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RESPIRAÇÃO DAS AVES 
 
I - CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 
 
A- Pulmões 
 São rígidos e de volume fixo, localizados dorsalmente na região torácica. 
 Apresentam, cada um, três subdivisões brônquicas. 
 
B - Brônquios 
 Brônquio primário intrapulmonar (n = 1) 
 Brônquios secundários medio-ventrais ( n = 4) 
 medio-dorsais (n = 8-12) 
 latero-ventral (vários) 
 Brônquios terciários ou parabronquios 
 
Os brônquios terciários são também chamados de Brônquios terciários neopulmonares e 
paleopulmonares. É a sede das trocas gasosas nas aves. 
 
Neopulmonares => cursam dos brônquios secundários medio-dorsais, Latero-ventrais e Intrapulmonar 
convergindo para os sacos aéreos caudais. Estes inexistem em pingüins e emas. 
 
Paleopulmonares => cursam entre os brônquios Secundários Médio-dorsal e Médio-ventral e convergem 
para os sacos aéreos 
 
C- Sacos aéreos 
 São grandes, complacentes e de paredes finas e originam-se de alguns brônquios secundários. 
Os sacos aéreos são divididos em dois grupos : Caudal e Cranial 
 
GRUPO CRANIAL - Sacos aéreos Cervicais 
 Clavicular 
 Torácicos craniais 
O grupo cranial conecta-se aos brônquios secundários médio-ventrais 
 
GRUPO CAUDAL - Sacos aéreos torácicos caudais 
 Sacos aéreos abdominais 
 
=>O grupo Caudal conecta-se ao Brônquio primário intrapulmonar, aos brônquios secundários látero-
ventrais e médio dorsais. 
 
=>Todos os sacos aéreos são pares com exceção do saco aéreo clavicular e somam-se NOVE no total em 
galinhas, pombos, patos e perus. 
 
=>O volume de gás no saco aéreo é 10 vezes maior que nos pulmões 
 
=>No galo adulto o volume respiratório é de cerca de 500 ml. 
 
D – Capilares aéreos 
 Não existem alvéolos como observado nos mamíferos, mas tubos contendo ar que são 
chamados de capilares aéreos. 
 
C - Divertículos 
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 Surgem dos sacos aéreos (muitos deles) e penetram em alguns ossos. 
A maior parte dos ossos das aves são do tipo pneumáticos. 
O úmero apresenta o mais importante dos divertículos chamado de Supra-umeral. Além 
destes também estão presentes os divertículos: supramedular, axilar, subcordal, umeral, 
gástrico, acetabular e ileolombar. 
 
“É possível que esta extensão dos sacos aéreos dentro dos ossos não desempenhe qualquer função 
respiratória” 
 
Hoffman & Volker (1969) => a diferença marcante entre a respiração de mamíferos e aves é a 
inexistência de um diafragma contrátil entre as duas cavidades (torácica e abdominal), assim o transporte 
do ar realiza-se essencialmente nas aves domésticas pelos movimentos do esterno 
 
II - MECÂNICA DA RESPIRAÇÃO 
 
 
As aves não possuem diafragma e as 
modificações corporais são causadas por 
músculos inspiratórios e expiratórios que 
promovem a contração e movimentação 
do esterno no sentido ventro cranial e 
lateral nas costelas ( Movimento de 
dobradiça do esterno) 
 
Na inspiração: 
 Há aumento do volume corporal, tanto 
torácico quanto abdominal o que diminui 
a pressão nos sacos aéreos em relação à 
da atmosfera e o gás desloca-se através 
dos pulmões para dentro dos sacos 
aéreos. 
 
Na expiração 
 Há diminuição do volume corporal e 
aumento da pressão nos sacos e o gás é 
forçado a sair dos sacos passando 
novamente pelos pulmões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A - Trajeto do ar 
 
 Na Inspiração 
O ar canalizado pelo brônquio primário intra- 
pulmonar e pelos brônquios secundários látero- 
ventrais e médio dorsais atinge os sacos aéreos 
caudais através dos brônquios terciários neo- 
pulmonares. 
O ar que se encontra nos brônquios médio- 
dorsais atingem os paleopulmulmonares e final 
mente os médio-ventrais e sacos aéreos craniais. 
 
 
 56
Na expiração 
O ar retornar pelas mesmas vias aéreas e atingem a traquéia, mantendo a mesma direção 
 do fluxo de ar nos brônquios secundários paleopulmonares. 
 
obs* O movimento unidirecional do gás através dos parabrônquios paleopulmonares reduz os desvios do ar 
e aumenta a eficiência da ventilação 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA DAS AVES (Hoffman & Volker (1969) 
GALINHA => 20-40 (30) 
PATO => 60-70 (65) 
GANSO => 12-22 (17) 
 PAVÃO => 12-14 (13) 
POMBO => 24-32 (28) 
 
B – Trocas gasosas 
 As trocas ocorrem nos parabrônquios. O gás desloca-se no lume do parabrônquio por 
convecção através dos capilares aéreos, átrios e infundíbulo. 
O sangue flui nos capilares sangüíneos em direção ao lume dos parabronquios e as trocas 
ocorrem. O sangue oxigenado é coletado pelas vênulas pulmonares. 
 
III - CONSIDERAÇÕES PRÁTICAS 
1 - Cuidado na contenção da ave para não impedir o movimento de dobradiça do esterno 
pois isto impossibilita a ventilação adequada do pulmão 
2 - A regulação da PCO2 e [ HCO3-] arterial parecem ter relação direta com o grau de 
calcificação da casca do ovo. 
3 – Na castração de frangos pode ocorrer o rompimento dos sacos aéreos e redução a 
capacidade de ventilar os pulmões 
4 - Aves são muito sensíveis a maioria dos anestésicos e podem induzir a parada 
respiratória. Nesta situação pode ser feita a ventilação artificial dos pulmões por delicado 
bombeamento sobre os esterno, comprimindo e expandindo a cavidade toraco-abdominal 
até que a ação do anestésico diminua e a respiração espontânea recomece. 
 
BIBLIOGRAFIA 
FEDDE, M.R. Respiração nas Aves. In Swenson M.J. & Reece W.O.- Dukes- Fisiologia dos 
Animais Domésticos. Parte II- Respiração e exercício. Cap. 14, - 1la ed. Editora 
Guanabara Koogan S.A., Rio de Janeiro-RJ, p. 269-276,1996. 
HOFFMANN & VOLKER Anatomía e fisiología de las aves domésticas, Editorial Acribia, 
Zaragoza, Espana, 1969. 190p. 
MORAES, I. A. – Respiração das aves. Apostila do curso de Fisiologia Veterinária do 
Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal Fluminense 
Niterói-RJ. 2001. 6p. 
 
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	RESPIRAÇÃO DAS AVES

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