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HISTÓRIA DA AMAZÔNIA
Aula 1: Origem do homem americano
1)Observe o mapa.
Assinale a alternativa que NÃO se relaciona com as diversas hipóteses de origem do homem americano.
a) O mapa justifica a hipótese de o homem americano apresentar características mongolóides ou pré-mongolóides, povos oriundos da Mongólia e Sibéria que penetraram no continente americano pelo Estreito de Bering.
b) Segundo o que demonstra o mapa, o homem chegou à América em migrações esporádicas, navegando pelo Pacífico, vindo da Ásia, Polinésia e Oceania.
c) Segundo o mapa, o homem americano é Autóctone, ou seja, surgiu no próprio continente, embora não exista nenhum fóssil anterior ao ‘Homo Sapiens Sapiens’.
d) Observando o mapa, fica evidente que o ser Humano não chegou no continente americano pelo oceano Atlântico, apesar de esse ser o caminho mais ”curto”.
e) No continente sul-americano, o fóssil mais antigo é de uma mulher conhecida por Luzia, encontrada em 1975 próximo a Lagoa Santa/MG, datada de 11500 anos.
2)Anna Roosevelt e sua equipe estabeleceram uma seqüência de ocupações para o Baixo Amazonas que cobre desde as culturas paleoindígenas, passando pela formação de sociedades mais complexas e atingindo os cacicados ou chefias (chiefdoms), alguns dos quais estavam em pleno desenvolvimento no momento da chegada dos europeus. Suas pesquisas mostraram a antiguidade dos assentamentos de grupos ceramistas.
Anna Roosevelt é considerada atualmente a mais importante arqueóloga nos estudos sobre Amazônia, identifique nos sítios arqueológicos abaixo aquele pesquisado pela autora e que é considerado o mais antigo da região. 
a) Pedra Furada 
b) Lagoa Santa
c) Terra Preta 
d) Kennewick,
e) Pedra Pintada
3) Niéde Guidon foi a primeira pesquisadora a afirmar que, no Brasil, estão os mais antigos restos arqueológicos que registram a prescrição humana no:
a) Sítio Arqueológico da Pedra Furada, na serra da capivara, interior do Piauí;
b) Sítio Arqueológico da Pedra Lascada na Amazônia;
c) Estado do Acre, no sítio arqueológico de Pedra Furada:
d) Planalto Goiano, nas proximidades de Brasília;
e) Rio Grande do Sul, à beira da lagoa dos patos.
4)Segundo a explicação mais difundida sobre o povoamento da América, grupos asiáticos teriam chegado a esse continente pelo Estreito de Bering, há 18 mil anos. A partir dessa região, localizada no extremo noroeste do continente americano, esses grupos e seus descendentes teriam migrado, pouco a pouco, para outras áreas, chegando até a porção sul do continente. Entretanto, por meio de estudos arqueológicos realizados no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí), foram descobertos vestígios da presença humana que teriam até 50 mil anos de idade. Validadas, as provas materiais encontradas pelos arqueólogos no Piauí.
comprovam que grupos de origem africana cruzaram o oceano Atlântico até o Piauí há 18 mil anos.
confirmam que o homem surgiu primeiramente na América do Norte e, depois, povoou os outros continentes.
contestam a teoria de que o homem americano surgiu primeiro na América do Sul e, depois, cruzou o Estreito de Bering.
confirmam que grupos de origem asiática cruzaram o Estreito de Bering há 18 mil anos.
contestam a teoria de que o povoamento da América teria iniciado há 18 mil anos.
5)“Caverna da Pedra Pintada. 11.200 anos atrás. Enquanto mulheres e crianças saem para colher castanha-do-pará, os homens estão no meio da mata úmida caçando anta. A cena foi reconstituída a partir de uma descoberta que está colocando a arqueologia de pernas para o ar. Ela indica que o homem, chegou ao continente americano há muito mais tempo do que se supunha, se adaptou bem a um ambiente considerado hostil e criou uma cultura superior à de outros pré-históricos de sua época.
Com o título A Civilização Perdida da Amazônia, a revista Superinteressante divulgou as pesquisas arqueológicas desenvolvidas pela arqueóloga Anna Roosevelt em Monte Alegre (PA). Utilizando seus conhecimentos sobre a arqueologia da Amazônia e com base no texto em destaque, responda porque as descobertas de Roosevelt estão colocando a arqueologia de “pernas para o ar”, assinalando a alternativa correta de acordo com o seguinte código:
I.	Apesar do entusiasmo provocado pelos resultados, as pesquisas arqueológicas na Amazônia não podem ultrapassar o nível da mera especulação porque a acidez dos solos e a forte umidade da região destroem os materiais que viriam a se constituir em vestígios arqueológicos o que impede a continuidade dos levantamentos.
II. 	Arqueólogos importantes como Betty Meggers asseguravam que fatores ambientais estabeleceram limites para as possibilidades de desenvolvimento das sociedades amazônicas e um dos mais preponderantes dizia respeito ao potencial agrícola do solo.
III. 	As pesquisas arqueológicas permitem lançar novas luzes sobre o conhecimento acerca da região e rever teses consagradas como a que considerava que os Andes Centrais teriam sido o grande pólo de inovação cultural na América do Sul e a Amazônia teria sido apenas uma área marginal nesse período
a) As proposições II e III estão corretas.
b) As proposições I e III estão corretas.
c) Somente a proposição I está correta.
d) Somente a proposição III está correta.
e) As proposições I e II estão corretas.
6)O trabalho desenvolvido pela arqueóloga franco-brasileira Niéde Guidón no sítio arqueológico da pedra furada, no Piauí, reascendeu as discussões sobre a origem do homem americano.
Sobre os achados arqueológicos e as suas respectivas conclusões pode-se afirmar que:
Foram encontrados, em sambaquis, centenas de pinturas rupestres, que permitem identificar nossos primeiros habitantes.
Foi encontrado o crânio de “Luzia” com a datação de 9300 anos, que acredita-se tratar dos restos humanos mais antigos das Américas.
Foram encontrados artefatos líticos, em sambaquis, que comprovam a tradicional hipótese de penetração terrestre pelo estreito de Bering.
Foram encontrados restos de fogueira e fósseis com datação aproximada de 50.000 anos que contrariam a teoria das correntes australiana e malaio-polinésia.
 e) Foram encontrados restos de fogueira com datação aproximada de 50.000 anos, que indicam que o homem pode ter chegado à América, a este tempo, via Oceano Pacífico.
Aula 2: Pré-História da Amazônia
1) De acordo com os seus conhecimentos sobre as fases de ocupação da Amazônia, analise os itens abaixo e marque a alternativa correta.
I. 	Paleoindígena – Período mais antigo de ocupação da América, em que ocorreu uma imigração da África para o Brasil, segundo as descobertas de L. W. Lund, em Lagoa Santa – MG.
II. 	Arcaica – Fase em que ocorreu uma importante transformação no processo produtivo: a descoberta da agricultura e a produção de cerâmica.
III. 	Pré-História Tardia – Fase em que ocorreu o surgimento das sociedades complexas, a exemplo dos Cacicados Complexos.
a) I, II e III são verdadeiros.
b) I e II são verdadeiros.
c) I e III são verdadeiros.
d) II e III são verdadeiros.
e) I é verdadeiro.
2) Sobre as teorias acerca da origem do homem na Amazônia, Betty Meggers foi destaque, sobre suas pesquisas marque a alternativa correta:
a) Sua presença na Amazônia seria caracterizada por uma irradiação cultural dos Andes para a Amazônia, caracterizada por um ambiente que inviabilizava densidade populacional e complexidade cultural.
b) A ocupação da Amazônia deu-se num período em que ele se encontrava em estágio nômade e foi marcada por grandes culturas complexas.
c) A ocupação da Amazônia deu-se ± 10.000 a.C; por grupos de caçadores nômades onde encontraram na Amazônia um habitat fértil, principalmente a áreas de Terra-firme, formando populações numerosas.
d) Para ela os estudos desse período são dificultados por muitos fatores, sendo a falta de pontas de lanças e fogões pré-históricos o principal fator. 
3)A Arqueologia é uma área em franca expansão na Amazônia e seus resultados de pesquisa têm promovido a revisão e/oureformulação de teses consolidadas sobre a ocupação pré-colonial de nossa região. Algumas destas novidades estão indicadas, de forma sumária, nas alternativas abaixo. 
Analise-as, assinalando Verdadeiro ou Falso e, depois, marque a única sequência correta.
( ) 	Durante muito tempo, pesquisadores acreditaram que a pesquisa arqueológica era impossível na região devido às condições climáticas que impediam a conservação de vestígios materiais. Pesquisas recentes demonstram que estavam corretos porque é muito difícil encontrar qualquer tipo de vestígio arqueológico na Amazônia;
( )	Houve uma reformulação na forma de periodizar e, na Amazônia, não se utilizam termos como “idade da pedra”, “paleolítico” e “idade dos metais”;
( )	O período paleoindígena, uma das fases identificadas pela pesquisa recente, refere-se a um momento em que as populações eram dispersas e pouco numerosas, organizadas em bandos nômades; 
( )	A fase da pré-história tardia é uma das mais impressionantes por ter revelado a existência de sociedades estratificadas e complexas, com domínios culturais comparáveis às civilizações minóica e micênica;
( ) 	A importância dos cacicados complexos foi tão significativa que, ainda hoje, são facilmente identificáveis traços culturais e econômicos nas sociedades indígenas da Amazônia contemporânea;
a) V, V, V, F, F; 
b) F,V, V, V, F;
c) F, V, F, V, V;
d) F, F, F, V, F;
e) V, F, V, F, F;
4)A pesquisa arqueológica na Amazônia ainda carece de muitos estudos. Entretanto, já existe uma periodização provisória para o estudo da região Amazônica, diferente daquela empregada nos países europeus, e que vem sendo utilizada pelos arqueólogos.
