;
ORDEM DE LACTAÇÃO
- Primíparas: animais ainda em crescimento, ou seja, precisam receber mais ração;
- Pluríparas;
CCS
- Utilizado como estratégia para diminuir a CCS do tanque;
- Sabe-se quem são os animais com maior CCS do rebanho;
- Animais são ordenhados por último e o leite pode ser dado para machos ou para fêmeas acima de 30 dias de vida (animais com menos de 30 dias estão muito suscetíveis a diarréias) Não resolve a causa do problema.
TRANSFERÊNCIA DE GRUPO
*Deve-se evitar a mudança dos animais;
- No pós-parto, todas as vacas (e também novilhas) devem entar no grupo de mais alta produção;
- Movimentar pequenos grupos ao invés de animais individualmente;
- Movimentar vacas durante o período de alimentação ou na sala de ordenha.
IMPORTÂNCIA DE MISTURAR A RAÇÃO (RTM OU TMR)
Vacas comem mais Produzem mais leite;
Quando o animal come muito concentrado, o pH ruminal se mantém muito baixo (produção de ácido lático) e oscila demais pH longe do normal (6,0) altera o ambiente ruminal, diminuindo o número de bactérias celulolíticas e, consequentemente, a degradação da fibra (FDN: celulose e hemicelulose) Efeito de enchimento no rúmen, pois a fibra ocupa espaço Diminuição da taxa de passagem, pois as bactérias não quebram as partículas de maneira eficiente Menos nutrientes chegam ao intestino para serem absorvidos;
*Maior taxa de passagem = Maior produção de leite.
QUALIDADE NUTRICIONAL DO LEITE
- 50% da gordura do leite vem do acetato (C2), produzido quando o animal come volumoso Quanto maior a quantidade de volumoso ingerida, maior a % de C2 produzida;
*Ração separada do volumoso: animal come menos, rumina menos, produz menos e o leite tende a ter menos gordura, pois a fibra não é degradada de maneira eficiente;
- O volume de leite produzido depende da [lactose] Concentrado/ração forma Propionato (C3) no rúmen, que é transformado em Glicose no fígado, que forma Galactose e junto a outra Glicose, forma Lactose.
*É IMPORTANTE QUE O ANIMAL RECEBA OS DOIS ALIMENTOS JUNTOS, PARA QUE PRODUZA ACETATO E PROPIONATO NO RÚMEN, AUMENTANDO A PRODUÇÃO DE GORDURA E PROTEÍNA NO LEITE, OU SEJA, MELHORANDO A QUALIDADE NUTRICIONAL DO LEITE*
FREQUÊNCIA DE FORNECIMENTO
- Deve-se fornecer comida de acordo com a frequência de ordenha Estímulo para que o animal se mantenha em pé depois da ordenha, evitando mastite;
- Quanto maior a frequência dos tratos, maior o estímulo para o animal comer, devido a mexer na ração e a mesma estar mais fresca Aumenta o consumo e, consequentemente, a produção de leite O custo adicional vale a pena? **Fazendas grandes em regiões frias utilizam produtos para evitar as micotoxinas e fazem apenas um trato, para diminuir os custos Empurram a comida para o cocho após a ordenha, para estimular o consumo dos animais.
Efeitos da frequência de tratos sobre o pH ruminal
Quanto menor a frequência, maior a oscilação do pH ruminal pH se mantém baixo por muito tempo, diminuindo a quantidade de bactérias celulolíticas Menor degradação da fibra Menor taxa de passagem Menor absorção de nutrientes Menor produção de leite, com menor teor de gordura, devido a menor produção de acetato;
Push up (empurrar a comida)
Animais comem mais e, com isso, há menor oscilação do pH ruminal.
