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Aluno: Edson Depolito Bazam 
6º Período Noturno 
Professora: Sabrina Santana Figueiredo Pinto Alberto 
Matéria: Direito Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE 2º BIMESTRE 
 
CONTRATOS DE: 
 
CORRETAGEM, AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO, CONSTITUIÇÃO DE RENDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho consta da disciplina de Direito Civil, ministrado pela 
professora Sabrina Santana Figueiredo Pinto Alberto, será parte da nota do segundo 
bimestre da referida disciplina e tem por finalidade explanar, de modo sucinto, três 
contratos do ordenamento jurídico brasileiro, praticados na sociedade e previstos na 
legislação vigente, quais sejam: o Contrato de Corretagem, Agência e Distribuição e 
ainda Constituição de Renda, abordando principalmente seu conceito, 
características e algumas questões importantes sobre estes contratos, como 
referência foi utilizada a obra Novo curso de direito civil dos autores Gagliano e 
Pamplona Filho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATOS 
 
CORRETAGEM 
Contrato de corretagem esteve presente no código comercial de 1850, já 
previa a profissão de corretor, no entanto teve revogados artigos referentes a esse 
tema, sendo omitido no código de 1916, e atualmente, pelo código de 2002, voltou a 
figurar no ordenamento especifico, esta disciplinado nos artigos 722 a 729. Não 
somente neste código, mas também na legislação especial, baseia se no livre 
comercio, e aproximação das partes. 
O contrato de corretagem envolve duas ou mais pessoas e objetiva um 
determinado fim, nesse caso a formação de um negócio jurídico, pela aproximação 
das pessoas interessadas onde, estabelece entre elas um acordo de vontades. O 
conceito esta explicito na própria lei, artigo 722, no qual “o contrato de corretagem é 
o negocio jurídico por meio do qual uma pessoa, não vinculada a outra em 
decorrência de mandato de prestação de serviços ou por qualquer outra relação de 
dependência, se obriga a obter para a segunda um ou mais negócios, conforme as 
instruções recebidas. ” 
Como características principais, nas palavras de Galgiano e Pamplona Filho 
temos que 
“o contrato de corretagem se diferencia do de mandato e de 
prestação de serviço pelas peculiaridades e obrigações pois o 
corretor tem para com a parte uma relação de resultado efetivo, 
sem a qual tal contrato não se perfaz, não é simples mandato 
pois o corretor não tem poder decisório, não é simples 
prestação de serviço mesmo que o corretor preste serviços 
para a parte, somente a prestação de serviço não é o suficiente 
para concluir o contrato, sendo o corretor a pessoa que faz a 
mediação entre as partes, não agindo em nome próprio e 
tampouco concretiza o negócio jurídico, não é simples 
comissão pois o corretor está obrigado a encaminhar o contrato 
ao principal interessado no contrato, o qual não fica em seu 
próprio nome, ainda não se confunde com o contrato de 
emprego pois não há subordinação jurídica, e caso não haja o 
atingimento do principal, ou seja a aproximação das partes e 
efetivação do negócio, não importa o trabalho do corretor, e 
também não haverá paga para tal esforço”. (p.446, 447) 
 
A atuação do corretor é aproximar pessoas com a finalidade de realizar um 
determinado negócio. O corretor, caso tal negociação venha a se concretizar, terá 
direito a um pagamento por sua atuação. Normalmente esse pagamento é 
determinado por um percentual do valor total do negócio. 
 
