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Direitos Civil Aplicado, Direitos Reais e Propriedade

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Resumão – Direitos Reais.
Direito das coisas: Trata-se da área do direito concernente aos bens corpóreos suscetíveis de apropriação pelo homem.
Direito Real: é o que afeta a coisa direta e indiretamente e a segue em poder de quem quer que a detenha (Lafayette Rodrigues Pereira).
Direito pessoal: consiste numa relação jurídica pela qual o sujeito ativo pode exigir do sujeito passivo determinada prestação.
	
	Direitos reais
	Direitos pessoais
	Quanto ao objeto:
	Bens determinados, moveis e imóveis.
	Prestação positiva e prestação negativa.
	Quanto a tipicidade:
	São típicos e taxativos, definidos “numerus clausus”, Art. 1.225, CC.
	Rol exemplificativo (enumeração legal) contratos nominados e inominados “numerus apertus”.
	Quanto a natureza jurídica:
	Normas cogentes ou obrigatórias, Ex. Art. 1.245, CC.
	Normas dispositivas ou facultativas.
	Quanto à eficácia:
	Efeitos, “erga omnes”.
	Efeitos, “inter partes”.
	Quanto a duração:
	Por via de regra, perpétuos com exceção da propriedade resolúvel.
	São efêmeras ou temporárias, possuindo prazo determinado.
Obrigações “proper rem”
Vincula a prestação em face da coisa/bem do negócio jurídico, recai sobre uma pessoa por força de determinado direito real.
A obrigação segue o bem (coisa).
Independe da vontade do devedor.
O sucessor assume automaticamente as obrigações ainda que não saiba de sua existência.
Pode decorrer de lei ou do acordo entre as partes.
Existe em razão da situação jurídica do obrigado de titular de domínio ou de detentor de determinada coisa.
Noções gerais sobre a posse (Arts. 1.196 ao 1.224, CC)
Considerar-se-á possuidor todo aquele que tem de fato o exercício pleno ou não de alguns dos poderes inerentes a propriedade (Art. 1.196, CC).
Não induzem a posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos violentos ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou clandestinidade (Art. 1.208).
Posse é a conduta do dono.
Elementos da posse:
Corpus (objetivo).
Animus (subjetivo).
Teorias:
Teoria subjetiva de Savigny (Corpus e animus):
Corpus: elemento objetivo que consiste na detenção de coisa física.
Animus: elemento subjetivo que se encontra na intenção de exercer sobre a coisa um poder de interesse próprio e defendê-la.
Teoria objetiva de Lhering (Não adotada pelo codex civil):
Basta apenas o elemento objetivo (corpus) pois a posse se revela na maneira como o proprietário age em face da coisa.
Natureza jurídica (especial)
Para Lhering:
A posse é um direito, pois afirma que os “direitos são interesses jurídicos protegidos”
Obs. outra corrente afirma que a posse é um fato, vez que não tem anatomia, não tem valor jurídico próprio.
Considera a posse como um direito real.
Para Savigny:
A posse é ao mesmo tempo, um fato e um direito (eclética). Pois é, em si mesma um fato e os efeitos que produz (usucapião e interditos) são um direito.
Considera a posse como um direito pessoal.
	Jus possidendi
	Jus possessionis
	É o direito à posse conferido ao portador de um titulo devidamente transcrito. É a posse acompanhada de um direito precessor. Fato + Direito = Compra.
	Deriva de uma posse autônoma, independentemente de qualquer título. É a posse desacompanhada de um direito precessor. Fato = invasão.
	Posse
	Detenção
	É o exercício pleno ou não, de alguns dos poderes inerentes a propriedade. Ex. locatário e locador exercer ambos posse sobre o bem.
	É a situação em que alguém conserva a posse em nome de outro e em cumprimento a suas ordens. Confere ao detentor direitos decorrentes da posse.
	Gera direito a usucapião.
	Não gera direito a usucapião.
Classificações da posse
Direta: é a posse em relação ao proprietário.
“A posse direta de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente em virtude de direito pessoal ou real, não anula a indireta de quem foi aquela havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto (Art. 1.197, CC).
Indireta: é a posse em relação ao proprietário.
