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AULA do lactente

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24/10/2018 
1 
DIETA DO LACTENTE 
1 
Disciplina Nutrição Materno Infantil 
Professora Clarisse Vasconcelos de Azevedo 
INTRODUÇÃO 
2 
 0 a 11meses e 29 dias 
 
 O primeiro ano de vida é um período marcado por 
um crescimento e desenvolvimento acelerados; 
 
REQUER 
Necessidades 
nutricionais 
elevadas 
Garantir a 
multiplicação e 
diferenciação celular 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
3 
 O primeiro ano de vida: 
 
 A altura aumenta 50% 
 
 O peso triplica 
 
 Aumento 8 a 9% de massa gorda 
 
 A massa magra duplica 
 
 
Crescimento longitudinal mais 
lento do que ganho de peso 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
4 
 Peso ao nascer  indicador sensível do estado 
nutricional 
 
 Normal: 3001- 4000 g 
 Insuficiente: 2501 – 3000 g 
 Baixo peso: ≤ 2500 g 
(NCHS) 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
5 
 Peso ao nascer: 
 Após nascimento há perda de 5 a 10% do peso ao nascer 
 Nos RN de baixo peso e de IG normal, a perda de peso 
tende a ser menor ou até mesmo quase nula 
 ultrapassa 10%, é considerada excessiva, e suas causas 
devem ser investigadas. 
 
 Perda de liquido extracelular – pele e aumento catabolismo 
dos tecidos pela mudança do ambiente intrauterino ao pós-
natal; 
 Eliminação mecônio. 
 
 Recuperado com cerca de 8 a 10 dias 
 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
6 
Período Ganho de peso 
diário (g) 
Ganho de peso 
mensal (g) 
3 meses 30 1000 
6 meses 25 700 
9 meses 15 500 
12 meses 10 400 
Quadro. Incremento ponderal pós-natal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: EUCLYDES, M.P. Nutrição do lactente- bases fisiológicas 
para uma alimentação adequada, 2000 
 
24/10/2018 
2 
CRESCIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
7 
 Crescimento neural - o perímetro cefálico aumenta 
50% nos primeiros 6 meses e 75% até os 2 anos. 
 
 A continuação do desenvolvimento nervoso após o 
nascimento abrange principalmente a formação de 
sinapses. 
 
 Aquisições de habilidades. 
 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
8 
Recém-
nascido NÃO 
possui 
maturidade 
dos sistemas: 
Excretor 
Digestivo 
Neuromuscu
lar 
Alimentos oferecidos não 
devem exceder a capacidade 
funcional destes sistemas 
Primeiros 4 meses – relativa 
imaturidade fisiológica 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
9 
0 – 4 meses 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
10 
4 – 6 meses 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
11 
6 – 12 meses 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
12 
Sistema digestivo: 
 Nas últimas semanas da gravidez o feto deglute 
líquido amniótico sem valor nutricional, mas 
importante para o desenvolvimento anatômico e 
funcional do sistema gastrointestinal 
24/10/2018 
3 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
13 
 Limitada síntese de algumas enzimas 
 
 
 
Sistema digestivo: 
CARBOIDRATOS 
 ↓ atividade de amilase salivar e pancreática: 
 
 Salivar: produzida em pequena quantidade mas sem atividade. 
 
 Pancreática: não é secretada nos 3 primeiros meses de vida e até 
os 6 meses seus níveis são muito baixos ou ausentes. 
 Digestão de amido antes dos 3 meses se deve pela ação 
da glicoamilase secretada pela mucosa intestinal. 
 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
14 
 A inclusão de amido na dieta pode provocar 
diarreia, cólica, mal nutrição e compromete a mucosa 
intestinal; 
 
