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Odontologia Veterinária Anatomia e fisiologia da Cavidade Oral Os dentes são implantamos na maxila e mandíbula, e sua função é preensão, corte e trituração dos alimentos. Pode ser utilizado para autodefesa ou ataque. Classificação dos dentes: Quanto ao número de dentições ao longo da vida: Difiodontes – aquele animal que tem os dentes decíduo, e depois o permanente Polifiodontes – ao longo da vida tem varias dentições. Quanto ao crescimento após a erupção: Braquiodontes – quando o dente dele aconteceu a erupção e para de crescer Hipsodonte – quando o dente não para de crescer, por exemplo nos equinos e ruminantes e suínos. Quanto a forma do dente: Homodontes – aquela espécie que tem os dentes do mesmo formato. Ex: Golfinhos Heterodontes – tem formato e tamanhos de dentes diferentes. Terminologia Apical – em direção ao apice radicular Coronal – em direção a zona mastigatoria do dente Fase incisal – dentes incisivos e caninos Fase oclusal – pre-molares e molares Ju Facial ou vestibular – voltada para o vestíbulo bucal. Face labial – incisivos e caninos Lingual – voltada para a língua Dentes superiores – face palatina ou palatal Mesial – face voltada para alinha media do animal, face anterior ou rostral. (a mais próxima do incisivo central). Distal – face posterior ou caudal, mais distante do incisivo central. Erupção Fêmeas a erupção ocorre mais cedo que nos machos Raças grandes acontece mais cedo Crescimento constante = erupção Anatomia do Cão Decíduos 2x ( I 3/3, C 1/1, PM 3/3) = 28 Permanentes 2x ( I3/3, C 1/1, PM 4/4, M 2/3) = 42 Anatomia do Gato Decíduos 2x ( I 3/3, C 1/1, PM 2/3) = 26 Permanentes 2x ( I 3/3, C 1/1, PM 3/2, M 1/1) = 30 A diferença entre cão e gato, o gato não tem o pré molar 1 superior (mandíbula), pré molar 1 e 2 inferior (maxila). Anatomia do dente Esmalte – é o tecido mais duro e mineralizado de todo organismo. Cobre a coroa, termina no colo do dente (junção cemento) 0,2 mm gato e 0,5 mm cão Dentina – tecido duro (70% hidroxiapatita + 30% tecido orgânico) Cobertura: porção coronária (esmalte), porção radicular (cemento) Dentina primária – antes da erupção Secundária – após Terciária ou reparadora – evita a comunicação da polpa com o exterior. É sensível a vários estímulos, pois os túbulos dentários da superfície externa até a polpa, quando está exposta o animal sente dor. Teoria da inervação – as pesquisas falam que existe inervação na polpa, que chega ate a região externa, porem elas acabam antes Teoria hidrodinamica - o que leva a sensibilidade entra na parte externa dos canaliculos, e entra em contato com a inervação e acontece a sensibilidade. Cemento – tecido duro que recobre a superfície radicular. Função – ancoragem do dente ao osso alveolar, é mais espesso ao redor do ápice, e mais fino na junção cemento-esmalte. Menos tecido inorgânico: mais macio que o osso, dentina e esmalte. Faz reabsorção e deposição continuas. Polpa dentária – composta por células, vasos, substancia intercelular e nervos. Sua função é formadora, nutritiva, sensorial e defesa. Afeccções – endodontia. Câmara pulpar: porção coronal Canal radicular: porção radicular. Conexão ao tecido periodontal pelo ápice dental Fechamento do ápice dental: formação do delta apical (nervos veias e artérias, 11-12 meses no cão). Periodonto - é o conjunto de estruturas que compõem a articulação alvéolo-dentária. É o tecido de adesão do dente. Formado por: Gengiva, ligamento periodontal, osso alveolar e cemento. Gengiva – mucosa que cobre processo alveolar e circunda porção cervical dos dentes. Gengiva aderida: firme, resistente e inserida no periosteo do osso alveolar. Gengiva livre: envolve a coroa detária ao nível do osso alveolar, situada coronalmente em direção ao epitélio juncional. Linha muco-gengival: é a junção entre a gengiva e epitélio alveolar. Ligamento periodontal – são fibrilas colágenas que formam feixes, composta também por vasos, nervos e células. Sua função