O titular do direito real fica com a posse indireta (pois transfere a outrem o direito de usar a coisa) como consequência de seu domínio.
Justa: é aquela que não repugna ao direito por ter sido adquirido por algum dos modos previstos em lei, ou sem vicio jurídico externo.
“é justa a causa que não for violenta, clandestina ou precária” (Art. 1.200, CC).
Injusta: por oposição que foi adquirida por meio de violência, clandestina ou precária.
Posse violenta: a posse que toma o objeto de alguém despojando-o a força ou por grave ameaça. Caso contrário, considerar-se-á a posse mansa e pacifica.
Posse clandestina: a posse do que furta um objeto ou ocupa um imóvel de outrem de maneira furtiva.
Precária: a posse onde o agente se nega a devolver a coisa finda a obrigação que tornava sua posse legitima, passando a possuir a coisa de má-fé.
Boa-fé: é a crença do possuidor de se encontrar em uma situação legitima. Se ignora a existência de vício na aquisição da posse, ela é de boa-fé.
“Não se pode considerar-se de boa-fé a posse de quem por erro inescusável ou ignorância grosseira, desconhece o vicio que mina a sua posse”.
Má-fé: quando o possuidor conhece da existência de vicio que mina sua posse.
Nova (cabe liminar): é a de menos de ano e dia, levando-se em conta o tempo decorrido desde a ocorrência da turbação. Se o turbado reagiu logo, intentando a ação dentro do prazo de ano e dia, poderia pleitear a concessão de liminar por se trata de ação de força nova.
Velha (não cabe liminar): é a de ano e dia ou mais passado o prazo de turbação, o procedimento será ordinário, sem direito a liminar por se tratar de força velha.
“ad interdicta”: é a que pode ser defendida pelos interditos, isto é, pelas ações possessórias, quando molestada, mas não gera direito a usucapião. Ela resulta de relação jurídica obrigacional.
“ad usucapionem”: é a que prolonga por um tempo definido em lei e que dá ao seu titular a aquisição do domínio, ou seja, a que enseja o direito a propriedade. É capaz de gerar direito a usucapião.
Composse: 
quando 2/+ indivíduos exercem, ao mesmo tempo poderes possessórios sobre a mesma coisa. Ocorrendo em todos os casos em que ocorrer o condomínio.
PRO DIVISO: quando os compossuidores estabelecem a divisão de fato sobre a coisa para que o direito de cada um seja utilizado pacificamente, logo a posse é exercida numa parte definida do bem. 
PRO INDIVISO: quando todos exercem ao mesmo tempo e sofre toda a coisa, os poderes de fato, utilizando-a. os compossuidores tem posse somente de partes ideais da coisa.
Meios de aquisição e efeitos da posse
Aquisição (Art. 1.205, CC):
Pela própria pessoa ou por 3º com mandato (subordinação).
Por 3º sem mandato mediante ratificação.
Posse extensiva, podendo ser ratificada a aquisição.
Acessão (união ou soma de posse): 
Sucessão universal (Art. 1.206, CC): (inventario) nessa hipótese se mantem as características da posse de seu antecessor.
Sucessão singular (Art. 1.207, CC): (alienação ou doação) pode ter características diferentes da de seu antecessor.
Transmissão via contratual (posse ficta): “clausula constituti” ou “constituto possessório”.
Clausula constituti ou constituto possessório: transmissão da posse, gera posse fictícia.
Clausula contituti: assegura a pessoa o direito de continuar na posse do bem, embora o titulo alheio. Alterando o negócio jurídico, de modo que altera a titularidade, portanto aquele que possuía em nome próprio, passa a possuir em nome alheio.
Art. 1.267. A propriedade das coisas não se transfere pelos negócios jurídicos antes da tradição. 
Parágrafo único. Subentende-se a tradição quando o transmitente continua a possuir pelo constituto possessório; quando cede ao adquirente o direito à restituição da coisa, que se encontra em poder de terceiro; ou quando o adquirente já está na posse da coisa, por ocasião do negócio jurídico.
Obs.
Traditio brevi manu: quando alguém se torna dono de algo que já tinha a posse.
Efeitos:
Defesaimediata da posse (Art. 1.210, CC): se permite pela própria força, manter-se ou recuperar a posse do bem.