Essa periodização compreende as fases denominadas de:
a) Paleolítico; Cacicados Simples e Cacicados Complexos.
b) Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.
c) Idade da Pedra Lascada, Idade da Pedra Polida e Idade dos Metais.
d) Paleozóico, Cenozóico e Mesozóico.
e) Paleoindígena; Arcaica: Pré-História Tardia.
Aula 3: Descobrimento e conquista da da Amazônia
1)Frei Gaspar de Carvajal, primeiro cronista da Amazônia (1542), em várias passagens do seu relato, indica algumas cifras populacionais. Fala, por exemplo, que, “em uma só aldeia encontrou comida para alimentar um exército de mil homens durante um ano”; escreveu também que viu “grandíssimas povoações que reúnem 50 mil homens”. Para alguns, o padre exagerou nos números. Entretanto, vinte anos mais tarde, outro cronista confirmara, de certa forma, as afirmações de Carvajal. Esses Cronistas são:
a) Francisco Vasquez e capitão Altamirano;
b) Os irmãos leigos Brieva e Toledo;
c) Cristobal de Acunã e Alonso de Rojas;
d) Pedrarias de Almesto e Maurício de Heriarte;
e) Jiménez de la Espada e Laureano de la Cruz.
2)Sobre as primeiras expedições europeias à Amazônia, pode-se afirmar, exceto:
A expedição de Francisco Orellana, foi marcada pelas adversidades alimentares e conflitos com os índios.
A expedição de Ursua – Aguirre foi a mais bem organizada de todas as expedições europeias realizadas à Amazônia e ocorreu sem turbulências.
Pedro Teixeira realizou uma expedição à Amazônia nos dois sentidos (Belém-Quito/Quito-Belém, durante a União Ibérica.
Pedro Teixeira, teve como relator Acuna,que descreveu os povos indígenas do século XVII.
Francisco Orellana comandou uma expedição que desceu todo o Rio Amazonas, sendo relatada por Carvajal, que descreveu alguns aspectos das diversas culturas indígenas.
3) A disputa pelo controle da Amazônia envolveu interesses econômicos, estratégicos, preconceitos etnocêntricos, fantasias e até boas intenções, inclusive de espanhóis e portugueses que supunham, desde o século XVI, ter direito à
soberania sobre a região.
A respeito do processo de conquista e ocupação europeia da Amazônia, assinale a afirmativa incorreta.
A crença nas amazonas, as mulheres guerreiras, difundida desde o século XVI, diz respeito à transposição de referências de Homero à Guerra de Tróia, e não a características de organização social dos indígenas amazônicos.
A lenda do Eldorado robustecia-se na perspectiva metalista europeia e parecia confirmar-se em algumas conquistas, como a do México e a do Peru.
Os suportes econômicos portugueses na Região Amazônica foram as tentativas de introdução de culturas orientais para exportação, de extração de drogas do sertão e a captura de indígenas para escravizar.
No século XVII, diversas missões religiosas instaladas no Vale Amazônico praticaram a catequese e exploraram o trabalho indígena na coleta de essências aromáticas, corantes, medicinais e alimentícias.
Além da busca de comprovação das fantasias sobre o Eldorado e as amazonas, a exploração da selva tinha conotação apenas política, desprezando os aspectos econômicos.
4)Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes.
Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata da Bolívia.
as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
5)Com relação às populações indígenas brasileiras, NÃO é correto afirmar:
para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada, técnica que seria posteriormente incorporada pelos colonizadores.
b) quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos Rios Paraná-Paraguai.
c) ao longo do período colonial, em várias ocasiões os aimorés, tupis, xavantes, tupiniquins, tapuias e terenas uniram-se para enfrentar os invasores europeus.
d) feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantados pelas nações indígenas, sendo que a farinha de mandioca tornou-se um alimento básico na Colônia.
e) uma forma de resistência dos índios à presença do homem branco consistiu no seu contínuo deslocamento, para regiões cada vez mais pobres.
Aula 4: Legislação e trabalho indígena: Capitães de Aldeia e Regimento das Missões
1)O alvará de 1680 restabeleceu a autoridade jesuíta sobre os índios, cuja liberdade assegurava, como queria o padre Antônio Vieira. Criada para compensar os colonos insatisfeitos com essa medida, a Cia. do Comércio do Estado do Maranhão não cumpriu a contento sua obrigação de abastecer a região com gêneros europeus e escravos negros, provocando a Revolta de Beckman.
Outro conflito que denota o aumento da opressão colonial portuguesa, a Guerra dos Mascates foi a hostilidade entre os comerciantes de Recife e os fazendeiros de Olinda, que temiam a execução de seus engenhos por dívidas.
Assinale a alternativa que interpreta corretamente o enunciado.
A Revolta de Beckman, no Estado do Maranhão, em 1684, buscava a separação entre o Estado do Maranhão e o Estado do Brasil, pela recusa dos nortistas em aceitar a União Ibérica.
A Revolta de Beckman, no Maranhão, foi conflitos localizados, contra padres e comerciantes, sem pretender a separação política.
A Revolta de Beckman, que resultou na retirada dos jesuítas do Pará, em 1661, deveu-se à recusa dos liderados pelo padre Antonio Vieira em acatar o decreto do Marquês de Pombal, que expulsou os religiosos.
A Revolta de Beckman foi parte do grande levante que iniciou o processo de independência.
A Revolta de Beckman foi mais uma das rebeliões chefiadas por religiosos no Estado do Maranhão e Grão-Pará.
2) “Quase cem anos tinham-se passado desde Orellana, quando Pedro Teixeira despontou emQuito, recebido com muitas festas e mal disfarçada desconfiança pelos espanhóis.” (Márcio Souza)
Assinale a alternativa correta a respeito da conquista e ocupação do Amazonas.
Diversas ordens missionárias utilizaram a mão-de-obra indígena na coleta dos produtos da floresta ou “drogas do sertão” e chocaram-se muitas vezes com os colonos, cujo objetivo era a escravização dos nativos.
A expedição de Pedro Teixeira ao Peru tinha objetivos estritamente geopolíticos e resultou da liberalidade da Espanha, que, durante a União Ibérica, franqueou a ultrapassagem do meridiano de Tordesilhas.
O acesso à Amazônia era fácil somente para os espanhóis da região andina produtora de prata, mas ela ficava isolada tanto da administração colonial no Brasil quanto da metrópole portuguesa.
O isolamento da Amazônia deveu-se à falta de interesse prtuguês em sua ocupação ou exploração até século XVIII.
Antes de atrair o interesse de missionários e da administração portuguesa, a Amazônia tornou-se alvo dos caçadores de escravos indígenas do Maranhão.
3) Assinale a alternativa correta a respeito do desempenho das ordens religiosas na Amazônia.
(A) Para proteger os índios do Vale Amazônico da escravização, o governo português criou, a pedido dos jesuítas, a Cia. do Comércio do Maranhão e encarregou-a de fornecer escravos africanos regularmente aos maranhenses.
(B) O grande conflito entre os missionários e os colonos leigos era acerca da escravização dos índios, condenada pela Igreja e defendida pelos colonos.
(C) O governo português, para defender os índios do trabalho compulsório, proibiu as ordens religiosas de instalar missões no território amazônico, durante todo o século XVII.
(D) Os missionários jesuítas buscavam ampliar sua influência na Amazônia protegendo os índios e os negros da escravização por parte dos colonos.
(E) O principal objetivo dos jesuítas era a restauração do poder e do prestígio da Igreja Católica; para isso, exerceram o monopólio da catequese e da organização das missões religiosas na Amazônia.
4) Foi criada uma Companhia de Comércio Monopolista para o Estado do Maranhão, com a obrigação de fornecer 500 escravos por ano, durante 20 anos, aos colonos nortistas, para conciliar as duas posições: a dos colonos, que queriam escravos, e a dos jesuítas, que queriam impedir a escravização dos índios.
Assinale a alternativa correta a respeito da Revolta de Beckman, no Maranhão.
(A) Ao insurgir-se contra o monopólio português, a Revolta de Beckman foi o primeiro movimento a pretender a independência do Brasil.
(B) A reação portuguesa contra a Revolta de Beckman, com duas execuções, entre outras punições, evidencia o risco que o movimento representava para a manutenção do pacto colonial.
(C) A Revolta de Beckman foi um movimento localizado no Maranhão, sem intenções separatistas, pretendendo a expulsão dos jesuítas e o cumprimento, pela Companhia
privilegiada, dos objetivos para os quais foi criada.
(D) A Revolta de Beckman foi mais radical do que os movimentos do século XVIII, inclusive a Conjuração Mineira, porque chegou ao confronto violento.
(E) A Revolta de Beckman, embora se insurgisse contra a companhia de comércio, fazia parte de um movimento maior e mais geral do Norte para proibir missões religiosas que restringissem a escravização dos índios.
5) A distância enorme entre o Amazonas e os principais centros de povoamento portugueses explica-nos, de certa forma, o abandono a que se viu relegada a região, durante toda a primeira centúria após a descoberta.
(Mendes Jr., Roncari, Maranhão)
Assinale a afirmativa errada a respeito da conquista da Amazônia no período colonial brasileiro. 
Além de portugueses, também irlandeses, ingleses, espanhóis e holandeses interessavam-se pela região.
Na busca de escravos, portugueses pagavam com bebida alcoólica e mesmo com armas a grupos aliados para ajudar a capturar outros índios.
Os elogios que se fazem aos bandeirantes e desbravadores nem sempre levam em consideração a brutalidade com que escravizavam e assassinavam populações indígenas.
As ordens religiosas estabelecidas no Vale Amazônico, fossem de jesuítas, capuchinhos, mercedários, beneditinos e mesmo franciscanos serviram-se da catequese explorando o trabalho indígena na coleta das drogas do sertão.
