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ALONGAMENTO FLEXIBILIDADE A flexibilidade muscular foi definida como “a capacidade de um músculo em se alongar, possibilitando que uma articulação (ou mais de uma articulação numa série) realize um arco de movimento”. A perda de flexibilidade é uma diminuição na capacidade do músculo em se deformar ocasionando a diminuição da amplitude de movimento de uma articulação. Os estudos documentaram a importância da flexibilidade muscular para a função normal dos músculos e a prevenção de lesões. Esses estudos sugerem que a obtenção da flexibilidade ideal pode impedir lesões, melhorar o desempenho atlético e auxiliar na reabilitação após uma lesão musculoesquelética. O objetivo de um programa de flexibilidade é melhorar a amplitude de movimento (ADM) numa dada articulação, alterando a capacidade de extensão dos músculos que produzem movimento nessa articulação. Exercícios que alongam esses músculos por um certo período aumentam a amplitude de movimento em torno desta articulação. Foram descritos na literatura três tipos de exercícios de alongamento para aumentar a flexibilidade: alongamento balístico, facilitação proprioceptiva neuromuscular (FPN) e alongamento estático. BENEFÍCIOS DE UM PROGRAMA DE TREINAMENTO DE FLEXIBILIDADE Relaxamento do Estresse e da Tensão Estresse intenso e persistente tais como raiva contínua, medo, frustração, inibição ou tensão, podem tornar-se contidos no indivíduo e ameaçar a saúde. Esse desenvolvimento de estresse sem alívio de tensão resulta em problemas. Um dos avanços da medicina moderna é o crescente reconhecimento ou redescoberta da principal influência de emoções na saúde física. O conhecimento de que a doença deve ser considerada e tratada em relação à pessoa como um todo forma a base para a medicina psicossomática. A literatura científica contém farta indicação de que o exercício terapêutico alivia o estresse. Assim como o exercício foi verificado como sendo, imensuravelmente, terapêutico para muitas pessoas, provas empíricas indicam que os programas de treinamentos da flexibilidade individualizados podem ser benéficos da mesma forma. Relaxamento Muscular Um dos benefícios mais importantes de um programa de flexibilidade é a possível promoção do relaxamento. O relaxamento equivale a suspensão da tensão muscular. A tensão aumenta o gasto energético do músculo, já que leva a um estado de contração prolongado. Além disso, os músculos tencionados tendem a cortar sua própria circulação sanguínea. Suporte sanguíneo diminuído resulta em uma falta de oxigênio e de nutrientes essenciais e origina produtos de resíduos tóxicos que se acumulam nas células. Esse processo leva o músculo à fadiga precoce e desencadeamento de dores. O bom senso e a experiência diária mostram que um músculo relaxado é menos susceptível a esses e muitos outros problemas. Melhora da Postura e Simetria Corporal A falta de flexibilidade em certos grupos musculares pode contribuir para a má postura. Ombros protusos, por exemplo, podem estar associados com pouca flexibilidade dos músculos peitorais e uma fraqueza dos estabilizadores escapulares (serrátil anterior, trapézio médio e inferior, rombóides). Essa condição pode ser melhorada com um programa de alongamento para o tecido conjuntivo relacionado e músculos encurtados, além de outras medidas. Alívio da dor As dores de caráter miofascial (gerada pela presença de trigger points ou pontos gatilhos) tem certo grau de alívio após um programa de flexibilidade. Acredita-se que o alongamento mantido é capaz de ajudar na desativação desses trigger points e, assim, no alívio da dor Alívio de Cãibras Musculares Contrações musculoesqueléticas involuntárias dolorosas são geralmente chamadas cãibras. As câimbras comumente cessam quando o músculo envolvido é alongado passivamente ou quando há uma contração ativa do seu antagonista, já que nos dois casos, ocorre uma diminuição na atividade elétrica do músculo. A prevenção de cãibras através de um programa de alongamento ainda é hipotética. Um estudo realizado com 44 pacientes conseguiu a cura de cãibras noturnas em panturrilha com um programa de 2 semanas de breves exercícios de alongamento da panturrilha realizados 3 vezes ao dia. 67 Prevenção de Lesão O uso de alongamento para aumentar a flexibilidade é, geralmente, baseado na idéia de que ele pode diminuir a incidência, a intensidade ou a duração da lesão musculoesquelética e articular. Porém, a informação disponível não documenta a quantidade mínima de flexibilidade que é necessária para prevenir lesões ou se uma falta da mesma predispões uma pessoa à lesão. Satisfação e Prazer Alongar-se é revigorar-se e sentir-se bem, resultando muitas vezes em uma sensação de torpor e entusiasmo. A participação em um programa de flexibilidade também fornece gratificações pessoais (por exemplo, o prazer de fazer algo bom para você mesmo). PROPRIEDADES DOS TECIDOS MOLES QUE AFETAM A FLEXIBILIDADE Os tecidos moles que podem restringir a mobilidade articular são músculos, tecido conectivo e pele. Cada um tem qualidades próprias que afetam sua extensibilidade, ou seja, sua capacidade de alongar-se. Quando procedimentos de alongamentos são aplicados a esses tecidos moles, a velocidade, intensidade e duração da força de alongamento irão afetar a resposta dos diferentes tipos de tecido mole. Tanto as características mecânicas dos tecidos contráteis e não contráteis quanto as propriedades neurofisiológicas do tecido contrátil afetam o alongamento do tecido mole. Quando o tecido mole é alongado, ocorrem tanto alterações elásticas quanto plásticas. A elasticidade é a capacidade do tecido mole retornar ao seu comprimento de repouso após o alongamento passivo. A plasticidade é a tendência do tecido mole de assumir um comprimento novo e maior após a força de alongamento ter sido removida. Tanto os tecidos contráteis quanto os não contráteis tem qualidades elásticas e plásticas. O músculo é primariamente composto de tecido contrátil, mas apresenta-se entrelaçado com tecido não contrátil, como tendão e fáscia. A principal fonte de resistência ao alongamento passivo do músculo é a malha de tecido conectivo que há dentro dele, e não os componentes contráteis ativos. PROPRIEDADES NEUROFISIOLOGICAS DOS MÚSCULOS Para alongar efetivamente um músculo, o profissional deve conhecer as propriedades neurofisiológicas dos músculos que podem afetar um aumento da flexibilidade. São definidos dois órgãos sensoriais no músculo (fuso muscular e órgão tendinoso de Golgi) e são descritos dois fenômenos neurofisiológicos importantes (inibição autógena e inibição recíproca). Fuso Muscular O fuso muscular é um receptor especializado que consiste de fibras musculares especiais, terminações sensoriais e terminações motoras, localizadas dentro dos músculos. No interior do fuso muscular estão fibras especializadas designadas como fibras musculares intrafusais, que são distintas das fibras musculares 68 esqueléticas normais (fibras extrafusais). As terminações sensoriais do fuso respondem a alterações no comprimento do músculo e à velocidade com que o comprimento se altera. As extremidades das fibras intrafusais fazem contato com as fibras extrafusais; o alongamento do músculo, portanto, estende as fibras intrafusais. Fibras nervosas aferentes sensoriais originam- se das fibras intrafusais. Quando o músculo é estendido, as fibras nervosas aferentes sensoriais do tipo Ia e II das fibras intrafusais do fuso muscular são ativadas. Essa ativação faz o músculo que está sendo estirado contrair, resistindo assim ao estiramento. Se um profissional aplica um alongamento rápido