Os corretores estão divididos em dois tipos: o corretor livre e corretor 
oficial. O corretor livre, é aquele que exerce a atividade intermediando negócios 
entre os particulares. A exemplo Maria Helena Diniz, op cit, elenca corretores de 
automóveis, eventos, moveis, conferencistas e outros, os corretores oficiais são 
aqueles nomeados pelo poder público que exercem sua função através de 
delegação, estão disciplinados pela lei 6530/1978, fazem parte desse grupo os 
corretores de valores públicos, de mercadorias de navio, de câmbio entre outros. 
Tem como característica ser um contrato bilateral, oneroso, consensual, 
aleatório ou comutativo, acessório. 
O contrato de corretagem é bilateral pelo fato de as pessoas envolvidas 
terem obrigações uma com a outra. O corretor está obrigado a fazer a aproximação 
com terceiros a fim de realizar um negócio. Já, por sua vez, a pessoa que contratou 
tem o dever de pagar a comissão que corresponde aquele negócio 
É um contrato de onerosidade por sua vez porque, o resultado para ambas 
as partes, ou seja, trata se de benefício patrimonial, pois o produto que é útil para 
uma das partes deve ser pago e a comissão do intermediário também. 
A obrigação das partes consiste em que aquele que contrata os serviços do 
corretor deverá pagar a porcentagem quando o negócio for concluído, e o corretor 
tem a obrigação de resultado, pois somente receberá na conclusão do negócio, 
porém devemos ressaltar uma questão importante sobre este contrato, se o negócio 
foi desfeito por arrependimento futuro de uma das partes, o corretor terá direito a 
porcentagem estipulada durante a negociação, Código Civil artigo 725. 
 
Ainda tem como característica ser aleatório, pois “a obrigação do comitente 
somente poderá ser exigida em função da concretização do negócio”. (p.447) 
É consensual; pelo fato de o contrato se formar da mera declaração de 
vontade entre as partes, independente da forma ou solenidade, escrita ou verbal, 
sendo possível até por aceitação tácita. 
Vale dizer que trata se de contrato personalíssimo, pois é celebrado em 
função da pessoa do contratante, pois interessa com relação ao mesmo a habilidade 
experiência, técnica, etc... 
É acessório pois é dependente da celebração do negócio jurídico principal, 
qual seja a efetivação do contrato, sendo de importância inclusive financeira, uma 
vez que se tal negócio principal não vier a se perfazer o corretor não receberá sua 
remuneração. 
As partes deste contrato são denominadas corretor e comitente, 
O corretor tem como atividade precipuamente, aproximar as partes, 
demonstrar as vantagens em determinado negócio, informar clara e objetivamente 
aos interessados os detalhes e ainda preparar as partes para celebrarem tal contrato 
O artigo 723 traz explicitas as obrigações do corretor, baseadas no princípio 
da boa-fé objetiva, e seu parágrafo único o responsabiliza caso sua conduta possa 
influenciar negativamente na conclusão do negócio principal, em se tratando da 
obrigações pertinentes a corretagem, vale dizer que o corretor deve fazer o possível 
esforço para que o negócio se realize. 
A menção à diligência e prudência se refere justamente a esta assunção 
de riscos, o que orienta toda a interpretação do mencionado dispositivo, 
valendo destacar que o dever de prestar informações é, sem a menor 
sombra pálida de dúvida, uma consequência direta do princípio maior da 
boa-fé́ objetiva10, que não precisava sequer ser positivado no caso 
concreto (o que não impede de aplaudirmos esta referência constante 
em norma específica) (p.450) 
 
A referencia acima faz menção a obrigação do corretor, vejamos na 
sequencia o que resta para o comitente. 
 
A obrigação básica do comitente surgirá se o negócio jurídico 
pretendido for celebrado, hipótese em que deverá arcar com a 
remuneração do corretor, o que analisaremos no próximo tópico, não 
devendo atribuir isso a quem não foi parte no contrato de 
corretagem, como, por exemplo, a outra parte no contrato principal 
 