Dentre todos os colonizadores, somente os jesuítas não se serviram de nenhuma forma de trabalho indígena, praticando exclusivamente a catequese.
6) Foi criada uma companhia de comércio monopolista para o Estado do Maranhão, com a obrigação de fornecer 500 escravos negros por ano, durante 20 anos, aos colonos nortistas, mas foi restringida a sua penetração no Vale Amazônico.
Assinale a afirmativa correta a respeito dos conflitos de interesses entre colonos, comerciantes e missionários no Estado do Maranhão, durante o século XVII.
As execuções de Beckman deveram-se mais a rivalidades regionais e conflitos de autoridade no âmbito colonial, porque a metrópole pouco se importou com conflito tão localizado.
A Revolta de Beckman assemelhou-se à outras guerras, marcadas pelo conflito entre colonos e índios.
A criação da Companhia do Comércio do Estado do Maranhão buscava conciliar a demanda dos colonos por mão-de-obra com a ação dos jesuítas no combate à escravização dos índios.
A ação antiescravista da Igreja desencadeou a série de conflitos que resultou na Revolta de Beckman, ao romper com a tradicional cordialidade que jamais opusera colonos e padres no Norte do Brasil.
A Revolta de Beckman foi o primeiro episódio de contestação à política colonial lusitana e o primeiro movimento por independência que a metrópole puniu com a forca.
7) “Aos colonos só interessava a exploração da força de trabalho indígena, sem o inconveniente da catequese. O que propunham os jesuítas na verdade, ao mesmo tempo em que pretendiam
realizar aqueles objetivos político-religiosos, era uma forma mais racional de colonização, em contraponto com uma atitude meramente predatória dos colonos”.
Assinale a alternativa correta sobre os conflitos entre colonos e missionários jesuítas no Vale Amazônico, durante o período colonial.
A oposição de interesses tão díspares quanto os de colonos e padres resultou no movimento separatista conhecido como Revolta de Beckman, objetivando a independência política.
A rigorosa disciplina jesuítica proibia aos padres as atividades econômicas por serem objetivos estranhos à catequese, à qual eles se dedicavam com exclusividade e para evitar conflitos com os colonos.
A atuação da Igreja foi importante para obter a proibição régia da escravização dos indígenas, mas a atuação dos padres explorava o seu trabalho e destruía os seus valores culturais e sua identidade.
A permissão régia do estabelecimento de ordens religiosas na Amazônia deveu-se à estratégia geopolítica de ocupação, sem nenhum interesse econômico, porque os indígenas viviam de coleta e não produziam excedentes.
A oposição dos jesuítas à escravidão era uma imposição ética do catolicismo, à qual obedeceram com rigor típico de sua ordem em todo o território colonial e com mais intransigência na Amazônia.
8) “E porque tenho entendido que os ditos gentios tem guerras uns com os outros, e se acostumam matar e comer todos os que nellas se captivam (...) hei por bem, que estavam presos (...) foram comprados (...) serão captivos somente por tempo de dez anos (...) passados elles, ficarão livres (...).”
(Fragmentos da Lei de 10/09/1611 – Sobre a liberdade do gentio da terra e da guerra que lhe pode fazer.)
O texto acima justifica e explica procedimentos de Tropas de Resgate. Sobre as Tropas de Resgate, é correto afirmar que:
a) A lei 1688 previa somente o resgate de índios aprisionados por outros índios para fins de troca.
b) Foram fontes de recrutamento de mão-de-obra indígena abolidas definitivamente pelo Diretório Pombalino em 1740.
c) O resgate praticado pelas tropas era sempre fiel àquele previsto na legislação.
d) Eram expedições militares nas quais na havia participação de religiosos.e) Foram a forma mais persistente de escravização indígena, sendo proibidas e permitidas por diversas leis. 
9. “Um amazonense que frequentou qualquer escola primária, que teve o privilégio de terminar a escola secundária ou até mesmo finalizar qualquer curso universitário, pode atravessar esses três ciclos sem nunca [...] haver discutido [...] sobre sua própria condição indígena.” 
(MELO, Lenilson M. Uma Síntese da História da Amazônia. Mens’Sana) 
A afirmação do autor é procedente, porém, nos últimos anos, ações de organismos nacionais e internacionais sinalizam na reversão deste quadro, induzidas, dentre outros motivos, pela discussão mundial sobre impacto ecológico na qual a Amazônia ostenta a posição de grande reduto natural da Terra, e nela, as populações indígenas são prioridades como guardiãs do desenvolvimento sustentável. Dentre estas ações podemos citar a proposta da ONU para promoção da “década indígena” (1995-2004); a imposição da OIT para que os países observem os direitos indígenas como reconhecimento de sua cultura diferenciada; a publicação pelo MEC de livros didáticos de autores índios; o Plano de Gestão Ambiental executado no Brasil com a participação indígena; a criação de instituições educacionais brasileiras com educação diferenciada; o lançamento da campanha estadual Biotecnologia – Ciência dos Brancos, Sabedoria dos Índios, e outras que buscam valorizar e resgatar a cultura indígena.
Sobre o elemento indígena, considere as afirmações seguintes e marque a alternativa correta:
I. A afirmação do autor se justifica pela introdução da ideologia colonizadora que fabricou uma população identificada com valores não-índios.
II. As iniciativas governamentais brasileiras também são um reflexo da política indigenista vigente no Brasil, que atua no sentido de integrar as populações indígenas à sociedade nacional.
III. A Constituição de 1988 reconheceu os direitos originários dos índios sobre terras tradicionalmente ocupadas, dentre outras razões, porque a redemocratização do país reabriu questões como identidade nacional, fortalecendo a consciência indígena.
IV. O Diretório Pombalino, apesar de suas medidas despóticas, resguardou os valores naturais dos índios, contribuindo para a ascendência majoritariamente indígena da população do Amazonas e para o resgate cultural que ora ocorre.
a) Todas são corretas
b) Somente I, II e III são corretas
c) Somente II e IV são corretas
d) Somente III e IV são corretas
e) Somente I e III são corretas
10) “O somatório dessas peculiaridades deu um certo toque de originalidade à história colonial da Amazônia, fazendo da região um exemplo ímpar de colonização [...]” 
(SANTOS, Francisco J. Além da Conquista. EDUA)
Um dos aspectos da singularidade referida pelo autor foi:
a) Ausência de legislação específica
b) Subordinação da elite mercantil na hierarquia social
c) Ocupação com objetivo exclusivamente econômico
d) Loteamento territorial entre ordens religiosas
e) Preferência pela mão-de-obra negra africana
11)A legislação metropolitana em relação aos povos indígenas no Brasil Colonial constituiu-se numa verdadeira “ciranda legislativa”, oscilando entre os interesses da Coroa e dos colonos leigos e religiosos.
O fator que mais contribuiu para esta oscilação foi:
a) A posse das terras devolutas.
b) A exploração das drogas do sertão.
c) A administração das missões e aldeias.
d) O controle da mão-de-obra indígena.
e) O combate às tribos revoltosas.
12)Sobre o Regimento das Missões, podemos afirmar que:
I – 	A lei de 21 de dezembro de 1686, instalou na Amazônia o Regimento das Missões que passou o controle da mão-de-obra indígena dos colonos para os missionários.
II – 	Os índios aldeados eram escravizados por toda a vida, enquanto os obtidos através dos resgates e guerras justas eram alugados para a prestação de serviços.
III – 	As operações de recrutamento de mão de obra indígena eram fiscalizadas e dependiam de autorização da Junta das Missões, além de serem dirigidas por um missionário encarregado de julgar também a legalidade do cativeiro aos índios.
IV – 	Os missionários carmelitas mantiveram a hegemonia sobre a região e a mão-de-obra indígena, tornando-se os colonos mais poderosos.
São Verdadeiras:
a) I e II. 
b) II e III. 
c) II e IV. 
d) II e IV. 
e) I e III.
13)A lei de 1611 introduziu a escravidão legal do indígena, mas não aboliu as “aldeias de repartição”, onde viviam os índios considerados “livres”. Dentre as formas de recrutamento, existia (m) a(s) que se denominava(m) de:
Recrutamento religioso, que era realizado por padres e colonos cristãos, visando o amparo total de índios destribalizados e doentes.
Descimentos, que eram expedições realizadas exclusivamente por missionários, com o objetivo de convencer as missões próximas aos núcleos coloniais, onde eram repartidos como escravos aos colonos.
Guerras justas, que eram expedições promovidas pelas tropas de guerra, com invasão dos territórios indígenas, visando a captura de índios maiores de 18 anos, levados, posteriormente, como escravos para as “aldeias de repartição”.
Recrutamento civil, que era promovido exclusivamente por colonos, usando a livre contratação da força de trabalho indígena, mediante pagamento de salários.
Resgate, que eram expedições realizadas por tropas de resgate, com o objetivo de estabelecer uma troca comercial entre os Portugueses, que davam mercadorias europeias, e as tribos aliadas, que forneciam índios capturados em guerras intertribais.
Aula 5 – O período pombalino
1)Na Região Norte e no Maranhão, houve, também, conflitos de interesses, comuns às outras regiões da colônia, como a oposição dos jesuítas à escravização dos indígenas, a disputa por preços e qualidade das mercadorias entre colonos e fornecedores europeus e a respeito de estancos e monopólios. Entretanto, havia especificidades. A respeito dessas especificidades, analise as afirmativas a seguir:
I. A Região Amazônica só começou a ser ocupada nas primeiras décadas do século XVII, em virtude da cobiça sobre suas imensas riquezas vegetais por ingleses, franceses, holandeses e espanhóis, ameaçando conflito armado com o Estado português;
II. Foi criada, em 1682, a Companhia do Comércio do Estado do Maranhão para fornecer gêneros e escravos, buscando conciliar o interesse dos colonos com a oposição jesuíta à escravidão dos índios; 
III. Além da carência de escravos e mantimentos, o que revoltava os colonos do Maranhão eram as fraudes e enganos que os administradores da companhia cometiam, aproveitando-se dessa sua posição;
IV. Os jesuítas foram expulsos no período pombalino em função do conflito de interesses em torno da questão da exploração do trabalho dos africanos trazidos de Lisboa.
