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Afecções do sistema digestório dos Equinos

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Afecções do Sistema Digestório – Equinos 
 Afecções orais 
 Problemas dentários 
 Problemas traumáticos – boca e língua 
AFECÇÕES DO ESÔFAGO 
Obstrução esofágica- rara, mas pode acontecer em animais estabulados. 
Corpos estranhos ou alimento compactado. 
Sintomas característicos – disfagia, sialorreia, refluxo de saliva ou alimento 
pelas narinas, tentativa de deglutição e “ânsia de vômito”. 
Palpação externa (esôfago cervical); 
Aumento de volume no terço médio do pescoço do lado esquerdo; 
Sondagem nasogástrica não progride. 
Tratamento 
Conservativo 
Passagem de sonda nasogástrica (agudo) – lubrificantes, óleos minerais, água 
morna. 
Cirúrgico (crônico) – esofagotomia 
Tomar cuidado com falsa via, aspiração. 
Antibioticoterapia (3 a 5d). 
AINE (3 dias). 
AFECÇÕES GÁSTRICAS 
Cavalo tem estômago pequeno e produção de ácido clorídrico contínua. 
Gastrite e úlcera gástrica 
Gastrite (inflamação da mucosa estomacal) e úlcera (processo inflamatório que 
atinge tecidos mais profundos) 
*Estresse – principal fator predisponente. 
Comum em cavalos adultos e potros jovens. 
Terapia com AINE – longo período (mais 5d). 
 
Acomete muito animais de alto desempenho atlético. 
Lesões comuns no margo plicatus (transição entre a região aglandular e 
glandular onde se produz HCl) 
Histórico 
Alterações de comportamento 
 Não demonstra interesse na ração; 
 Excitação – masturbação; 
 Prostação; 
 Cólica recorrente; 
 Dor silenciosa (sem sintomas); 
 Perda de peso, pelos arrepiados, raramente diarreia; 
 Utilização de AINE por muito tempo. 
Sintomas 
Dor recorrente, depressão, pelos feios, sialorreia ou bruxismo (raro, mais 
comum em potros), refluxo gástrico – sondagem (sondagem negativa, sem 
alteração dominante), PH estomacal baixo (normal 6,8). 
Exame complementar – gastroscopia. 
Tratamento 
Diminuir o estresse ; 
Trabalho – dar repouso para o animal; MANEJO 
Alimentar – fornecer alimento várias vezes ao dia 
Cessar imediatamente a aplicação do AINE, mesmo que haja outra infecção 
sendo tratada; 
Antagonistas de H2 – Cimetidina ou Ranitidina (6,6mg/kg VO ou IV, QID); 
Inibidor de H+ - Omeprazol (0,7 – 1,0 mg/kg – VO, SID) por no mínimo 1 mês; 
Antiácidos – hidróxido de alumínio ou de magnésio – com base nos sintomas 
(20ML 30ML por h). 
 
 
Sobrecarga gástrica ou Dilatação gástrica 
Afecção mais comum do sistema digestório (sifonagem) 
 
Fatores predisponentes: dentição ruim ou deficiente, alimentação de má 
qualidade, vícios: ex – aerofagia (engolir ar). 
Principal fator determinante: ingestão excessiva ou muito rápida de 
concentrado. 
Equinos não vomitam – pode ocorrer ruptura gástrica. 
Conduta imediata: sondagem gástrica. 
Sobrecarga por feno mal digerido é rara. 
Histórico 
Cólica – relacionada com a ingestão de concentrado há pouco tempo 
Comum no início da manhã e final da tarde. 
Aerofagia 
Ansiedade na alimentação 
Sintomas 
Dor – cólica – deita frequentemente, rola, cava, posição de “cão sentado” etc. 
Pouco aumento da frequência cardíaca e respiratória em consequência da dor. 
Hidratação, palpação normal. 
Sondagem nasogástrica positiva (refluxo), cheiro característico (fermentado) 
Gastrite ou sobrecarga gátrica? Depende do que reflui da sonda. Na gastrite 
vem muco ou nada, na sobrecarga ao passar a sonda vem conteúdo fétido. 
Tratamento 
Sondagem nasogástrica - descompressão gástrica. 
Lavagem com água morna repetidas vezes, até a água sair limpa. 
Administração via sonda – laxantes, emolientes, reguladores de ph. 
Fluidoterapia quando necessário 
Tratamento sintomático – ex: analgésico (cetoprofeno) 
Alimentação gradual. 
 