Recai sobre o comitente a obrigação de pagar a remuneração do corretorquando da conclusão do contrato principal. 
Tal remuneração pode ainda ser “denominada comissão, preço, ou 
corretagem somente é devida após a conclusão do negócio, o que se decorre na 
sua característica peculiar de estabelecimento de obrigação de resultado” (p 450) 
Mesmo que não haja estipulação especifica em contrato tal remuneração 
deve ser justa, tal situação esta legalizada no artigo 724 do CC/2002. 
Uma questão importante sobre este contrato é que mesmo que o contrato de 
corretagem se desfaça e ainda que posteriormente haja fruto do trabalho do corretor, 
tal comissão deve ser paga, vez que o negocio só se perfez por mão do corretor. 
Outra questão importante sobre este contrato está no artigo 726 em que: 
quando houver clausula de exclusividade no contrato, mesmo que não tenha sido 
por mão do corretor, a celebração do negócio, cabe remuneração ao corretor, o 
comitente somente será liberado de tal obrigação se comprovar que o corretor se 
manteve inerte. 
Há que se observar o artigo 728, que diz respeito a celebração de contrato 
realizada por mais de um corretor, na qual o pagamento deve ser feito igualmente a 
todos os participantes, e caso haja estipulação em contrário, por entendimento 
doutrinário, deve ser feita proporcionalmente ao trabalho realizado por cada um dos 
corretores. Sendo uma regra que ainda não está solidificada na jurisprudência. 
Com relação a extinção do contrato, se da principalmente por meio do 
alcance objetivado por seu fim, qual seja, as partes celebrarem o contrato principal, 
de outro modo pode também se encerrar o contrato quando o mesmo tiver termo 
determinado e em ser concluído tal termo, não tenha sido alcançado o fim 
pretendido, resguardando se os direitos do corretor nos artigos 727 e 728. 
Vale dizer que tal tema vem trazer à luz o conhecimento sobre o contrato de 
corretagem através de suas peculiaridades e em suas aplicações. 
 
AGÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO 
 
Os Contratos de agência e distribuição estão elencados no Código Civil de 
2002, no artigo 710 do código civil, sendo que, a partir de então, considerados 
contratos típicos, vale ressaltar que ambos são tratados conjuntamente pelo código. 
Os contratos de agência e distribuição são tratados no mesmo capitulo, no 
entanto, não se trata do mesmo contrato, conforme legislação, no entanto 
doutrinariamente há divergência sobre esses contratos, pode se dizer que são dois 
institutos diversos, com muitas características parecidas. 
Nos contratos de agência e de distribuição, os conceitos são diversos aos 
institutos, sendo que, a principal diferença esta em ter à disposição a coisa 
negociada e podem ser conceituados da seguinte maneira, conforme Pamplona e 
Gagliano: 
O contrato de agência “... como o negócio jurídico em que uma pessoa, física 
ou jurídica, assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a 
obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de 
certos negócios, em zona determinada.” 
E o contrato de distribuição sendo “negócio jurídico em que uma pessoa, 
física ou jurídica, assume, em caráter não eventual e sem vínculos de dependência, 
a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de 
certos negócios, em zona determinada, tendo, desde já́, em sua detenção, a coisa 
objeto do negócio. 
 
Coaduna diretamente com o artigo 710 que fala sobre a atividade no contrato 
de agência e distribuição, sendo o que segue: 
 
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em caráter não 
eventual e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover, à conta 
de outra, mediante retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada, caracterizando-se a distribuição quando o agente tiver à sua 
disposição a coisa a ser negociada. 
 
O parágrafo único do mesmo artigo diz sobre a autonomia do agente: 
 
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao agente para que este o 
represente na conclusão dos contratos. 
Denominado o agente como representante comercial, vez que não tem o 
objeto do negócio em sua posse, precisa pedir que outro distribua o objeto, ou seja, 
o agente é representante autônomo, que independente organiza suas atividades, 
não recebe as interferências dos tomadores de serviço, não precisa comprar as 
unidades de produtos que representa, vale dizer que tal contrato é distinto do tratado 
pela Lei 4886/65, tendo em vista que é de ação empresarial. 
 Já a distribuição trata se de um desdobramento do contrato de agência, a 
diferença esta em que o agente detém os objetos da negociação, neste caso o 
agente fica conhecido como o próprio distribuidor. 
De igual modo refletem Pamplona e Gagliano: 
 
Além disso, no contrato de agência, o agente promove a celebração do negócio 
entre o proponente/agenciado e o adquirente (em geral consumidor), ao passo 
que, na distribuição, é o próprio distribuidor quem vende o produto (que já́ se 
encontrava em sua posse). E assim o é especialmente por considerarmos que 
este contrato tem raiz na concessão mercantil. 
 