(A) I e III
 (B) I e IV
(C) II e III 
(D) II e IV
(E) III e IV
2) “O governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal, considera que a ação dos missionários trouxe muito lucro para a Igreja em detrimento do Estado e dos colonos. Era uma perspectiva que deliberadamente esquecia que o próprio reino, menos preocupado com o lucro que com a preservação do território, tinha direcionado os índios para os missionários.” (Márcio Souza. Breve História da Amazônia.)
Considerando as informações do texto acima e as medidas adotadas por Pombal para a Amazônia, assinale a afirmativa correta.
O poderio econômico das ordens missionárias era criticado pelos colonos, interessados na escravização dos índios.
O objetivo de Pombal era intensificar a escravização dos índios.
Influenciado pelo Iluminismo, Pombal tornara-se anticlerical radical, sem se importar com o negócio das coletas de gêneros da floresta.
Pombal expulsou os jesuítas devido à penúria econômica da Ordem e das missões, que os fazia dependentes da assistência estatal.
A expulsão dos jesuítas deveu-se à sua ineficiência e à exigência de exclusividade na ocupação do território amazônico.
3) A respeito da época pombalina, analise as afirmativasa seguir:
I. A competição entre as potências europeias durante o século XVII aumentou a posição desfavorável de países que tinham se atrasado como Portugal. Em função disto, um dos objetivos de Pombal era a modernização econômica do país.
II. A política pombalina buscava evitar que o privilégio da ordem jesuíta e a emergência de novas forças sociais, desejosas de maior representação política, viessem a ameaçar o regime.
III. Com a expulsão dos jesuítas, Pombal buscava promover o desenvolvimento econômico, assegurar o poder político e controlar a população indígena da Região Amazônica.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(C) se somente a afirmativa II estiver correta.
(D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
4) A política de Pombal contra os jesuítas é frequentemente atribuída à oposição dos religiosos à execução do Tratado de Madri (que não era do agrado do próprio Pombal), tanto na Amazônia como no Sul, (...) às suas críticas à criação de uma companhia de comércio para o norte da América portuguesa e outras razões.
(Falcon)
A propósito do trecho acima, analise as seguintes afirmações:
I. Embora atribuídos à retaliação contra o poder dos jesuítas, a laicização e o reforço da autoridade monárquica foram elementos básicos do despotismo esclarecido pombalino, com recurso a algumas ideias do iluminismo.
II. Atribuir ao despotismo esclarecido pombalino a intenção de reforçar a autoridade real contradiz o ofuscamento do poder do monarca, transformado em figura decorativa pela ação múltipla do Marquês.
III. A Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão e a expulsão dos jesuítas de Portugal e da colônia são atos para aumentar o controle do Estado sobre a política e a economia.
Assinale:
(A) se somente a afirmação I estiver correta.
(B) se somente as afirmações I e II estiverem corretas.
(C) se somente as afirmações I e III estiverem corretas.
(D) se somente as afirmações II e III estiverem corretas.
(E) se todas as afirmações estiverem corretas.
5) Diretório Pombalino (1757-1798) foi uma legislação destinada a promover a "civilização" dos índios na Amazônia colonial, produzida em ' consonância com os princípios da política mercantilista do absolutismo português. 
Entre as medidas implementadas, não podemos considerar:
Os antigos aldeamentos missionários receberam novas denominações de origem portuguesa.
Os descimentos continuaram a ser o mecanismo fundamental para aumento demográfico dos núcleos coloniais.
A proibição do uso das línguas indígenas maternas e adoção do nheengatu (língua-geral) para a realização das atividades de catequese.
Os colonos recebiam incentivos do Estado para casarem com as índias e contribuírem para o processo de lusitanização da Amazônia.
Os índios recrutados através dos descimentos eram repartidos em duas partes iguais: uma que se destinava aos serviços da povoação e defesa do Estado e a outra reservada aos colonos.
6)A implantação do Diretório Pombalino (1757-1798) na Amazônia significou um reordenamento da política metropolitana com relação à região. Analisando as linhas gerais desta política, é correto afirmar que:
A manutenção da escravidão legal dos índios e mestiços constituía-se no eixo fundamental de todas as ações vinculadas ao desenvolvimento do comércio e da agricultura de exportação.
Através da catequese, conduzida prioritariamente pelos religiosos da Companhia de Jesus, o Diretório viabilizava a incorporação dos índios à sociedade colonial.
A forte predominância da Igreja Católica foi uma característica fundamental do projeto reformista proposto por Pombal, na tentativa de portugalizar a região através da sucessão da ação laica nas aldeias.
A existência de um corpo de funcionários altamente qualificados na região garantiu a eficácia das medidas pombalinas.
Produto da política mercantilista pombalina, o Diretório extinguiu o poder temporal dos missionários nas aldeias e interferiu nos mais diversos níveis da vida econômica e sócio-cultural das populações amazônicas.
7)Ao longo do período colonial, a importância econômica e estratégica da Amazônia foi sendo apreendida por Portugal, que desenvolveu ações contra o estabelecimento de estrangeiros
como franceses, holandeses, britânicos e espanhóis, enquanto os religiosos buscavam, além do trabalho, o domínio cultural e ideológico dos indígenas, em atrito constante com os colonos, especialmente maranhenses.
Assinale a alternativa correta sobre a ocupação da Amazônia brasileira durante o período colonial.
Os jesuítas monopolizavam a catequese indígena e as missões, mas eram hostilizados por fazendeiros leigos maranhenses, com ciúme de seu sucesso na dominação cultural e ideológica do gentio.
A defesa dos índios pela Igreja contra os abusos que os colonos cometiam conduziu à ação de Pombal, que expulsou toda a Ordem da Amazônia, prejudicando a catequese e a educação dos índios.
Ao contrário do que ocorria no restante do Brasil, os padres da Amazônia combatiam a escravidão por ser incompatível com os princípios cristãos, mas toleravam os fazendeiros leigos que agiam brandamente com os seus escravos.
A criação das companhias de comércio durante a intervenção pombalina demonstra a maior importância que, naquele período, assumiram a Região Amazônica e o Maranhão, entre todas as regiões brasileiras.
A importância das matérias-primas e dos gêneros extrativos da Amazônia brasileira cresceu quando Portugal perdeu várias colônias orientais fornecedoras de produtos e essências especiais.
Aula 5.2 – O período pombalino
A capitania de São José do rio Negro
1)De acordo com Artur Cesar Ferreira Reis, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, governador e capitão-general do Grão-Pará e Maranhão, em correspondência com Lisboa, insistia na conveniência da criação de um novo governo, no sertão amazônico fronteiriço com os domínios da Coroa espanhola. Vários fatores justificavam o projeto, exceto:
a) Distância em que a região se encontrava em relação aos poderes de decisões, instalados em Belém, pois as providências ali tomadas chegavam aos confins da colônia sempre tarde, com graves prejuízos para as partes interessadas.
b) A necessidade de facilitar a vida econômica e política da população estabelecida na região
c) Favorecer a obra de civilização dos índios.
d) A vontade oculta do governador de ter mais poder para favorecer os desvios de dinheiro para a ordem dos jesuítas, que a esse tempo estava cuidando da administração dos índios. 
e) Garantir a soberania de Portugal, completamente abandonada nesta parte da América portuguesa, cobiçada por holandeses, espanhóis e à mercê de foras-da-lei que podiam criar embaraços futuros.
2)Sobre a história da aldeia de Mariuá, posteriormente elevada à vila e sede da Capitania de São José do rio Negro, analise as proposições e marque a alternativa que apresenta todas corretas.
I-A aldeia de Mariuá foi fundada em 1728 pelo carmelita Matias de São Boaventura, sendo inicialmente povoada pelos índios Manaus, Barés e Baniuas e foi indicada em 1754 para sediar as negociações das demarcações de limites.
II- A partir de 1755, a aldeia recebeu diversas obras de infraestrutura em função da visita da Família Real portuguesa, que faria uma escala na Amazônia em sua viagem de exílio para o Brasil.
III- A aldeia de Mariuá foi elevada à categoria de Vila por Mendonça Furtado, na ocasião de sua segunda viagem ao rio Negro, em 1758, quando passou a ser chamada vila de Barcelos.
IV- A vila de Barcelos ficou como sede da capitania do rio Negro até 1791, quando o então governador Manuel da Gama Lobo Dalmada a transferiu para a Barra do rio Negro.
V- Barcelos voltou a ser sede da capitania novamente em 1798, mas em 1808 a sede da capitania mudou-se definitivamente para Itacoatiara.
