Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
30/09/2018 1 PATOLOGIA E DIETOTERAPIA NAS DOENÇAS RELACIONADAS AS GLÂNDULAS ANEXAS Prof. Dra Isabelle de Lima Brito Polari Isa_limab@hotmail.com Glândulas anexas ao TGI Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Fígado Pâncreas 30/09/2018 2 Glândulas anexas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Fígado Ves. Biliar Cárdia Estômago Ducto biliar Duodeno Pâncreas Baço 30/09/2018 3 Glândulas anexas ao TGI Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Fígado As principais doenças hepáticas crônicas (DHC) são: Hepatite viral, alcoólica ou autoimune Doença hepática gordurosa não- alcoólica (DHGNA) Cirrose hepática Carcinoma hepatocelular. A cirrose. Fígado – Hepatite Viral Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas É umainflamação disseminada do fígado e é causada pelas hepatites A, B, C, D e E. Transmitidas por via fecal-oralA e E Transmitidas por sangue e fluidos corporais B,C e D 30/09/2018 4 Fígado – Hepatite Viral Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Crônica Aguda Elevação das bilirrubinas “substância amarelada encontrada na bile, que permanece no plasma sanguíneo até ser eliminada na urina.” Fígado - Cirrose Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Cirrose Doença difusa do fígado, considerada estágio próprio da evolução de diversas doenças hepáticas crônicas e pode evoluir para insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular. Necrose e problemas relacionados a regeneração celular. 30/09/2018 5 Fígado - Cirrose Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas 30/09/2018 6 Fígado - Doença hepática gordurosa não- alcoólica (DHGNA) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Termo genérico, para denominar anormalidades hepáticas relacionadas com a infiltração de lipídios no citoplasma dos hepatócitos de pacientes com consumo inferior a 20 g de etanol por dia. Nesta categoria estão incluídas desde esteatose hepática benigna, até esteatohepatite não-alcoólica ou NASH (Nonalcoholic Steatohepatitis) com necrose e regeneração nodular. Fígado - Doença hepática gordurosa não- alcoólica (DHGNA) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas É comumente associada a obesidade, diabetes melito, dislipidemia e resistência à insulina. 30/09/2018 7 Fígado - Doença hepática gordurosa não- alcoólica (DHGNA) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Fígado - Insuficiência hepática crônica (IHC) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Falência global do fígado, relacionada a agressão contínua ao parênquima hepático, ocasionada por vários agentes etiológicos, como uso de etanol, infecção viral, acúmulo de gordura citoplasmática ou doença autoimune. Ocorre quando a redução da capacidade funcional do fígado ultrapassa 80% com alta taxa de mortalidade. Indicado transplante para a maioria dos acometidos, com possibilidade de boa evolução em 94% dos pacientes. 30/09/2018 8 Fígado - Insuficiência hepática crônica (IHC) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas A insuficiência hepática está associada diretamente com maior risco para desenvolvimento de encefalopatia hepática Síndrome neuropsiquiátrica, potencialmente reversível, caracterizada por alterações na personalidade, no comportamento, na redução da cognição, da função motora e no nível de consciência. A encefalopatia hepática piora o prognóstico e a taxa de mortalidade. Fígado - Insuficiência hepática crônica (IHC) Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Lesões cerebrais 30/09/2018 9 Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Ingestão dietética inadequada; Alterações dos indicadores antropométricos, bioquímicos e clínicos, evidenciando comprometimento nutricional importante; Retenção hídrica, em pacientes com hepatopatia descompensada possuem com a presença de ascite e edema periférico, associada à hipoalbuminemia e à desnutrição. Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas A desnutrição está presente em 20% dos pacientes com doença hepática compensada e acima de 80% em pacientes com cirrose des- compensada. Distúrbios nutricionais mais prevalentes em pacientes hospitalizados por doença hepática de origem alcoólica em relação a não-alcoólica. Nos pacientes em lista de transplante hepático, pode-se observar, em 100% dos casos, algum grau de desnutrição A desnutrição interfere negativamente na evolução clínica do hepatopata. Está associada ao aumento da morbidade e da mortalidade, com maior suscetibilidade para complicações infecciosas. 