aos músculos posteriores da coxa de um paciente, por exemplo, as fibras musculares intrafusais reagem enviando impulsos (atravésde fibras nervosas tipo Ia) à medula espinhal, para informar ao sistema nervoso central (SNC) que os músculos isquiotibiais estão sendo estendidos. Os impulsos nervosos retornam do SNC ao músculo (mais especificamente, às fibras musculares extrafusais por neurônios motores α) para contrair reflexamente os músculos posteriores da coxa, resistindo basicamente à tentativa de alongamento desses músculos. Órgao Tendinoso de Golgi Os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) são estruturas encapsuladas fixadas em série às fibras dos tendões, na junção das fibras musculares extrafusais com os tendões. Na cápsula, as fibras nervosas aferentes sensoriais (tipo Ib) se ligam a pequenos feixes do tendão. O OTG é sensível a pequenas alterações na tensão do tendão e responde a tensão adicional tanto por estiramento passivo de um músculo (especialmente na faixa de alongamento) como por contração muscular ativa. O papel do OTG é impedir a atividade excessiva das fibras nervosas que inervam o músculo extrafusal (neurônios motores α). Em outras palavras, se o músculo for colocado estirado por um período prolongado ou ocorrer uma contração isométrica, o OTG emite descargas (pelas fibras nervosas aferentes tipo Ib) e inibe a tensão nesse mesmo músculo, possibilitando ao músculo relaxar. Se os músculos posteriores da coxa forem alongados por 15 a 30s em toda sua extensão, é criada tensão no tendão. O OTG responde à tensão através das fibras nervosas tipo Ib. Essas fibras nervosas têm a capacidade de sobrepor os impulsos provenientes do fuso muscular, possibilitando aos músculos posteriores da coxa o relaxamento reflexo. Com isso esses músculos relaxam e conseguem alongar-se. Inibiçao Autógena A estimulação de um músculo que causa seu relaxamento neurológico é denominada inibição autógena. A inibição autógena pode ocorrer ao ser ativado o OTG. Uma contração isométrica máxima dos músculos posteriores da coxa, por exemplo, causa um aumento da tensão no OTG. Impulsos do OTG protegem os músculos isquiotibiais inibindo a atividade dos neurônios motores α, ocasionando o relaxamento dos músculos. A inibição autógena serve como base para a técnica de FPN designada como manter-relaxar (discutida mais adiante). Inibição Recíproca A inibição recíproca é um mecanismo neurológico importante que inibe o músculo agonista (o principal responsável pelo movimento) move um membro na amplitude do movimento. Em qualquer grupo muscular sinérgico, uma contração do agonista causa um relaxamento reflexo do músculo antagonista. Durante a flexão ativa do quadril, por exemplo, a inibição recíproca relaxa os músculos isquiotibiais. Esse relaxamento assegura que os flexores do quadril possam realizar a AM sem serem influenciados pelos músculos isquiotibiais em contração. A inibição recíproca serve de base para a técnica de alongamento por FPN designada como contrair- relaxar (discutida mais adiante). A Resposta Neurofisiológica do Músculo ao Alongamento Quando um músculo é alongado muito rapidamente, as fibras aferentes primárias estimulam os motoneurônios alfa na medula espinhal e facilitam a contração das fibras extrafusais, aumentando a tensão no músculo. Chama-se a isso Reflexo de Estiramento Monossináptico. Procedimentos de alongamento que são realizados em uma velocidade muito alta podem na verdade aumentar a tensão no músculo que deveria ser alongado. Quando se aplica uma força de alongamento lenta em um músculo, o OTG dispara e inibe a tensão no músculo, permitindo que o componente elástico em paralelo (o sarcômero) do músculo se alongue. 69 TIPOS DE ALONGAMENTOS 1. ALONGAMENTO BALÍSTICO Deflnição O alongamento balístico impõe aos músculos a serem alongados movimentos repetidos de esticar ou puxar. Um exemplo de um alongamento balístico é o de tocar os artelhos sentado. O indivíduo senta-se no chão com as pernas estendidas a sua frente (sentada longa) e estica as mãos para a frente pelas pernas abaixo até onde for possível. Inclinando-se para a frente pela contração dos músculos abdominais, o indivíduo estica os braços rapidamente em direção aos tornozelos (ou, se possível, além dos pés) e retorna imediatamente à posição sentada longa original. Esse movimento é repetido 10 a 15 vezes, com cada movimento estendendo os braços um pouco mais. Embora as pesquisas indiquem que o alongamento balístico aumente a flexibilidade muscular, alguns profissionais se preocupam, porque a atividade brusca tem o potencial de causar lesões, especialmente quando houve uma lesão anterior no músculo. Teoricamente, o movimento balístico espasmódico rápido pode ultrapassar os limites de extensão do músculo de modo não controlado e ocasionar lesões. Além disso, o estiramento rápido do músculo distende o fuso muscular. Conforme observado anteriormente, a ativação do fuso muscular envia impulsos sensoriais à medula espinhal através de nervos aferentes tipo Ia, informando ao SNC que o músculo está sendo estendido. Impulsos que retornam ao músculo por meio de neurônios motores a fazem o músculo contrair-se, resistindo assim à extensão. Há a preocupação de que a facilitação do fuso muscular que ocorre durante as atividades balísticas possa causar microtraumas no músculo, devido à tensão criada ao estiramento do músculo. Por isso o alongamento balístico deixou de ser usado por muitos profissionais, pela possibilidade de lesão causada pelos movimentos bruscos e porque a ativação das fibras nervosas aferentes do fuso muscular causa uma contração do mesmo músculo que está sendo alongado. 2. FACILITAÇAO PROPRIOCEPTIVA NEUROMUSCULAR De acordo com Knott e Voss as técnicas de FPN são métodos “para promover ou acelerar a resposta de um mecanismo neuromuscular pela estimulação de proprioceptores”. Com base nesses conceitos de influenciar a resposta muscular, podem-se usar as técnicas de FPN para fortalecer os músculos e aumentar sua flexibilidade. Uma contração breve antes de um alongamento estático breve do músculo é a viga mestra das técnicas de FPN para aumentar a flexibilidade muscular. A terminologia usada para descrever as atividades de alongamento por FPN tem variado amplamente, incluindo o uso dos seguintes termos: Contrair-relaxar, manter-relaxar, manter em reversão lenta-relaxar, contração do agonista, contrair-relaxar com contração do agonista e manter-relaxar com contração do agonista. Além disso, por vezes se usa o mesmo termo para diferentes técnicas de alongamento por FPN. Parte da confusão na terminologia se deve a que, em sua descrição original das técnicas de alongamento por FPN, Knott e Voss especificaram padrões diagonais para a execução da atividade de alongamento. Hoje em dia muitos profissionais não executam essas técnicas usando os padrões diagonais originais, recomendando em vez disso movimentos em planos retos. A terminologia da facilitação proprioceptiva neuromuscular não pode ser transferida exatamente de técnicas em planos diagonais para aquelas em planos retos. Não há, portanto, nenhuma consistência na terminologia usada para descrever as técnicas de alongamento por FPN. Três técnicas de alongamento por FPN vão ser definidas neste capítulo: manter-relaxar, contrair-relaxar e manter em reversão lenta-relaxar. As definições apresentadas se baseiam numa revisão da literatura e na experiência clínica. Manter-Relaxar 1. O profissional move passivamente o membro a ser alongado até o final da AM. Se os musculos posteriores da coxa vão ser alongados, por exemplo, o profissional flexiona passivamente a extremidade inferior (com o joelho estendido) até a flexão total do quadril. 2. Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o cliente aplica uma força isométrica contra o profissional por 10 s, contraindo assim o músculo. Por exemplo, o cliente contrai os músculos posterioresda coxa estendendo o quadril contra o profissional. A contração isométrica do músculo que está sendo alongado (músculos posteriores da coxa) acarreta um aumento da tensão nesse músculo, o que estimula o OTG. O OTG causa então um relaxamento reflexo do músculo (inibição autógena) antes do músculo ser movido a urna nova posição de alongamento e alongado passivamente (próxima etapa). 3. Depois da contração isométrica, o cliente é instruído a relaxar e o membro é movido pelo profissional a uma nova posição de alongamento além do ponto de partida original. A perna do cliente é então segura na nova posição por 10 a 15 s. Por exemplo, o profissional move passiva e delicadamente o membro a uma flexão maior do quadril, mantendo a posição por 10 a 15 s. 4. Sem abaixar a perna, pode-se repetir o processo (etapas 2 e 3) três a cinco vezes. Depois que é executada a última seqüência, o membro é abaixado. 70 Contrair-Relaxar 1. O profissional move passivamente o membro a ser alongado até o final da AIVI. Se os músculos posteriores da coxa vão ser alongados, por exemplo, o profissional flexiona passivamente a extremidade inferior (com o joelho estendido) até a flexão total do quadril. 2. Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o profissional solicita ao cliente para tentar executar uma contração-concêntrica do músculo oposto ao músculo que está sendo alongado, causando um alongamento maior. Por exemplo, o cliente é solicitado a flexionar ativamente ainda mais o quadril, aumentando a extensão dos músculos posteriores da coxa. O aumento na AM da flexão do quadril não é obtido passivamente pelo profissional empurrando, mas é obtido ativamente pelo cliente contraindo os flexores do quadril. Como foi descrito anteriormente, em qualquer grupo muscular sinérgico uma contração do agonista (flexor do quadril) causa um relaxamento reflexo do músculo antagonista (posterior da coxa), possibilitando ao músculo antagonista relaxar para um alongamento mais eficaz (inibição recíproca). 3. Enquanto o cliente executa a contração concêntrica, causando um alongamento maior, o profissional aproveita qualquer AM que tenha sido ganha. Mantendo o membro na nova posição de alongamento, o profissional pede ao cliente para relaxar e manter a posição por 10 a 15 s. Por exemplo, enquanto o cliente flexiona ativamente o quadril, o profissional mantém as mãos sobre o membro e move o membro pela amplitude de movimento de flexão do quadril que foi ganho, segurando então o membro aí por 10 a 15s. 4. Sem abaixar a perna, pode-se repetir o processo (etapas 2 e 3) três a cinco vezes. Depois que é executada a última seqüência, a perna é abaixada. Manter em Reversão Lenta-Relaxar 1. O profissional move passivamente o membro a ser distendido até o final da AM. Se os músculos posteriores da coxa vão ser alongados, por exemplo, o profissional flexiona passivamente a extremidade inferior (com o joelho estendido) até a flexão total do quadril. 2. Uma vez atingido o final da amplitude de movimento, o cliente aplica uma força isométrica contra o profissional por 10 s, contraindo assim o músculo a ser alongado (inibição autógena). Por exemplo, o cliente contrai os mus- culos posteriores da coxa estendendo o quadril contra o profissional . 3. Depois que é executada a contração isométrica do músculo, o profissional solicita ao cliente para tentar executar uma contração concêntrica do músculo oposto, causando um alongamento maior (inibição recíproca). Após a contração isométrica dos músculos posteriores do quadril, por exemplo, o cliente é solicitado a flexionar ainda mais o quadril. 4. Enquanto o cliente executa a contração concêntrica, causando um alongamento maior, o profissional aproveita qualquer AM que tenha sido ganha. Mantendo o membro na nova posição de alongamento, o profissional solicita ao cliente para relaxar e manter a posição por 10 a 15 s. Por exemplo, enquanto o cliente flexiona ativamente o quadril, o profissional mantém as mãos sobre o membro e move o membro na AM de flexão do quadril que foi ganha e mantém então o membro aí por 10 a 15 s. 5. Sem abaixar a perna, pode-se repetir o processo (etapas 2 a 4) três a cinco vezes. Depois que é executada a última seqüência, a perna é abaixada. As pesquisas indicaram que as técnicas de alongamento por FPN são eficazes em aumentar a flexibilidade muscular. Até o momento, porém, não há um consenso quanto à técnica de FPN individual que seja a mais eficaz. 3. ALONGAMENTO ESTÁTICO Deflnição O alongamento estático é um método pelo qual o músculo é alongado lentamente até o tolerado (um alongamento confortável, ainda sem dor), e a posição é mantida com o músculo nesse comprimento máximo tolerado. Nessa posição alongada, uma leve tensão deve ser sentida no músculo que está sendo alongado e deve-se evitar a dor e o desconforto. Um alongamento lento e prolongado é usado para reduzir a contração reflexa do fuso muscular. Mais especificamente, se o alongamento estático for mantido por um tempo suficientemente longo, qualquer efeito de fibras aferentes do fuso muscular tipo Ia e II pode ser reduzido a um mínimo. Além disso, como o alongamento estático na posição alongada exerce tensão sobre o tendão, o OTG pode ser facilitado na proteção do músculo que está sendo alongado. Essa facilitação do OTG faz descarregarem-se fibras nervosas tipo Ib, que inibem e relaxam o músculo que está sendo alongado (inibição autógena). Por isso os efeitos neurológicos combinados que ocorrem durante o alongamento estático reduzem a um mínimo a influência do fuso muscular e facilitam o efeito do OTG. Isso acaba por possibilitar ao músculo que está sendo estendido alongar-se, aumentando a flexibilidade muscular. A maior parte da pesquisa que documenta a eficácia do alongamento estático foi realizada nos músculos da extremidade inferior e foram feitas poucas pesquisas sobre a coluna e as extremidades superiores. 71 Duração As recomendações quanto à duração ótima da manutenção do alongamento estático variam de um mínimo de 15 s a um máximo de 60s. Infelizmente, alguns autores colheram dados antes e depois de apenas uma sessão de alongamento num dia e não forneceram evidências quanto à duração mais eficaz para atividades de alongamento que ocorrem por mais de um dia (por exemplo, semanas). Bandy examinaram diferentes durações de alongamento estático, executado 5 dias por semana por 6 semanas. Eles examinaram os efeitos do alongamento dos músculos posteriores da coxa em diferentes períodos de tempo, incluindo a comparação de grupos que efetuaram o alongamento por 15,30 e 60 s e um grupo que não fez o alongamento. Os resultados indicam que 30 e 60 s de alongamento estático foram mais eficazes em aumentar a flexibilidade dos músculos posteriores da coxa que 15 s ou absolutamente nenhum alongamento. Não foi encontrada nenhuma diferença entre 30 e 60 s de alongamento, indicando que os dois períodos tinham um efeito igual sobre a flexibilidade. INDICAÇÕES E METAS DO ALONGAMENTO Indicações • Quando a amplitude de movimento está limitada como resultado de contraturas, adesões, e formação de tecido cicatricial, levando ao encurtamento de músculos, tecido conectivo e pele. • Quando as limitações podem levar a deformidades estruturais (esqueléticas), que podem ser prevenidas. • Quando as contraturas interferem com as atividades funcionais cotidianas ou com a assistência de enfermagem. Metas • A meta geral do alongamento é recuperar ou restabelecer a amplitude de movimento normal das articulações e a mobilidade dos tecidos moles que cercam uma articulação. • As metas específicas são: - Prevenir contraturas irreversíveis. - Aumentar a flexibilidade geral de uma parte do corpo antes de exercícios vigorosos de fortalecimento. - Evitar ou minimizar orisco de lesões musculotendíneas relacionadas a atividades físicas e esportes específicos. TÉCNICAS DE RELAXAMENTO LOCAL Calor O aquecimento do tecido mole antes do alongamento aumentará a extensibilidade do tecido encurtado. Músculos aquecidos relaxam e alongam-se mais facilmente, tornando o alongamento mais confortável para o paciente. À medida que a temperatura do músculo aumenta, a quantidade de força requerida para alongar os tecidos não contráteis e contráteis e o tempo durante o qual a força de alongamento precisa ser aplicada diminuem. À medida que a temperatura intramuscular aumenta, o tecido conectivo cede mais facilmente ao alongamento passivo, e a sensibilidade dos OTG aumenta (o que torna mais provável que eles disparem e inibam a tensão muscular). O aquecimento também minimiza a probabilidade de microtraumas aos tecidos moles durante o alongamento e desse modo pode diminuir a dor muscular tardia que ocorre após os exercícios. O aquecimento pode ser conseguido com calor superficial ou profundo aplicado aos tecidos moles antes ou durante o alongamento. Exercícios de baixa intensidade feitos antes do alongamento aumentarão a circulação para os tecidos moles e aquecerão os tecidos a serem alongados. Embora os resultados dos estudos possam diferir, uma caminhada curta, exercícios não fatigantes em bicicleta estacionária, ou alguns minutos de exercícios ativos para os membros superiores podem ser usados para aumentar a temperatura intramuscular antes de iniciar atividades de alongamento. Embora o alongamento seja geralmente visto como uma atividade de aquecimento e realizado antes do exercício vigoroso, o profissional e o paciente devem sempre lembrar-se que um aquecimento apropriado precisa também ocorrer no preparo para o alongamento. É questionável se o aquecimento deva ser feito antes ou durante o procedimento de alongamento. O uso apenas do calor sem alongamento parece ter pouco ou nenhum efeito na melhora a longo- prazo da flexibilidade muscular. A combinação de calor e procedimentos de alongamento produz maiores ganhos a longo-prazo no comprimento do tecido que o alongamento sem a aplicação prévia de calor. NOTA: A aplicação de frio antes do alongamento (crioalongamento) foi proposta para diminuir o tono muscular e tornar o músculo menos sensível ao alongamento em pessoas saudáveis e em pacientes com espasticidade ou rigidez secundária a lesões em neurônio motor superior. O uso do frio imediatamente após a lesão no tecido mole diminui efetivamente a dor e o espasmo muscular. Depois que é iniciada a recuperação e cicatrização do tecido, o frio torna o tecido em questão menos extensível e mais susceptível a microtraumas durante o alongamento. O resfriamento dos tecidos em posição alongada após o alongamento também mostrou promover aumentos mais permanentes no comprimento dos tecidos moles e minimizar a dor muscular pós-alongamento. 72 Os autores recomendam que o frio seja aplicado aos tecidos moles lesados nas primeiras 24 a 48 horas após a lesão para minimizar o edema, espasmo muscular e dor. Quando o alongamento é indicado, os tecidos moles devem ser aquecidos antes ou durante a manobra de alongamento. Após o alongamento, o frio deve ser aplicado aos músculos mantidos em posição alongada para minimizar a dor muscular pós-alongamento e para promover ganhos mais duradouros na AM. Massagem Tem sido bem documentado que a massagem, particularmente a massagem profunda, pode ser usada para aumentar a circulação local e diminuir o espasmo e rigidez muscular. A massagem é geralmente precedida pela aplicação de calor para aumentar ainda mais a extensibilidade dos tecidos moles antes do alongamento. Biofeedback Um paciente, quando treinado corretamente, pode monitorar e reduzir a quantidade de tensão em um músculo através de biofeedback. Através de feedback visual ou auditivo, um paciente pode começar a sentir ou perceber o que é relaxamento muscular. O biofeedback é uma técnica que pode ser útil para ajudar o paciente a aprender e praticar o processo de relaxamento. Reduzindo a tensão muscular, a dor pode ser diminuída e a flexibilidade do músculo aumentada. Relaxamento Geral • As técnicas de relaxamento progressivo geral podem também ser úteis como adjunto a um programa de alongamento. Um paciente pode aprender a relaxar todo o corpo ou um membro. A tensão nos músculos pode ser aliviada através de um esforço e pensamento consciente. Algumas técnicas, como o relaxamento autógeno, defendido por Schultz, sugerem um controle consciente progressivo e relaxamento da tensão muscular e corporal. Outras técnicas, como o relaxamento progressivo de Jacobson, sugerem uma progressão sistemática de contração e relaxamento conscientes da musculatura no sentido distal para proximal. • Procedimentos para o treinamento de relaxamento - Coloque o paciente em um local quieto e em uma posição confortável, assegurando-se que ele está livre de roupas restritivas. - Peça ao paciente para respirar de modo profundo e relaxado. - Peça ao paciente para contrair voluntariamente a musculatura distal nas mãos ou pés por alguns segundos. Peça então para ele conscientemente relaxar esses músculos. - Sugira ao paciente para perceber uma sensação de peso em suas mãos ou pés. - Sugira ao paciente que perceba uma sensação de calor em músculos que ele já relaxou. - Prossiga para uma área mais proximal do corpo. Faça o paciente contrair ativamente e então relaxar ativamente a musculatura mais proximal. Eventualmente faça o paciente contrair isometricamente e depois relaxar conscientemente todo o membro. - Sugira ao paciente que ele deve perceber uma sensação de peso e calor através de todo o membro e eventualmente através de todo o corpo. NOTA: Qualquer combinação de relaxamento local e geral pode ser usada pelo terapeuta para promover o máximo relaxamento muscular e desse modo o potencial para a máxima flexibilidade muscular em um programa de alongamento. PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES PARA O ALONGAMENTO Precauções para o Alongamento • Não force passivamente uma articulação além de sua amplitude de movimento normal. Lembre-se, a amplitude de movimento normal varia entre indivíduos normais. • Fraturas recém-consolidadas devem ser protegidas através de estabilização entre o local de fratura e a articulação onde ocorre o movimento. • Tenha cuidados adicionais em pacientes com osteoporose possível ou comprovada, devido à doença, repouso prolongado no leito, idade ou uso prolongado de esteróides. • Evite alongamento vigoroso de músculos e tecidos conectivos que foram imobilizados por um período prolongado de tempo. O tecido conectivo (tendões e ligamentos) perde sua força de tensão após imobilização prolongada. a. Procedimentos de alongamento com alta intensidade, curta duração, tendem a provocar mais trauma e resultar em fraqueza dos tecidos moles, mais que alongamento de baixa intensidade e longa duração. b. Os exercícios de fortalecimento devem ser combinados ao programa de alongamento de modo que o paciente seja capaz de desenvolver um equilíbrio apropriado entre flexibilidade e força. • Se o paciente experimenta dor articular ou muscular com mais de 24 horas de duração, é sinal que foi usada força em excesso durante o alongamento, está ocorrendo