Legitima defesa da posse (turbação):
Turbação: quando se tem perturbada a posse, sem a sua perda, cabendo ação manutenção de posse.
Desforço imediato (esbulho): 
Esbulho: quando o possessor perde a posse, cabendo medida de reintegração de posse.
Ações tipicamente possessórias 
Interdito proibitório (Art. 932, CPC): ameaça de turbação ou esbulho iminente.
Obs. sumula 228 do STJ, não cabe para a proteção de direito autoral.
manutenção de posse: quando há turbação.
reintegração de posse (Art. 927, CPC): quando há esbulho.
Juizo possessório vs. Juizo petitório 
Características das ações possessórias 
Principio da fungibilidade: faculdade de modificar a ação, convertendo ação para o instrumento adequado.
Caráter dúplice: de acordo com o antigo código civil, poderia ser ajuizada “reconvenção” na própria peça de contestação, de uma ação de reintegração de posse por exemplo. Ou seja, na ação possessória, ela possuía caráter dúplice de contestação e reconvenção, de acordo com o antigo código civil.
Percepção dos frutos (Frutos colhidos) (Arts. 1.214 a 1.216):
Naturais: ex. frutas e etc...
Reputam-se colhidos e percebidos desde logo destacados.
Industriais: ex. derivados industrializados e etc...
Reputam-se colhidos e percebidos desde logo destacados.
Civis: ex. alugueis e etc...
Reputam-se colhidos dia por dia.
Benfeitorias (Arts. 1.219 e 1.220, CC):
Necessárias: 
Em caso de boa-fé: tem direito de indenização pelas mesmas, além do direito de retenção.
Em caso de má-fé: tem direito de indenização pelas mesmas, não lhe assistindo o direito de retenção.
Uteis:
Em caso de boa-fé: tem direito de indenização pelas mesmas, além do direito de retenção.
Voluptuosas:
Em caso de boa-fé: tem direito a indenização pelas mesmas, se não lhe forem pagas tem direito a levanta-las desde que sem detrimento da coisa.
Usucapião (Arts. 205 e 206, CC): é a forma de aquisição da propriedade pela posse prolongada e ininterrupta.
Formas de perda da posse (Art. 1.223, CC): Perde-se a posse quando cessa, embora contra a vontade do possuidor, o poder sobre o bem, ao qual se refere.
Abandono: se da quando o possuidor renuncia a posse de forma voluntaria, sendo a posse definitiva a depender de que outrem reclame a posse para si.
Tradição.
Destruição da coisa: perecendo objeto extingue-se o direito.
Posse por outrem (Esbulho):
Obs. Perda de posse para o ausente (Art. 1.224), só ocorre se este não fizer nada sabendo do esbulho de sua coisa.
Perda propriamente dita: se o objete desaparece.
Colocação da coisa fora do comercio: por ter se tornado inaproveitável ou inalienável.
Formas de perda da propriedade (Art. 1.275, CC)
Alienação: mediante tradição (que no casso de imóveis ocorre com a inscrição do título transmissivo na matricula do imóvel).
Renúncia: ocorre mediante registro do ato renunciativo na matriculo do imóvel (se superior a 30 salários mínimos).
Abandono (Art. 1.276): 
Que cessem os atos de posse do proprietário.
Deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
Perecimento da coisa. 
Desapropriação.
Ações relacionadas a posse
Ação de imissão na posse: o proprietário ajuíza quando nunca teve a posse da propriedade, obtendo depois a posse ficta por meio de sentença judicial.
Proposta contra o alienante.
Ação reivindicatória: o proprietário ajuíza quando tem a propriedade e tinha a posse, e visa reaver a posse.
Proposta contra o atual detentor.
Ação de nunciação de obra nova: para que se interrompa obra nova (inacabada), quando esta gerar prejuízo a terceiros ou esteja em desacordo com as devidas normas para construção civil.
Obs. quando obra nova invade terreno vizinho, continua sendo a ação possessória o modo adequado.
Ação demolitória: para que se embargue imóvel acabado ou em fase de acabamento.
Ação de embargos de terceiro: para livrar constrição judicial de bem.
Sum. 84, STJ: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro.
Sum. 375, STJ: O reconhecimento da fraude à execução depende do registro da penhora do bem alienado ou da prova de má-fé do terceiro adquirente.
