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24/10/2018 1 DIETA DO LACTENTE 1 Disciplina Nutrição Materno Infantil Professora Clarisse Vasconcelos de Azevedo INTRODUÇÃO 2 0 a 11meses e 29 dias O primeiro ano de vida é um período marcado por um crescimento e desenvolvimento acelerados; REQUER Necessidades nutricionais elevadas Garantir a multiplicação e diferenciação celular CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 3 O primeiro ano de vida: A altura aumenta 50% O peso triplica Aumento 8 a 9% de massa gorda A massa magra duplica Crescimento longitudinal mais lento do que ganho de peso CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 4 Peso ao nascer indicador sensível do estado nutricional Normal: 3001- 4000 g Insuficiente: 2501 – 3000 g Baixo peso: ≤ 2500 g (NCHS) CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 5 Peso ao nascer: Após nascimento há perda de 5 a 10% do peso ao nascer Nos RN de baixo peso e de IG normal, a perda de peso tende a ser menor ou até mesmo quase nula ultrapassa 10%, é considerada excessiva, e suas causas devem ser investigadas. Perda de liquido extracelular – pele e aumento catabolismo dos tecidos pela mudança do ambiente intrauterino ao pós- natal; Eliminação mecônio. Recuperado com cerca de 8 a 10 dias CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 6 Período Ganho de peso diário (g) Ganho de peso mensal (g) 3 meses 30 1000 6 meses 25 700 9 meses 15 500 12 meses 10 400 Quadro. Incremento ponderal pós-natal Fonte: EUCLYDES, M.P. Nutrição do lactente- bases fisiológicas para uma alimentação adequada, 2000 24/10/2018 2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 7 Crescimento neural - o perímetro cefálico aumenta 50% nos primeiros 6 meses e 75% até os 2 anos. A continuação do desenvolvimento nervoso após o nascimento abrange principalmente a formação de sinapses. Aquisições de habilidades. DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 8 Recém- nascido NÃO possui maturidade dos sistemas: Excretor Digestivo Neuromuscu lar Alimentos oferecidos não devem exceder a capacidade funcional destes sistemas Primeiros 4 meses – relativa imaturidade fisiológica DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 9 0 – 4 meses DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 10 4 – 6 meses DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 11 6 – 12 meses DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 12 Sistema digestivo: Nas últimas semanas da gravidez o feto deglute líquido amniótico sem valor nutricional, mas importante para o desenvolvimento anatômico e funcional do sistema gastrointestinal 24/10/2018 3 DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 13 Limitada síntese de algumas enzimas Sistema digestivo: CARBOIDRATOS ↓ atividade de amilase salivar e pancreática: Salivar: produzida em pequena quantidade mas sem atividade. Pancreática: não é secretada nos 3 primeiros meses de vida e até os 6 meses seus níveis são muito baixos ou ausentes. Digestão de amido antes dos 3 meses se deve pela ação da glicoamilase secretada pela mucosa intestinal. DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 14 A inclusão de amido na dieta pode provocar diarreia, cólica, mal nutrição e compromete a mucosa intestinal; Suporta 10 a 25g/dia Sistema digestivo: CARBOIDRATOS DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 15 pepsina e ácido clorídrico Há aumento gradual nos primeiros 4 meses A partir do 6º mês próximo de um adulto Atividade proteolítica que ocorre no intestino delgado satisfatória Sistema digestivo: PROTEÍNAS ↓ Produção gástrica de HCL - ↓ a atividade da pepsina: A digestão proteica gástrica é relativamente menor que a pancreática , conseguindo fazer a digestão proteica do leite materno; DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 16 ↓ produção de lipase pancreática e sais biliares Desta forma, a digestão gástrica das gorduras exerce um importante papel, no sentido de compensar esta deficiência transitória Digestão de lipídios é dependente da: lipase lingual. lipases específicas do leite humano quando as crianças são amamentadas absorção de 71 a 95% dos lipídios do leite humano. Uso do leite de vaca apresenta menor eficiência na absorção de lipídios. Sistema digestivo: LIPÍDIOS DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 17 