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Definição: Tratamento que visa intervir na programação sensório- motora pela estimulação tegumentar, utilizando uma bandagem elástica adesiva não limitante. O método foi desenvolvido pelo Dr. Kenzo Kase e pelo Dr. Murai, há aproximadamente 30 anos, com o objetivo de criar um método que pudesse habilitar ou reabilitar o ato motor sem limitar o movimento para que assim outras técnicas pudessem ser adotadas sem interferência. A bandagem proporciona a manipulação dos tecidos moles prolongando os benefícios da terapia manual. Como funciona (fisiologicamente) Na dor: Após o estímulo tátil, fibras aferentes ativam os interneurônios produtores de encefalinas, que inibem as fibras C da dor. No fortalecimento ou relaxamento da musculatura: as propriedades elásticas da fita copiam e aumentam a função das fibras musculares e tendões. Na junção músculo- tendão são encontrados receptores mecânicos especializados chamados Órgãos do tendão de Goldi(OTG), esses são estimulados através da pressão direta , juntamente com sua função de controlar o fuso muscular durante o movimento, faz com que este músculo seja ativado,inibido ou estabilizado através da bandagem. No movimento: Após a informação tátil do corpo (bandagem) ser enviada para o Cótex Somatosensorial e enviada ao Córtex Pré-frontal onde ocorre todo o planejamento, este é transmitido para os Gânglios da base que junto com o sistema motor Córtico-espinhal, ajudam no planejamento motor; repassam a informação para o Córtex, porém para as Áreas de Associação Motora onde se dá o movimento complexo; em conjunto, o Cerebelo organiza e atualiza o movimento com o planejamento em curto prazo, até que o mesmo torne-se pré-programado, por fim núcleos motores serão ativados para o gesto adaptado. Indicações: Quadros álgico; Lesões musculares; Alterações posturais; Edemas locais; Falhas posicionais articulares. Contra-indicações: Feridas abertas; Edemas generalizados; Carcinomas; Alterações cutâneas; Tromboses. Material utilizado: Fita adesiva não limitante; Composta por um polímero elástico 100% algodão; Hipoalérgica; Sensível ao calor; Livre de látex; É resistente a água de rápida evaporação e secagem; Possui estiramento prévio de 10% a 15%. Cores e tamanhos: Atualmente já existem disponíveis quase todas as cores, porém as comercializadas são: preta, rosa, azul e bege (cor da pele). Os tamanhos variam: 2,5 cm x 5 m / 5 cm x 5m / 7,5 cm x 5m / 5 cm x 31,5 m. (b) A fita pode permanecer aplicada de 3 – 5 dias, dependendo da região e do estado de conservação. Para técnicas de longa duração recomenda-se trocá-la de 3 em 3 dias. Após a aplicação permanecer com a região em repouso de 20 a 30 minutos, para que a bandagem possa aderir totalmente. Resumo Prático Após realizar a limpeza da área; Faça a escolha correta: A ordem de colocação deverá ser feita de acordo com o objetivo do tratamento, sempre colocando a 1ª camada com o maior objetivo; APLICAÇÃO Nomenclatura: Base (a) - Sem tensão (tensão = 0) - Sobre O (origem) e I (inserção) cerca de 2 cm. - Posição fisiológica Cauda (b) - Sem tensão (tensão = 0) - Sobre O (origem) e I (inserção) cerca de 2 cm. - Posição do máximo do curso articular (dissipar tensão) (a) Tratamentos e Técnicas 1) Técnica Muscular INIBIÇÃO: Utilizada quando o objetivo for inibir (relaxar) uma musculatura. Técnica aplicada: I ou Y Posição da região a ser tratada: neutra Sentido da fita: inserção/origem Tensão aplicada: 15% a 25% ATIVAÇÃO: Utilizada quando o objetivo for ativar (fortalecer ou facilitar função) uma musculatura. Técnica aplicada: I ou Y Posição da região a ser tratada: neutra Sentido da fita: origem/inserção Tensão aplicada: 50% a 75% 2) Técnica de correção de Espaço Técnica utilizada para liberar um ponto/região de dor; Técnicas aplicadas: Estrela, Donut ou I; ESTRELA: Posição de estiramento máximo e Tensão mínima de 15%. DONUT: Posição de estiramento máximo e Tensão de leve a moderada (25% à 50%). A colocação deverá ser feita da seguinte forma: Retirar o papel do centro, colar a fita em estiramento máximo, retornar a posição neutra e colar as bases sem tensão. I : Posição de estiramento máximo e Tensão de leve à moderada(25% à 50%). A colocação deverá ser da mesma forma da Donut. 3) Técnica de Correção Mecânica Técnica utilizada para corrigir/estabilizar sem limitar o movimento. Técnicas aplicadas: I ou Y. Aplicação: Técnica I: Tensão no centro da fita (75% a 100%) e bases sem tensão. Técnica Y: Colar a base em posição neutra e sem tensão, reposicionar a região, colar a fita com tensão de 50% a 75%, retornar o movimento e colar as âncoras. 4) Drenagem Técnica aplicada: Fan Posição da região a ser tratada: neutra Tensão da fita: sem tensão. Aplicação: base sem tensão, e caudas e âncoras com ondulações e sem tensão. 5) Ligamento ou Tendão Técnica aplicada: I Posição da região a ser tratada: neutra Tensão da fita: Ligamento (50% a 100%) e Tendão (50% a 75%) Aplicação: Colar a cauda com a tensão estabelecida, base e âncora sem tensão. (técnica em Y) (técnica em I) (técnica estrela) (técnica DONUT) (técnica FAN) DIFERENÇAS ENTRE BANDAGEM ELÁSTICA TERPÊUTICA E BANDAGEM FUNCIONAL BANDAGEM FUNCIONAL • Esparadrapo rígido • Necessita fitas pré- colocadas • Irritação da pele • Látex • Compressão da pele, músculos e tendões • Curta aplicação • Bandagem para proteção e/ou prevenção e não para reabilitação B.E.T • Não só protege. Além disso, facilita a recuperação • Não limita à biomecânica • Conforto pela baixa irritação • Livre de Látex • 3-4 dias • À prova de água • Permite a transpiração • Melhora a circulação sanguínea e linfática
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