Fraude
Contra credores: a alienação é realizada antes dos devedores serem citados.
A execução: a alienação é realizada depois da citação do devedor.
Propriedade: 
direitos do proprietário (Art. 1.228, CC):
Usar.
Fruir (gozar): tirar proveito econômico.
Dispor: alienar, doar, dar em garantia e etc...
Reaver: a titulo de exemplo, reaver pro meio de ação reivindicatória.
características:
absoluta relativizada: pois embora absoluta, admite certas limitações. Sendo elas:
Função social (Art. 1.228, Par. 1º, CC).
Abuso de direito (Art. 1.228, Par. 2º, CC).
 Desapropriação (Art. 1.228, Par. 3º, 4º e 5º, CC).
Elasticidade: mesmo que eu ceda o direito de usufruir a outrem, eventualmente, ele volta ao proprietário, sendo elastizada.
Perpetuidade: em regra, a propriedade é perpetua.
Exceção: propriedade resolúvel e usucapião.
Exclusividade: tem o proprietário, poder sobre a coisa para se quiser excluir qualquer 3º que pretenda se opor ao seu direito, podendo ele proibir que 3º se sirva do seu bem.
Formas de aquisição
Pelo registro do título: com instrumento de compra e venda, lavra-se no cartório de notas uma escritura publica e posteriormente, registra-se no cartório de registro de imóveis esta escritura.
Obs. Certidão vintenária: certidão que consta do historio do imóvel, nos últimos 20 anos.
Pela usucapião.
Pela acessão: quando se adquire um bem, por se ter construído nele (ou por ter acrescido parte do terreno), dando função social, mediante o pagamento de uma indenização.
Pela sucessão.
Usucapião (Art. 1.238, CC)
Definição:
Forma originaria de aquisição de propriedade pela posse prolongada e qualificada por requisitos previsto em lei, também chamada de prescrição aquisitiva.
Efeitos:
Inaugura uma nova cadeia dominial: contando novamente o registro de titulares a partir deste usucapiente.
Não incidência do ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis) (Não há transmissão de propriedade).
A sentença a qual determina a prescrição aquisitiva é levada ao registro de imóveis, para que seja registrada. sem esta preservar o princípio da continuidade dos registros, pois gera nova cadeia dominial.
Obs. in 
Bens públicos não são passíveis de ser objeto da usucapião.
Obs. out
Em relação a ação de usucapião:
Natureza jurídica declaratória.
Sentença tem efeito erga omnes.
Citação pessoal dos conflitantes (Art.246, Par. 3º, CPC).
Devem ser citados a união, estado, distrito federal e município: para que seja verificada se são bens de posse dos mesmos.
Usucapião extrajudicial: O Artigo 1.071 do Novo Código de Processo Civil adicionou à Lei de Registros Públicos (Lei 6.015/73) o artigo 216-A.
	modalidades
	Previsão legal
	prazos
	requisitos
	extraordinario
	Art. 1.238, CAPUT, Par. Uni., CC
	15, ou10 anos, caso seja estabelecida posse para moradia ou nela realizada obras ou serviços de caráter produtivo
	Posse continua, mansa e pacifica.
	ordinário
	Art. 1.242, CAPUT, Par. Uni., CC
	10 ou 05 anos, caso o imóvel for adquirido onerosamente, com base no registro em cartório.
	Posse continua, mansa e pacifica, com justo título e boa-fé.
	especial urbano individual
	Art. 1.240, CC, Art. 183, CF e Lei 10.257/2001
	05 anos
	Posse continua, mansa e pacifica, área máxima de 250m2, não sendo proprietário de outro imóvel.
	Especial rural
	Art. 1.239, CC e Art. 191, CF
	05 anos
	Tomar posse, tornar produtiva para si ou sua família, não superior a 50 ha e não ser proprietário de outro imóvel
	Coletiva urbana (pro misero)
	Art. 10º a 14º, Lei 10.257/2001
	05 anos
	Posse continua, mansa e pacifica, sendo maior que 250m2, onde não seja possível individualizar os imóveis.
	rural
	Art. 1º da lei 6.969/1981
	05 anos
	Posse continua, mansa e pacifica,tamanho máximo de 25 HA. Não sendo proprietário de outro imóvel, também 
	familiar
	Art. 1.240-a, CC
	05 anos
	Posse continua, mansa e pacifica de imóvel cuja propriedade era dividida com o ex-cônjuge após o cônjuge abandonar o lar, desde que não possua outro imóvel urbano ou rural
	indígena
	Art. 33, Lei 6001/1973
	10 anos
	Ser índio, Posse continua, de terra não superior a 50 ha.