uma resposta inflamatória, e ocorrerá aumento na 73 formação de tecido cicatricial. Os pacientes não devem experimentar desconforto residual maior que uma sensação passageira de hipersensibilidade. • Evite alongar tecido edemaciado, já que esse é mais suscetível a lesão que o tecido normal. A irritação contínua dos tecidos edemaciados geralmente provoca aumento da dor e edema. • Evite alongar músculos fracos, particularmente aqueles que suportam estruturas corporais com relação à gravidade.Contra-indicações ao Alongamento • Quando um bloqueio ósseo limita a mobilidade articular. • Após uma fratura recente. • Sempre que houver evidência de um processo inflamatório ou infeccioso agudo (calor e edema) dentro ou ao redor de articulações. • Sempre que houver uma dor aguda, cortante, com o movimento articular ou com o alongamento muscular. • Quando for observado hematoma ou outra indicação de trauma nos tecidos • Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados estiverem provendo aumento na estabilidade articular em substituição a estabilidade estrutural normal ou força muscular • Quando as contraturas ou tecidos moles encurtados forem a base de estabilidades funcionais, particularmente em pacientes com paralisia ou fraqueza muscular intensa FINALIZANDO... Embora várias investigações tenham estudado a eficiência de um tipo de alongamento em relação ao outro, não foram feitas recomendações absolutas quanto ao tipo mais apropriado de atividade de alongamento para aumentar a flexibilidade muscular. As pesquisas indicam que o alongamento balístico, FPN e alongamento estático aumentam todos a flexibilidade muscular. O maior potencial de trauma, todavia, parece ser do alongamento balístico, devido a seus movimentos bruscos. Além disso, mesmo aqueles que defendem o alongamento balístico para o treinamento avançado recomendam uma base prévia de alongamento estático antes de incorporar-se movimentos balísticos a um programa de flexibilidade. As técnicas de FPN não só exigem a maior perícia entre os três tipos de alongamento, como também requerem um segundo indivíduo para sua execução. A necessidade de um profissional experiente torna a FPN mais sofisticada. O método mais fácil e mais comum de alongamento usado para aumentar a flexibilidade muscular parece ser o alongamento estático. O alongamento estático correto alonga lentamente os músculos até um ponto em que um ligeiro puxão ou tensão é sentido pelo cliente. Essa posição alongada deve ser mantida por 30 s, tempo durante o qual o cliente não deve sentir nenhum desconforto. Se durante os 30 s de alongamento a leve tensão desaparecer, o cliente deve mudar de posição para obter um alongamento mais agressivo do músculo e sentir um leve puxão ou tensão (mas sem nenhum desconforto ou dor). Se durante o alongamento a tensão aumentar de intensidade e o cliente sentir desconforto ou dor, deve-se instruí-lo a reduzir o alongamento para uma posição mais confortável, mantendo ao mesmo tempo uma leve tensão. Cada atividade de alongamento deve ser executada pelo menos uma vez por dia. Se possível, devem ser feitas tentativas no sentido de integrar a atividade de alongamento às atividades diárias do cliente. Manter um alongamento por 30 s pode ser enfadonho. Se o alongamento puder ser efetuado no escritório enquanto fala ao telefone, no carro enquanto parado no trânsito devido a um sinal fechado ou em casa enquanto vê televisão, o cliente tem maior probabilidade de aderir ao programa de alongamento que se os movimentos tiverem de ser executados num lugar específico numa hora específica. E claro que nem todas as técnicas apresentadas neste capítulo podem ser executadas em todos os ambientes de trabalho, mas o profissional criativo pode ser de grande valia para clientes que se queixam de não ter tempo para praticar um programa de alongamento. Idealmente o alongamento para aumentar a flexibilidade deve ser realizado após um aquecimento geral. O aquecimento pode ser uma atividade repetida por 3 a 5 min, como caminhar, uma corrida lenta, bicicleta estacionária ou exercícios ativos dos braços.A incapacidade ou a falta de disposição em se aquecer, todavia, não deve impedir um indivíduo de executar o programa de alongamento. De fato, muitos programas de alongamento fracassaram devido a esse requisito de começar por um aquecimento. Se o aquecimento não for possível (por qualquer que seja a razão), deve-se aderir estritamente à recomendação de executar o alongamento até o ponto de tensão leve. Se possível, o músculo a ser alongado deve ser isolado e o indivíduo deve ser encorajado a focalizar a musculatura que está puxando o segmento corporal à posição de alongamento. Isolar o músculo a ser alongado é mais eficaz que executar um alongamento geral que trabalhe dois ou três músculos (como inclinar-se e tocar os artelhos). De modo geral, uma técnica de alongamento é apropriada se o cliente sentir um leve puxão no músculo que está tentando alongar. Finalmente, um aspecto tem de ser reiterado. Como já se observou, o cliente deve sentir apenas uma leve tensão e não sentir nenhum desconforto durante o alongamento. Em outras palavras, o cliente não deve efetuar um alongamento até o ponto em que sinta dor no músculo ou na articulação. Se o cliente se alongar agressivamente e até o limite doloroso do movimento, o músculo vai efetivamente se retesar. O alongamento agressivo enquanto os músculos estão sendo ativamente contraídos e retesados pode ocasionar rupturas 74 microscópicas, que podem por sua vez ocasionar a formação de um tecido cicatricial não-elástico. Esse tecido cicatricial não vai se adaptar às exigências normais feitas ao músculo, acarretando lesões causadas por falta de suprimento sanguíneo e distúrbio da estimulação aferente. ALONGAMENTO PARA MEMBROS INFERIORES GLÚTEO MÁXIMO Origem: Dorsalmente linha glútea posterior, fáscia toracolombar, osso sacro, ligamento sacrotuberal Inserção: Tuberosidade glútea do fêmur, banda iliotibial Função: • Extensão e RE da coxa • As fibras superiores auxiliam na abdução • As fibras inferiores auxiliam na adução • Através da banda iliotibial mantém a extensão do joelho; • Extensão de tronco em relação ao membro inferior (p.e., quando levantamos da posição sentada para de pé) Inervação: Nervo glúteo inferior Procedimento: 75 GLÚTEO MÉDIO Origem: Asa do ilíaco, entre as cristas ilíacas e as linhas glútea posterior e anterior Inserção: Face lateral do trocanter maior Função: • Abdução e RI da coxa (fibras anteriores e laterais) • RE através das fibras posteriores Inervação: Nervo glúteo superior Procedimento: 76 GLÚTEO MÍNIMO Origem: Asa do ilíaco, entre as linhas glúteas inferior e anterior Inserção: Borda anterior do trocanter maior Função: • Abdução e RI da coxa Inervação: Nervo glúteo superior Procedimento: - Nos alongamentos para glúteo máximo e glúteo médio, o glúteo mínimo será alongado secundariamente PIRIFORME Origem: Face anterior do sacro, lateralmente aos forames sacrais Inserção: Borda superior do trocanter maior Função: 77 • RE da coxa quando o quadril está em posição neutra • Abdução da coxa quando o quadril está em flexão Inervação: Procedimento: ISQUIOTIBIAIS 1) Bíceps Femoral Cabeça Longa Cabeça Curta Origem: Cabeça Longa: Tuberosidade isquiática Cabeça Curta: Metade distal, lábio medial da linha áspera Inserção: Cabeça Longa: Cabeça da fíbula Cabeça Curta: Cabeça da fíbula Função: • Flexão do joelho • RE da tíbia sobre o fêmur quando o joelho está em flexão • A cabeça longa participa da RE e extensão do quadril 78 Inervação: Cabeça Longa: Nervo Tibial Cabeça Curta: Nervo Fibular Procedimento 2) Semitendinoso Origem: Tuberosidade