CURIOSIDADE! O esvaziamento gástrico varia entre 1 a 3 horas e depende de fatores como composição, concentração e o volume da refeição. DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 18 Capacidade funcional limitada nos primeiros meses. Tolerância limitada à elevadas quantidades de eletrólitos, ácidos e proteína. Capaz de excretar cargas de solutos do leite materno. Ingestão excessiva de solutos sistema renal pode falhar. EVITAR: leite rico em proteínas, cálcio, sódio, fósforo e potássio Sistema Renal: 24/10/2018 4 DESENVOLVIMENTO FISIOLÓGICO 19 Carga de solutos é diferente entre os leites. Alimentação com leite de vaca requer diluição adequada para a idade. 4º mês – maior capacidade funcional dos rins. Sistema renal ainda é relativamente imaturo e vulnerável a uma alteração drástica na alimentação. Sistema Renal: PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 20 A Organização Mundial da Saúde recomenda: Que o lactente receba exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de idade. A amamentação exclusiva por 6 meses tem muitos benefícios para o bebê e para a mãe. O principal deles é a proteção contra infecções gastrointestinais. Depois dos seis meses a criança deve começar a receber alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada, juntamente com a amamentação, até os dois anos de idade - ou mais. PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 21 Importância na formação de hábitos alimentares da criança: Primeiros seis meses Depois dos seis meses PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 22 A) Primeiros seis meses O início precoce da amamentação, na primeira hora após o nascimento, protege o recém-nascido de adquirir infecções e reduz a mortalidade neonatal. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs342/en/index.html PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 23 Antecipa a primeira imunização; A sucção libera hormônios que contrai o útero e evita hemorragia; Reforça o vinculo afetivo entre mãe e filho; PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 24 A) Primeiros seis meses Fase láctea exclusiva. Aleitamento materno exclusivo: alimentação exclusiva com o leite materno (primeiros 6 meses de vida). Pode também ocorrer: Aleitamento materno predominante: além do leite materno, há recebimento de outros líquidos como água, chás e sucos. Aleitamento materno misto: além do leite materno, receber fórmulas infantis Aleitamento materno parcial: além do leite materno, há recebimento de alimentos sólidos ou líquidos. (introdução da alimentação complementar) 24/10/2018 5 PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 25 B) Depois dos seis meses Aos 6 meses a necessidade de energia e nutrientes começa a ultrapassar o que é fornecido pelo LM. -Desenvolvimento para receber outros alimentos. -Fase introdução de alimentação complementar Ocorrerá: Aleitamento materno + introdução de alimentação complementar Fórmula infantil + introdução de alimentação complementar PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 26 B) Depois dos seis meses Fase de introdução de alimentação complementar Introdução precoce de alimentação complementar Introdução tardia de alimentação complementar •Deficiência de nutrientes •Aumento na sobrecarga renal •Alergias alimentares •Infecções intestinais e respiratórias •Deficiência de nutrientes •Retardo de crescimento •Deficiência imunológica PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 27 Pode também ocorrer situações: Primeiros seis meses Fórmula infantil 1º semestre Depois dos seis meses Fórmula infantil 2º semestre (+ alimentos complementares PRÁTICAS ALIMENTARES DO LACTENTE 28 Crianças Não Amamentadas: OMS (2010) recomendou o início da alimentação complementar aos 4 meses para crianças não amamentadas exclusivamente. Ressalta que deve ser prescrita excepcionalmente, após análise individual e após terem sido esgotadas todas as possibilidades de relactação. FÓRMULAS INFANTIS 29 Crianças Não Amamentadas FÓRMULAS INFANTIS 30 Situações em que o aleitamento materno oferece risco ao lactente: Infecções maternas por agentes de alta patogenicidade Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação Podem ser: fórmulas industrializadas fórmulas caseiras 24/10/2018 6 FÓRMULAS INFANTIS 31 Fórmulas industrializadas: 1º e 2º semestre (classificadas