	Em defesa na ação reivindicatória de posse (ou desapropriação)
	Art. 1.228, Par. 4º, CC
	05 anos 
	Posse continua, mansa, pacifica, ininterrupta, e de boa-fé tendo realizados obras de interesse social e econômico relevante. Modalidade exclusivamente judicial.
	
	
	
	
Acessões artificiais 
Art. 1.258, CC: invasão até 5% do imóvel vizinho, o construtor; 
Boa-fé: adquire o solo da propriedade que invadiu se:
O valor da construção for superior a parte invadida,
Pagar indenização pelo valor da área perdida acrescido do valor da desvalorização da área remanescente.
Má-fé: adquire o solo da propriedade que invadiu se:
o valor da construção for superior a parte invadida
não for possível a demolição da construção sem prejuízo do mesmo.
Pagar 10x o valor da indenização (valor da área perdida acrescida do valor da desvalorização da área remanescente)
Art. 1.259, CC: invasão superior a 5% do imóvel vizinho, o construtor;
Boa-fé: adquire o solo da propriedade que invadiu mediante perdas e danos.
Valorização da construção
Área perdida
Desvalorização da área remanescente.
Má-fé: é obrigado a demolir a construção acrescido do pagamento em dobro do valor das perdas e danos.
Condomínio
Definição: Quando os direitos inerentes a propriedade pertencerem a mais de um titular simultaneamente.
Quanto a origem:
Voluntario ou convencional (Art. 1.314 a 1.327, CC): surge do acordo entre as partes.
Eventual: resulta da vontade de terceiro, ou seja, de doador ou do testador ao efetuar uma liberalidade a várias pessoas.
Necessário ou legal (Art. 1.327 a 1.331, CC): surge de uma imposição legal.
Edilício (Art. 1.331 a 1.338, CC, Leis nº 4.591/64 e 1.931/2004): composto de uma área privativa (área útil) e uma determinada fração de uma área comum (fração ideal).
Natureza: sui generis, ou seja, natureza própria.
É considerado ente despersonalizado, ainda que possuidor de CNPJ, podendo demandar e ser demandado.
Instituição e constituição:
Convenção do condomínio: é um documento público, que deve constar no cartório de imóveis, e dispor devidamente a respeito dos deveres e direitos dos condôminos, 2/3 para aprovação.
Regimento interno: regulamenta as regras de convivência dos condôminos, servindo para estipular-se uma conduta padrão.
Quanto à forma:
Pro diviso: comunhão de direito.
Pro indiviso: comunhão de direito e de fato.
Transitório: convenciona.
Permanente: legal.
Quanto ao objeto:
Universal: abrange bens diversos.
Singular: abrange uma coisa determinada.
Direitos:
Usar a coisa (Art. 1.319, CC).
reivindicar a coisa contra terceiros.
Defender a sua posse contra terceiros.
Alhear (alienar) sua quota parte da coisa.
Gravar sua quota parte da coisa (Art. 1.420, CC).
Dever dos condôminos (Arts. 1.316 a 1.318, CC)
Dever de concorrer nas despesas da coisa.
Condomínio edilício (Arts. 1.331 a 1.358, CC e Lei nº 4.591/64 e 1.098/04)
Caracteriza-se condomínio edilício pela apresentação de uma propriedade comum ao lado de uma propriedade privativa/exclusiva 
Obs. não configura PJ, porem tem capacidade para estar em juizo.
Natureza jurídica: “sui generis” ou seja natureza própria 
Instituição e constituição do condomínio: todo condomínio em edificações deve ter obrigatoriamente, o ato de constituição, a convenção de condomínio e o regulamento.