FREQUÊNCIA DE ORDENHA
- Períodos maiores entre ordenhas diminuem a permeabilidade da membrana à extração de nutrientes (glicose, aa’s, beta-hidroxibutirato e glicerol) pela glândula;
- 90% da produção de leite acontece em 5 horas Animal ordenhado de 5 em 5 horas produz mais, deve que se alimentem muito e com qualidade;
- Maior número de ordenha (de 2 para 3) aumenta a produção de leite em até 20% Economicamente, a quantidade de litros a mais não paga o que se precisará pagar a mais (funcionários, material de limpeza, luz) Indicado para fazendas com animais que produzem de 30-40 litros;
- Geralmente, são feitas 2 ordenhas, com intervalo de +/- 12h entre elas: 6h e 16h.
TIPOS DE ORDENHA
Uso de geradores é importante para conseguir.
BALDE AO PÉ
- Sistema rústico – animal preso no canzil, recebendo ração, com os pés amarrados;
- Ordenhador precisa estar abaixado e carregar o balde de leite – manejo cansativo;
- Balde de leite precisa ser pesado;
- Muito encontrado em MG;
*Sistema possível de ser usado para ordenha manual, porém esta não é indicada devido a maior contaminação gerada pelo maior contato do ordenhador com os tetos.
ESPINHA DE PEIXE
- Animais em paralelo – manejo do fosso é mais fácil, consegue-se fazer escore de limpeza;
- Ordenhador em pé no fosso;
- Sistema mais automático – controla a produção leiteira (quantidade de leite produzida) e o leite vai automaticamente para o tanque;
- Para rebanhos menores, de 50-100 vacas;
*Pode-se usar emborrachado preto no chão para evitar problemas de casco e visualizar melhor grumos que indicariam mastite.
EM PARALELO
- Também possui fosso – mesmo modelo do espinha de peixe;
- Utilizada para rebanhos maiores, pois economiza espaço;
- Animais entram de costas e ficam um ao lado do outros.
EM CARROSSEL
- 1 vaca ordenhada = 1 volta – roda bem devagar;
- Sistema usado em fazendas grandes – pelo menos 10 mil litros de leite;
- Menor mão de obra – permite a ordenha de muitas vacas por poucas pessoas;
- Sempre há um tipo de ordenha diferente ao lado, para os animais com mastite – leite não pode ir para o tanque.
ROBÓTICA
- Para fazendas com média de produção de 30 a mais litros/dia/vaca;
- 1 robô (custa de 400 a 600 mil reais) para 40-60 vacas;
- Economiza-se com funcionários e ganha-se na produção de leite;
- Melhora a qualidade do leite, devido ao leite ser separado de acordo com maior ou menor CCS;
- Robô lava os tetos (identifica sujeira através de infra-vermelho), passa pré e pós-dipping e as teteiras (separadas) são colocadas;
- Animal vai na ordenha quando quer – a média costuma ser 3x;
- Ração fornecida durante a ordenha Estímulo para os animais irem, porém, todos são cadastrados e, caso uma vaca entre 1h depois de ser ordenhada, o sistema não permite o consumo(*);
- Ajusta o arraçoamento Animais que produzem mais receberão mais comida do que os que produzem menos, após já terem consumido uma quantidade igual no lote antes Robô programa de acordo com o que cada animal deve comer(*);
(*)Zootecnia de precisão Único sistema em que a vaca recebe realmenteo que merece;
*COMO OS ANIMAIS COMEM DURANTE A ORDENHA, IRÃO DEITAR AO VOLTAR PARA O LOTE, POR ISSO, É NECESSÁRIO UTILIZAR MELHORES PRODUTOS NO PÓS-DIPPING PARA EVITAR MASTITE*
SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE ORDENHA
- Necessidade de mão-de-obra;
- Aumento médio de 3,5kg/d (10%) na lactação devido ao aumento da frequência, independente do nível de produção de leite;
- Efeito positivo na produção de leite;
- Fornecimento de concentrado – não houve problemas, por ser uma quantidade pequena.