 Suporta 10 a 25g/dia 
Sistema digestivo: 
CARBOIDRATOS 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
15 
pepsina e ácido 
clorídrico 
Há aumento 
gradual nos 
primeiros 4 
meses 
A partir do 6º 
mês próximo 
de um adulto 
Atividade 
proteolítica que 
ocorre no intestino 
delgado 
satisfatória 
Sistema digestivo: 
PROTEÍNAS 
↓ Produção gástrica de HCL - ↓ a atividade da pepsina: 
 
A digestão proteica gástrica é relativamente menor que a pancreática , 
conseguindo fazer a digestão proteica do leite materno; 
 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
16 
 ↓ produção de lipase pancreática e sais biliares 
 
 Desta forma, a digestão gástrica das gorduras exerce um importante 
papel, no sentido de compensar esta deficiência transitória 
 
 Digestão de lipídios é dependente da: 
 
 lipase lingual. 
 
 lipases específicas do leite humano quando as crianças são amamentadas 
 absorção de 71 a 95% dos lipídios do leite humano. 
 
 Uso do leite de vaca apresenta menor eficiência na absorção de lipídios. 
Sistema digestivo: 
LIPÍDIOS 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
17 
 
CURIOSIDADE! 
O esvaziamento gástrico varia entre 1 a 3 horas e depende de fatores 
como composição, concentração e o volume da refeição. 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
18 
 Capacidade funcional limitada nos primeiros meses. 
 
 Tolerância limitada à elevadas quantidades de eletrólitos, ácidos e 
proteína. 
 
 Capaz de excretar cargas de solutos do leite materno. 
 
 Ingestão excessiva de solutos  sistema renal pode falhar. 
 
 EVITAR: leite rico em proteínas, cálcio, sódio, fósforo e potássio 
 
Sistema Renal: 
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4 
DESENVOLVIMENTO 
FISIOLÓGICO 
19 
 Carga de solutos é diferente entre os leites. 
 
 Alimentação com leite de vaca requer diluição adequada para a 
idade. 
 
 4º mês – maior capacidade funcional dos rins. 
 
 Sistema renal ainda é relativamente imaturo e vulnerável a uma 
alteração drástica na alimentação. 
 
Sistema Renal: 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
20 
 A Organização Mundial da Saúde recomenda: 
 
 Que o lactente receba exclusivamente leite materno durante os primeiros 
seis meses de idade. 
 
 A amamentação exclusiva por 6 meses tem muitos benefícios para o bebê 
e para a mãe. 
 
 O principal deles é a proteção contra infecções gastrointestinais. 
 
 Depois dos seis meses a criança deve começar a receber alimentação 
complementar segura e nutricionalmente adequada, juntamente com a 
amamentação, até os dois anos de idade - ou mais. 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
21 
 Importância na formação de hábitos alimentares da 
criança: 
 
 Primeiros seis meses 
 
 Depois dos seis meses 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
22 
A) Primeiros seis meses  O início precoce da amamentação, 
na primeira hora após o nascimento, protege o recém-nascido 
de adquirir infecções e reduz a mortalidade neonatal. 
 
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs342/en/index.html 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
23 
 Antecipa a primeira imunização; 
 
 A sucção libera hormônios que contrai o útero e evita 
hemorragia; 
 
 Reforça o vinculo afetivo entre mãe e filho; 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
24 
A) Primeiros seis meses  Fase láctea exclusiva. 
 Aleitamento materno exclusivo: alimentação exclusiva com o leite 
materno (primeiros 6 meses de vida). 
 
Pode também ocorrer: 
 Aleitamento materno predominante: além do leite materno, há 
recebimento de outros líquidos como água, chás e sucos. 
 
 Aleitamento materno misto: além do leite materno, receber fórmulas 
infantis 
 
 Aleitamento materno parcial: além do leite materno, há recebimento 
de alimentos sólidos ou líquidos. (introdução da alimentação 
complementar) 
 
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5 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
25 
 
B) Depois dos seis meses  Aos 6 meses a necessidade de 
energia e nutrientes começa a ultrapassar o que é fornecido pelo 
LM. 
 