é sustentação, absorção e distribuição de forças da mastigação. Proteção por limitar os movimentos mastigatórios, síntese e reabsorção desenvolvidas por células (cemento, osteoclastos e osteoblastos). Osso alveolar - surgimento na erupção, e desaparece na perda do dente. Lâmina cribriforme: é o que contorna os alvéolos. Vasos e nervos atravessam essa lâmina, passam pelo osso e chegam ao ligamento periodontal. Dentes incisivos São uniradiculados, com raízes finas e compridas. O tamanho diminui da lateral para medial, os superiores são maiores que os inferiores. Dentes caninos São os dentes mais longos, raiz única (2x o tamanho da coroa). São fortemente inseridos na mandíbula e maxila. Pré molares Possuem uma, duas e até três raízes Coroa de forma cônica com uma elevação principal no centro. Cúspide: duas elevações menores Face vestibular – mais convexa que a lingual. Molares Forma de mesa Número de raízes dentárias Cão Gato Oclusão Termo que descreve como os dentes se relacionam (ocluem) entre si. Má oclusão: anormalidade do posicionamento dos dentes, resultam a má oclusão esquelética ou dentaria. (Comum em cães) Fator hereditário – comprimento da maxila, mandíbula. Tamanho do dente, posicionamento do germe dentário. Se há uma falha harmônica é uma má oclusão. Cão Mesaticefálico Mandibula mais curta e estreita que a maxila, crânio de relações medianas. Beagle, poodle, labrador etc. - Os dentes incisisvos tem mordida de tesoura, interdigitação dos dentes caninos. Existe alguns pontos de contato entre pré-molares e molares. A face mesiovestibular do primeiro molar inferior oclui na face palatina do quarto pré-molar superior. Gato Mesaticefálico Oclusão de incisivos e caninos análogas a do cão. Oclusão dos pré-molares e molares difere do cão Não possui dentes com superfícies oclusais (para mastigação). O pré-molar mais cranial é o segundo pré-molar (não possuem o primeiro pré-molar superior e o primeiro e segundo pré-molares inferiores) Cão e gato braquicefálico Maxila mais curta que o normal. Crânio curto e largo. Espaço interdental menor = rotação e apinhamento Cão e gato dolicocefálico Maxila mais longa do que o normal, crânio comprido e afilado Tipo de mordida Instrumentos Odontológicos Espaço físico Espaço, iluminação e ventilação adequadas Número de tomadas, voltagem correta, tubulação de oxigênio, ar comprimido, cilindros e compressores fora do ambiente cirúrgico. Ambiente cirúrgico Sala de preparo Sala de antissepsia Sala de esterilização Sala de operação Normas da vigilância sanitária Equipamentos odontológicos Ter conhecimento das funções para não adquirir um material desnecessário, saber os riscos de acidentes. Mesa vazada e com sistema de drenagem e coleta. Ar comprimido: mais utilizado Agua: diminui o aquecimento dos tecidos, limpeza e irrigação. Elétrico Conhecido como motor de chicote ou motor protético Polimentos e odontossecções Serviços de menor especialização em odontologia veterinária (baratos) Caneta de alta rotação Acoplam brocas de vários tipos e funções - reparo de restaurações - abertura de cavidade dos dentes - desgastes e odontossecções - irrigação/ temperatura Caneta de baixa rotação Formada por duas partes: Peça reta – uso extraoral com discos, brocas, fetros e outros instrumentos rotatórios. Contra ângulo – acoplam-se em instrumentos intraorais Brocas Abertura e preparo de todos os tipos de cavidade Brocas carbide – carbonato de tungstênio Diamantadas – corte mais rápido. Broca esférica – abertura de cavidades ou formações de retenções Haste longa pode ser utilizada em endodontia para ajudar na regularização da câmara pulpar. Broca cônica – odontosseçãoem medicina veterinária. Confeccção de bisel Broca cônica invertida – para abrir e delinear preparos e confeccionar retenções mecânicas. Uteis na confecções de cavidades para reparos e restaurações extensas. Broca chama – preparo conservadores de dentes pequenos Broca rodas – criação de sulco de retenção, abertura da superfície oclusal