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Art.+157+ +Roubo

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Dos Crimes Contra a Pessoa e o Patrimônio
Crimes Contra o Patrimônio
Roubo
Prof. Anderson Rodrigues da Silva
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Introdução.
Proteção constitucional: Preceitua o art. 5.º, caput, da Constituição Federal que todos são iguais perante a lei, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à propriedade, considerado, pois, um dos direitos humanos fundamentais. 
Por isso, o Código Penal tutela e protege o direito de propriedade especificamente neste Título II. 
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Introdução.
Crime complexo: O roubo nada mais é do que um furto associado a outras figuras típicas, como as originárias do emprego de violência ou de grave ameaça.
“É a reiteração da fórmula do furto a que se incorporam circunstâncias, de maneira tal que um roubo não pode existir sem que previamente seja furto” (LAJE ROS, La interpretación penal en el hurto, el robo y la extorsión, p. 250-251).
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Roubo.
Sujeito ativo: Qualquer pessoa
Sujeito passivo: Qualquer pessoa.
É preciso ressaltar que também a vítima somente da violência, mas não da subtração, pode ser sujeito passivo. Isto se deve aos objetos jurídicos protegidos pelo roubo, que incluem, além do patrimônio, a integridade física e a liberdade do indivíduo.
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Roubo.
Princípio da insignificância: Não pode ser aplicado no contexto do roubo. 
Obs: Trata-se de crime complexo, que protege outros bens além do patrimônio, de forma que a violência ou a grave ameaça não podem ser consideradas de menor relevância, configuradora do delito de bagatela.
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Roubo.
Não serve para caracterizar o roubo a violência exercida contra coisa, exceto se, de algum modo, atingir pessoa humana. 
STJ: “Para a configuração do crime de roubo é necessário que a violência empregada seja direcionada à vítima, e não à coisa, sendo certo que a configuração do delito previsto no art. 157, caput, do Código Penal – na hipótese de violência dirigida ao objeto – ocorrerá apenas se a violência repercutir na pessoa, impedindo-a de (...)
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Roubo.
oferecer resistência, o que não é a hipótese dos autos” (AgRg no AREsp 742.765-MG, 5.a T., rel. Jorge Mussi, 16.06.2016, DJe 24.06.2016).
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Roubo.
Elemento subjetivo: É o dolo.
Exige-se o elemento subjetivo específico, consistente em subtrair a coisa para si ou para outrem. 
No § 1.º, observa-se a seguinte finalidade específica: assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. Não se pune a forma culposa.
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Roubo.
Roubo de uso: Não existe tal forma em nosso entendimento, pois o agente, para roubar – diferentemente do que ocorre com o furto –, é levado a usar violência ou grave ameaça contra a pessoa, de forma que a vítima tem imediata ciência da conduta e de que seu bem foi levado embora.
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Roubo.
Logo, ainda que possa não existir, por parte do agente, a intenção de ficar com a coisa definitivamente (quer um carro somente para praticar um assalto, pretendendo depois devolvê-lo, por exemplo), consumou-se a infração penal.
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Roubo.
Grave ameaça: É o prenúncio de um acontecimento desagradável, com força intimidativa, desde que importante e sério. 
Violência: Toda forma de constrangimento físico voltado à pessoa humana. 
Atenção: A violência, na essência, é qualquer modo de constrangimento ou força, que pode ser física ou moral.
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Roubo.
Logo, bastaria mencionar nos tipos, quando fosse o caso, a palavra violência, para se considerar a física e a moral, que é a grave ameaça. 
Por tradição, preferiu o legislador separá-las, citando a grave ameaça (violência moral) e a violência, esta considerada, então, a física ou real.
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Roubo.
Violência imprópria não existe, mas, sim, violência presumida, que é própria. 
Ex.: Aquele que droga a vítima para, enquanto ela está desacordada, levar-lhe os pertences está cometendo roubo, e não furto. 
Atenção: Não se deve confundir essa prática com outras figuras do furto qualificado (fraude, abuso de confiança ou destreza). 
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Roubo.
No caso do art. 155, § 4.º, II, a fraude é utilizada para ludibriar a vítima que não se programa para resistir, pois é enganada pelo ardil utilizado; não há abuso de confiança, pois nem a relação de confiança se estabeleceu entre agente e ofendido; inexiste destreza, pois não se trata de agilidade das mãos do autor para tomar os bens da vítima.