Estão corretas as proposições:
a) I, II e III
b) II, IV e V
c) I, III e IV
d) I, III e V
e) II, III e V
3)Porvolta de 1757, já contava com uma população de cerca de 2000 habitantes e apresentava um ar de prosperidade. Foi indicada para ser a sede da capitania de São José do rio Negro em função das benfeitorias que recebeu por ocasião da chegada das comissões demarcadoras. As informações se referem à:
a) Vila de Manaós
b) Lugar da Pedra Pintada
c) São José do rio Javari
d) Lugar da Barra
e) Vila de Mariuá
AULA 6 – A VIRADEIRA: O CORPO DE TRABALHADORES E A AMAZÔNIA DOS VIAJANTES
1)(BES/2017) ”Espantoso: é o único. Ninguém defende o poderoso da véspera. Mas ninguém fala de Dom José I, o monarca (...) absoluto que mandou e desmandou. Ninguém fala dele porque é o pai da Rainha...” (Álvaro Teixeira Soares, 1961)
 O excerto acima trata de um momento de transição na história de Portugal. Todas as alternativas abaixo se referem a este momento histórico, exceto:
a) A força e a fraqueza de Pombal residiam no apoio que tinha do rei Dom José I. Com a morte deste, em 24 de fevereiro de 1777, a queda do ministro Todo-Poderoso foi imediata, há muito esperada pelos seus inimigos, isto é, por todos aqueles que não tinham se beneficiado com os privilégios e proteção do seu governo, inclusive os britânicos.
b) A partir da demissão de Pombal, começou um grande movimento conhecido como a Viradeira, em cujo bojo veio uma explosão de denúncias e graves acusações: abuso de poder, corrupção e diversos tipos de fraudes, as quais levaram Pombal a responder um famoso e longo processo judicial que repercutiu em toda a Europa.
c) De outubro de 1779 a janeiro de 1780, Pombal foi interrogado initerruptamente por juízes, em seu exílio residencial, em Oeiras. Abandonado por quase todos os seus colaboradores, já com quase oitenta anos de idade e com a saúde seriamente comprometida, cada vez mais com o corpo coberto de chagas e pústulas, Pombal se defendia das acusações.
d) A causa do processo foi depois examinada por um comitê de cinco juízes, esses se dividiram em seus veredictos, o que levou a rainha Dona Maria I a encerrar o processo em 1781, proclamando que o ex-ministro do Reino “merecia punição exemplar, mas sem proceder contra a pessoa dele, por causa de sua idade e condição frágil”
e) No ano seguinte ao encerramento do processo, a nova rainha de Portugal, Dona Maria I, levantou o Marquês de Pombal novamente como ministro da Guerra e assuntos estrangeiros de seu governo, fato que a ofuscou em função do destaque conquistado pelo político.
2)(BES/2017) todas estas medidas correspondem ao período de governo de Dona Maria I, no qual ocorreu a queda do Marquês de Pombal, exceto:
a) O governo de Dona Maria I fez contato com o rei da Espanha, Carlos I (tio da rainha), e chegaram a um acordo que resultou na assinatura do Tratado de Santo Ildefonso em 1777, ratificado no ano seguinte.
b) O governo mariano manteve uma das mais notáveis criações do governo pombalino: a companhia geral de comércio do Maranhão e Grão-Pará, em 1778, e a companhia geral de comércio de Pernambuco, em 1780.
c) O governo mariano enviou uma expedição de exploração científica comandada pelo naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira para a Amazônia, para proceder o levantamento da potencialidade econômica e científica da natureza da grande região.
d) O governo mariano extinguiu o sistema de Diretório dos Índios, remanescente da política pombalina, para substituí-lo por outro: o corpo de milícias de trabalhadores indígenas.
e) O governo mariano aceitou o pedido de demissão de Pombal.
3)(BES/2017) Acerca da criação do Corpo de Milícias de Trabalhadores Indígenas ocorrida no reinado de Dona Maria I, analise as proposições abaixo e depois marque a alternativa que apresenta o conjunto de todas as proposições corretas.
I – O Corpo de Milícias foi um novo sistema de organização e controle das populações indígenas aldeadas, que estabeleceu diretrizes de procedimentos em relação ao trato com os índios tribais, sendo instituído através da Carta Régia de 12 de maio de 1798, a qual determinou que o Diretório Pombalino deveria coexistir com esta nova estrutura. 
II- Pelo novo modelo do Corpo de Trabalhadores, legalmente reafirmava-se a liberdade dos índios e o desejo de Sua Majestade de que essas populações fossem consideradas iguais aos seus vassalos brancos e livres.
III- A Carta Régia de 1798 criou também os Corpos de Milícias e o Corpo Efetivo de Indios, ambos com estrutura militarizada.
IV- No Corpo Efetivo de Indios, seria alistada obrigatoriamente, toda a população indígena aldeada, e mais a que não possuísse estabelecimento próprio ou ocupação fixa, de onde sairiam todos os trabalhadores para o serviço real e particulares.
V- No Corpo de Milícias, seriam alistados os índios aldeados e preferencialmente, os “pretos forros e mestiços enquanto os houver, como mais robustos e capazes de suportar o trabalho”.
VI- Pela nova legislação, os descimentos foram proibidos.
VII – Quanto aos índios não aldeados (aqueles que viviam fora das povoações) e também aqueles que ainda estavam morando em suas aldeias de origem, a nova legislação instituiu um instrumento conhecido como Ajuste Particular, pelo qual todos os moradores teriam autorização para recrutá-los pro seu serviço particular, mas deveriam apresentá-los à câmara e se responsabilizar pela educação deles. 
Estão corretas as proposições:
a)I, IV, V e VI
b)II, V, VI e VII
c)II, III, VI e VII
d)I, II, III e IV
e)II, IV, V e VII
4) O “Corpo de Trabalhadores” (1798) substituiu o Diretório Pombalino, reiterando os mecanismos de controle das populações indígenas da Amazônia. 
Quanto a este novo instrumento legal, podemos afirmar que:
a) Foi de utilidade restrita considerando que as relações entre colonos leigos e missionários permaneceram tensas e conflituosas porque a Coroa Portuguesa não conseguia minimizar as dificuldades de acesso à mão-de-obra indígena.
b) Os Corpos de Trabalhadores eram estruturas de tipo militar, caracterizadas pelo alistamento compulsório de todos aqueles que não possuíssem ocupação fixa ou estabelecimento próprio.
c) Apesar das mudanças legais, as sucessivas administrações continuavam aplicando os princípios do Diretório Pombalino e ignorando as novas diretrizes da Coroa.
d) A contratação de índios pelos particulares era rigidamente fiscalizada pelo Governador e pela própria Coroa, sendo proibidas as negociações diretas entre índios e colonos.
e) Pela sua ineficácia administrativa, os Corpos de Trabalhadores foram extintos durante o reinado de D. Maria 
5)(BEL/2017) Acerca da exploração das drogas do sertão na história colonial amazônica, analise as proposições e marque a alternativa incorreta:
a) Nos primeiros momentos da história portuguesa na Amazônia ocidental, ela foi usada como zona predominantemente militar e geopolítica, mas a imensa população indígena (a ser transformada em trabalho compulsório) e os seus recursos naturais (tais como as drogas do sertão) motivaram a colonização.
b) A historiografia tornou conhecida a expressão “drogas do sertão”para designar um conjunto diversificado de produtos nativos ou aclimatados, existentes na Amazônia do período colonial, que eram extraídos da floresta pela mão de obra indígena e comercializados pelos europeus.
c) A definição da atividade econômica extrativista florestal como carro chefe da colonização foi casual e não se relaciona com a perda que Portugal estava vivenciando, de suas ricas possessões do Oriente e do lucrativo comércio das especiarias da Índia e demais ilhas e terras.
d) Sem as drogas do sertão, teria sido praticamente impossível os portugueses ocuparem o vale amazônico, pois os colonos não o teriam procurado e os missionários não encontrariam base material de subsistência para o seu trabalho de catequese dos indígenas.
e) O valor econômico das drogas do sertão constituiu a riqueza das missões religiosas da capitania do Pará na primeira metade do século XVIII, sobrepujando, inclusive, a capitania do Maranhão, cujo maior volume de suas exportações constituía-se de produtos agrícolas: canade açúcar, tabaco e algodão.
6)(BEL/2017) as condições instáveis e precárias marcaram a vida econômica da Amazônia até fins do século XVII. A partir daí, acentuou-se o comércio das drogas do sertão, que poderiam ser aproveitadas pelos colonizadores em diversas áreas, exceto: 
a) cordoaria
b) tinturaria
c) construção naval
d) medicina
e) antropofagia
7)No final do século XVII, o padre João de Souza Ferreira proclamou:
“São as drogas do Estado as que lhe dão mais estimação; porém, são a ruína dele...”
 Um século depois, o naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira, referindo-se às atividades produtivas dos colonos, argumentou que: 
“nenhum diz que se mais gente tivera, mais aumentada estaria agricultura deste ou daquele gênero, todos clamam a uma só voz que quanto mais houvesse toda era pouco para a empregarem no serviço do sertão (...) Digo mais, pois que as drogas do sertão são para o Estado do Pará, o mesmo que as minas tem sido para Portugal”(FERREIRA, 1983, P.117)
 A partir dos textos, é possível concluir que a exploração das drogas do sertão apresentava um aspecto negativo, que pode ser explicado pela(o):
a) extermínio absoluto das tribos que habitavam a região do rio negro em função do excesso de trabalho ao qual os índios eram submetidos na coleta das drogas do sertão.
b) extinção da vegetação amazônica relacionada com as drogas do sertão decorrente das queimadas que os portugueses faziam na preparação da terra para o replantio das árvores exploradas.
c) prejuízo das atividades agrícolas, uma vez que as canoas integrantes das expedições coletoras das drogas eram tripuladas principalmente por grande quantidade de indígenas aldeados, que permaneciam nos cursos fluviais do sertão amazônico por cerca de meio ano ou mais, “esvaziando”as povoações.
d) proliferação de doenças epidêmicas causada pela ingestão indiscriminada das drogas do sertão pelos colonos e índios.
e) prejuízo cultural e arqueológico causado pela mudança no padrão alimentar dos europeus ocorrida a partir da inserção das drogas do sertão no cardápio deles.
8)Oriundas principalmente do vale amazônico, as drogas do sertão foram extremamente importantes no processo colonizador. Todas as alternativas exemplificam estes produtos, exceto:
a) cacau selvagem e sementes oleaginosas
b) cravo e salsaparrilha
c) castanha do Brasil, madeira e piaçaba
d) canela do mato, tinta de urucum e tambaqui
e) puxuri, baunilha e madeira
9)Sobre a circulação de moeda na Amazônia colonial, analise as proposições e marque a alternativa correta:
I-O comércio externo, limitado e descontínuo, se relacionava com duas ou três praças do reino através do escambo direto.
