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fichamento da história da psicopedagogia

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De acordo com o que foi estudado percebe-se que na Europa e na Argentina, o problema de aprendizagem foi entendido por muito tempo, como sendo originado por fatores orgânicos e essa visão foi mantida por muitos anos e foi determinante na forma de tratamento do fracasso escolar.
No final da década de 1970 e início de 1980 que, começa a se configurar uma nova teoria sobre o atendimento ao fracasso escolar. O enfoque passa a ser social, na qual o problema de aprendizagem passa a ser entendido enquanto problema ao ensinar. 
Bossa destaca que: 
Faz-se necessário desmistificar a idéia de que o fracasso escolar é causado por fatores externos e passa a atender a articulação entre estes e as dificuldades no próprio âmbito escolar que determinam o fracasso escolar (BOSSA, 2007, p.52). 
Assim, com influência Argentina, a psicopedagogia chega ao Brasil, com um trabalho na ação preventiva junto ao professor, ou seja, buscando saídas para as impropriedades do ensino. 
Cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo de aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodologias de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação. (BOSSA, 1994, p.23).
Segundo o artigo “A contribuição do psicopedagogo no contexto escolar” o autor afirma que a psicopedagogia tem como objetivo de estudo o ato de aprender e ensinar, observando o indivíduo como um ser cognocente, ou seja, nos aspectos cognitivos, afetivos e sócios interativos. Contribuindo para a percepção global do fato educativo e para a compreensão satisfatória dos objetos da educação e da finalidade da escola, possibilitando assim, uma ação transformadora.
Há diferentes níveis de atuação. Primeiro, o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a frequência dos problemas de aprendizagem. Seu trabalho incide nas questões didático-metodológicas, bem como a formação e orientação dos professores, além de fazer aconselhamento aos pais. Na segunda atuação, o objetivo é diminuir e tratar dos problemas de aprendizagem já instalados. Para tanto, cria-se um plano diagnóstico, a partir do qual procura-se avaliar os currículos com os professores, para que não se repitam transtorno, estamos prevenindo o aparecimento de outros. (BOSSA,1994,p.102)
Conclui-se então, que o profissional da área de psicopedagogia deve elaborar projetos que auxiliam no desenvolvimento educacional e que envolvam o ambiente escolar e a família, visando descobrir os limites de capacidade da criança, preparando o estudante para o mundo, tendo a capacidade de interpretar o mesmo e nele ter posição de intervir com segurança e competência.
No entanto, ainda hoje vemos o reflexo histórico, quando os pais, diante da dificuldade escolar do filho, leva-o ao médico da família e, se este não indicar um profissional especializado, os pais, por si só, não o fazem. Isto porque se o médico não resolver, sinal de que não é físico, é psicológico e, apesar da mídia ter enfoque na desmistificação da área psicológica/psicopedagógica, ainda há muito preconceito em relação a esses profissionais, que fazem surgir nos pais uma sensação de fracasso no processo de geração e ou criação dos filhos. A profissão precisa ser regulamentada para que possamos ter psicopedagogos qualificados nas unidades escolares de todo o Brasil. e podermos mudar essa realidade que ainda existe em nosso país. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOSSA, Nádia. A psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1994.
FERMINO,Fernades Sisto; BORUCHOVITH, Evely; DIEHL, Tolaine Lucila Fin: Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.
BOSSA, Nadia. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. RS: Artmed, 2007. 
COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. Editora Ática, 1999.

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