EXEMPLO
- 60 vacas produzindo 30 litros/dia = 1800L/dia 10% a mais = 180L/dia x 365 dias = 65.700 litros x R$1,5 = R$98.550,00
- 60 vacas x 3,5kg leite a mais x 365 dias x R$1,50 (saber) = R$115.000,00
- CCS de 600 mil (sem bonificação) para 200 mil Bonificação de R$0,03 L/leite: 60 x 30 x 365 x 0,03 = R$19.000,00
Viabilidade do Sistema Robótico
Exemplo:
60 vacas (saber)
Ordenha robótica: 500 mil (saber)
Sem o robô: 3 funcionários R$1.200,00 de salário, que sai a R$2.400,00 ou mais, devido a impostos, décimo terceiro, férias e treinamentos R$7.200,00 x 12 meses = R$86.400,00 x 6 anos = R$518.000,00 (preço do robô) Ou seja, em 6 anos sem funcionários, paga-se o robô, que pode durar até 20 anos na fazenda;
Mas, como há maior produção de leite, há maior renda, fazendo com que consiga-se pagar o robô em 3 anos R$86.400,00 + R$134.000,00 (maior produção + bonificação por menor CCS) = R$230.000,00 x 2,5 anos = R$575.000,00 (conta feita pelos vendedores).
*INVESTIMENTO VIÁVEL SE O PRODUTOR PAGA EM ATÉ 7 ANOS, POIS A ORDENHA ROBÓTICA SERÁ USADA POR 20 ANOS*
CURVA DE LACTAÇÃO
1. Primeiros 100 dias: produção aumentando – fornecer ração desafio;
2. 2/3: produção caíndo – aplicar BST;
3. Final: descanso e secagem.
CARACTERÍSTICAS DA CURVA DE LACTAÇÃO
- Persistência de lactação: boa persistência (acima de 90%) produção não cai tanto após o pico de lactação;
- Pico de lactação (60-80 dias pós-parto): máximo de produção;
- Produção inicial: quanto a vaca começa a produzir assim que pare;
- Produção total: quantidade de leite produzida em uma lactação;
*Vaca holandesa de 10 mil kg/lactação é boa, de 4 mil kg/lactação é ruim Depende da raça.
PROVA
Fazer gráficos comparando as curvas de lactação das raças.
Raça Holandesa
Período de lactação: 305 dias;
Pico de lactação: 80 dias;
Produção inicial;
No último dia: secagem – zerar.
Raça Jersey
Produz menos (precisa ficar claro no gráfico):
Pico de lactação antes: 60 dias;
Período de lactação menor: 295 dias;
Produção inicial menor.
Girolando
Não tem pico, já pare produzindo boa quantidade de leite, que só vai diminuindo;
Produz menos que holandês e parecido com Jersey;
Período de lactação menor: 295 dias.
Raça Gir
Não tem pico, já pare produzindo boa quantidade de leite, que só vai diminuindo;
Período de lactação menor: 280 dias;
Produz menos que Girolando.
GRÁFICOS
Queda brusca na produção durante a lactação indica mastite;
Animal no cio come menos e, consequentemente, produz menos;
Animais que produzem muito tem a reprodução prejudicada, ou seja, possuem dificuldade para emprenhar.
Fatores que influenciam as características da curva de lactação
Ligados ao ambiente;
Idade da vaca – a partir da 4ª lactação a produção cai;
Ordem do parto;
Duração da lactação;
Gestação – vaca emprenhada no tempo certo precisa ser seca antes;
Período de serviço.
USO DE bST
- Hormônio do crescimento – proteico, ou seja, é desnaturado no estômago e, além disso, não pode ser usado pelo corpo, devido a sequência de aa’s ser diferente e não haverem receptores para ele Ingestão no leite não causa problemas;
- Aumenta a captura de glicose e ácidos graxos pela glândula mamária Mais glicose = Mais lactose = Mais leite Mantém a persistência da lactação;
- Aplicado após o pico de lactação, quando os hormônios produzidos pelo próprio animal também estão em maior [ ] Não há resposta antes do pico e em intervalos inferiores a 14 dias;
- Economicamente, é viável para vacas que produzem mais que 20L/dia;
- Animais precisam estar com ECC ideal (2,75 a 3,0), para que não necessite de mais glicose para o músculo;
- Holandês é dose responsivo;
*Animais girolando possuem resposta máxima com a aplicação de 250mg e, como não possuem pico, assim que parem a aplicação pode começar;
- Resposta varia de 10-20% a mais de leite Em animais que produzem pouco, chegou a 30%, porém, a produção desses animais não paga o investimento;
- 6 doses 500mg a cada 14 dias;
- Não há resposta financeiramente viável após 6 aplicações.