-Desenvolvimento para receber outros alimentos. 
 
-Fase introdução de alimentação complementar 
 
Ocorrerá: 
 
Aleitamento materno
+ introdução de alimentação complementar 
 
Fórmula infantil + introdução de alimentação complementar 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
26 
B) Depois dos seis meses  Fase de introdução de alimentação 
complementar 
 
 
 
 
 
 
Introdução precoce de 
alimentação complementar 
Introdução tardia de 
alimentação complementar 
 
•Deficiência de nutrientes 
•Aumento na sobrecarga renal 
•Alergias alimentares 
•Infecções intestinais e 
respiratórias 
•Deficiência de nutrientes 
•Retardo de crescimento 
•Deficiência imunológica 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
27 
Pode também ocorrer situações: 
 
 Primeiros seis meses  Fórmula infantil 1º semestre 
 
 Depois dos seis meses  Fórmula infantil 2º semestre (+ 
alimentos complementares 
 
 
 
 
 
PRÁTICAS ALIMENTARES 
DO LACTENTE 
28 
Crianças Não Amamentadas: 
 
 OMS (2010) recomendou o início da alimentação complementar 
aos 4 meses para crianças não amamentadas exclusivamente. 
 
 Ressalta que deve ser prescrita excepcionalmente, após análise 
individual e após terem sido esgotadas todas as possibilidades 
de relactação. 
 
 
 
 
FÓRMULAS INFANTIS 
29 
 
Crianças Não Amamentadas 
FÓRMULAS INFANTIS 
30 
 Situações em que o aleitamento materno oferece risco ao lactente: 
 
 Infecções maternas por agentes de alta patogenicidade 
 
 Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação 
 
 Podem ser: 
 
 fórmulas industrializadas 
 
 fórmulas caseiras 
 
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FÓRMULAS INFANTIS 
31 
 Fórmulas industrializadas: 
 
 1º e 2º semestre (classificadas como: “de partida” e “de seguimento”) 
 
 Regulamentada pelo Codex Alimentarius (FAO/OMS) (alteração de 
ptns, desmineralização parcial, acréscimo de ferro, ác graxos 
poliinsaturados e vitaminas). 
 
 Fórmulas caseiras: 
 
 Diluição de acordo com a idade a fim de tentar melhorar a 
composição e digestibilidade do leite de vaca. 
 
Por que não dar LEITE DE VACA? 
32 
LEITE DE VACA 
33 
Consequências da utilização: 
 
 Desnutrição e infecção 
 Perda sanguínea de ferro pelas fezes 
 Menor digestibilidade 
 Não sendo indicada seu uso integral para 
lactentes até os 4 m. 
 Sobrecarga renal 
 
USO DE LEITE DE VACA 
34 
 É contra-indicado: 
 
 Leite integral antes dos 6 meses pelo menos (ideal é evitá-lo 
por todo 1º ano). 
 
 Leite desnatado no 1º ano. 
 
 Leite com chocolate antes dos 9 meses. 
 
 
COMPOSIÇÃO NUTRICIONAL LEITE 
DE VACA 
35 
LEITE DE VACA 
36 
 O Objetivo da diluição do leite de vaca é reduzir o 
teor de proteína e eletrólitos, a fim de reduzir a 
carga renal de solutos e modificar estrutura do 
coagulo de caseína para melhorar sua digestão. 
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7 
LEITE DE VACA 
37 
 
Crianças Não Amamentadas 
LEITE DE VACA 
38 
 Deficiência de ferro e perda de sangue pelas fezes –
crianças alimentadas com leite de vaca fluido/pó 
apresentam microemorragia intestinal que contribui 
para a perda de ferro 
 
 Risco aumentado de alergia – maior probabilidade 
de passagem de proteínas intacta do lúmen 
intestinal para a circulação. Os alérgenos mais 
potenciais são a β-lactoalbumina, caseína, α-
lactoalbumina e albumina sérica bovinas 
 
LEITE DE VACA 
39 
 Carga elevada de solutos 
 
 Hipocalcemia neonatal – embora o leite de vaca seja rico 
em cálcio, sua absorção é prejudicada pelo excesso de 
fósforo, baixo teor de lactose 
 
 Deficiência de ácido linoléico – com a diluição do leite, a 
quantidade deste nutriente, que já era limitada, diminui 
ainda mais. 
 