Art. 1.332, CC Institui-se o condomínio edilício por ato entre vivos ou testamento, registrado no Cartório de Registro de Imóveis, devendo constar daquele ato, além do disposto em lei especial: 
I – A discriminação e individualização das unidades de propriedade exclusiva, estremadas uma das outras e das partes comuns; 
II – A determinação da fração ideal atribuída a cada unidade, relativamente ao terreno e partes comuns; 
III – o fim a que as unidades se destinam.
Art. 1.333. A convenção que constitui o condomínio edilício deve ser subscrita pelos titulares de, no mínimo, dois terços das frações ideais e torna-se, desde logo, obrigatória para os titulares de direito sobre as unidades, ou para quantos sobre elas tenham posse ou detenção.
Parágrafo único. Para ser oponível contra terceiros, a convenção do condomínio deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis
O ato de instituição de do condomínio e sempre um ato de vontade, sendo ele:
Por determinação do proprietário do edifício.
Por incorporação.
Por testamento.
Direitos dos condôminos (Art. 1.335, CC)
Usar, fruir e livremente dispor de suas unidades.
Usar das partes comuns.
Votar nas deliberações da assembleia.
Deveres dos condôminos
Contribuir para as despesas, na sua proporção ideal.
Não realizar obras que comprometam a segurança.
Dar as suas partes a mesma destinação que tem a edificação, não prejudicar o sossego, salubridade e segurança dos possuidores ou os bons costumes.
Direitos reais sobre coisa alheia 
Direitos de uso e fruição
Usufruto.
Uso.
Habitação.
Servidão.
Superfície.
Enfiteuse
Direitos reais de garantia (Arts. 1.419 a 1.430, CC)
Hipoteca (Arts. 1.476 a 1.505, CC): quando se grava um bem imóvel (ou outro bem que lei considere como hipotecável, como navios e aeronaves) pertencente ao devedor ou a um terceiro, sem transmissão da posse ao credor (na hipoteca não há tradição). Se o devedor não paga a dívida no seu vencimento, fica o credor habilitado para exercer o direito de excussão (solicitar a venda judicial do bem). Isso ocorre para que, com o produzido da venda, seu crédito seja preferencialmente pago.
Penhor (Arts. 1.432 a 1.472, CC): quando o devedor (ou ainda um terceiro) transfere ao credor a posse direta de bem móvel suscetível de alienação, como forma de garantir o pagamento de seu débito. Até o pagamento da obrigação, o bem fica em mãos do credor, ou seja, há a transferência do bem móvel ao credor.
Anticrese (Arts. 1.506 a 1.510, CC): quando o devedor transfere para seu credor (logo, há a transferência do bem ao credor) a posse de bem imóvel, para que este se aproveite dos frutos e rendimentos do imóvel, até o montante da dívida a ser paga.
Características
Preferência (Art. 1.422, CC): o credor hipotecário e o credor pignoratício têm direito de excutir a coisa hipotecada ou empenhada, preferindo no pagamento a outros credores.
Obs. não sendo esta preferência absoluta, vide: art. 83 da Lei nº 11.101/05 (lei de falências), REsp 687.686/SC (supremacia dos créditos trabalhistas) e sumula 478 do STJ “na execução de credito relativo as cotas condominiais, este tem preferência sobre o hipotecário.”. 
Indivisibilidade da garantia: o pagamento parcial da divida não importa exoneração parcial da garantia, salvo disposição em contrário.
Sequela: “para onde vai o bem, o direito real o acompanha”, portanto, a garantia adere ao bem, e pode ser oponível contra quem quer que o detenha.
Excussão da garantia: o credor hipotecário e pignoratício tem o direito de executar a coisa hipotecada ou empenhada.
REsp Nº 1.201.108/DF “persiste a divida quando o produto da venda não for suficiente para adimplir com o valor dado em garantia, tornando-se credito quirografário”
Sumula Nº 308 do STJ “a hipoteca firmada entre a construtora e o agente financeiro, anterior ou posterior a celebração da promessa de compra e venda, não tem eficácia perante os adquirentes do imóvel”.
Alienação fiduciária (Lei nº 9.514/97)
Definição: é um modelo de garantia de propriedades, móveis ou imóveis, que se baseia na transferência de bens como pagamento de uma dívida, a partir de um acordo firmado entre o credor e o devedor.