MANEJO DA VACA SECA
Normalmente, animais ficam no pasto;
Quantos dias? 60 dias, que é período ideal para regeneração da estrutura alveolar da glândula mamária;
*Caso o produtor queira usar menos (30-50 dias), é necessário que o manejo seja perfeito. O que é muito difícil, por isso pode-se usar, no máximo, 50 dias se a vaca estiver produzindo muito (15-20L). Ou seja, deixar o animal produzindo por mais 10 dias e secá-lo com 45 dias;
Para secar uma vaca, precisa-se diminuir a produção de leite dela para 5L. O que é feito através de estresse nutricional: corta-se o [ ] todo durante até 5 dias; se a vaca não diminuir a produção, corta-se todo o volumoso durante até 2 dias.
PERÍODO SECO
Período de repouso: regeneração da glândula mamária, tratamento da vaca seca com antibiótico e observação do ECC (3,0 a 3,5);
Período de transição: adaptação a dieta pós-parto (a partir da dieta pré-parto) e prevenção de distúrbios metabólicos.
Manejo de secagem
Vacas com PL < 5L/dia Secar;
Vacas entre 5 a 10L/dia Cortar o [ ] até cair para 5L;
Vacas com mais de 10L/dia Cortar o volumoso até cair para 5L.
Alimentação após a secagem
Superalimentação – confinamento;
Subalimentação – pasto.
TERAPIA DA VACA SECA
Objetivos e vantagens da terapia antimicrobiana na secagem:
- Taxa de cura maior do que no tratamento durante a lactação;
- Redução das novas infecções no período seco;
- Possibilidade de regeneração do tecido mamário lesado na lactação anterior;
- Tratamento é seguro, pois não causa risco de contaminação do leite com antibiótico;
*Uso de selantes (externos ou internos) integrado a antibiótico vaca seca.
25/9
MANEJO DE VACAS A PASTO
Mais complexo que o manejo no confinamento, pois precisa-se cuidar do pasto para que não falte comida;
Pasto = Animais mais Gir, mais azebuados, como Girolando (½ sangue, ¾ ou 5/8) vão melhor;
Para trabalhar com animais mais holandesados a pasto, é preciso que o mesmo tenha mais sombra Construção de sombrites ou plantação de árvores (eucalipto é preferido, pois pode ser vendido).
*PLANTAÇÃO DE PINOS E EUCALIPTOS PARA SOMBREAMENTO ANIMAIS NÃO FICAM PRESOS NO PIQUETE, TÊM ACESSO A UM CORREDOR ONDE TEM ALIMENTO (COCHO) E ÁGUA, E ESSA REGIÃO POSSUI ÁRVORES OU SOMBRITES PARA SOMBREAMENTO PARTE DO PIQUETE FICA ABERTA PARA DAR ACESSO AO CORREDOR CENTRAL COM PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO SISTEMA IDEAL – UNIFICAÇÃO = ECONOMIA*
Sistema de pastagens é uma grande realidade no Brasil, devido ao menor custo do volumoso:
R$0,03kg/pastagem Animais produzindo 15L/dia;
R$0,10 – 0,15kg/silagem de milho Animais produzem 30L/dia (confinamento).
*Normalmente, os sistemas de pasto apresentam baixo desempenho produtivo*
Brasil possui características favoráveis (temperatura adequada, muito luminosidade, boa quantidade de chuvas) para o crescimento das gramíneas.
Gramíneas forrageiras classificadas em:
Tempradas – C3: predomínio em climas temperados – menor produção e maior qualidade;
Ex.: Azevém e Aveia Gramíneas anuais;
Tropicais – C4: predomínio em climas tropicais, como o do Brasil – maior produção e menor qualidade;
Ex.: Brachiaria (qualidade inferior) e Panicum (Mombaça – qualidade boa; um dos mais utilizados) Gramíneas perenes, duram 20 anos se o solo for bem corrigido e adubado.