isquiática Inserção: Face medial da porção proximal da tíbia (formando com o grácil e o sartório a pata de ganso) Função: • Flexão do joelho • RI da tíbiasobre o fêmur quando o joelho está em flexão • Participa da extensão do quadril Inervação: Nervo Tibial 79 3) Semimembranoso Origem: Tuberosidade isquiática Inserção: Côndilo medial da tíbia e ligamento poplíteo oblíquo Função: • Flexão do joelho • RI da tíbia sobre o fêmur quando o joelho está em flexão • Participa da extensão do quadril Inervação: Nervo Tibial Procedimento Semitendinoso e Semimembranoso 80 ILIOPSOAS Psoas Maior Psoas Menor Ilíaco Origem: Ilíaco: Fossa ilíaca Psoas Maior: Faces laterais da 12a vértebra torácica e 1a a 4a vértebras lombares Psoas Menor: Faces laterais da 12a vértebra torácica Inserção: Trocanter Menor do fêmur Função: • Flexão e rotação tanto interna como externa da coxa • Flexão do tronco em relação ao quadril • Flexão lateral do tronco Inervação: Ramos musculares do plexo lombar Procedimento: 81 QUADRÍCEPS Vasto Lateral Vasto Intermédio Vasto Medial Reto Femoral Articular do Joelho Origem: Reto Femoral: EIAI e margem do acetábulo Vasto Medial: Linha intertrocantérica, lábio medial da linha áspera, linha supracondilar medial, tendões dos músculos adutor longo e adutor magno Vasto Lateral: Linha intertrocantérica, borda anterior e inferior do trocanter maior, lábio lateral da tuberosidade glútea, lábio lateral da linha áspera Vasto Intermédio: Faces anterior e lateral do fêmur Articular do Joelho: Face anterior do fêmur Inserção: Prende-se a base e as margens medial e lateral da patela, se fundindo com o ligamento (tendão) patelar para se inserir na tuberosidade anterior da tíbia Função: • Extensão do joelho • O reto femoral participa na flexão do quadril Inervação: Nervo Femoral 82 Procedimento: ADUTORES 1) Pectíneo Origem: Linha pectínea do púbis Inserção: Linha pectínea do fêmur Função: • Adução da coxa • Flexão e RI da coxa Inervação: Nervo Femoral e Nervo Obturatório 83 2) Adutor Longo Origem: Face anterior do púbis, no ângulo de junção da crista pubiana com a sínfise púbica Inserção: Terço médio da linha áspera, lábio medial Função: • Adução da coxa • Flexão e RI da coxa Inervação: Nervo Obturatório 3) Adutor Curto Origem: Ramo inferior do púbis Inserção: Terço proximal da linha áspera, lábio medial Função: • Adução da coxa 84 • Flexão e RE da coxa Inervação: Nervo Obturatório 4) Adutor Magno Porção Adutora Porção Isquiocondilar Origem: Ramo inferior do ísquio, ramo inferior do púbis, tuberosidade isquiática Inserção: Porção muscular: Tubérculo adutor do fêmur, 2/3 proximais da linha áspera, lábio medial da linha áspera Porção tendínea: epicôndilo medial do fêmur Função: • Adução da coxa • Porção superior auxilia levemente na flexão e RI da coxa • Porção inferior auxilia na extensão e RE da coxa Inervação: Nervo Obturatório e Nervo Isquiático (parte tibial) 5) Grácil 85 Origem: Púbis, próximo da sínfise pubiana e ramo inferior do púbis Inserção: Face medial da porção proximal da tíbia (formando com o semitendinoso e o sartório a pata de ganso) Função: • Adução da coxa • Flexão do joelho e RI da tíbia sobre o fêmur Inervação: Nervo Obturatório Procedimento para alongamento de todos de uma forma geral: Bilateral Unilateral TRÍCEPS SURAL 1) Gastrocnêmio Origem: Cabeça Medial: Côndilo medial do fêmur 86 Cabeça Lateral: Côndilo lateral do fêmur Inserção: Junta-se ao tendão do sóleo para formar o tendão calcanear e inserir-se na tuberosidade do calcâneo Função: • Flexão plantar do pé na talocrural • Supinação do pé na subtalar • Flexão do joelho Inervação: Nervo Tibial Procedimento: 2) Sóleo Origem: Cabeça e face posterior da fíbula, linha do sóleo Inserção: Junta-se ao tendão do gastrocnêmio para formar o tendão calcanear e inserir-se na tuberosidade do calcâneo Função: • Flexão plantar do pé na talocrural • Supinação do pé na subtalar 87 Inervação: Nervo Tibial Procedimento: TIBIAL ANTERIOR Origem: Côndilo lateral da tíbia, face lateral da tíbia, membrana interóssea Inserção: Base do 1o metatarso e cuneiforme medial Função: • Flexão dorsal do pé na talocrural • Supinação do pé na subtalar Inervação: Nervo Fibular Profundo 88 Procedimento: FIBULARES 1) Fibular Longo Origem: Cabeça e 2/3 superiores da face posterior da fíbula Inserção: Face lateral do 1o metatarso e cuneiforme medial Função: • Pronação do pé na subtalar • Auxiliam na flexão plantar do tornozelo Inervação: Nervo Fibular Superficial 2) Fibular Curto Origem: 2/3 distais da face lateral e margem posterior da fíbula Inserção: Base do 5o metatarso Função: • Pronação do pé na subtalar • Auxiliam na flexão plantar do tornozelo Inervação: Nervo Fibular Superficial 89 Procedimento para os fibulares: TIBIAL POSTERIOR Origem: Face posterior proximal da tíbia, face posterior da membrana interóssea, face medial da fíbula Inserção: Tuberosidade do navicular, sustentáculo do tálus (pertencente ao calcâneo), faces plantares dos 3 cuneiformes, cubóide, base do 2o ao 4o metatarso Função: • Flexão plantar do pé na talocrural • Supinação do pé na subtalar Inervação: Nervo Tibial 90 Procedimento: ALONGAMENTO PARA CINTURA ESCAPULAR E MEMBROS SUPERIORES DELTÓIDE Origem: Terço acromial da clavícula (porção anterior), acrômio (porção medial) e espinha da escápula (porção posterior) Inserção: Tuberosidade deltóide (úmero) Função: • Porção Anterior: Flexão do ombro, Adução horizontal, RI e Abdução do ombro • Porção Posterior: Extensão do ombro, Abdução horizontal, RE • Porção Média: Abdutor do úmero Inervação: Nervo Axilar Posicionamento para o Alongamento 91 Anterior Médio Posterior TRAPÉZIO SUPERIOR – MÉDIO - INFERIOR Origem: Escama occipital entre as linhas nucais superior e suprema, Ligamento nucal, processos espinhosos da 7a vértebra cervical e todas as vértebras torácicas e correspondentes ligamentos supraespinhais Inserção: Terço acromial da clavícula, acrômio, borda cranial e parte da borda caudal da espinha da escápula Função: • Fibras Superiores: superiorizam a escápula; ajudam o serrátil anterior na rotação lateral da escápula; as fibras occipitais rodam a cabeça para o lado oposto; a porção clavicular levanta a clavícula (inspiração) • Fibras Mediais: Aduzem a escápula • Fibras Inferiores: inferiorizam a escápula; rodam o ângulo inferior da escápula medialmente Inervação: Nervo Acessório- motor (XI nervo craniano)Nervo Cervicais - proprioceptivo Posicionamento para o Alongamento 92 Superior Médio ROMBÓIDES Origem: Rombóide Maior: processos espinhosos da 2a a 5a vértebras torácicas Rombóide Menor: processos espinhosos da 7a vértebra cervical e a 1a vértebra torácica; ligamento nucal Inserção: Rombóide Maior: margem medial da escápula, caudal a espinha da escápula Rombóide Menor: margem medial da escápula, cranial a espinha da escápula Função: • Puxa a escápula para cima e medialmente. • Mantém a escápula junto ao tronco junto com o m. serrátil anterior Inervação: Nervo Dorsal da Escápula Posicionamento para o Alongamento 93 REDONDO MAIOR Origem: Margem lateral da escápula e ângulo inferior Inserção: Tendão na crista do tubérculo menor do úmero, atrás do m. grande dorsal Função: Adução, RI e extensão do ombro Inervação: Nervos Supraescapulares do plexo braquial, parte infraclavicular ou Nervo Toracodorsal Posicionamento para o Alongamento 94 REDONDO MENOR Origem: Parte caudal da fossa infra-espinhal e margem lateral da escápula (terço médio) Inserção: Tubérculo maior do úmero Função: RE e Abdução do úmero Inervação: Nervo Axilar INFRAESPINHOSO Origem: Margem caudal da espinha da escápula, fossa infra- espinhal Inserção: Faceta média do tubérculo maior do úmero Função: • RE do úmero • Ajuda a manter a cabeça umeral na cavidade glenóide • Ajuda na extensão e abdução horizontal do ombro Inervação: Nervo supra-escapular do plexo braquial, parte supraclavicular 95 SUPRAESPINHOSO Origem: Fossa supra-espinhal Inserção: Faceta proximal do tubérculo maior do úmero Função: • Inicia a Abdução do ombro • RE do úmero Inervação: Nervo supra-escapular do plexo braquial, parte supraclavicular Posicionamento para o Alongamento do Redondo Menor, Infra e Supra-espinhoso 96 SUBESCAPULAR Origem: Face costal / anterior da escápula (fossa subescapular) Inserção: Tubérculo menor do úmero Função: • RI do ombro • Ajuda na Adução do ombro Inervação: Nervo Subescapular do plexo braquial, parte subescapular Posicionamento para o Alongamento PEITORAL MAIOR Origem: Porção Clavicular: metade esternal da clavícula Porção Esternocostal: superfície ventral do manúbrio e do corpo do esterno e as cartilagens costais 2 a 6; aponeurose dos músculos do abdome (bainha do m. reto abdominal) Inserção: Todas as fibras convergem para um tendão achatado que está inserido na crista do tubérculo maior Função: 97 • A porção clavicular realiza flexão, RI e adução horizontal do ombro • A porção esternocostal realiza extensão do úmero contra-resistência quando o braço está fletido Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais (plexo braquial, parte infraclavicualr) Posicionamento para o Alongamento PEITORAL MENOR Origem: Costelas 3 a 5 próximo da junção condrocostal Inserção: Ápice do processo coracóide Função: • Depressão do ombro • Ergue as costelas na inspiração forçada Inervação: Nervos peitorais mediais e laterais (plexo braquial, parte infra-clavicular) 98 Posicionamento para o Alongamento BÍCEPS BRAQUIAL Origem: Cabeça Longa: Tubérculo supraglenoidal Cabeça Curta: Ápice do processo coracóide Inserção: Tuberosidade do rádio e via aponeurose na fácia do antebraço Função: • Flexão e Supinação do antebraço • A cabeça longa ajuda na flexão do ombro e a manter a cabeça umeral na glenóide • A cabeça curta ajuda na adução do ombro Inervação: Nervo Musculocutâneo 99 Posicionamento para o Alongamento TRÍCEPS BRAQUIAL Origem: Cabeça Longa: Tubérculo infraglenoidal Cabeça Lateral: Faces lateral e posterior do corpo do úmero Cabeça Medial: Face dorsal do corpo do úmero (distal à crista do tubérculo maior e sulco do nervo radial) Inserção: As fibras passam distalmente unindo-se ao tendão comum de inserção no olécrano Função: • Extensão do antebraço na articulação do cotovelo • A cabeça longa estende o úmero na articulação do ombro Inervação: Nervo Radial 100 Posicionamento para o Alongamento BRAQUIORADIAL Origem: Margem lateral do úmero distal Inserção: Face lateral da base do processo estilóide do rádio Função: • Flexão do cotovelo • Pronação do antebraço fletido • Supina o antebraço se completamente pronado Inervação: Nervo Radial 101 Posicionamento para o Alongamento COMPARTIMENTO POSTERIOR DO ANTEBRAÇO Superficial - Grupo Radial Extensor Radial Curto do Carpo Extensor Radial Longo do Carpo Origem: Epicôndilo lateral do úmero, ligamento anular do rádio Inserção: Face dorsal da base do 3o metacarpo Função: Extensão e abdução do punho Inervação: Nervo Radial Origem: Extremidade distal do úmero, epicôndilo lateral Inserção: Face dorsal da base do 2o metacarpo Função: • Extensão e abdução do punho • Supinação do antebraço e flexão do cotovelo • Pronação quando o antebraço está fletido Inervação: Nervo Radial 102 COMPARTIMENTO POSTERIOR DO ANTEBRAÇO Grupo Superficial Extensor dos Dedos Extensor do Dedo Mínimo Extensor Ulnar do Carpo Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Aponeuroses dorsais dos dedos 2 ao 5 através de 4 tendões Função: • Extensão dos dedos (falanges proximais principalmente) e indiretamente a mão inteira • Adução da mão Inervação: Nervo Radial Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Aponeurose dorsal do 5o dedo Função: Extensão do dedo mínimo Inervação: Nervo radial Origem: Epicôndilo lateral do úmero Inserção: Face dorsal da base dos metacarpos Função: Extensão e adução Inervação: Nervo Radial 103 COMPARTIMENTO POSTERIOR DO ANTEBRAÇO Grupo Profundo Extensor Longo do Polegar Extensor do Indicador Origem: Face posterior da ulna distal e membrana interóssea Inserção: Falange distal do polegar Função: • Extensão do polegar • Ajuda na extensão da mão e abdução do polegar Inervação: Nervo Radial Origem: Face posterior da ulna distal Inserção: Aponeurose dorsal do indicador Função: Extensão do indicador Inervação: Nervo Radial COMPARTIMENTO POSTERIOR DO ANTEBRAÇO Profundo, Grupo RAdial Extensor Curto do Polegar Origem: Face posterior do rádio distal e membrana interóssea Inserção: Falange proximal do polegar Função:• Extensão e abdução da falange proximal do polegar • Abdução do punho Inervação: Nervo Radial 104 Abdutor Longo do Polegar Origem: Face posterior da ulna distal, membrana interóssea e face posterior do rádio Inserção: Base do 1o metacarpo e osso trapézio Função: • Abdução do polegar e do punho • Ajuda na supinação do antebraço Inervação: Nervo Radial Posicionamento para o Alongamento Global do Compartimento Posterior do Antebraço (extensores) 105 COMPARTIMENTO ANTERIOR DO ANTEBRAÇO Grupo Superficial Pronador Redondo Flexor Radial do Carpo Palmar Longo Origem: Cabeça Umeral: epicôndilo medial do úmero Cabeça Ulnar: Processo coronóide da ulna Inserção: Nas faces lateral e dorsal do rádio (1/3 médio) Função: Pronação e flexão do antebraço Inervação: Nervo Mediano Origem: Epicôndilo medial do úmero Inserção: Face palmar da base do 2o metacarpo Função: • Flexão e abduçãodo punho • Flexão e pronação do antebraço como cotovelo estendido Inervação: Nervo Mediano Origem: Epicôndilo medial do úmero Inserção: Aponeurose Palmar Função: Extensão da aponeurose palmar e ajuda na flexão do punho Inervação: Nervo Mediano 106 COMPARTIMENTO ANTERIOR DO ANTEBRAÇO Flexor Superficial dos Dedos Flexor Ulnar do Carpo Supinador Origem: Cabeça úmero-ulnar: epicôndilo medial do úmero, processo coronóide Cabeça radial: Face anterior do rádio Inserção: 4 longos tendões para as falanges médias do 2o ao 5o dedos Função: • Flexão das falanges médias do 2o ao 5o deods • Ajuda na flexão da 1a falange e da mão Inervação: Nervo Mediano Origem: Cabeça Umeral: Epicôndilo medial do úmero Cabeça Ulnar: Olecrano e margem posterior da ulna Inserção: Osso pisiforme e por ligamentos na base do 5o metacarpo e osso hamato Função: • Flexão e Adução do punho • Flexão do antebraço Inervação: Nervo Ulnar Origem: Epicôndilo lateral do úmero, ligamento colateral radial e anular do rádio, crista do supinador na ulna Função: Supinação do antebraço Inervação: Nervo Radial 107 COMPARTIMENTO ANTERIOR DO ANTEBRAÇO Grupo Profundo Flexor Profundo dos Dedos Flexor Longo do Polegar Pronador Quadrado Origem: Face anterior da ulna, membrana interóssea Inserção: Falanges distais dos dedos 2 a 5 Função: • Flexão dos dedos 2 a 5 • Ajuda na flexão do punho Inervação: Nervo ulnar para o lado ulnar e Nervo mediano para o lado radial Origem: Face anterior do rádio e membrana interóssea do antebraço Inserção: Falange distal do polegar Função: Flexão da mão e da falange distal do polegar Inervação: Nervo Mediano Origem: Margem anterior da ulna, ¼ distal Inserção: Face anterior do rádio Função: Pronação do antebraço Inervação: Nervo Mediano e Nervo Interósseo Anterior 108 Posicionamento para o Alongamento Global do Compartimento Anterior do Antebraço (flexores) ALONGAMENTO PARA OS MÚSCULOS DO TRONCO ELEVADOR DA ESCÁPULA Origem: Processo Transverso de C1 a C4 Inserção: Borda Superior da Escápula Função: • Puxa o ângulo superior da escápula