Usufruto (Arts. 1.390 a 1.411, CC)
Partes
Nu-proprietário (dispor e reaver): tem a faculdade de alterar, transformar e destruira substância
Usufrutuário (usar e gozar): dever de preservar a substancia
Características
É direito real, que recai sobre coisa alheia não necessitando o seu titular de prestação positiva para exercer o seu direito.
Caráter temporário: porque extingue com a morte ou a renúncia; pelo termo de sua duração; extinção da PJ em favor de que foi constituída; se perdurar pelo decorrer de 30 anos; pela cessação do motivo que se originou; pela destruição da coisa; pela consolidação; pelo não uso da coisa (Art. 1.410, CC)
Inalienável: permitindo-se porem a cessão de seu exercício por titulo gratuito ou oneroso (Art. 1.393, CC)
Impenhorabilidade: pois a penhora destina-se a promover a venda forçada do bem.
Intransferível.
Espécies/classificação dos usufrutos
Legal: instituído por lei em benefício de determinadas pessoas
Convencional ou voluntario: resulta de um NJ, podendo ser convencional quando ato inter vivos e testamentário quando ato causa mortis
Pleno: o usufruto recai sobre todo o bem, compreende todos os frutos e utilidades que a coisa produz, sem exclusão.
Restrito: recai sobre certas utilidades da coisa.
Vitalício: se encerra com a morte do usufrutuário
Temporário: depende do NJ
Próprio: recai/tem por objeto coisas infungíveis e inconsumíveis, cujas substancias são conservadas e restituídas ao nu-proprietário.
Improprio: recai sobre coisas fungíveis e consumíveis, devendo o usufrutuário restituir a coisa em mesmo gênero, quantidade e qualidade.
Universal: recai sobre todo o patrimônio do nu-proprietário
Particular: recai sobre determinado bem
Simultâneo: em favor de 2/+ pessoas ao mesmo tempo, extinguindo-se em relação a cada um deles que falecer, salve se estiver estipulado o direito de acrescer
Sucessivo: em favor de uma pessoa, para que depois de sua morte transmita-se a 3º.
Usufruto de direito: é aquele em que o doador doa o bem a 3º, com reserva de usufruto para si mesmo.
Direitos do usufrutuário (Arts. 1.395 a 1.399, CC)
O usufrutuário tem direito a posse, uso, administração e percepção dos frutos.
Deveres do usufrutuário (Arts. 1.400 a 1.409, CC)
Não alterar a destinação do bem.
Conservar o bem.
Inventariar os bens recebidos.
Devolver a coisa no mesmo estado em que a recebeu.
Contratar um seguro para o bem.
Efetuar a pagamento das despesas de conservação.
Coisas objetos de usufruto
Art. 1.390, CC: “o usufruto pode recair em um ou mais bens, moveis ou imóveis, em m patrimônio inteiro ou parte dele, abrangendo-lhe no todo ou em parte, os frutos e utilidades.”
Registro de imóveis (Arts. 1.245 a 1.247, CC e Lei nº 6.015/45 – Lei das repartições públicas)
Princípios
Publicidade (Art. 17, LRP).
Força probante ou presunção (fé pública).
Legalidade (Art. 198, LRP)
Territorialidade (Art. 169, LRP).
Continuidade (Art. 195, LRP): o registro deve ser continuo não pulando nenhum proprietário sobre hipótese nenhuma.
Prioridade (Arts. 182 a 205 LRP e 1.246, CC): aquele quem registra o titulo primeiro tem prioridade sobre os demais.
Especialidade (Art. 225, LRP): especificidade.
Instancia (inercia) (Arts. 13 e 195 LRP).
Livros obrigatórios (Art. 173, LRP)
Livro nº 01 - protocolo: é aquele em que se encontra todos os títulos registráveis
Livro nº 02 - registro geral: é aquele que transfere o domínio de imóveis
Livro nº 03 - registro auxiliar: destina-se ao registro de atos que devem ser registrados por força da lei. Ex. hipoteca, penhora etc...
Livro nº 04 - indicador real: é o que possui todos os dados e características dos imóveis 
Livro nº 05 - indicador pessoal: é o que contem o nome de todas as pessoas que figuram no registro como proprietárias

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