*Potencialidade das gramíneas forrageiras tropicais*
*Qualidade = maior teor de PB e digestilibidade*
PIQUETEAMENTO
- Deve-se piquetear/dividir as áreas de pasto, para evitar o pastejo e rebaixamentoda gramínea de forma irregular, o que irá prejudicar o crescimento da mesma Realiza-se rotação dos animais nas áreas para dar descanso as gramíneas, promovendo seu crescimento; e, para evitar que as vacas andem muito, gastando energia que poderia ser utilizada para maior produção de leite;
- Divisão dos piquetes feita com cercas de choque elétrico, para que o animal aprenda que não pode passar.
*Mudança dos piquetes feita na hora da ordenha, para facilitar o manejo;
*MANEJO EXTREMAMENTE DIFÍCIL, POIS, EM ALGUMAS ÉPOCAS, TERÃO PIQUETES COM O MESMO TAMANHO DE GRAMÍNEAS. ALÉM DAS MESMAS (EX: MOMBAÇA) PODEREM CRESCER MUITO, DEVIDO A MAIOR TEMPERATURA, LUMINOSIDADE, ADUBAÇÃO NESSES CASOS, DEVE-SE UTILIZAR OUTRAS CATEGORIAS PARA REBAIXAR AS GRAMÍNEAS E NÃO PERDER PRODUÇÃO*
QUALIDADE DO SOLO
- Cupim se forma normalmente quando o solo está ácido e não consegue aproveitar os nutrientes, ou seja, fica fraco Mesmo que se jogue adubo, ele não será aproveitado, deve-se corrigir o pH do solo antes da adubação;
- Solo nu: desprotegido; consegue-se ver a terra Chuva retira nutrientes e degrada o solo;
- Principal maneira de proteger o solo da degradação é plantar No Brasil, a Brachiaria é a melhor sugestão (mais barata, de mais fácil manejo e melhor crescimento).
COMPARAÇÃO
SISTEMA SERTANEJO – SOLO NU, COM CUPIM
PL = 55L/dia;
PL/vaca = 5L/vaca/dia;
55 x 1,2 = R$70 x 30 = R$2.100,00 Ao retirar os gastos com a fazenda, sobra R$1.000,00 para a família.
SISTEMA PIQUETEADO
PL = 250L/dia;
PL/vaca = 13L/vaca/dia.
PRODUÇÃO DE PASTO BRACHIARIA
Produz menos do que o Mombaça (20-25ton/MS/ha/ano para Braquiarinha e Braquiarão), mas é mais homogênea, pois cresce em ritmo mais lento, permitindo maior controle;
Produção de matéria seca por mês:
Jan-Mar = Alta;
Julho (falta água) = Menor produção;
Agosto = Volta a aumentar;
Set-Dez = Alta.
*Janeiro e Dezembro = maior produção de MS/dia da Brachiaria*
Brachiaria apresenta sazonalidade, ou seja, não produz a mesma quantidade o ano todo. Produz mais no verão e na primavera, períodos em que chove mais;
Quanto mais próxima a região é da linha do equador, menor a influencia da temperatura e luminosidade. Por isso, o Brasil sofre mais nos períodos em que não chove (Junho-Agosto) Chuva é o fator limitando para o crescimento da Brachiaria Irrigação do pasto nessa época do ano diminui a escassez de pasto. Também pode-se ter outra área com gramínea C3 para essa época do ano.
*Estados de SP para cima, pois no Sul chove mais no inverno do que no verão*
De acordo com o consumo das vacas e a produção de MS da Brachiaria, define-se o número de animais que podem ser colocados no pasto Melhores meses (Janeiro e Fevereiro) = 8 animais;
Para aumentar o número de animais, o produtor precisará ter uma área maior de pasto:
Ex.: 20ha pasto, 7 vacas/ha 20x7 = 140 vacas nos meses mais propícios;
 20ha pasto, 4 vacas/há 20x4 = 80 vacas no inverno (pouca chuva) Deve-se suplementar os animais com volumoso (silagem de milho, cana de açúcar ou capineira/capim-elefante) e [ ], ou seja, produtor precisa ter outra área para plantar essas culturas.