como: “de partida” e “de seguimento”) Regulamentada pelo Codex Alimentarius (FAO/OMS) (alteração de ptns, desmineralização parcial, acréscimo de ferro, ác graxos poliinsaturados e vitaminas). Fórmulas caseiras: Diluição de acordo com a idade a fim de tentar melhorar a composição e digestibilidade do leite de vaca. Por que não dar LEITE DE VACA? 32 LEITE DE VACA 33 Consequências da utilização: Desnutrição e infecção Perda sanguínea de ferro pelas fezes Menor digestibilidade Não sendo indicada seu uso integral para lactentes até os 4 m. Sobrecarga renal USO DE LEITE DE VACA 34 É contra-indicado: Leite integral antes dos 6 meses pelo menos (ideal é evitá-lo por todo 1º ano). Leite desnatado no 1º ano. Leite com chocolate antes dos 9 meses. COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL LEITE DE VACA 35 LEITE DE VACA 36 O Objetivo da diluição do leite de vaca é reduzir o teor de proteína e eletrólitos, a fim de reduzir a carga renal de solutos e modificar estrutura do coagulo de caseína para melhorar sua digestão. 24/10/2018 7 LEITE DE VACA 37 Crianças Não Amamentadas LEITE DE VACA 38 Deficiência de ferro e perda de sangue pelas fezes – crianças alimentadas com leite de vaca fluido/pó apresentam microemorragia intestinal que contribui para a perda de ferro Risco aumentado de alergia – maior probabilidade de passagem de proteínas intacta do lúmen intestinal para a circulação. Os alérgenos mais potenciais são a β-lactoalbumina, caseína, α- lactoalbumina e albumina sérica bovinas LEITE DE VACA 39 Carga elevada de solutos Hipocalcemia neonatal – embora o leite de vaca seja rico em cálcio, sua absorção é prejudicada pelo excesso de fósforo, baixo teor de lactose Deficiência de ácido linoléico – com a diluição do leite, a quantidade deste nutriente, que já era limitada, diminui ainda mais. A diluição diminui a quantidade de energia e ácido linoléico, sendo necessário o acréscimo de 3% de óleo FÓRMULAS E LEITE DE VACA 40 Custo; Diluição; Preparo; Condições ambientais para conservação; Mesmo quanto a composição tenta se assemelhar o leite de materna, o uso de fórmulas não é o ideal. USO DE FÓRMULAS INFANTIS 41 Fórmulas industrializadas Calcular o volume necessário do leite a ser oferecido para suprir as necessidades do lactente; Seguir as instruções do fabricante contidas no rótulo; 1 medida-padrão para cada 30 mL de água. 100 mL de leite pronto possui 90 mL de água. USO DE FÓRMULAS INFANTIS 42 Fórmulas industrializadas Exemplo: criança alimentando-se de 150 mL de Nestogeno 2 1 medida-padrão de Nestogeno 2 = 4,7g A) Quantidade de água: 100 mL de leite pronto = 90 mL de água 150 mL de leite pronto = X X=135 mL de água B) Quantidade de fórmula: 30 mL de água = 1 medida-padrão (4,7g) 135mL de água = X X= 4,5 medidas-padrão (21,15 g) 24/10/2018 8 USO DE FÓRMULAS INFANTIS 43 Fórmulas industrializadas USO DE FÓRMULAS INFANTIS 44 Fórmulas industrializadas RECOMENDAÇOES DE PREPARO PARA FORMULAS INFANTIS USO DE FÓRMULAS INFANTIS 45 Fórmulas industrializadas RECOMENDAÇOES DE SEGURANÇA Recomendação da OMS: Diluir as formula com água a temperatura maior ou igual a 70 °C. USO DE FÓRMULAS INFANTIS 46 Fórmulas industrializadas RECOMENDAÇOES DE SEGURANÇA - Tipo de água para preparo de fórmulas infantis. Guidelines WHO 2007 - PIF – “água filtrada fervida”. • A.S.P.E.N. Enteral Nutrition Practice Recommendations/2009 - “água potável esterilizada”. USO DE CEREAIS (FARINHAS) 47 A partir do 4º ou 6º mês Farinhas simples com amido (melhor tolerância: amido de arroz) Ex: Mucilon de arroz, maisena Após 6º mês Farinhas compostas: Cerelac (arroz, milho, trigo), Neston (aveia, trigo), Mucilon de Milho (milho e trigo) Contra- indicados nos primeiros 6 meses Farinha de trigo, aveia, centeio e cevada Diluição do mingau 5-8 % do cereal 3-5% de açúcar 48 24/10/2018 9 ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 49 “Alimentação complementar é definida como a oferta de alimentos à criança que recebe leite materno, processo iniciado quando a amamentação exclusiva não é capaz mais de suprir as necessidades nutricionais da criança.” Accioly, 2009 FASE DE TRANSIÇÃO 50 Delicada para a saúde e nutrição do lactente, pois ocorrerá a substituição inicialmente parcial do leite materno por um alimento que nem sempre tem o mesmo valor nutricional Diminuem também os fatores de proteção, ocorre maior exposição aos contaminantes ambientais INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS: 51 Deve ser lenta e gradual tanto em quantidade quanto em qualidade. Os alimentos devem ser oferecidos em pequenas quantidades, sem forçar a criança a consumir toda a porção. Iniciar com um alimento de cada vez, com intervalo de 3 a 4 dias até a introdução do próximo alimento. Caso haja recusa de algum alimento, esperar em torno de duas semanas até introduzi-lo novamente. 