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Roubo.
Objeto material: É a coisa subtraída pelo agente e também a pessoa que sofre a violência, direta ou indireta, ou a grave ameaça. 
Objetos jurídicos: São o patrimônio, a integridade física e a liberdade do indivíduo.
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Roubo.
Roubo contra várias pessoas através de uma ação: Concurso formal.
Como regra, a ação desencadeada pelo agente envolve uma única grave ameaça, voltada a determinados ofendidos, confinados num local. 
Eles se desfazem dos seus pertences, quase ao mesmo tempo, constituindo cenário único.
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Roubo.
Por isso, caracteriza-se a figura do art. 70 do Código Penal. 
Ex.: O autor ingressa num ônibus, anuncia o assalto e pede que todos passem os bens. Concretiza-se o concurso formal perfeito, pois o agente não possui desígnios autônomos, vale dizer, dolo direto em relação a cada uma das vítimas, que nem mesmo conhece.
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Roubo.
Eventualmente, pode-se falar em concurso formal imperfeito (art. 70, caput, segunda parte, CP), desde que se prove o desígnio autônomo (dolo direto) do autor do crime no tocante a cada um dos ofendidos.
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Roubo.
Roubo seguido de resistência: Concurso material – artigo 69 do CP. 
Ambos os delitos tutelam bens jurídicos diversos: patrimônio e administração da justiça. 
Ademais, normalmente, quando a polícia chega o roubo já se encontra consumado, momento em que o agente investe contra os policiais, agressivamente, para evitar a prisão. 
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Roubo.
Roubo e estado de necessidade: Embora a corrente majoritária na jurisprudência não aceite a possibilidade de se alegar estado de necessidade quando se pratica um roubo, não vemos óbice legal a tanto. 
É evidente que o que se pretende coibir é o abuso e a falsa alegação de necessidade.
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Roubo.
Em casos excepcionais, no entanto, cremos possível haver a excludente de ilicitude, mesmo no contexto do roubo. 
Destaque-se que a excludente do art. 24 do Código Penal permite que, em situação de perigo não gerada pelo autor do fato necessário, pode-se até matar. 
Ex.: Náufrago.
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Roubo.
Veículo com rastreador: A recuperação do carro, por dispor de rastreador, não influi na consumação do roubo, pois o agente teve a posse do automóvel, retirando-o da esfera de vigilância da vítima.
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Roubo.
Súmula 582 do STJ: Consuma-se o crime de roubo com a inversão da posse do bem mediante emprego de violência ou grave ameaça, ainda que por breve tempo e em seguida à perseguição imediata ao agente e recuperação da coisa roubada, sendo prescindível a posse mansa e pacífica ou desvigiada.
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Roubo.
O termo fora do cenário é desvigiada. 
No fundo, o STJ chancelou a noção de ser o crime de roubo um delito material – e não formal. 
É preciso a perda, mesmo que momentânea, do bem.
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Roubo.
Concurso de roubo e extorsão: É possível haver, pois são crimes de espécies diferentes, cada qual previsto num tipo penal. 
Ex.: O agente que ingressa numa residência, subtraindo coisas com violência ou grave ameaça, e, em seguida, delibera obrigar a vítima a dar-lhe a senha do caixa eletrônico ou faz com que o ofendido vá retirar o dinheiro, trazendo-o até o agente, comete roubo e extorsão, em concurso material. 
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Roubo.
STF: “Apesar da eventual dificuldade, em casos práticos, da distinção entre roubo e extorsão, havendo condutas autônomas, inviável o reconhecimento de crime único. 2. Não há como reconhecer a absorção de uma conduta pela outra, poiso roubo não constitui meio para a prática da extorsão ou vice-versa” (RHC 112.676-MG, 1.a T., j. 21.08.2012, v.u., rel. Rosa Weber).
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Roubo.
Roubo próprio: É a autêntica forma de realização do roubo. O agente usa a violência ou a grave ameaça para retirar os bens da vítima.
Roubo impróprio:  É o emprego da violência ou grave ameaça do autor após ter o bem em suas mãos, tendo por finalidade assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa definitivamente.
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Boa noite!!!

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