para cima e para medial • Se a escápula é o ponto fixo, puxa a cabeça lateralmente Inervação: Plexo Cervical e Nervo Dorsal da Escápula 109 Posicionamento para o Alongamento 110 SERRÁTIL POSTERIOR SUP E INF Origem: Processos espinhosos de T11 – L2 (L3) Inserção: 4 últimas costelas, lateralmente aos ângulos costais Função: • Puxa as 4 últimas costelas caudalmente, sendo, portanto, um músculo expiratório Inervação: Ramos ventrais de T11-T12 e L1-L2 Origem: Ligamento Nucal, processos espinhosos de C6 – T2 (T3) Inserção: Costelas 2 – 5, lateralmente aos ângulos costais Função: • Levanta as costelas 2 a 5, sendo, portanto, um músculo inspiratório Inervação: Ramos ventrais de C6 – C8 e T1 – T2 111 ILIOCOSTAL LOMBAR, DORSAL E CERVICAL Origem: Iliocostal Lombar: face dorsal do sacro e lábio externo da crista ilíaca Iliocostal Dorsal: da costela 12 a 7a Iliocostal Cervical: Costelas 3 - 6 Inserção: Iliocostal Lombar: Ângulos das costelas 5 a 12 Iliocostal Dorsal: ângulo lateral das 6 costelas superiores Iliocostal Cervical: Processos articulares de C4 a C6 Função: • Atuando juntos, bilateralmente, realizam extensão da coluna vertebral • Atuando de um só lado, fazem flexão lateral para o mesmo lado Inervação: Ramos dorsais dos nervos torácicos e lombares 112 LONGUÍSSIMO DO DORSO LONGUÍSSIMO DA CABEÇA Origem: Face dorsal do sacro e processos espinhosos das vértebras lombares, com algumas inserções nos processos transversos das últimas vértebras torácicas Inserção: Bordas inferiores das costelas 2 a 12, Processos transversos das vértebras lombares L1 a L3 e torácicas T1 a T12 Função: • Extensão do tronco Inervação: Ramos dorsais dos nervos torácicos e lombares Origem: Processos transversos das vértebras torácicas T1 a T5 e Processos articulares das vértebras cervicais C4 a C7 Inserção: Margem posterior do processo mastóideo do osso temporal Função: • Atuando juntos, bilateralmente, realizam extensão da coluna vertebral • Atuando de um só lado, fazem flexão lateral para o mesmo lado Inervação: Ramos dorsais dos nervos cervicais 113 MULTÍFIDO Origem: Face dorsal do sacro, processo transverso de todas as vértebras lombares, torácicas e as cervicais C4 – C7 Inserção: Processo espinhosos das vértebras lombares, torácicas e cervicais até o áxis (C2) Função: • Quando atuando individualmente e unilateralmente, eles curvam e rodam a coluna para o lado. • Quando atuando bilateralmente, eles todos estendem a coluna vertebral • Estabilizador da lombar junto com o transverso do abdome Inervação: Ramos dorsais dos nervos cervicais, torácicos e lombares ESPINHAL DO TÓRAX Origem: Processos espinhosos de T11-T12 e L1-L2 (fundindo-se com o músculo longíssimo do dorso) Inserção: Processos espinhosos de T3 a T9, unindo-se com os músculos multífidos Função: • Atuando juntos, bilateralmente, realizam extensão da coluna vertebral • Atuando de um só lado, fazem flexão lateral para o mesmo lado Inervação: Ramos dorsais dos nervos torácicos 114 ESPLÊNIO DO PESCOÇO Origem: Processos espinhosos de T3 – T6 Inserção: Tubérculos posteriores dos processos transversos das 3 primeiras vértebras cervicais Função: • Agindo juntos, estendem a cabeça e o pescoço. • Agindo de um lado, roda as vértebras cervicais superiores para o mesmo lado, rodando, assim, a cabeça para o mesmo lado Inervação: Nervos Cervicais I a IV ESPLÊNIO DA CABEÇAOrigem: Ligamento Nucal, processos espinhosos de C3 a C7 e as 3 primeiras vértebras torácicas Inserção: Terço lateral da linha nucal superior e processo mastóideo do osso temporal Função: • Agindo juntos, estendem a cabeça e o pescoço. • Agindo de um lado, roda a cabeça para o mesmo lado Inervação: Nervos Cervicais I a IV 115 Posicionamento para o Alongamento Global dos Músculos Posteriores do Tronco QUADRADO LOMBAR Origem: Lábio interno da crista ilíaca e ligamento ílio-lombar Inserção: Processo transverso das vértebras lombares L1 – L4 e 12a costela Função: • Flexão lateral da coluna vertebral lombar e caixa torácica Inervação: Plexo lombar 116 Posicionamento para Alongamento 117 ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO Origem: Cabeça Esternal: face ventral do manúbrio esternal Cabeça Clavicular: Terço medial da clavícula Inserção: Face lateral do processo mastóide, metade lateral da linha nucal superior Função: • Agindo unilateralmente, flete a cabeça para o mesmo lado e roda para o lado oposto • Quando a cabeça é o ponto fixo, ajudam na elevação do tórax durante a inspiração profunda • Agindo bilateralmente, fletem a cabeça • Possuem um movimento acessório de extensão da cabeça através de suas fibras posteriores Inervação: Nervo acessório (XI), plexo cervical Posicionamento para Alongamento 118 ESCALENO ANTERIOR, MÉDIO E POSTERIOR Origem: Escaleno Anterior: processos transversos de C3 – C6 Escaleno Médio: Processo transverso de C2 – C7 Escaleno Posterior: Processos transversos de C4 – C6 Inserção: Escaleno Anterior: 1a costela, no tubérculo do escaleno anterior Escaleno Médio: face superior da 1a costela, atrás do sulca da artéria subclávia Escaleno Posterior: face externa da 2a costela Função: • Elevam a 1a e 2a costela, ajudando na inspiração • Flexão e rotação da coluna cervical para o mesmo lado Inervação: Plexo cervical e Plexo braquial 119 Posicionamento para Alongamento 120 RETO ABDOMINAL Origem: Face ventral das cartilagens costais da 5a a 7a costelas; processo xifóide; Inserção: Margem cranial do púbis, entre o tubérculo púbico e a sínfise púbica Função: • Flexão do tronco, puxando o esterno em direção ao púbis • Compressão do abdome Inervação: Ramos ventrais do 7o ao 12o nervos intercostais OBLÍQUO EXTERNO Origem: Costelas 4 a 12 Inserção: Lábio externo da crista ilíaca, ligamento iguinal e lâmina anterior da bainha do reto abdominal Função: • Comprime o abdome • Ambos os lados agindo juntos, realizam flexão do tronco • Unilateralmente, curva o tronco para o lado oposto Inervação: Ramos ventrais do 7o ao 12o nervos intercostais, Nervo ílio-hipogástrico, Nervo ílio-iguinal 121 OBLÍQUO INTERNO Origem: Linha intermediária da crista ilíaca, fáscia toracolombar, dois terços laterais do ligamento iguinal Inserção: Borda inferior das 3 ou 4 últimas costelas, linha alba, púbis (linha pectínea) Função: • Comprime o abdome • Ambos os lados, agindo juntos, realizam flexão de tronco • Agindo unilateralmente, realiza flexão do tronco para o mesmo lado (ipsilateral) Inervação: Ramos ventrais do 7o ao 12o nervos intercostais, Nervo ílio-hipogástrico, Nervo ílio-iguinal Posicionamento para Alongamento Global dos Abdominais 122 TRANSVERSO DO ABDOME Origem: Face interna das cartilagens costais das últimas 6 costelas Por meio da fáscia toracolombar dos processos transversos das vértebras lombares Lábio externo da crista ilíaca e terço lateral do ligamento iguinal Inserção: Linha Alba Função: • Contrai e tensiona a parede abdominal • Comprime o abdome • Estabilizador da lombar junto com os mutífidos Inervação: Plexo lombar GRANDE DORSAL Origem: Processos espinhosos de T7-T12, vértebras lombares, face dorsal do sacro, lábio externos da crista ilíaca Inserção: Junto com o músculo redondo maior, no tubérculo menor do úmero (mais precisamente, no sulco intertubercular) Função: • Extensão, Adução e RI do úmero Inervação: Nervo Toracodorsal 123 Posicionamento para Alongamento SERRÁTIL ANTERIOR Origem: Primeiras nove costelas Inserção: Ângulo superior, margem medial e ângulo inferior da escápula Função: • Mantém a escápula junto ao corpo • Puxa a escápula lateral e ventralmente • Com ponto fixo na escápula, ajuda na inspiração Inervação: Nervo torácico longo 124
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