Buscar

G4 PODER CONSTITUINTE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PODER CONSTITUINTE: conceito, titularidade, espécies e os casos julgados pelo STF
1
 
 
 
Agenilson J. C. dos Santos
2
 
Gabriela C. B. Freire
2
 
Jhonny C. Bacelar
2
 
Ronaldo N. Ramos
2
 
Thiago K. C. dos Santos
2
 
 
1 – CONCEITO 
O poder constituinte representa a vontade do povo em estabelecer as balizas jurídicas 
de uma determinada comunidade jurídica. 
Como se cuida de um poder estrutural de disciplina, ele configura uma autoridade 
anterior e superior ao próprio ordenamento jurídico, porquanto preexiste à ordenação e é o 
responsável por conferir às normas jurídicas seu fundamento de validade. 
Do ponto de vista sociológico, quando tomado na sua acepção de “elemento ordenador 
e estruturante de uma sociedade”, pode-se afirmar que o poder constituinte sempre existiu, 
pois é induvidoso que até mesmo comunidades primitivas possuíam alguma forma de 
organização política. 
Sob uma perspectiva subjetiva, o Poder Constituinte Originário é exercido quando o 
povo é titular do seu poder, conforme preleciona o Art. 1˚ da Constituição Federal de 1988 
(visão de Rosseau): 
TÍTULO I 
Dos Princípios Fundamentais 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
Para Emmanuel Joseph Sieyès, o titular do poder é a Nação. Doravante, quando o 
Poder Constituinte não é exercido pelos seus titulares de Direito, sendo exercido por entes 
estranhos, como a Igreja, Militares, Grupos econômicos e etc. o poder passa a ser ilegítimo. 
 
1
 Trabalho apresentado a disciplina Teoria da Constituição, ministrada pela Prof
a
. Dra. Eliana Maria de Souza 
Franco Teixeira referente ao Seminário válido como a 1ª Avaliação. 
2
 Discentes do curso de bacharelado em Direito pela Faculdade de Direito do Instituto de Ciências Jurídicas da 
Universidade Federal do Pará com números de matrícula 201806140289, 201806140147, 201806140113, 
201806140279 e 201806140111 
 
 
 
André Ramos Tavares afirma que “o poder constituinte é o supremo fornecedor das diretrizes 
normativas que constarão desse documento supremo” (2013, p. 127). Pensamento semelhante possui 
Paulo Bonavides, quando diz que o poder constituinte “se reduz formalmente a uma ação constituinte, 
capaz de criar ou modificar a ordem constitucional ou de produzir as instituições fundamentais de uma 
determinada sociedade” (2014, p. 162). 
De acordo com Manoel Gonçalves Ferreira Filho (2012, p.44): 
O reconhecimento de um poder capaz de estabelecer as regras constitucionais, 
diverso do de estabelecer regras segundo a Constituição, é, desde que se pretenda 
serem aquelas superiores a estas, uma exigência lógica. A superioridade daquelas 
que se impõe aos próprios órgãos do Estado, deriva de terem uma origem distinta, 
provindo de um poder que é fonte de todos os demais, pois é o que constitui o 
Estado, estabelecendo seus poderes, atribuindo-lhes e limitando-lhes a competência: 
o Poder Constituinte. 
 