e reduão grosseira das bordas iniciais Broca cilíndrica - odontossecão Manutenção Seringa tríplice Ejeta ar, agua ou aerossol (dois botões de comando simultaneamente) Limpeza do campo operatório Secagem de peças dentais e tecidos moles. Ultrassom odontológico Limpeza Caneta/ ponta vibra em torno de 20-40 Khz Irrigação/ aerossol/ EPIs Fotopolimerizador Composto por lâmpadas, filtro optico e condutor de luz Gera e transmite alta intensidade de luz azul Polimeriza materiais sensíveis a luz visível Jato de Bicarbonato Remoção e controle de biofilme não mineralizado suragengival nos procedimentos de profilaxia. Instrumentos e material de avaliação oral Abre bocas Lupa com fonte de luz (telescópio de iluminação e magnificação) Espelho odontológico Explorador periodontal Sonda periodontal Material e instrumentos para tratamento e prevenção - Ultrassom: Deve ser manuseada de forma correta (como se estivesse segurando uma caneta) - Caneta de baixa rotação com ponta de polimento - Elevador periosteal - Cureta de cárie - Pinça para extração - Elevador de raiz Radiologia odontológica Diagnostico: abaixo da gengiva Grau da doença: conduta Documentação Acompanhar o tratamento Pode ser aparelho portátil ou fixo Radiografia extraoral Indicado para mandíbula e maxila (traumas, neoplasias e cistos), lesões extensas, impossibilidade da abertura da boca e ausência do filme intraoral. Posicionamento: lateral, obliquo, dorso ventral. Radiografia Intraoral Indicado para doenças periodontal, endodontia, lesões periapicais e fraturas dentárias. Fraturas de mandibula e maxila, lesão de reabsorção odontoclastica de felinos e neoplasias Técnica do paralelismo Para ver os pré-molares e molares Técnica da Bissetriz Maxila: todos os dentes Mandíbula: incisivos e caninos, PM1, PM2 e PM3 Exame clinico e cirúrgico da Cavidade Oral Deve sempre examinar a boca, o exame consiste em anamnese geral e especifica, exame extra oral, intra oral e anamnese específica. Anamnese geral: Idade, raça, vacinação, uso de medicamentos, vermifugação... Anamnese específica é mais direcionada, a mais importante, pois auxilia no diagnostico, planejar o tratamento, analisar a progressão do tratamento. - Histórico de tratamentos dentários - Hábitos alimentares (tipo, frequência, deglutição, faz movimentos bruscos com a cabeça/língua.) - se teve mudança na dieta - Cuidados dentários (escovação, ossos, biscoitos, brinquedos) - Vícios em morder objetos - início e evolução do problema - halitose - sialorreia - sangramento - anorexia - secreções nasais Exame extra oral: exploração da cabeça e pescoço, lábios e comissuras labiais. Visão das faces bucais dos dentes. - Buscas por assimetria da cabeça, lábios, fistula e abcessos periapical, linfonodos regionais e glândulas salivares, alterações oculares (corrimento, fistulas), alterações nasais (presença de fendas, corrimento). * Necessita de boa iluminação e ambiente equipado. Exame intra oral s/ anestesia: é uma prévia do especifico definitivo, e depende da colaboração do paciente e habilidade de conter o animal do tutor. - São utilizados explorador/ sonda, para avaliar o grau da doença periodontal, presença de hiperplasia sublingual. O que analisar? Gengiva Dente (número, forma, posição, fratura, coloração) Mucosa alveolar Língua Palato duro e mole Oclusão Exame intraoral definitivo: se faz com a anestesia imediatamente antes do procedimento, faz o diagnóstico e tratamento (cirúrgico) - Inspeção cuidadosa da cavidade oral: mucosa, dentes e língua. Em decúbito dorsal: consegue ver todos os dentes superiores Em decúbito esternal: consegue ver todos os dentes inferiores. ** Rever as alterações extraoral e intraoral inicial. O que analisar? - Articulações temporo mandibular (luxações, fraturas, movimento de abertura e lateridade) - Língua – face dorsal e inferior e margens laterais - Lesões, corpos estranho - Lábios Como analisar? Sondagem – ver o sulco gengival A profundidade do sulco gengival, bolsa periodontal (migração