II- A prática da troca de gêneros da terra pelas mercadorias manufaturadas da metrópole se constituiu num permanente e insuperável estorvo ao desenvolvimento econômico regional, pois isto se manifestava na ausência de circulação de uma boa moeda.
III- A moeda utilizada nas negociações, no âmbito interno da colônia, era a salsaparrilha, negociada em novelos e rolos. 
IV- Para quantias maiores, usavam-se como moeda o cacau e o cravo.
V- João Lúcio Azevedo afirma que por vezes se tentou pôr em circulação moedas de cobre, mas o costume entranhado e o próprio bom senso dos habitantes, levavam a preferirem os produtos com valor real, que representavam a imediata utilidade nos usos da vida.
VI- As moedas começaram a circular na Amazônia somente a partir do século XIX, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil.
Estão corretas:
a) Somente I, II, V e IV
b) Somente II, IV e VI
c) Somente I, II, IV e V
d) Somente III, IV, V e VI
e) Somente I, III, V e VI
10)Apesar da riqueza constituída pelas drogas do sertão, o extremo norte da Amazônia era visto como “economicamente paupérrimo”, na primeira metade do século XVIII, se comparado com o nordeste açucareiro e o sudeste minerador do Estado do Brasil na mesma época. Acerca deste tema, analise as proposições a seguir e marque a alternativa correta:
I – A explicação mais frequente para essa debilidade econômica seriam as suas condições ecológicas, desfavoráveis para o desenvolvimento de uma economia de plantation na região, a qual foi tentada, mas logo descartada nos primeiros tempos da colonização. 
II – O argumento baseado no determinismo ecológico promoveu interpretações exatas sobre a natureza, a cultura e o desenvolvimento econômico da região amazônica, não sendo contestadas por pesquisas posteriores.
III- Um outro fator que concorreu para a situação econômica da Amazônia colonial foi a falta de investimento de capitais. Segundo Ciro Flamarion Cardoso, ninguém, por livre e espontânea vontade, escolheria investir seu capital, nos séculos XVII e XVII, na distante e hostil Amazônia, podendo fazê-lo em Pernambuco ou na Bahia, regiões, regiões bem mais promissoras.
IV- Outro fator que poderia explicar isso seria a política metropolitana de não consentir que na Amazônia se produzisse mercadoria que fosse capaz de competir com os produtos do Nordeste brasileiro, tais como açúcar e tabaco. Este tipo de produção deveria limitar-se apenas ao abastecimento interno da região.
V- A extração das drogas do sertão teria contribuído para isso, pois é uma atividade que não precisava de vultosos investimentos.
Estão corretas:
a) Somente I, IV e V
b) Somente II, II e V
c) Somente III, V e IV
d) Somente I, III, IV e V
e) Somente I, II e III
AULA 7 – GUERRAS INDÍGENAS NO XVII e NO XVIII
1) “(...) os Mundurucus, partindo do rio Tapajós, penetram e dominaram uma vasta região do Estado do Grão-Pará e Rio Negro entrando em choque com a população (...) provocando (...) verdadeiro clima de terror (...) as autoridades coloniais sentiam-se impotentes jurídica e militarmente para debelar a façanha deles: as aos índios estavam proibidas e o contingente militar disponível estava poupado para um eventual ataque francês.
Em 1793, para combater e neutralizar as atividades dos Mundurucus, os cortadores de cabeças as autoridades coloniais propuseram políticas indigenistas diferenciadas prevalecendo a de Lobo D’Almada, que constitui no(na):
a) Incorporação no contingente do Corpo de Trabalhadores constituído pelo Diretório garantindo a sua pacificação.
b) Formalização de Guerras Justas com a participação de jesuítas que legitimaram a captura e o morticínio dos indígenas.
c) Constituição de Tropas de Resgate com escolta reforçada por índios mayapenas, inimigos dos Mundurucus.
d) Incentivo ao casamento de índios da Mundurucânia com não-indios das aldeias para minar a estrutura social-indigena.
e) Capturas, persuasão mediante presentes e soltura de mundurucus que atraiam os demais para serem descidos e aliados. 
2)Segundo José Ribamar Bessa, o manauara não quer ser identificado como elemento indígena porque este foi derrotado e, por analogia, “Manaus é uma cidade derrotada. Derrotada e mal-amada porque é desconhecida” (Freire, José Bessa. Bares e Manaós e Tarumãs, im Amazônia em cadernos. v. 2 Manaus: Museu Amazônico, 1995).
Este desconhecimento pode ser exemplificado pelo uso dos termos que perderam suas acepções originais, tais como Manaus, Baré e Tarumã, restritos atualmente aos significados simbólicos de cidade, decorrência das omissões atreladas aos mecanismos de construção do passado, os quais podem ser reconstruídos através da reabilitação da memória histórica, sanando o problema referido pelo autor. Recorrendo à memória histórica amazonense, podemos afirmar que:
a) Os barés, citados textualmente por Orellana, habitaram o rio Madeira e conceberam as famosas cerâmicas marajoara.
b) Os tarumãs que nunca cederam aos descimentos, chegaram ao Lugar da Barra provenientes do litoral, em busca de “terra sem males”.
c) Os manaós, grupo étnico do tronco linguístico aruak, habitaram as duas margens do baixo rio Negro e empreenderam intensa luta contra as tropas de resgate.
d) Manaus alcançou status de vila em 1669, quando Bento Maciel Parente ergueu a Fortaleza de S. José do Rio Negro e reconheceu-se sua posição estratégicade defesa.
e) Manaós, barés e tarumãs, já destribalizados foram cabanos que irradiaram a rebelião no sentido Leste-Oeste, sob a liderança Freire Taqueirinha, o Bararoá.
3) Devido à falta de índios para trabalhar nos núcleos coloniais, em 1723, o governador e capitão-general do Maranhão e Grão-Pará, João da Maia da Gama, autorizou a ação de diversas tropas de resgate por toda a Amazônia A que veio para o rio Negro teve que enfrentar os índios Manaus, os quais formavam uma verdadeira barreira humana, impedindo belicosamente a penetração dos lusos na região Devido à ousadia dos Manaus, o governo colonial instaurou um processo de devassa para punir os culpados.
Os Manaus foram considerados culpados e acusados de infidelidade para com a Coroa portuguesa, pelo fato de:
a) estabelecerem aliança bélica com os holandeses e lhes fornecerem toda a produção das "drogas do sertão", elaborada por essa nação indígena.
b) terem abortado, sob a liderança de Ajuricaba, uma operação de descimento dos índios na nação Maiapena, comandada pelo capitão Belchior Mendes de Morais.
c) terem promovido uma série de levantes no rio Negro, nas povoações de Dari, Bararoá, Caboquena e, ameaçado a cidade de Barcelos, em 1727.
d) estarem desenvolvendo atividades comerciais de manufaturas e tráfico de escravos indígenas com os holandeses do Suriname.
e) terem executado o carmelita, frei Raimundo dos Santos Eliseu, saqueado as povoações do no Negro e incendiado a igreja de Caboquena, na década de 1720.
4) O conceito de Guerra Justa, inspirado e extraído da doutrina da Igreja Católica, justificou a guerra contra os índios manaós na década de 1720, cuja desfecho foi o extermínio desta nação que emprestou seu nome a capital do Estado do Amazonas. Sobre este conflito, é correto afirmar que:
a) Ajuricaba, o manaó que liderou a rebelião por se opor à aliança com os portugueses, foi remanejado para acidade da barra e enforcado em praça pública.
b) Ao final da rebelião dos manaós, houve um processo de devassa que condenou os vencidos pelo crime de lesa-majestade em virtude da união com os mundurucus.
c) Os manaós foram considerados culpados de manterem atividades mercantis com espanhóis e franceses.
d) A resistência armada dos manaós, reagindo as tropas de resgate provenientes do Pará, em busca de mão-de-obra, foi o fator decisivo na deflagração da guerra.
e) O cerco final aos manaós foi comandado por Bento Maciel Parente na vigência da Administração de Mendonça Furtado.
5)Sobre a penetração portuguesa a oeste da Amazônia no século XVII, analise os dois excertos:
“Conforme David Sweet, uma das principais motivações para a penetração portuguesa a oeste da Amazônia ocorreu pelo esgotamento gradativo do estoque de índios da costa do Maranhão, boca do Amazonas, ilha de Marajó e região do baixo Amazonas, obrigando os portugueses a penetrarem mais ainda no grande vale amazônico”.
 
“João Lúcio Azevedo afirma que no tempo do governador Rui Vaz de Siqueira (1662-1667), pela costa do Maranhão até Gurupá, no Amazonas, não havia índios; era necessário ir buscá-los muitas léguas pelo rio acima e nos seus afluentes”.
Marque a alternativa correta:
a) Ambos os textos apontam o interesse pelas especiarias amazônicas como fator fundamental para explicar a irradiação lusitana a oeste da Amazônia no século XVII.
b) O primeiro texto indica a necessidade da defesa deste território amazônico por interesses geopolíticos e o segundo texto aponta para a coleta das drogas do sertão como fator motivador.
c) Os dois textos divergem quanto às causas da penetração portuguesa na Amazônia no século XVII.
d) Os dois textos convergem no que se refere à motivação para a penetração lusa na Amazônia neste período, pois ambos apontam importantíssimo na dinâmica da colonização: a carência de mão de obra.
e) O primeiro texto explica a penetração em função da união ibérica e o segundo relaciona o fato ao tratado de Tordesilhas.