 A diluição diminui a quantidade de energia e ácido 
linoléico, sendo necessário o acréscimo de 3% de óleo 
FÓRMULAS E LEITE DE VACA 
40 
 Custo; 
 
 Diluição; 
 
 Preparo; 
 
 Condições ambientais para conservação; 
 
 
 Mesmo quanto a composição tenta se assemelhar o leite de 
materna, o uso de fórmulas não é o ideal. 
 
 
USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
41 
 Fórmulas industrializadas 
 
 Calcular o volume necessário do leite a ser oferecido para 
suprir as necessidades do lactente; 
 
 Seguir as instruções do fabricante contidas no rótulo; 
 
 1 medida-padrão para cada 30 mL de água. 
 100 mL de leite pronto possui 90 mL de água. 
 
 
USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
42 
 Fórmulas industrializadas 
 
Exemplo: criança alimentando-se de 150 mL de Nestogeno 2 
 1 medida-padrão de Nestogeno 2 = 4,7g 
 
A) Quantidade de água: 
100 mL de leite pronto = 90 mL de água 
150 mL de leite pronto = X X=135 mL de água 
 
B) Quantidade de fórmula: 
30 mL de água = 1 medida-padrão (4,7g) 
135mL de água = X X= 4,5 medidas-padrão 
 (21,15 g) 
 
 
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USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
43 
 Fórmulas industrializadas 
 
 
 
USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
44 
 Fórmulas industrializadas 
 
 RECOMENDAÇOES DE PREPARO PARA FORMULAS INFANTIS 
USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
45 
 Fórmulas industrializadas 
 RECOMENDAÇOES DE SEGURANÇA 
Recomendação da OMS: Diluir as formula com água a 
temperatura maior ou igual a 70 °C. 
 
USO DE FÓRMULAS 
INFANTIS 
46 
 Fórmulas industrializadas 
 
 RECOMENDAÇOES DE SEGURANÇA - Tipo de água para 
preparo de fórmulas infantis. 
 
 Guidelines WHO 2007 - PIF – “água filtrada fervida”. 
 
 • A.S.P.E.N. Enteral Nutrition Practice Recommendations/2009 - 
“água potável esterilizada”. 
 
USO DE CEREAIS (FARINHAS) 
47 
A partir do 4º 
ou 6º mês 
Farinhas simples com amido (melhor 
tolerância: amido de arroz) Ex: Mucilon de 
arroz, maisena 
Após 6º mês 
Farinhas compostas: Cerelac (arroz, 
milho, trigo), Neston (aveia, trigo), 
Mucilon de Milho (milho e trigo) 
Contra-
indicados nos 
primeiros 6 
meses 
Farinha de trigo, aveia, centeio e 
cevada 
Diluição do 
mingau 
5-8 % do cereal 
3-5% de açúcar 
48 
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ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR 
49 
“Alimentação complementar é definida como a oferta 
de alimentos à criança que recebe leite materno, 
processo iniciado quando a amamentação exclusiva 
não é capaz mais de suprir as necessidades 
nutricionais da criança.” 
 