 
 
AFECÇÕES DO INTESTINO DELGADO 
Processos obstrutivos – inibe o trânsito da ingesta. 
Estrangulativos – bloqueio do lúmen intestinal com comprometimento vascular 
(isquemia) 
Vólvulo – processo de torção de um eixo maior (longitudinal) 
Torção – alça gira no próprio eixo 
Hérnias – ingno escrotal 
Tratamento: normalmente de resolução cirúrgica 
Não estrangulativos – bloqueio do lúmen sem isquemia inicialmente 
Compactação de íleo 
 Intussuscepção inicial (mais comum em potros) 
Corpos estranhos 
Verminoses 
Eventração (processo inicial ou com ruptura grande de parede, mas a pele se 
mantém íntegra) 
Tratamento: Pode ser conservativo, principalmente nas verminoses e no 
duodeno-jejunite proximal; algumas pode ser feito tratamento cirúrgico. 
 
Duodeno-Jejunite proximal (enterite anterior) 
Inflamação severa do intestino delgado com transudato para o interior das 
alças intestinais – acúmulo de grande quantidade de fluido no lúmen intestinal. 
Envolvimento bacteriano – Clostridium sp 
Refluxo gástrico evidente – grandes volumes desse líquido perdido pelo 
intestino voltam para o estômago. 
Muito refluxo ao fazer a sondagem nasogástrica. 
Enterogástrico, odor fezes, volume aumentado. 
Histórico 
Cólica severa com dor incontrolável, depressão, apatia, sobrecargas gástricas 
prévias (24-48 hs anteriores) 
 
 Sintomas 
 Dor - cólica 
 Desidratação (sudorese) – aumento do TPC e turgor de pele; alteração 
da coloração das mucosas (congestas). 
 Refluxo gástrico positivo (alcalino) – Volume aumentado, cor 
esverdeada, cheiro fecal 
 Febre (único processo digestório que causa febre) 
 Taquicardia e taquipneia 
 Endotoxemia (alo toxêmico) – circulação de bactérias ou fragmentos de 
bactérias gram negativa. Evidente na mucosa envolta dos dentes. 
 Prostração 
 Hipomotilidade intestinal – quadrantes dorsais 
 Palpação - alças de intestino delgado são palpáveis. 
Tratamento 
Descompressão estomacal a cada 4 a 6 horas – sobrecarga por refluxo Rápida 
restituição hidro-eletrolítica; fluidoterapia com ringer lactato 
Perda + 25% de volume 
Se vier 20L na sondagem, devolver 20L +25% 
Analgésicos/anti-inflamatórios: Flunexim Meglumine - 1,1mg/kg, BID, IV ou IM 
ou 0,25mg/kg, TID ou QID, IV/DMSO – 0,5-1,0g/kg , IV a 10% 
(Antiendotoxêmico) 
DMSO – 0,5 – 1,0g/kg, IV a 10% 
Antibioticoterapia: Penicilina – 20.000 a 40.000UI/kg, BID, I M/ Gentamicina – 
6,6mg/kg, SID, IV 
Estimuladores/reguladores motilidade (procinéticos): Metoclopramida 
(0,04mg/kg, IV, infusão lenta ou a cada 2 horas 
Suporte: nutrição parenteral 
Prognóstico 
Bom – resolução nas primeiras 24h 
Reservado - resolução nas primeiras 72h 
Ruim – resolução não ocorrer nesse período 
Cuidado – laminite em consequência da circulação das endotoxinas. 
 
 
INTESTINO DELGADO OU INTESTINO GROSSO 
Cólica espasmódica 
Cólica comum em potrancos 
Contração anormal da musculatura da parede intestinal – estimulação dos 
receptores murais = dor 
Sintomas 
Atacas agudos de dor 
Aumento da motilidade do intestino. 
Tratamento 
Antiespamódicos – butilbrometo de escopolamina – 03mg/kg 
Analgésicos – fenilbutazona, flunexin meglumine 
Terapias orais – óleos minerais, laxantes 
Não colocar animais jovens em pastos muito verdejantes, novos 
 
INTESTINO GROSSO 
Compactação – ocorre comumente na flexura pélvica 
Causas: alteração brusca da dieta, diminuição da ingestão de água, estresse, 
verminose, problemas dentários. 
Aumento severo do intestino grosso. 
Histórico 
Inadequado programa antiparasitário, seca, cólica moderada 
Sintomas 
Dor leve, sinais físicos gerais normais, hipomotilidade das porções ventrais, 
distensão abdominal variável – acumulo de gás ou ingesta. 
Sondagem nasogástrica inicialmente negativa 
Palpação transretal - presença de massas firmes, mais comum na flexura 
pélvica. 
Líquido peritoneal sem alterações incialmente. 
 
 
Tratamento 
Controle da dor – analgésicos; 
Flunexin meglumine, Fenilbutazona; 
Sondagem para liberação de gás; 
Infusão de emolientes e laxantes (leite de magnésia, bisacodil) – Humectol ou 
Lactopurga – 40 a 80 comprimidos (tratamento de eleição); 
Lubrificantes; 
Tensioliticos (ruminol, timpanol); 
Fluidoterapia – manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico,fluidez da massa; 
Sintomático; 
Se em 24hs a palpação piorar, o tratamento é cirúrgico.

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