6)Sobre os conflitos ocorridos entre colonizadores e tribos indígenas na Amazônia, no século XVII, é incorreto afirmar:
a) A obra de irradiação sertanista desencadeou entre os indígenas um verdadeiro estado de guerra contra o domínio de suas terras e a escravização de sua força de trabalho.
b) Aproveitando a superioridade de suas armas e a colaboração de outros índios, os portugueses travaram combates com os nativos da região, inicialmente nas aldeias de Cumá, Caju, Mortiguara(Conde), Iguape, Guamá (1617).
c) Durante o processo colonizador, os portugueses massacraram populações indígenas nos rios Tocantins e Pacajá (1627, 1673 e 1674). Mais tarde, combateram nos rios Tapajós, Madeira Xingu, Urubu e Negro (de 1626 a 1693), atingindo os confins do rio Branco no início do século XVIII. Isso também ocorreu na calha do Amazonas-Solimões (1623-1673) e em quase todos os rios da Amazônia.
d) Nos primeiros momentos da colonização não houve resistência indígena. David Sweet, no apêndice final de sua tese, elaborou uma lista contendo cerca de uma centena de nomes de chefes indígenas dos vales dos rios Negro, Solimões, Amazonas e Urubu, que no período de 1640-1760, mantivera contato somente amistosos com missionários e sertanistas. 
e) A construção de uma rede de fortificações cobrindo toda a região da Amazônia é outro dado importante que sugere a ocorrência destes conflitos. Esses estabelecimentos, além dos objetivos militares, propriamente ditos, também serviriam para proteger os missionários dos ataques indígenas e de apoio logístico às expedições destinadas à coleta das drogas do sertão e das tropas apresadoras de índios.
7)A respeito do contexto histórico dos tupinambás na época da invasão francesa ao Maranhão, analise as proposições.
I – Quando os franceses ocuparam a ilha de São Luis e as terras circunvizinhas sob o comando de Daniel de La Touche em 1612,se depararam com os tupinambás.
II- Os tupinambás ficaram encantados com as ferramentas, panos e outros presentes dados pelos invasores e ajudaram a construir o forte de São Luis na ilha que tomaria o mesmo nome da capital do Maranhão.
III- Apesar do contato amistoso inicial com os franceses, assim que os portugueses chegaram na região para expulsar os invasores, todas as tribos tupinambás passaram imediatamente para o lado português e guerrearam contra os franceses.
IV- Após a guerra entre portugueses e franceses, a população tupinambá que restou em São Luis foi exterminada por uma epidemia de varíola em 1621.
V- Quando os portugueses derrotaram os franceses no Maranhão, a situação dos tupinambás ficou bastante crítica, por serem ex-aliados dos franceses. Alguns grupos tupinambás chegaram a firmar alianças com os portugueses, mas essa política não durou muito tempo, pois logo perceberam que o negócio dos portugueses era escravizá-los. 
Estão corretas as proposições:
a) I, II e III
b) II, IV e V
c) I, II, IV e V
d) II, III e V
e) I, II, III e V
8)Sobre os nheengaíbas, assinale a alternativa incorreta:
a) Eram vários grupos indígenas, em geral pertencentes ao grupo linguístico aruaque que habitavam a ilha de Marajó e região do atual Amapá.
b) Os jesuítas registraram na segunda metade do século XVII cerca de 30 grupos diferentes, dos quais os mais conhecidos eram os Aruans, Anajás, Sacacas, Joanes, Mocoões, Mapuázes, Mamaianázes, Pauxis e os Bócas.
c) Os tupinambás chamavam esses índios de nhengaíbas porque em língua geral significa povo de língua travada ou que fala mal.
d) Os portugueses que invadiram a região no início do século XVII preferiram não se referir a esses índios por este apelido preconceituoso.
e) Esses grupos indígenas, a exemplo dos tupinambás, também resistiram belicosamente à presença lusitana na região. Por isso, sofreram pesados revides por todo o século XVII, entrando inclusive no século seguinte.
AULA 8 – A INDEPENDÊNCIA NO AMAZONAS E O LEVANTE AUTONOMISTA DE 1832
1)“A Capitania do Grão-Pará e Rio Negro era um Estado colonial bastante ligado a Portugal, tanto por laços familiares quanto por interesses comerciais.Uma viagem de Belém a Lisboa, naqueles tempos de vela, durava cerca de vinte dias, contra quase dois meses até São Luís e a jornada de três meses até o Rio de Janeiro.” (Márcio Souza)
Assinale a alternativa errada a respeito do processo de Independência no Grão-Pará e Rio Negro.
(A) Os interesses portugueses enraizados na região deviam-se tanto à ligação mais constante com a economia e o governo em Lisboa quanto à distância do Sudeste.
(B) Como em outras regiões do Brasil, no Grão-Pará alguns grupos não quiseram fazer parte do Brasil independente e lutaram nas chamadas guerras de independência.
(C) As ideias autonomistas de alguns grupos da região do rio Negro contrariavam interesses políticos e econômicos de Belém.
(D) As missões do mercenário Grenfell em Belém eram depor a junta governativa pró-Portugal e esmagar os patriotas e populares, ainda que recorrendo a fuzilamentos sumários e assassinatos coletivos, como no caso do navio Brigue Palhaço.
(E) A demora do Rio Negro em aderir à Independência deveu-se à sua acentuada ligação com o Rio de Janeiro, mesmo após a partida da Família Real.
2. O historiador Arthur (César Ferreira) Reis registra o impacto dessas ideias importadas da Paris do Termidor....ocorriam em Belém fatos que davam sinal bem vivo de que aquele clima de serenidade que caracterizava a colônia estava a findar. Um religioso, frei Luís Zagalo, que viera de Lisboa por ocasião da invasão francesa, com passagem por Caiena,despachado vigário de Cametá, como adepto do iluminismo francês atirou-se à propaganda daquelas novidades escandalosas:
negava a imortalidade da alma, impugnava a perpétua virgindade de Maria Santíssima e concitava os escravos a reclamar a liberdade. Fora iniciado nos clubes revolucionários em Caiena. Dizia-se pedreiro livre.”
(Citado por Ladislau Baena, em Márcio Souza, Breve História da Amazônia.)
A respeito do processo de independência na Amazônia, no período joanino, assinale a afirmativa incorreta.
(A) Na época da independência, nem todos os grupos políticos e econômicos da região amazônica aderiram ao projeto do Brasil independente.
(B) As elites da Amazônia iniciaram o processo de independência da Província do Rio Negro, aproveitando as agitações e a ideologia que intensa e continuamente vinham do Rio, ao qual se ligavam estreitamente.
(C) A presença de tropas portuguesas em Belém caracterizou uma das linhas da repressão aos movimentos de resistência à independência, além da participação de mercenários.
(D) As autoridades na Amazônia temiam o exemplo de uma revolução com apoio popular, como estava ocorrendo na América Espanhola.
(E) As constatações de episódios como o do navio Brigue Palhaço mostram o nível de resistência e repressão ocorrido na anexação do rio Negro ao Brasil.
3)A primeira Constituição brasileira(1824) estabeleceu que as divisões político administrativas do Império seriam as mesmas existentes antes da emancipação política. Podemos afirmar que, no Amazonas, este critério de divisão:
a) Foi aplicado, sendo então criada a cidade da Barra do Rio Negro.
b) Não foi aplicado, sendo então criada a Capitania de São José do Rio Negro.
c) Foi aplicado, sendo então criada a Província do Amazonas.
d) Não foi aplicado, sendo então criada a Comarca do Alto Amazonas.
e) Foi aplicada, sendo então criada a Comarca do Rio Negro. 
4)Em abril de 1832, um levante militar no Lugar da Barra foi apropriado pela elite transformando-se em uma importante manifestação de caráter essencialmente:
a) Populista	
b) Separatista
c) Socialista
d) Autonomista	
e) Abolicionista
AULA 9 – A CABANAGEM
1)“Examinando-se o movimento no que ele expressa como explosão de multidões mestiças e indígenas da Província, contra a vida e a propriedade dos que desfrutavam de poder político, econômico e projeção social, compreende-se que a Cabanagem não pode ser inscrita na história nacional como um episódio a mais de aspiração meramente política.”
(A. C. F. Reis)
Assinale a alternativa que melhor caracteriza a Cabanagem.
(A) A participação intensa das massas de origem indígena na Cabanagem do Pará deveu-se à inexistência de agricultura de exportação na região e à ausência completa de negros.
(B) A Cabanagem era um risco maior para os Estados unidos do que para a unidade política pretendida pelo Império brasileiro, como comprovam as intervenções americanas no Grão-Pará.
(C) A Cabanagem não pode ser inscrita na história nacional como um episódio político, pois, por se tratar de uma sublevação generalizada no Pará, foi um fato militar e, no máximo, social.
(D) A Cabanagem começou como um conflito entre setores oligárquicos do Pará durante a Regência, mas, pelas condições socioeconômicas da região Norte e devido à participação popular intensa, converteu-se em autêntica rebelião social.
(E) O desfecho da Cabanagem, com perseguição feroz e massacre dos cabanos, deveu-se mais à excitação e ao ódio dos mercenários estrangeiros do que ao ódio de classe das elites brasileiras contra os pobres e não-brancos derrotados.
2) Assinale a alternativa que situa corretamente o movimento cabano na crise da Regência.
(A) Uns começavam a temer a violência crescente e a pobreza das massas, como Clemente Malcher, que pretendeu manter
a vinculação ao Império e implantar uma monarquia.
(B) Os poderes dados às camadas pobres pela Constituição de 1824 ajudaram a estimular a ocorrência da Cabanagem, que foi um movimento exclusivo da elite.
(C) No movimento cabano, alguns precursores se destacaram, como o Cônego Batista Campos, mas os três lideres cabanos que se destacaram na primeira fase do movimento foram Malcher, Vinagre e Angelim.
(D) A instabilidade econômica, social e política da Amazônia nos anos posteriores à independência originava-se do agravamento da subordinação da elite local aos interesses dos paulistas desde a proclamação da Constituição da Mandioca.