Ainda no mesmo sentido: “De fato, o contrato de agência é, tradicionalmente, visto 
como uma modalidade de contrato de colaboração empresarial, tais como a comissão mercantil, 
a representação comercial, a concessão comercial, a franquia, a corretagem, a concessão do 
uso de marca etc.” 
 
Tais contratos têm características muito peculiares e idênticas em sua 
maioria. Podemos classificar quanto às partes, à hierarquia, à duração, e quanto a 
remuneração, vejamos na sequência: 
 
Quanto às partes: podem ser pessoas físicas ou jurídicas, não 
necessariamente só jurídicas. 
b) Quanto à hierarquia: inexiste hierarquia, entre representante e 
representado, mas deve se assegurar que haja diligencia e acatamento as 
instruções do proponente. 
c) Quanto à duração: deve ser permanente 
d) Quanto à remuneração: estabelece o artigo 714 que haja pagamento 
mesmo que o agente nos casos em que a atividade tenha sido exercida, e ainda 
mesmo que o agente não tenha interferido na negociação. 
Quanto à área de atuação: o artigo 711, fala sobre a limitação de zona na 
qual ocorre a prestação de serviço, e deve deter a exclusividade o representante 
comercial. 
 
É de relevante importância citar o que Gagliano e Pamplona Filho dizem, com 
relação as diferenças entre os contratos de representação comercial, agencia e 
distribuição, segue: 
“agência, distribuição e representação comercial. Todavia, o contrato de 
agência (e, consequentemente, a sua disciplina jurídica) deve ser 
considerado apenas o tronco comum de onde, pela especificação (com 
o aumento de atribuições), se emprestam as regras básicas a disciplinar 
o contrato de distribuição — quando o agente tiver à sua disposição a 
coisa a ser negociada — e o contrato de representação comercial — 
quando se tratar de uma relação empresarial, em que o representante 
desempenhe, em caráter não eventual por conta de uma ou mais 
pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, 
agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, 
praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios”. 
 
Ou seja, pode se inferir que o contrato de agencia da base comum aos 
demais. 
Um das obrigações do contrato, de agencia é agir com diligencia, como está 
descrito na própria lei nos artigos 712 e 713 do CC/2002, vejamos como Gagliano e 
Pamplona Filho resumem as obrigações dos contratos: 
 
A principal obrigação do contrato é imposta ao agente (ou 
distribuidor), que se obriga a atuar como empreendedor, promotor de 
negócios, em favor do proponente, devendo agir, no desempenho do 
que lhe foi cometido, com toda diligência, atendo-seàs instruções 
recebidas (art. 712), ficando ao seu cargo, ainda, ressalvada 
estipulação em contrário, todas as despesas decorrentes do contrato 
(art. 713). Fica claro, pois, aqui, o princípio da boa-fé objetiva, com 
toda a sua magnitude. (p. 434) 
 
Uma situação importante é que em especifico sobre o contrato de agencia, há 
vedação com relação a clausula “del credere” no artigo 43 da LRC 
Uma questão importante sobre este contrato é que conforme o Art. 715. O 
agente ou distribuidor tem direito à indenização se o proponente, sem justa causa, cessar o 
atendimento das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna antieconômica a continuação do 
contrato, ou seja, se for por responsabilidade do proponente vale indenização, ainda o artigo 
Art. 716. “A remuneração será devida ao agente também quando o negócio deixar de ser 
realizado por fato imputável ao proponente.” No mesmo entendimento. 
No entendimento de Melo, em sua obra “Lições de direito civil: dos contratos e 
dos atos unilaterais: para concursos, exame da Ordem e graduação em direito”, traz 
os direitos do agente em vários casos: 
Quando do encerramento do contrato de trabalho mesmo que por justa causa, 
é de direito do agente a sua remuneração, conforme artigo 717. “Ainda que 
dispensado por justa causa, terá o agente direito a ser remunerado pelos serviços 
úteis prestados ao proponente, sem embargo de haver este perdas e danos pelos 
prejuízos sofridos.”; 
Também se verifica quando a dispensa for sem justa causa, nos termos do 
718 do CC, ainda em caso de morte ficam os herdeiros com o direito a receber a 
remuneração sobre o trabalho do agente, ou se em caso fortuito ou de força maior. 
Do mesmo modo, à inteligência do Art. 719. Se o agente não puder continuar 
o trabalho por motivo de força maior, terá direito à remuneração correspondente aos 
serviços realizados, cabendo esse direito aos herdeiros no caso de morte. 
Dando continuação ao tema, na visão de Pamplona Filho e Gagliano a 
extinção do contrato pode ser de três tipos, resilição, resolução, ou ainda a rescisão. 
 