52 INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES 53 Introduzir um alimento novo por vez, a fim de observar a tolerância (introdução lenta e gradual); A quantidades dos alimentos irá variar de acordo com o apetite e a capacidade gástrica da criança; No início a dieta será complementada com o leite materno que aos poucos cederá lugar a maior quantidade de alimentos; Cuidados higiênicos. PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES 54 Os alimentos devem ser de fácil mastigação, deglutição e digestão Inicialmente os alimentos devem ser amassados com o garfo (consistência de papa ou purê), depois levemente amassado e finalmente dado aos pedaços A alimentação não deve ser diluída nem passada no liquidificador ou peneira, pois além de se tornar menos calórica, obrigando o lactente a ingerir grandes quantidades, há a trituração das fibras e o desestímulo à mastigação. 24/10/2018 10 55 Consistência: PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES 56 Usar condimentos suaves. Ex: salsinha, cebola, alho e sal em pequenas quantidades; Se houver recusa do alimento introduzido, não se deve obrigar que a criança o ingira. O alimento deve ser oferecido em outra oportunidade; O horário da refeição deve ser um momento agradável, sem que esteja associado a outra atividade (brincar, ver tv). PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES 57 58 59 60 24/10/2018 11 10 PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL < 2 ANOS 61 62 63 ESCOLHA DE ALIMENTOS Grupo de alimentos Energia PTN, Fe não heme e fibras PTN AVB, Fe e Zn Vitaminas, minerais e fibras Complemento energético Alimentos Tubérculos, raízes e cereais Feijão, lentilha, ervilha, grão de bico Carne, frango, peixe, ovo, vísceras Frutas, legumes e verduras Óleo vegetal e açúcar* Todos os grupos devem ser contemplados PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS COMPLEMENTARES ALIMENTOS CONTRA- INDICADOS 64 Alimentos associados ao risco de engasgo e asfixia. Ex: uva inteira, pipoca, peixe com espinha, batata-frita, fruta com sementes; Mel (contaminação por esporos de Clostridium botulinum); Alimentos industrializados e calorias vazias, incluindo açúcar refinado para prevenir cáries e obesidade; * A restrição de açúcar não é válida para lactentes de famílias desfavorecidas economicamente. 65 Potencialmente alergênicos: leite de vaca fresco, tomate, mariscos, amendoim, farinha de trigo, carne de porco. Podem oferecer risco de contaminação: enlatados, embutidos, mel e mariscos. Podem ser contaminados por agrotóxicos: tomate, morango. Com aditivos. Bebidas de baixo valor nutricional: Refrigerantes, chás e cafés. ALIMENTOS CONTRA- INDICADOS PLANEJAMENTO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 66 Com aleitamento materno + refeição complementar (Ministério da Saúde, 2009) 24/10/2018 12 PLANEJAMENTO DA ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 67 Sem aleitamento materno + refeição complementar Leite ou mingau Leite ou mingau Leite ou mingau OBJETIVOS DA DIETA DO LACTENTE 68 Promover desenvolvimento e crescimento (peso e estatura). Assegurar a imunidade. Proporcionar bem-estar. Estabelecer bons hábitos alimentares. NECESSIDADES DE ENERGIA 69 Avaliação do estado nutricional: peso/estatura, peso/idade e estatura/idade ENERGIA FAO/OMS – tabela de (kcal x peso) IOM, DRI – Equação da EER DISTRIBUIÇÃO DE MACRONUTRIENTES 70 Carboidratos- 50-60% - Glicose é o principal combustível cerebral. Lipídios- 25-35% Proteínas: 10-15% Proteína/kg IDADE PROTEÍNA (g/kg) 0-6 meses 1,52 6-12 meses 1,2 DRI (IOM,2002) OBS: Fibras, colesterol, e ác. graxos – Não determinado. IMPORTANTE: 71 Pequena capacidade gástrica Aumentar densidade calórica. Quantidade de energia fornecida pelos alimentos complementares depende: Idade da criança; Volume e densidade energética do leite materno. Quantidade de energia