VOLUMOSO SUPLEMENTAR
Silagem de milho = maior qualidade Mais leite, dado para vacas de alta produção (20-25L/dia);
Cana de açúcar = qualidade média Dada para vacas de produção média (15-20L/dia) ou baixa (10L/dia) e novilhas;
Capineira/Capim-elefante = menor qualidade(*) Menos leite, dado para as vacas de menor produção (geralmente no final da lactação) e novilhas; Se tiver maior qualidade, pode ser dado para vacas de média produção.
(*)Menor qualidade se cortado acima de 1,5m, pois maior crescimento leva a lignifica.
TAXA DE LOTAÇÃO – medida em UA (unidade animal);
Período das águas (verão) = 8 animais;
Transição água-seca(inverno) = 6 animais;
Período seco = 4 animais;
Transição seca-águas = 6 animais.
TECNIFICAÇÃO DO PASTO
Piqueteamento;
Adubação – produzir o máximo possível;
Controlar altura de entrada dos animais;
Irrigação (se possível).
PRODUÇÃO DE PASTO PANICUM/MOMBAÇA
- Maior produtividade que a da Brachiaria: 30ton/MS/ha/ano;
- Maior teor de proteína;
- Maior sazonalidade que a da Brachiaria Não produz nada no inverno (Julho);
- Cresce de maneira rápida;
- No verão, cresce muito rápido e pode passar a altura correta para a entrada dos animais Ruim, pois passa a ter maior teor de fibra (FDN) de menor qualidade, devido a maior proporção de lignina Lignina não é aproveitada pelo animal e se complexa a PB, diminuindo a disponibilidade da mesma Deve-se colocar animais de baixa produção ou vacas secas;
- Baixo problema com fezes, pois é uma forragem que cresce em touceiras;
- Alta infestação por carrapatos.
*JÁ COM CYNODON, QUE É MAIS RASTEIRO (GERALMENTE ANIMAIS ENTRAM COM 20 CM E SAEM COM 10 CM), QUANDO O ANIMAL DEFECA NA REGIÃO, ELE NÃO SE ALIMENTA DIFICIL MANEJO*
TAXA DE LOTAÇÃO
No verão/época das águas = 12 animais/ha Volta ao tamanho de entrada em 15 dias;
Transição água-seca = 7 animais/ha;
Na seca = 0 animais/ha Mesmo irrigado, não cresce, devido a menor temperatura durante a noite, período em que o crescimento do mesmo ocorre. Devido a isso, obrigatoriamente, deve-se suplementar os animais Maior gasto = Maior preço do leite;
Transição seca-águas = 6 animais/ha.
MANEJO
Altura de entrada dos animais nas áreas de Mombaça: 70-80cm;
Altura de saída dos animais nas áreas de Mombaça: 35-40cm Alturas menores impedem o crescimento da planta até 70-80cm de forma mais rápida (30 dias), devido a menor área folear e consequente menor realização de fotossíntese pela planta.
*DE 35-70CM HÁ MAIOR TEOR DE PB E FDN DE QUALIDADE*
*NO INVERNO, O PERÍODO DE CRESCIMENTO É MAIOR: 40 DIAS*
*MEDE-SE ATRAVÉS DE ESTACAS COM DIFERENTES MARCAS DE CORES QUE SÃO COLOCADAS NOS PIQUETES*;
*QUANDO A FAZENDA É PEQUENA, DEVE-SE APROVEITAR A ÁREA O MÁXIMO POSSÍVEL, OU SEJA, REALIZAR PASTEJO ROTACIONADO OU ROTATIVO*
FATOS
Panicum (Mombaça) tem maior produvitividade, ou seja, maior taxa de lotação;
Braquiária tem menor sazonalidade Consegue-se manter alguns animais no período seco;
Realidade a pasto, independente da gramínea: média de 10-13L/vaca/dia Animais comendo ração, pois o volumoso produz pouco propionato no rúmen, ou seja, há menor conversão de propionato em Glicose no fígado e os animais produzem menos leite;
*Animais podem produzir 19L/dia, contanto que sejam bem suplementados com ração.