 
Accioly, 2009 
FASE DE TRANSIÇÃO 
50 
 Delicada para a saúde e nutrição do lactente, pois 
ocorrerá a substituição inicialmente parcial do leite 
materno por um alimento que nem sempre tem o 
mesmo valor nutricional 
 
 Diminuem também os fatores de proteção, ocorre 
maior exposição aos contaminantes ambientais 
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS: 
51 
 Deve ser lenta e gradual tanto em quantidade 
quanto em qualidade. 
 Os alimentos devem ser oferecidos em pequenas 
quantidades, sem forçar a criança a consumir toda 
a porção. 
 Iniciar com um alimento de cada vez, com intervalo 
de 3 a 4 dias até a introdução do próximo 
alimento. 
 Caso haja recusa de algum alimento, esperar em 
torno de duas semanas até introduzi-lo novamente. 
 
52 
INTRODUÇÃO DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
 
PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
53 
 Introduzir um alimento novo por vez, a fim de observar 
a tolerância (introdução lenta e gradual); 
 
 A quantidades dos alimentos irá variar de acordo com 
o apetite e a capacidade gástrica da criança; 
 
 No início a dieta será complementada com o leite 
materno que aos poucos cederá lugar a maior 
quantidade de alimentos; 
 
 Cuidados higiênicos. 
 
 
PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES
54 
 Os alimentos devem ser de fácil mastigação, deglutição 
e digestão 
 
 Inicialmente os alimentos devem ser amassados com o 
garfo (consistência de papa ou purê), depois levemente 
amassado e finalmente dado aos pedaços 
 
 A alimentação não deve ser diluída nem passada no 
liquidificador ou peneira, pois além de se tornar menos 
calórica, obrigando o lactente a ingerir grandes 
quantidades, há a trituração das fibras e o desestímulo 
à mastigação. 
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10 
55 
 Consistência: 
 
 
 
 
 
PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
56 
 
 Usar condimentos suaves. Ex: salsinha, cebola, 
alho e sal em pequenas quantidades; 
 
 Se houver recusa do alimento introduzido, não se 
deve obrigar que a criança o ingira. O alimento 
deve ser oferecido em outra oportunidade; 
 
 O horário da refeição deve ser um momento 
agradável, sem que esteja associado a outra 
atividade (brincar, ver tv). 
 
 
PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
57 58 
59 
 
60 
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11 
10 PASSOS PARA ALIMENTAÇÃO 
SAUDAVEL < 2 ANOS 
61 
 
62 
63 
 ESCOLHA DE ALIMENTOS 
 
 
 
Grupo de 
alimentos 
Energia PTN, Fe não 
heme e fibras 
PTN AVB, 
Fe e Zn 
Vitaminas, 
minerais e 
fibras 
Complemento 
energético 
Alimentos Tubérculos, 
raízes e 
cereais 
Feijão, lentilha, 
ervilha, 
 grão de bico 
Carne, 
frango, 
peixe, ovo, 
vísceras 
Frutas, 
legumes e 
verduras 
Óleo vegetal e 
açúcar* 
Todos os grupos devem ser contemplados 
PREPARO E OFERTA DE ALIMENTOS 
COMPLEMENTARES 
ALIMENTOS CONTRA-
INDICADOS 
64 
 Alimentos associados ao risco de engasgo e asfixia. Ex: uva inteira, 
pipoca, peixe com espinha, batata-frita, fruta com sementes; 
 
 Mel (contaminação por esporos de Clostridium botulinum); 
 
 Alimentos industrializados e calorias vazias, incluindo açúcar 
refinado para prevenir cáries e obesidade; 
 
* A restrição de açúcar não é válida para lactentes de famílias 
desfavorecidas economicamente. 
 
 
65 
 Potencialmente alergênicos: leite de vaca fresco, tomate, mariscos, 
amendoim, farinha de trigo, carne de porco. 
 
 Podem oferecer risco de contaminação: enlatados, embutidos, mel 
e mariscos. 
 
 Podem ser contaminados por agrotóxicos: tomate, morango. 
 
 Com aditivos. 
 
 Bebidas de baixo valor nutricional: Refrigerantes, chás e cafés. 
 