(E) O movimento cabano, apesar de abolicionista, foi a continuação da guerra de independência, também reprimida por esquadra britânica.
3)“Abriu-se uma crise profunda no sistema de dominação, marcada pela agitação de ideias liberais e pela desestruturação do aparato repressivo. Por essa brecha do sistema de dominação irrompeu,com relativa autonomia, a violência das camadas dominadas da população.”
(Mendes Jr., Roncari e Maranhão. Brasil História, Texto e Consulta.)
Analise as afirmativas seguintes a respeito da Cabanagem:
I. As ações militares inglesas contra a Cabanagem correspondiam ao interesse britânico pela unidade política e territorial do Brasil, cujo mercado estava vinculado aos tratados de livre comércio que reconheciam a Independência do Brasil.
II. A Cabanagem foi o conflito de interesses entre setores da classe dominante, que mobilizou numerosos contingentes da massa
popular e adquiriu caráter de revolta social.
III. A Cabanagem dá continuidade às manifestações ideológicas e às ações das lideranças radicais da Amazônia e do Pará, como Batista de Campos e os irmãos Vinagre.
Assinale:
(A) se somente a afirmativa I estiver correta.
(B) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
(C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
(D) se somente a afirmativa II estiver correta.
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.
4) “A Cabanagem explodiu no Pará, região frouxamente ligada ao Rio de Janeiro. A estrutura social não tinha aí a estabilidade de outras províncias, nem havia uma classe de proprietários rurais bem estabelecida.” (B. Fausto)
Assinale a alternativa correta a respeito da Cabanagem.
(A) Uma minoria branca privilegiada, com importante presença de comerciantes portugueses, em meio aos trabalhadores índios, caboclos e escravos negros, muitos experimentados em rebeliões, favoreceu a instabilidade política e social e a eclosão da Cabanagem.
(B) Ao rejeitar a nova constituição,a experiente e esclarecida massa popular do Grão-Pará abriu caminho para a Cabanagem.
(C) A Cabanagem não foi vencida, mas esgotou-se naturalmente desde a coroação de D. Pedro II.(D) Como em outras rebeliões do período regencial, a motivação no Grão-Pará foi apenas política, restringindo-se à reivindicação de autonomia política pelos cabanos, sem conotação social.
(E) A Comarca do Rio Negro começou rebelando-se contra a subordinação ao Grão-Pará e acabou proclamando sua independência do Império até a coroação de D. Pedro II.
5) A respeito da Cabanagem, assinale a afirmativa correta.
(A) A Cabanagem foi o desdobramento das rebeliões indígenas lideradas pelo Cônego Batista de Campos e teve caráter mais ingênuo e religioso do que político.
(B) Iniciada como conflito entre oligarquias, a Cabanagem, pela participação dos líderes exaltados e das massas dos cabanos que seguiam sua liderança, converteu-se em rebelião de cunho social.
(C) A rebelião dos cabanos, muito violenta pela intensa participação popular, manifestou-se contra a deposição de D. Pedro I, a quem os mais simples se devotavam.
(D) A intervenção estrangeira no Pará visou a controlar a desordem generalizada, evidente na confusão ideológica dos cabanos, e não à mera repressão da contestação política, já tão tolerada pelo Império.
(E) A Cabanagem começou como um conflito entre os oligarcas Clemente Malcher e Lobo de Souza, mas converteu-se em conflito social pelo radicalismo antiescravista.
6) Nas rebeliões da Regência, foram mobilizados amplos contingentes da população mais pobre para atuarem nos conflitos entre as classes dominantes de várias regiões.
Assinale a afirmativa que caracteriza corretamente esses movimentos.
(A) Na Cabanagem, emergiram a violência e os interesses populares no espaço aberto pela ruptura do equilíbrio de poder entre os setores das classes dominantes.
(B) Na Cabanagem, o movimento da maioria escrava exigiu a abolição do tráfico e independeu das lideranças exaltadas radicais.
(C) No Pará, os diversos setores da classe dominante uniram-se e mobilizaram as massas trabalhadoras com grande coesão e unidade contra o predomínio do "Sul".
(D) A insatisfação popular foi manipulada pelos interesses antibritânicos dos líderes exaltados paraenses, suscitando a intervenção de tropas estrangeiras.
(E) Não houve diferença substancial entre as revoltas do período regencial, caracterizando-se todas pela insubordinação das massas contra as oligarquias, motivo único da Cabanagem.
7)Foi único em que as camadas mais inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade. Apesar da falta de continuidade que o caracteriza, fica-lhe a glória de ter sido a primeira Insurreição popular que passou da simples agitação para uma tomada efetiva do poder.”
PRADO JÚNIOR, Calo. Evolução política do Brasil. SP:Braslliense, 1986, p.77.
A afirmação do historiador Caio Prado Júnior refere-se a uma das mais violentas e importantes revoltas populares ocorridas no período regencial: a Cabanagem. Sobre esta revolta, podemos afirmar:
a) As lideranças cabanas, seguindo o exemplo dos revolucio-nários baianos do século XVIII (Conjuração Baiana), possuíam um projeto político bem articulado de tomada do poder, ambos inspirados ideário da Revolução Francesa de 1789.
b) A existência de um projeto político para a tomada de poder terminou por conduzir a uma radicalização interna do movimento, opondo aspirações populares àquelas emanadas das lideranças cabanas, de caráter mais conservador.
c) O fim da Cabanagem deixou clara a importância da mão-de-obra indígena para a sustentação da economia amazônica que enfrentou, a partir daí, uma grave crise econômica provocada tanto pelas ações resultantes da revolta popular, quanto ao processo de repressão ao movimento.
d) Apesar de ter se espalhado por toda a região e em que pese sua grande força militar, os cabanos não conseguiram assumir o poder em nenhuma localidade importante por conta da forte reação organizada pela população branca tia província do Grão-Pará, aliada às forças mercenárias enviadas pela Regência
e) Embora contando com uma significativa participação de brancos no movimento, a principal característica das lideranças cabanas era o fato de todos serem negros.
8)A Cabanagem, ocorrida no Pará, representou um dos movimentos sociais e políticos do período regencial. Acerca do movimento cabano, sustenta-se que:
a) as suas lideranças, a exemplo do que ocorrera na Inconfidência mineira, foram profundamente influenciadas pelas ideias do iluminismo e do socialismo marxista.
b) a revolução cabana conheceu duas grandes fases. Na Segunda, desenvolvida fora de Belém, o movimento foi alvo da brutal reação das forças do Império.
c) Liderados pelo cônego Batista Campos, cabanos, ao conquistarem Belém, em 1835, proclamaram uma ditadura militar na região, que durou até a proclamação da República.
d) A razão principal da demorada luta que os cabanos mantiveram contra as forças do Império foi a ajuda militar que os ingleses prestaram aos revolucionários paraenses, ensinando técnicas de navegação.
e) A abolição do trabalho escravo e a instituição de um regime socialista no modelo cubano aqui na Amazônia, separando-a da unidade do império, representaram os principais objetivos da revolução cabana.
AULA 10 – A PROVÍNCIA DO AMAZONAS
1) O processo de criação da Província do Amazonas é peculiar. Após ser aprovado pela Câmara dos Deputados (1843), o projeto passou sete anos para ser apreciado pelo Senado. Então, em julho de 1850 entrou em pauta, foi aprovado, e sancionado pelo Imperador no mês seguinte. O que acontece, nesse momento, que justificaria tal celeridade para a aprovação de um projeto que já estava há tempo em tramitação?
As pressões internacionais para a abertura do rio Amazonas à navegação que recrudesceram nesse momento, fazendo com que o Império se visse premido a adotar medidas estratégicas para garantir suas prerrogativas na região.
A força da pressão do movimento autonomista no Amazonas que ganhou a adesão de importantes políticos paraenses como João Batista Tenreiro Aranha.
Uma vigorosa reação do Império brasileiro às manobras internacionais dos EUA na tentativa de criar um território destinado a ex-escravos a partir da Guerra de Secessão.
O avançado estado das negociações do governo brasileiro com a Argentina, Paraguai, Colômbia e Peru, para construção de uma rede comercial que se estenderia da região do rio da Prata até o Oceano Pacífico.
Uma manobra fracassada dos políticos paraenses no sentido de abortar definitivamente o projeto de separação do Amazonas e Pará.
2)Em 5 de setembro de 1850, foi criada a Província do Amazonas, pondo fim à condição subalterna em relação à Província do Pará. O contexto histórico em que se insere a criação desta província foi:
Frei José dos Inocentes intermediou, e a Assembleia Geral do Império legitimou, ato do movimento autonomista gerado após levante militar no Rio Negro.
A Província do Pará propôs a separação administrativa durante a execução do Código do Processo Criminal, justificando que não havia recursos para manter a ordem no Rio Negro pós Cabanagem.
O Senado aprovou o projeto proposto por D. Romualdo Seixas, após intensos debates, dos quais concluiu-se que o desenvolvimento do Rio Negro estaria condicionado ao desligamento da Província do Pará.
Fatores geopolíticos, como a indesejável presença estrangeira na região amazônica, levaram o Senado, finalmente, a aprovar o projeto do deputado João Cândido de Deus, posto em debate por Tenreiro Aranha.
Mendonça Furtado propôs a criação da Província do Amazonas para melhor administrar os trabalhos das comissões de demarcação de terras portuguesas e espanholas, durante o Tratado de Madri.
3) “A Província do Amazonas, de acordo com o Censo realizado em 1858, totaliza 55.000 indivíduos, sendo que no distrito municipal da Barra, que abrange uma grande área à volta da capital, não consta mais de 4.500 habitantes. Entretanto, para governar essa pequena população formou-se na capital um numeroso quadro de altos funcionários, os quais apesar da infindável série de desnecessárias, formalidades com que

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