sem retração) Maior que 3mm perda da inserção epitélio + destruição óssea + bolsa periodontal CUIDADO!!! Pseudobolsa – quando tem hiperplasia gengival, o epitélio não se soltou foi a gengiva que cresceu Odontograma Placa bacteriana Grau I – filme delgado de placa na margem gengival visível quando avaliado com explorador Grau II –quantidade moderada de placa, mas o espaço interdental sem placa. Visível a olho nú. Grau III – acúmulo intenso de placa inclusive no espaço. Cálculo Grau I – cálculo invade levemente margem gengival livre Grau II – quantidade moderada de cálculo sub e supragengival ou apenas subgengival. Grau III – intensa quantidade de cálculo sub e supragengival. Gengivite Grau I – discreta inflamação, mudança de coloração e alteração da superfície gengival leves, sem sangramento na exploração. Grau II – inflamação moderada, eritema, edema, sangramento na exploração ao aplicar pressão. Grau III – inflamação, edema e eritema graves, tendência a hemorragia espontânea, ulceração pode estar presente. Mobilidade Grau I – leve mobilidade horizontal (0,2 – 1,0mm): representa o primeiro sinal detectável de movimento maior do que o normal Grau II – horizontal moderada (>1mm) Grau III - horizonta e vertical marcante (>1mm) Exposição de furca Grau I – perda horizontal na entrada da furca é menor do que um terço da largura do dente Grau II – perda é maior do que um terço da largura do dente, mas não atravessa o outro lado. Mudanças radiográficas podem ser detectadas. Grau III – destruição completa dos tecidos que sustentam a furca (passagem da sonda). Doença Periodontal (DP) É a condição inflamatória dos tecidos que envolvem e dão suporte ao dente, acomete 85% dos cães adultos. Fatores predisponentes - Apinhamento excessivo - proteção salivar - retenção de dentes decíduos - anomalias dentais: supranumerários, hipoplasia do esmalte - alimentação caseira: abrasão - estado fisiológico - debilidade - tensão: psicológica, ambiental - afecções sistêmicas: hepatite, uremia, distúrbios endócrinos Etipatogenia Um fluido biológico da cavidade oral tem cerca de 400 especies de bactérias, e em poucos minutos formam uma película dentária (um filme acelular composto por glicoproteínas salivares, polieptídeos e lipídeos), bactérias aderentes colonizam a película, outras bactérias e sais minerais, células descamadas e leucócitos também podem colonizar. Placa bacteriana, biofilme ou induto mole: formada 24-48h após profilaxia. É um material amarelado, pegajoso formado sobre esmalte e toda boca. Bactérias cocos não patogênicas, gram positivos, aeróbicos sem motilidade/ microbiota anaeróbica gram negativa e com motilidade. - A não remoção do biofilme causa restos alimentares, componentes salivares e células descamadas se unem formando a matéria alba. Lesão do periodonto (gengiva, ligamento periodontal, osso alveolar, cemento) Tem o acumulo da placa bacteriana – causa periodontite. Formação do cálculo dentário Calcificação da placa Precipitação de sais de cálcio + outros minerais da saliva Supragengival e subgengival Doença periodontal = calculo + bactérias vivas Carúnculas = orifícios de drenagem dos ductos Estágios da DP Estagio I – Gengivite - Inflamação da margem gengival - Placa - Sangramento a sondagem - Tratamento pode revertera condição - Gengiva pouco vermelha e edemaciada - Sem perda óssea. Estagio II – Periodontite Discreta - Acumulo de placa/ calculo - Inflamação - Sangramento - Irregularidade - 1º sinais de recessão gengival - 1º sinais de bolsa - Gengiva edemaciada (pode não ser visto nada significante na gengiva) - de 0 a 25% de perda óssea (osso não compacto) Estagio III – Periodontite Moderada - Acumulo de placa/ calculo - Inflamação + - Sangramento - Irregularidade - Recessão gengival - Bolsas - Mobilidade dentaria 2,3 - Osso alveolar – 25-50% - Furcas - A gengiva pode aparentar normal, mas no RX aparenta uma perda óssea séria. Estagio IV – Periodontite Grave - Acumulo de placa/ calculo - Inflamação - Irregularidade - Recessão gengival - Bolsas >8mm - Motilidade dentaria 2,3 - Osso alveolar 50% - Furcas - Secreção purulenta Consequências da DP Comunicação oronasal Perda óssea - Doença periodontal - Traumas Sinais clínicos - Doença periodontal estagio 4 - Espirros - Secreção nasal uni ou bilateral serosanguinolenta - afecções pulmonares Fistula infraorbitária (“do carcineiro”) Fisiopatologia 4ª pré molar superior Inflamação periapical Caninos e pré molares - Lesões iatrogênicas – ultrassom - Fraturas dentarias - DP Sinais cínicos - Dor - Alteração na alimentação - Alterações cutâneas infra-orbitaria - Fistula com secreção purulenta - Fratura dentara com exposição de canal da polpa - Alteração na coloração do dente Sinais radiográficos - Diminuição na radiopacidade Fraturas patológicas de mandíbula Fisiopatologia - Perda óssea (DP) Sinais clínicos - Hipo/ anorexia - sialorréia - dor - alterações no posicionamento da mandíbula (Boca caída) Diferencial: Fratura traumática. Afecções Sistêmicas Tratamento ** Lembrar de utilizar antibacteriano pré cirúrgico 3 dias antes Cuidados e Prevenção Educação do proprietário - Escovação - Mastigação - sinais - alimentação - exame periódico - curetagem Gengivite – Estomatite Linfoplamocitária Felina Conhecida também como: estomatite crônica, gengivite crônica, estomatite/faucite felina, gengivite/faringite pasmocitaria e gengivite/estomatite linfocitico-plamocitaria. É uma inflamação crônica grave na mucosa sobre a região dos arcos glossopalatinos (faucos) e/ou outras regiões da cavidade oral como a mucosa da faringe, o palato mole, a gengiva, a laringe e a língua. Essas lesões podem estar em varias localidades Não tem predileção em nenhuma raça, sexo e idade, porém em algumas raças (Siamesa, abssinia, persa, himalaia) acontece com mais gravidades (tendência genética?) A idade que mais se encontra essa doença é entre 3 a 15 anos. Etiologia Ainda é desconhecida, mas supõem-se que é por conta de uma resposta imunológica exagerada a fatores não conhecidos, bactérias ou vírus presentes na cavidade oral. FIV/ FELV: imunossupressão, infecções oportunistas podem aumentar a gravidade da lesão. Predisposição genética, estresse ambiental, dieta, viral (herpes), bacteriano Achados histopatológicos: áreas de ulcerações intercaladas com áreas de hiperplasia epitelial e infiltrado inflamatório predominantemente linfocitico-plasmocitario. Sinais clínicos Halitose Sialorreia com estrias de sangue Disfagia Dor na cavidade oral Anorexa Perda de peso Pelagem sem brilo Pateamento da face Redução de hábitos de toalete (o animal para de se lamber porque dói) Piodermite de prega labial Dificuldade de preensão de alimento Preferência de alimentos mais macios Linfoadenopatia submandibular Lesões eritematosas, proliferativas e ulcerativas localizadas na mucosa da região dos arcos glossopalatinos, lingla, palato, lábios e mucosa bucal. Diagnostico Biopsia e histopatológico das lesões Infiltrado linfocitico-plasmocitico. Neutrofilo e eosinofios podem estar presentes. Qualquer inflamação da cavidade oral de um gato (ma excluir neoplasia). Sianis clínicos + biopsia Tratamento O tratamento não é efetivo, é individual para cada animal Pode ser clinico e/ou cirúrgico Melhora a qualidade de vida e não a remissão completa de todas as lesões. - Fazer o tratamento periodontal e controle da placa bacteriana ** Exodontia completa para melhores resultados - Antibiotico e imunossupressores Lesão de Reabsorção Odontoclástica dos felinos É acometido na junção cemento-esmalte / colo (acontece mais nessa região) tem prevalências alta em doméstico, mas acontece em selvagens. Acometida em gato acima de 2 anos (4-6) Dentes permanentes Mais comum em femeas Dieta com baixo teor de cálcio, comida caseira, animais que prefere engolir ao invés de mastigar. Etiologia É desconhecida Cárie, estresse da mastigação, inflamação, agentes infecciosos, desordens do sistema imune, desordem do sistema regulador de cálcio, superfície acida das