30/09/2018 10 Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Esteatorréia 30/09/2018 11 Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas A via de escolha para suplementação nutricional: oral/ TN enteral (NE) ou nutrição parenteral (NP): ingestão via oral for inferior a 60% e nos casos de desnutrição importante. - deve considerar a condição clínica individual, os riscos e os benefícios de cada método. Ainda não existe método de avaliação nutricional considerado padrão-ouro para pacientes com DHC TERAPIA NUTRICIONAL: Pacientes com Doenças doenças hepáticas crônicas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas DIETA APOPROTEÍCA: Dieta restrita em proteínas de origem animal e vegetal, a fim de diminuir o trabalho hepático, dependendo do grau de evolução da doença. CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: A dieta aprotéica é indicada para pacientes com problemas hepáticos em grau avançado da doença. CARACTERÍSTICAS DA DIETA: Dieta normocalórica, hiperglicídica, normolipídica e isenta de proteínas; - Restringir a quantidade de proteína de alto ou baixo valor biológico nas refeições. FRACIONAMENTO DA DIETA: Cinco (5) refeições por dia (desjejum, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite). 30/09/2018 12 Normal Cirrose Hepatite crônica Colangite Doença policística 30/09/2018 13 Pâncreas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas O pâncreas é uma glândula alongada, achatada Esse órgão glandular tem funções endócrinas e exócrinas. glucagon, insulina e somatostatina para absorção na circulação (função endócrina) enzimas e outras substâncias diretamente no lúmen do intestino Pâncreas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas 30/09/2018 14 Pancreatite Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Inflamação do pâncreas é caracterizada por edema, exsudato celular e necrose de gordura. Aguda Crônica Pancreatite - Sintomas Patologia e dietoterapia nas doenças relacionadas as glândulas anexas Dor abdominal superior contínua ou intermitente de várias intensidades a qual pode irradiar para as costas. Os sintomas podem piorar com a ingestão de alimentos. Náusea Vômito Distensão abdominal Esteatorreia (gordura nas fezes). Dor associada à pancreatite está parcialmente relacionada aos mecanismos secretórios de enzimas pancreáticase bile. Portanto, a terapia nutricional é ajustada para fornecer o mínimo de estimulação desses sistemas 30/09/2018 15 30/09/2018 16 Preferir - refeições fracionadas e pequeno volume (cinco a seis por dia); - preparações mais secas para evitar náuseas e vômitos; - chupar gelo; - mastigar bem os alimentos; - óleos com TCM: óleo de coco e milho ou TCM; - mínimo de 2-3% de ácidos graxos essenciais do VET = aproximadamente 4 a 7 g de ácido linoléico; - alimentos bem cozidos, em consistência branda a líquida para reduzir o trabalho digestivo; - carboidratos complexos e integrais: inhame, aipim, batata-baroa, arroz/pão/biscoito/macarrão integrais; - alimentos ricos em vit B12: fígado, leite, ovos, peixe, carne bovina e queijo; - preparações cozidas, grelhadas e assadas; - leite desnatado e queijos magros (ricota, cottage e minas frescal); - hortaliças e frutas não flatulentas, conforme aceitação; - chás claros (erva-doce, camomila, erva-cidreira, maçã); - suplementação de vitaminas lipossolúveis: A, D, E e K; - líquidos somente antes e depois das refeições; - comprimidos/drágeas com enzimas pancreáticas para pacientes com redução maior ou igual a 90% da secreção de lúpus e tripsina. Evitar - refeições volumosas, pois estimulam o pâncreas; - bebidas alcoólicas, bebidas ricas em cafeína: café, chá preto, chá mate, refrigerantes à base de cola, guaraná natural; - preparações gordurosas: estrogonofe, feijoada, moqueca, massas com molhos cremosos e queijos, frituras; - leite integral e queijos amarelos; - excesso de açúcar: balas, bolo, doces, chocolates, refrigerantes, mel, melado, rapadura, açúcar mascavo para evitar hiperglicemia; - alimentos flatulentos: feijões, repolhos, couve-flor, brócolis, pimentão, melancia, oleaginosas, melão.
Compartilhar