[...por resilição, por resolução, e por rescisão. Seja pela recusa — justificada 
ou não — do devedor, seja por fatos alheios à sua vontade, como, por 
exemplo, no caso fortuito ou de força maior, sempre será́ possível ao 
interessado (parte lesada pelo descumprimento) pedir a resolução do 
contrato, extinguindo-se o vínculo contratual. A resolução, pois, traduz 
desfazimento do contrato por inadimplemento. Quanto à rescisão, podemos 
extrair duas acepções jurídicas da palavra. A primeira é justamente a no 
sentido genérico de extinção do contrato, como utilizada no cotidiano civil e 
trabalhista, vale dizer, traduz descumprimento do contrato por 
inadimplemento, no mesmo sentido da resolução. O outro sentido, mais 
próximo do gramatical, é o que corresponde à ruptura do contrato em face 
de uma nulidade (lesão ou estado de perigo) ... Finalmente, a resilição 
consiste no desfazimento do contrato por simples manifestação de vontade, 
independentemente do seu cumprimento. Traduz, pois, o simples exercício 
de um direito potestativo. Admite-se, além da resilição bilateral, o 
denominado distrato, também a resilição unilateral, que se dá quando uma 
das partes, após comunicar à outra (aviso prévio ou pré-aviso), denuncia o 
contrato, desfazendo-o. Nessa linha, admite-se, portanto, a resilição 
unilateral somente com autorização legal expressa ou implícita (pela 
natureza da avença) e, sempre, com a prévia comunicação à outra parte .] 
 
Em especifico segue a linha dos demais contratos não tendo causa especifica 
de encerramento, mas requer aviso prévio de 90 dias quando o contrato for por 
tempo indeterminado, sob pena de indenização a outra parte, uma coisa importante 
a se observar é o vulto do investimento feito para o referido contrato, tendo que ser 
prazo compatível para tal, caso não haja concordância do prazo, por ser aberto, 
caberá ao juiz decidir o razoável. 
Deste contrato pode se concluir, portanto que, o mais importante é a 
diferenciação dos contratos de agencia e distribuição fazendo com que não haja 
confusão nos conceitos entre um e outro, fica bem claro as obrigações entre as 
partes, e as regras para a dissolução do mesmo. 
 
CONTRATO DE CONSTITUIÇÃO DE RENDA 
 
O contrato de constituição de renda que tem guarida os artigos 803 e 
seguintes, ´trata se de contrato solene, ou seja, requer escritura publica, podendo 
ser gratuito ou oneroso, unilateral ou bilateral, pode ser reduzida por tempo 
determinado, quem se obriga se chama devedor, ou rendeiro ou censuário, o que 
recebe o credito é conhecido como credor, rentista ou censuísta. 
Conceito deste contrato esta em que uma pessoa fica obrigada a pagar à 
outra por prazo determinado, ou indeterminado a depender do contrato, uma certa 
prestação periódica a título gratuito, quando não há nenhuma contrapartida do 
credor, conforme artigo 803 do CC ou ainda a título oneroso, em sua maioria, 
conforme 804. 
Tem como características principais ser contrato típico, na maioria das vezes 
oneroso, passando algumas da pessoa que o instituiu, sendo reconhecido como 
plurilateral, tendo envolvida no contrato terceira pessoa chamada beneficiário. 
Pode ser comutativo ou aleatório, se for fixado prazo determinado será 
comutativo, ao contrário se por tempo da vida de qualquer uma das partes, é 
aleatório, conforme artigo 806 do CC 
É considerado pela maioria da doutrina como contrato real, se perfaz com a 
tradição do bem e com a solenidade da forma, alguns autores entendem 
diversamente pois vai se aperfeiçoando pelo encontro das vontades. 
Tal contrato pode ser considerado de duração, e não instantâneo, tendo em 
vista que vai ocorrendo no decorrer do prazo estipulado pelo rendeiro. No 
entendimento do artigo 806, pode ser temporário ou vitalício. 
É contrato pessoal estipulado entre pessoas determinadas, mas tem suas 
especificidades quando da morte de uma das partes da relação processual como 
bem explicam PAMPLONA FILHO E GAGLIANO 
 