Ex.: Animal sem [ ] produziu 11,9L
 Animal com 2kg de [ ] produziu 13,4L
Preço do [ ]: R$1,5 x 2 = R$3,00
Preço do leite a mais: 1,5L x R$1,5 = R$2,25
*PELA PRODUÇÃO DE LEITE, DAR RAÇÃO PARA O ANIMAL NÃO COMPENSA, POIS O AUMENTO DA PRODUÇÃO NÃO PAGA O KG DE RAÇÃO USADO, PORÉM, SE A REPRODUÇÃO FOR CONSIDERADA, COMPENSA, POIS OS ANIMAIS TIVERAM UMA REPRODUÇÃO MELHOR, EMPRENHANDO MAIS FACILMENTE*
26/9
PRIMEIRO PASSO: MANEJO DE PASTAGENS
Três premissas básicas:
1. Grande quantidade de forragem deve ser produzida;
2. Grande parte da forrageira produzida deve ser colhida pelos animais;
3. A forragem colhida pelos animais deve ser convertida em produto animal;
Ex.: Leite Para que isso ocorra, a forragem deve ser de boa qualidade. Antes de adubar, deve-se cuidar da altura de entrada dos piquetes, pois, se a mesma tiver passado, a estruturada da forragem estará muito lignificada, assim, o animal não conseguirá aproveitar a fibra e converter o alimento em produção de leite.
*PASTAGENS PASSADAS = MUITO LIGNIFICADAS = FIBRA DE MÁ QUALIDADE = BAIXA DIGESTIBILIDADE*
*GRAMÍNEAS DIFERENTES SÃO MANEJADAS DE FORMA DIFERENTE DIFERENTES ALTURAS DE ENTRADA E SAÍDA (PÓS-PASTEJO: METADA DA ALTURA DA ENTRADA)*
Habilidade de pastejo em raças holandesas: as novilhas de adaptam melhor (animais acima de 350kg – melhor habilida de pastejo)
SISTEMAS DE PASTEJO
- Principal objetivo: LUCRO;
- Custo com o pasto é menor;
- Intensificar o pasto: adubação, piqueteamento, controle das alturas de entrada e saída;
- Método de pastejo deve ser operacional (reduzir riscos) eflexível;
*O MELHOR MÉTODO É O PASTEJO ROTATIVO, SE O PRODUTOR NÃO CONSEGUIR INSTALÁ-LO, RECOMENDA-SE O EXTENSIVO NESSES CASOS, DEVE HAVER VOLUMOSO NO COCHO, ALÉM DO PASTO*
*PERÍODO IDEAL DE OCUPAÇÃO NO PIQUETE: 1 DIA (2 PARA ANIMAIS EM CRESCIMENTO), SE NÃO ABAIXAR A ALTURA DA FORRAGEM, AUMENTA-SE A TAXA DE LOTAÇÃO*
- Manejador x Condições climáticas.
PASTEJO ROTATIVO
- Pastejo ponta: usado quando se tem animais com exigência nutricional maior, que serão os primeiros a entrar no piquete As vacas que entram primeiro, comem o ápice da forrageira, onde há mais proteína;
O segundo grupo a entrar come partes da forrageira com menor teor de proteína e mais fibra;
PRESSÃO DE PASTEJO
SUPERPASTEJO
Muitos animais em uma área Rebaixamento exagerado e altura de saída muito baixa(*);
(*)Ganho/área alto (muitos animais na área), porém, leva muito tempo para a rebrota, pois os animais não vão sair do pasto deixando boa altura de saída, que seria 12,5cm, saem deixando 7cm;
Baixa ganho/animal, porque vão comer partes das forragens que não são muito nutritivas, portanto, ganharão menos peso e produzirão menos leite.