rações de gatos, vômitos. Odontoclastos são celulas que destroem as próprias células do dente, e reabsorvem o dente. Essa reabsorção se inicia no cemento e progride para dentina. ** A dentina quando esta exposta sente muita dor. Por conta das terminações nervosas. A placa libera bactérias que causa vascularização inflamação, liberando citocina (lipopolissacarideos) e por causa dessas substancia os osteoclastos migram para o local da inflamação, para que eles comecem a causar reabsorver o dente. A reabsorção se estende para raiz e acaba atingindo o ligamento periodontal, e como ele está comprometido, acontece a substituição por osso ou material semelhante ao cemento daquele tecido que foi comprometido. E quando acontece isso se chama de Anquilose dentoalveolar. Anquilose dentoalveolar – imobilização entre os ligamentos periodontal por tecido ósseo. (No raio-x não consegue ver a raiz do dente.) **Questionamentos** Os vômitos causariam lesão na face lingual ao invés da vestibular como é na maioria. A maioria é negativos para FIV/FELV o que descarta os agente infecciosos A inflamação é ausente no inicio do processo, então a inflamação é uma consequência e não a causa primaria Manifestação Clinica PM, M/ I e C também PM e M mandibular e maxilar - Porção coronal das raízes - Face vestibular Caninos – região apical Lesões podem estar recobertas por: - Gengiva hiperplásica e/ou hiperêmica - Placa - Cálculo Dor, anorexia, sialorreia, disfagia e desidratação Classificações Grau I Grau ll Grau lll Grau IV Grau V Grau l – Cavitações restritas a esmalte ou cemento, não penetrando mais de 0,5 mm na superfície dentaria. Grau II – Lesões com cavitações maiores, que já atingem a dentina, mas que ainda não penetram o sistema endodôntico. Grau III – Lesões com envolvimento endodôntico. Muitos dentes ainda retém a integridade. Grau IV – Lesões com envolvimento endodôntico e perda de grande parte da coroa do dente. Grau V – Remanescentes de tecido dental são visíveis apenas como radiopacidades irregulares. Cobertura gengival ou por tecido de granulação. Amputação da coroa sutura gengival Anquilose dentoalveolar: - Radiogravia - Ausencia de dor - Amputação da coroa e sutura gengival Contraindicação para amputação da coroa e sutura da gengiva Doença periodontal Doença endodontica Estomatite FIV e FELV Cuidados pôs-operatório Antibiotico e analgesico Ração umida por 1 semana Clorexidine BID / 1 sem Maxilectomia e Mandibulectomia Os princípios cirúrgicos são para: Tem que ser uma técnica atraumatica tem que fazer o mínimo de dano naqueles tecidos, para que aconteça menos sangramento, e não causar traumas de articulação. Na sutura não pode ter tensão (usar flaps), para não ter a queda da sutura, fio absorvível sintético - assim não precisa retirara sutura depois, cimentar (para evitar que a movimentação da língua retire a sutura (e uma massa que coloca em cima da sutura). Pré Operatório - vai de acordo com o quadro do paciente Exame físico Profilaxia vários dias antes Alimentação enteral? Anestesia Sonda endotraqueal/ traqueotomia ou faringotomia. Gases/ fluidos Edema e obstrução de glote (1-2 mg/kg dexametasona – pensar no custo beneficio pois esse medicamento diminui o limiar de cicatrização) Antibiótico profilático: indução ** Ás vezes se o paciente não tá conseguindo se alimentar tem que fazer uma alimentação enteral. Nomenclatura Ectomia – extirpação, remoção. Maxilectomia parcial: remoção de parte da maxila, osso incisivo e osso palatino. Pré-maxilectomia: rostrais bilaterias Hemimaxilectomia: rostral, central e caudal (um lado inteiro da maxila). Indicações Maxilectomia Tumores bucais benignos (epulides e aeloblastoma) que envolvem osso e periósteo. Tumores maxilares que não envolvem a cavidade bucal. Reparo de fistulas oronasais ao longo da arcada dental Tratamento de fraturas selecionadas da maxila. Mandibulectomia Indicado para tratamento de neoplasias e fraturas. Queiloplastia/ Comissuroplastia Incisão junção mucocutânea