O mesmo não se dá com a morte do credor, pois o direito que titulariza é 
personalíssimo, não podendo transmiti-lo a terceiro. Assim, p. ex., se 
Leonardo Inácio (devedor/rendeiro) morre, o bem que recebeu (vinculado à 
renda) é transmitido ao seu filho Manoel Carlos, que continuará́ a pagar a 
renda ao credor (até o seu termo final ou a morte do referido rentista). Por 
outro lado, se morre o credor da renda, o contrato é imediatamente extinto. 
Por isso mesmo, no que diz respeito à importância da pessoa do 
contratante para a celebração e produção de efeitos do contrato, a 
constituição de renda é personalíssima em relação ao credor (rentista ou 
censuísta), e impessoal, quanto ao devedor (rendeiro ou censuário). (p. 
597) 
 
Percebe se, portanto, a especificidade da questão pessoal neste contrato. 
Uma questão importante é com relação à forma, por se tratar de solenidade, 
em escritura pública, sendo requisito de validade para tal contrato, sendo exceção à 
regra geral dos contratos, juntamente com o testamento, caso não seja observada 
tal forma, é considerado nulo, conforme artigo 166,II do CC. 
Referente ao direito das partes, há necessidade de separar os contratos 
unilaterais e bilaterais, no contrato unilateral, resta obrigação somente para o 
devedor, já no caso de contrato bilateral e oneroso, temos que “ ..., porém, há um 
direito óbvio do rendeiro ou censuário, qual seja, receber os bens móveis ou imóveis 
objeto do contrato, para que possa pagar a prestação pactuada. 
Caso as prestações não sejam pagas, há possibilidade de pleitear 
judicialmente junto ao credor, além de pedir exigência de garantia, para pagamento 
do credor, quando houver inadimplemento anterior. 
Cabedizer que o artigo 808 do CC, trata de nulidades do contrato quando em 
favor de pessoa falecida, ou que venha a falecer nos 30 dias posteriores à 
celebração se tal morreu de moléstia grave que já sofria. 
Por vezes a renda pode ter mais de um rentista, se não houver estipulação de 
percentuais diversa para os credores, no entanto no caso de um dos credores vier a 
faltar, em caso de falecimento, em regra de não acrescer aos demais é válida na 
inteligência do artigo 812, no entanto pode o devedor decidir em contrário, ou 
estipular tal clausula no início, além disso fica resguardado o direito quando os 
credores fores casados entre si, neste caso a cota parte de um deles aproveita ao 
outro, tendo como base o contrato de doação, (551§único CC), quando a título 
gratuito. 
A extinção contratual, se da por resilição, resolução, ou ainda rescisão, 
conforme o 806 do CC, valem causas anteriores ou ainda supervenientes, que 
ensejam a rescisão contratual. 
 
 
 
 
 
 
 Referências Bibliográficas: 
 
Gagliano, Pablo Stolze Novo curso de direito civil, volume 4 : tomo II : contratos em espécie / Pablo 
Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 10. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017. 1. Contratos (Direito 
civil) 2. Direito civil - Legislação – Bra- sil I. Pamplona Filho, Rodolfo. II. Título 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547217242/cfi/434!/4/4@0.00:0.00 
Acessado em: 02/12/2018 
 
Melo, Nehemias Domingos de Lições de direito civil: dos contratos e dos atos unilaterais: para 
concursos, exame da Ordem e graduação em direito : volume 3 / Nehemias Domingos de Melo. 
– São Paulo: Atlas, 2014. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788522489312/cfi/4!/4/4@0.00:0.00 
Acessado em: 02/12/2018

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