SUBPASTEJO
Poucos animais em piquete onde caberiam mais;
Baixo ganho/área;
Quanto menos animais no piquete, maior será o ganho/animal, pois eles comerão só o melhor da forragem, com isso, há maior ganho de peso e produção de leite.
*DEVE HAVER EQUILÍBRIO*
CONTA Nº MÉDIO DE ANIMAIS QUE SE CONSEGUE MANEJAR POR ÁREA
Eficiência: eficiência do produtor em trocar os animais de piquete Para produtores inesperientes, é menor!
Sazonalidade
Mombaça: produção acontece principalmente nos 6 meses de primavera e verão
EXEMPLO
Produção Mombaça: 30ton MS/ha/ano;
Vaca girolando de 500kg (PODE NÃO DAR O PESO DA VACA. GIROLANDA: 400-550KG E HOLANDESA: 650-700KG);
80% de eficiência;
90% sazonalidade Brachiaria = 80%.
CMSanimal: 2,5% (girolando) x 500 = 12,5kg MS/dia x 30d = 375kg MS/mês
Mombaça MS/ha/ano: 30 x 0,8 (eficiência) = 24ton x 0,9 (sazonalidade) = 21,6ton MS/ha/ano / 6 meses = 3,6ton MS/ha/mês
3600kg MS/há/mês / 375kg MS/mês = 9,6 vacas = 9 vacas (ARREDONDAR PARA BAIXO)
SEGUNDO PASSO: SUPLEMENTAÇÃO DE PASTAGENS
SUPLEMENTAÇÃO
Consumo de matéria seca (CMS);
Ex.: Girolando a pasto consome 2,5% do seu peso corporal de pasto 500 x 0,025 = 12,5 kg MS/dia
Matéria seca do pasto é em torno de 20% = 62,5 kg/dia O que a vaca come de matéria seca no pasto
Holandesa consome de 1,5 a 2,0%.
CONCENTRADA
Dependente de 2 fatores principais:
- Qualidade da forragem;
- Potencial do animal.
*Considerar interação da suplementação com o consumo de pasto (associação)*
EFEITOS ASSOCIATIVOS DA SUPLEMENTAÇÃO:
1. Adição – animal dará mais leite consumindo a mesma quantidade de volumoso + [ ];
2. Substituição – animal diminui o consumo de volumoso e consume a [ ] no lugar deste. Também produzirá mais leite, mas menos do que na adição;
3. Substituição/Adição – substituição de parte do volumoso;
4. Decréscimo/Depressão – deprime o consumo de volumoso e o de [ ] também passa a ser menor, logo, o consumo total será menor Nesses casos, o suplemento/ração possui qualidade ruim;
*Geralmente, ocorre quando a grande % de ureia, que causa intoxicação, diminuindo o consumo do animal*
5. Potencialização/Estímulo – é o melhor, pois há fornecimento de [ ], mas o consumo é pequeno significa que o animal foi estimulado a comer mais volumoso. Nesses casos, a ração é muito boa e estimula o maior consumo de matéria seca Animal produz mais leite com um custo mais baixo, pois, apesar da ração ser mais cara, apenas metade dela é necessária para potencializar o consumo de MS do animal;
*DIFERENÇAS DADAS DE ACORDO COM O TIPO DE [ ] FORNECIDO*
*60 A 90% DA RESPOSTA ANIMAL É DITADA PELO CONSUMO DE MATÉRIA SECA*
*SUPLEMENTAÇÃO FEITA NA HORA DA ORDENHA MÁXIMO DE 3KG POR ORDENHA, POIS O [ ] ESTARÁ PURO. CASO O ANIMAL PRECISE COMER MAIS, DE ACORDO COM A RELAÇÃO 3:1, DEVE-SE FORNECER [ ] NO COCHO, COMO UM LANCHE*
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Potencial;
- Tecnologia é uma das mais complexas;
- Manejo adequado a partir de conhecimento técnica + experiência do produtor;
- Não há espaço para amadorismo;
- Deve haver comprometimento do produtor e do ténico + acompanhamento constante.
*O IMPORTANTE É O MANEJO*

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