lábios superior e inferior Sutura 3 camadas: mucosa oral, muscular, conjuntivo e pele ** Em mandibulectomias rostrais – faz a eliminação de pele. ** Retira os lábios – para sair menos saliva Pós Operatório Não necessita fazer imobilização Remover gaze e aspirar nasofaringe Remover sonda com cabeça pra baixo e inflada Analgesia bem forte Colar elisabetano Antibiotico terapêutico Não ingestão oral até 8-12 hrs (exceto pediátrico) Agua após 12hrs, fazer a hidratação IV Alimento mole 12 a 24 hrs após a cirurgia, alimentação enteral. Avaliar 3-5 dias, 2 semans e 4 semanas Em caso de neoplasia reavaliar novamente 3-6 meses. ** Na maxilectomia: epistaxe, enfisema, corrimento nasal seroso e dor são esperados. ** Protusão lingual: maioria do pacientes mantém a língua retraída. Neoplasia Oral A característica essencial dos tumores é a falta de coordenação entre o tecido normal e aquele anormal em crescimento, em desequilíbrio com o organismo. O tumor continua a crescer mesmo que o estímulo tenha cessado. Fatores intrínsecos: hereditário, raça, idade Fatores carcinogênicos: dieta, fumo, álcool. O desenvolvimento do câncer depende de ativações aberrantes dos sinais das vias de transdução celular que controlam o crescimento das células e sobrevivência, causando importantes modificações no desenvolvimento embriológico. Predisponente mais para cães e gatos acima de 8 anos. Racas mais acometidas: Cocker, boxer, pointer Origem Orofaringeanas: periodonto, mucosa bucal, língua, mandíbula, maxila, palato e tonsilas. Odontogênicas: epitélio e mesenquima dos dentes. Fatores que dificultam o diagnostico Neoplasia que são extensões de outros locais Cavidade nasal, osso do crânio ou em nervos cranianos Tumores não neoplásicos Granuloma eosinofílico felino, hiperplasia gengival, osteomielite, pólipo nasofaríngeo, cisto queratinzado odontogênico. Sinais Clínicos Halitose Disfagia Anorexia, perda de peso Tosse, dispneia Ptialismo (salivação) com sangue Anamnese Encaminhamento: estágio avançado Espécie: cão> gato Sexo e idade: machos > femeas/ idosos. Raças>: Boxer, Weimaraner, Pastor Alemão, Golden, Cocker. Raças <: Dachhund e beagle. Exames Clinico geral e laboratorial (hemograma, urinálise, bioquímica, eletro, radiografia torácica. Avaliar linfonodos – inspecionar o tamanho Palpação criteriosa e exame detalhado da lesão Tamanho, cor, consistência, localização e extensão. Imagem: radiografia crânio e intraoral Biopsia Tratamento Quimioterapia Radioterapia Hemimaxilectomia e hemimandibulectomia, parcial ou total. Épulides Frequente em cães e raras e gatos Benigno, crescimento a partir do tecido periodontal. Fribromatoso: massa firme, superfície lia, pedunculada, não invasiva, molares pp. Ossificante: épulides de crescimento lento que se calcificam Acantomatoso: massa rósea, áreas de ulceração ou intacta, porção rostral da mandíbula. Muito infasiva: lise óssea. Tratamento Cirurgia: ampla margem, dentes e osso Com ou sem radioterapia para evitar recidiva Quimioterapia ineficaz. Papiloma oral Papilomavírus: filhotes, cães jovens de qualquer raça e sexo. Autolimitantes: 2 meses Lesões Lisas, brandas e pouco elevadas ou aspecto de couve flor Ao redor dos lábios, língua, cavidade bucal, palato, orofaringe e esôfago Gengiva: raramente afetada. Tratamento Casos graves: mastigação Excisão cirúrgica, eletrocauterização Levamilose e tiabendazole: não efetivo Vacina autógena: tumores malignos no local de inoculação. Melanoma Neoplasia maligna de melanocitos ou percussores - É o mais frequente em cães/ machos/ 11 anos Em gatos é bem raro 2% Mucosas pigmentadas: Cocker e pastor alemão Gengiva (M da maxila e C e PM da mandíbula), mucosa labial e palato duro, mucosa bucal. Pigmentados ou não (amelanótico) - Maioria pigmentados (negro) - Vermelho com pouco pigmento/ diferenciação dificultada - Cinza e policromático Ulcerado, hemorrágico invasão do osso subjacente, osteolise com mobilidade e perda dentária. Metástase linfonodos regionais e distantes