 
ALIMENTOS CONTRA-
INDICADOS 
PLANEJAMENTO DA ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR 
66 
 Com aleitamento materno + refeição complementar 
 
 
 
(Ministério da Saúde, 2009) 
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PLANEJAMENTO DA ALIMENTAÇÃO 
COMPLEMENTAR 
67 
 Sem aleitamento materno + refeição complementar 
 
 
 
Leite ou mingau 
 
Leite ou mingau 
 
Leite ou mingau 
 
OBJETIVOS DA DIETA DO LACTENTE 
68 
 Promover desenvolvimento e crescimento (peso e estatura). 
 
 Assegurar a imunidade. 
 
 Proporcionar bem-estar. 
 
 Estabelecer bons hábitos alimentares. 
NECESSIDADES DE ENERGIA 
69 
 Avaliação do estado nutricional: peso/estatura, peso/idade 
e estatura/idade 
ENERGIA 
 FAO/OMS – tabela de (kcal x peso) 
 IOM, DRI – Equação da EER 
 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DE 
MACRONUTRIENTES 
70 
 Carboidratos- 50-60% - Glicose é o principal 
combustível cerebral. 
 
 Lipídios- 25-35% 
 
 Proteínas: 10-15% 
 Proteína/kg 
 
 
 
 
 
IDADE PROTEÍNA (g/kg) 
0-6 meses 1,52 
6-12 meses 1,2 
DRI (IOM,2002) 
OBS: Fibras, colesterol, e ác. graxos – Não determinado. 
IMPORTANTE: 
71 
 Pequena capacidade gástrica  Aumentar densidade 
calórica. 
 
 Quantidade de energia fornecida pelos alimentos 
complementares depende: 
 Idade da criança; 
 Volume e densidade energética do leite materno. 
 
 Quantidade de energia fornecida pelo leite materno: 
 6-8 meses: 473 kcal/dia 
 9-11 meses: 379 kcal/dia 
 12-23 meses: 346 kcal/dia 
 
 
Estimativa da quantidade de leite 
materno consumida por idade 
72 
Faixa etária (dias) Nº de mamadas (média) Quantidades/dia (g) 
0-15 12,04 590 
15-45 11,89 642 
45-47 12,63 745 
75-105 12,32 776 
105-135 11,98 791 
135-165 9,78 675 
165-195 7,78 560 
195-225 7,28 524 
225-255 6,78 488 
>255 6,28 452 
(OMS, 1985) 
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13 
Se a criança ainda utiliza o leite 
materno, calcular: 
73 
 Estimativa da quantidade de leite materno consumido 
 Nº de mamadas --- volume 
 Nº de mamadas real da criança --- X 
 
 Exemplo: 
 lactente de 7 meses (210 dias) que mama 1 vez/dia 
 
7,28 mamadas --- 524 mL de leite 
1 mamada ---- X X= 71,98 mL de leite 
Considerar o volume encontrado no planejamento. 
VITAMINAS E MINERAIS 
74 
 Consultar tabela DRI. 
 
FERRO 
 Deficiência: reduz capacidade física, atraso de crescimento e 
desenvolvimento e reduz função imunitária. 
 
 Leite humano  ↓teor e ↑biodisponibilidade (absorção de 
50%) 
 
 Leite de vaca  ↑ teor e ↓biodisponibilidade (absorção de 
10%) 
 
 Fórmula infantil - ↑ teor 
 
 
VITAMINAS E MINERAIS 
75 
FERRO 
 Importante reserva de ferro ao nascimento, esgotamento gradual 
entre 4 e 6 meses. 
 