fornecida pelo leite materno: 6-8 meses: 473 kcal/dia 9-11 meses: 379 kcal/dia 12-23 meses: 346 kcal/dia Estimativa da quantidade de leite materno consumida por idade 72 Faixa etária (dias) Nº de mamadas (média) Quantidades/dia (g) 0-15 12,04 590 15-45 11,89 642 45-47 12,63 745 75-105 12,32 776 105-135 11,98 791 135-165 9,78 675 165-195 7,78 560 195-225 7,28 524 225-255 6,78 488 >255 6,28 452 (OMS, 1985) 24/10/2018 13 Se a criança ainda utiliza o leite materno, calcular: 73 Estimativa da quantidade de leite materno consumido Nº de mamadas --- volume Nº de mamadas real da criança --- X Exemplo: lactente de 7 meses (210 dias) que mama 1 vez/dia 7,28 mamadas --- 524 mL de leite 1 mamada ---- X X= 71,98 mL de leite Considerar o volume encontrado no planejamento. VITAMINAS E MINERAIS 74 Consultar tabela DRI. FERRO Deficiência: reduz capacidade física, atraso de crescimento e desenvolvimento e reduz função imunitária. Leite humano ↓teor e ↑biodisponibilidade (absorção de 50%) Leite de vaca ↑ teor e ↓biodisponibilidade (absorção de 10%) Fórmula infantil - ↑ teor VITAMINAS E MINERAIS 75 FERRO Importante reserva de ferro ao nascimento, esgotamento gradual entre 4 e 6 meses. Absorção de ferro depende: Estado nutricional de ferro Tipo de ferro: heme (absorção:20-30%), não-heme (absorção: 2- 10%) ↑absorção de ferro não-heme: vit C e proteína animal ↓ absorção de ferro não-heme: cálcio, fitatos, taninos (chás, café, refrigerantes) RDA – 0-6 meses: 0,27 mg/ 7-12 meses: 11mg Biodisponibilidade de ferro 76 Dieta com baixa biodisponibilidade Simples, monótona, baseada em raízes, cereais e tubérculos, pouca presença de carnes, peixe e vit C. Dieta com biodisponibilidade intermediária Baseada em raízes, cereais e tubérculos, mas inclui algumas de carnes, peixe e vit C. Dieta com alta biodisponibilidade Diversificada e contém quantidades moderadas de carnes, peixe e vit C. VITAMINAS E MINERAIS 77 CÁLCIO Produtos lácteos – ingestão adequada VITAMINA A Importante papel no crescimento e imunidade. 2/3 de proteína de origem animal. 78 Nessa disciplina, adotaremos as seguintes recomendações para o planejamento dietético do lactente: 24/10/2018 14 DIETA DO LACTENTE 79 • EER - equações DRIs • Recomendações de vitaminas e minerais – tabelas DRIs • Recomendação de proteínas por kg de peso corporal: • Fibras = DRIs/IOM IDADE PROTEÍNA (g/kg) 0-6 meses 1,52 6-12 meses 1,2 80 • Contribuição calórica de macronutrientes: DIETA DO LACTENTE Nutriente Contribuição calórica Carboidratos 50-60% Lipídios 25-35% Proteínas 10-15% Considerar a recomendação proteína/kg de peso corpóreo; Não ultrapassar 200% da recomendação (IOM, 1989). 81 Recomendações de lipídios DIETA DO LACTENTE Nutriente Contribuição calórica Ác. graxos saturados < 10% Ác. graxos polinsaturados 6 – 10% Ác. graxos monoinsaturados diferença Colesterol < 200 mg DADOS DIETA 82 Gerais Antropométricos: Sexo: Masculino Peso atual: 7,2Kg Idade: 7 meses Comprimento: 66cm DADOS DIETA 83 Bernardo nasceu com 38ª semanas de parto cesariano, iniciou o aleitamento materno exclusivo desde o nascimento até quinto mês de vida, quando sua mãe voltou a trabalhar.Hoje com 7 meses, Bernardo pesa 7,2kg e tem 66 cm de comprimento. Iniciou a introdução alimentar com 6 meses, recebe formula infantil no período da manhã quando sua mãe não tem tempo de dar leite materno, e no período final da tarde quando sua mãe retorna do trabalho recebe o leite materno em livre demanda. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 84 GUERRA, A.; RÊGO, C.; SILVA, DIANA; FERREIRA, G. C.; MANSILHA, H.; ANTUNES, H.; FERREIRA, R. Alimentação e nutrição do lactente, Acta pediátrica portuguesa, v. 43, n. 5, p. S17-S40, 2012. MAHAN, L. K. Krause’s: Alimento, Nutrição e Dietoterapia. Roca , 2013. ROSS, A. CATHARINE; CABALLERO, BENJAMIN; SHIKE, MO, ROSS, A. CATHARINE; CABALLERO, BENJAMIN; SHIKE, MO. Nutrição Moderna: Na saúde e na Doença. 10 ed., São Paulo: Manole, 2009. 2256p. VITOLO, M. R. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rubio, 2015. Brasil. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: Guia Alimentar para menores de dois anos, 2010. Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica- Saúde da criança: nutrição infantil, 2009. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola, 2012.
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