Tratamento Realizar cirurgia radical, recidivas são comum, sobrevida média 3 meses. Radioterapia, quimioterapia Imunoterapia com células dendríticos: prevenção e aumento de sobrevida. Fraturas de mandíbula e maxila Possíveis causas: trauma, neoplasia, periodontite grave. Diagnostico/ Apresentação clínica Jovens: maior risco de trauma Idosos raças pequenas: comum fratura patológica - não profilaxia, alimentação caseira Trauma: pisada, atropelamento, coice Gatos queda de grandes alturas - Separação da sínfise - Fratura de palato duro Extração dentária em periodontite grave: fratura Diagnostico/ Exame físico Maior estabilidade em fraturas de mandíbula e maxila do que separação de sínfise Dentes fraturados - acima da linha gengival: tratamento endodôntico - abaixo da linha gengival: extração Radiografia: comparar a um crânio normal, avaliar simetria. (anestesia geral). Tratamento Deslocamento mínimo dos fragmentos m Oclusão dentaria adequada Avaliação determinar união precoce Utilizar focinheira por 6 semanas, abrir boca somente para beber agua e ingerir mingau. É difícil manter em animais braquicefalicos. ** Tomar cuidado pois pode pressionar a fratura. Alternativa Alinhamento anatomia de caninos. Dentes limpos, polidos, tratados com ácido e alinhados com composto dentário. Alinhamento anatômico e focinheira: incapacidade de abrir a boca – risco de hipertemia em ambiente morno Vomito: pneumonia por aspiração. Tratamento cirúrgico Mandibula Fio de aço, pino, placas e parafusos. Pode ser utilizado fixadores externos Maxila Muitas não deslocadas: conservador Fio de aço, ino e miniplacas. Pré operatório Redução e estabilização temporária com focinheira Profilaxia antibiótica Vascularização: baixa infecção Culturas bacterianas: transoperatório. Fios de Aço interdentários Ao redor do dente adjacente à linhas de fratura, ao redor do coo dos dentes. ** Curvar as extremidade dos fios para o interior da mucosa ou aplicar resina. Fios de aço interfragmentares Fraturas não reconstrutiveis relativamente simples Fio de maior calibre que consiga manipular Orifícios criados com pino Perpendiculares á linha de fratura Orifícios inclinados em direção á fratura Fios colocados próximos á margem oral: neutraliza forças. Cuidado com as raízes dos dentes. Fixador esquelético externo Mínimo 2 em cada lado da linha de fratura Ponta rosqueada Pós operatório Radiografia: posição implante Exame físico: oclusão dentária precede reduçãode fragmentos precisa. Focinheira: sustentar a fixação. - Irritação da pele ventral: limpeza Avaliar fixadores esqueléticos: proximidade da pele. Alimentos moles até a cicatrização da fratura Evitar brinquedos Limpeza diária: focinheira e fixadores Avaliação e remoção da sutura: 2 semanas Radiografia - Após 6 semanas - Repetir a cada 6 semanas até cicatrizar Reaplicar compostos dentários caso caiam Remover após cicatrização Compostos dentários Fios de aço interdentários Fixadores externos Placas Fio interfragmentares: remover em complicações Anatomia dentária equina Características Heterodontes Hipsodontes (longas coroas nos I, PM e M: coroa de reserva) Anisognatismo (mandíbula mais estreita do que maxila) S Dente de lobo 1 PM – entre o 5º e 12º mês de vida Problemas na adaptação à embocadura Interfere na doma Fazer a extração intra-oral Anormalidades no desgaste má oclusões Hereditário Desenvolvimento - Erupção assimétrica - Assimetria no desgaste Alimentação fibrosa causa desgaste, animais em confinamento come grão e forragens o que não causa desgaste Forças em pontos de contato prematuros: desgaste irregular. As consequências dessas anormalidades no desgaste são: Sobrecarga no periodonto – dor e desconforto - Reações a embocadura - Doença periodontal - Fraturas dentarias - Lesões periapicais com formação de abcessos Predisposições - Processo degenerativo da articulação temporo-mandibular - Ulceras orais - Problemas nutricionais - Desenvolvimento de cólicas
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