 
 Absorção de ferro depende: 
 Estado nutricional de ferro 
 Tipo de ferro: heme (absorção:20-30%), não-heme (absorção: 2-
10%) 
 ↑absorção de ferro não-heme: vit C e proteína animal 
 ↓ absorção de ferro não-heme: cálcio, fitatos, taninos (chás, café, 
refrigerantes) 
 
 RDA – 0-6 meses: 0,27 mg/ 7-12 meses: 11mg 
 
 
Biodisponibilidade de ferro 
76 
Dieta com baixa biodisponibilidade 
Simples, monótona, baseada em 
raízes, cereais e tubérculos, pouca 
presença de carnes, peixe e vit C. 
Dieta com biodisponibilidade 
intermediária 
Baseada em raízes, cereais e 
tubérculos, mas inclui algumas de 
carnes, peixe e vit C. 
Dieta com alta biodisponibilidade 
Diversificada e contém 
quantidades moderadas de 
carnes, peixe e vit C. 
VITAMINAS E MINERAIS 
77 
 CÁLCIO 
 Produtos lácteos – ingestão adequada 
 
 VITAMINA A 
 Importante papel no crescimento e imunidade. 
 
 2/3 de proteína de origem animal. 
 
78 
 Nessa disciplina, adotaremos as 
seguintes recomendações para o 
planejamento dietético do lactente: 
 
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14 
DIETA DO LACTENTE 
79 
• EER - equações DRIs 
 
• Recomendações de vitaminas e minerais – tabelas DRIs 
 
• Recomendação de proteínas por kg de peso corporal: 
 
 
 
• Fibras = DRIs/IOM 
IDADE PROTEÍNA (g/kg) 
0-6 meses 1,52 
6-12 meses 1,2 
80 
• Contribuição calórica de macronutrientes: 
 
 
 
DIETA DO LACTENTE 
Nutriente Contribuição calórica 
Carboidratos 50-60% 
Lipídios 25-35% 
Proteínas 10-15% 
Considerar a recomendação proteína/kg de peso corpóreo; 
Não ultrapassar 200% da recomendação (IOM, 1989). 
81 
 Recomendações de lipídios 
DIETA DO LACTENTE 
Nutriente Contribuição calórica 
Ác. graxos saturados < 10% 
Ác. graxos polinsaturados 6 – 10% 
Ác. graxos monoinsaturados diferença 
Colesterol < 200 mg 
DADOS DIETA 
82 
Gerais Antropométricos: 
Sexo: Masculino Peso atual: 7,2Kg 
Idade: 7 meses Comprimento: 66cm 
DADOS DIETA 
83 
 Bernardo nasceu com 38ª semanas de parto 
cesariano, iniciou o aleitamento materno exclusivo 
desde o nascimento até quinto mês de vida, quando 
sua mãe voltou a trabalhar.Hoje com 7 meses, 
Bernardo pesa 7,2kg e tem 66 cm de comprimento. 
Iniciou a introdução alimentar
com 6 meses, recebe 
formula infantil no período da manhã quando sua 
mãe não tem tempo de dar leite materno, e no 
período final da tarde quando sua mãe retorna do 
trabalho recebe o leite materno em livre demanda. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
84 
GUERRA, A.; RÊGO, C.; SILVA, DIANA; FERREIRA, G. C.; MANSILHA, H.; ANTUNES, H.; FERREIRA, R. 
Alimentação e nutrição do lactente, Acta pediátrica portuguesa, v. 43, n. 5, p. S17-S40, 2012. 
 
 MAHAN, L. K. Krause’s: Alimento, Nutrição e Dietoterapia. Roca , 2013. 
 
ROSS, A. CATHARINE; CABALLERO, BENJAMIN; SHIKE, MO, ROSS, A. CATHARINE; CABALLERO, BENJAMIN; 
SHIKE, MO. Nutrição Moderna: Na saúde e na Doença. 10 ed., São Paulo: Manole, 2009. 2256p. 
 
VITOLO, M. R. Nutrição da Gestação ao Envelhecimento. Rubio, 2015. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: Guia Alimentar para menores de 
dois anos, 2010. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos de atenção básica- Saúde da criança: nutrição infantil, 2009. 
 
Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, 
do escolar, do adolescente e na escola, 2012.

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