O Poder Constituinte Derivado é aquele já estabelecido na própria Constituição pelo poder 
Originário, que é posto com o objetivo de validar a sua modificação quando for preciso e ele pode ser 
Reformador, Revisor ou Decorrente, como veremos mais adiante. 
A teorização sobre o poder constituinte é recente. Ela exsurge juntamente com a 
evolução do constitucionalismo, notadamente por meio da obra de Emmanuel Joseph Sieyès, 
ainda nos idos da Revolução Francesa. Com isso, pôde-se iniciar um debate tormentoso sobre 
qual a natureza do poder constituinte – se Jusnaturalista ou Juspositivista -, bem assim sobre a 
sua titularidade, que é o que veremos adiante. 
2 – TITULARIDADE 
A titularidade do poder constituinte consiste em verificar quem é o detentor do poder, 
de modo a ter a aptidão para elaborar as balizas jurídico-normativas do modelo estatal, 
abrangendo o conteúdo (valores da comunidade) e a estrutura planejada (organização). 
Nesse sentido, doutrinariamente, existem duas correntes básicas sobre a titularidade do 
poder constituinte: de um lado, há os que defendem a titularidade pertencente à nação; de 
outro, os que advogam a prevalência do povo. 
Os defensores da nação como titular do poder constituinte remontam ao tempo da 
Revolução Francesa (1789). Naquele tempo, o abade Emmanuel Joseph Sieyès defendeu que 
a titularidade do poder constituinte pertencia à nação, entendida, na sociedade estamental-
feudal da época, como o “terceiro estado”, isto é, todos os não integrantes do clero e da 
nobreza. 
A teorização francesa de Sieyès configurou uma ruptura com o pensamento da época, 
especialmente no que diz respeito à ideia de legitimidade nobiliárquica de poder constituinte 
 
 
por meio da realeza. Com isso, exsurge a ideia de um poder constituinte alicerçado na vontade 
da nação. 
Essa ideia inspirou o surgimento posterior da corrente que defende que a titularidade 
do poder constituinte pertence ao povo. O grande diferencial dessa proposição é vincular a 
titularidade não a um elemento sociológico (nação), mas sim a um conceito de cariz 
essencialmente jurídico (povo). Logicamente, o conceito de “povo”, em termos 
constitucionais, também é objeto de funda divergência, havendo os que o identificam com o 
corpo eleitoral apto a participar do escrutínio; em sentido diverso, há os que defendem que 
povo deve ser entendido como um conceito pluralístico, abrangente de todos os segmentos da 
sociedade em suas mais diversas manifestações plurais nos planos cultural, social, econômico 
e político. O fato é que, modernamente, o pensamento prevalecente é aquele que identifica 
poder constituinte como o “poder do povo”. 
3 – ESPÉCIES 
No plano doutrinal, a teorização sobre o poder constituinte aponta várias modalidades 
ou espécies. Tais modalidades estão atreladas a critérios variados, pelo que ele pode ser 
classificado em pelo menos dois grandes grupos. 
3.1 – Poder Constituinte Originário 
Poder constituinte originário é o que cria uma Constituição. Não há necessidade que 
seja a primeira Constituição de um Estado, pois pode ser uma nova Constituição que substitua 
a anterior. 
Poder constituinte originário reveste-se de quatro características: inicial, 
autônomo, incondicionado e ilimitado. É um poder inicial, porque inaugura, cria a ordem 
constitucional do Estado, servindo como o ponto de partida para o início dessa ordem 
constitucional. É um poder autônomo, porque não é subordinado à ordem jurídica anterior, 
sendo, pois, independente. Trata-se de um poder político com ampla liberdade para dispor 
sobre as matérias. Distingue-se de uma simples reforma constitucional. Na reforma, as 
matérias são previamente delimitadas, ao passo que o poder constituinte originário não recebe 
uma missão de aprovar ou não determinadas matérias, ele tem ampla liberdade de 
gerenciamento das matérias que pretende dispor. É um poder incondicionado à medida que 
não se sujeita às condições de exercício estabelecidas anteriormente por outro poder. É o 
próprio poder constituinte originário que define as regras procedimentais para o seu exercício, 
como, por exemplo, o sistema de aprovação do projeto da Constituição, o quórum de 
 
 
deliberação, etc, podendo, inclusive permitir o ingresso de dispositivos constitucionaisque 
não seguiram essas normas procedimentais. De fato, diversos dispositivos da Constituição 
brasileira de 1.988 não foram sequer votados pela Assembleia Constituinte que, no entanto, os 
promulgou e, portanto, chancelou a suposta irregularidade formal, convalidando-os. Por ser 
incondicionado, apenas o poder constituinte, e não o STF, é que poderia questionar a violação 
dessas irregularidades procedimentais. É, por fim, um poder ilimitado, pois pode inserir o que 
quiser na Constituição, tendo ampla liberdade para deliberar sobre qualquer assunto. 
 De acordo com Sieyès, o poder constituinte originário é um poder permanente, que a 
qualquer tempo pode ser exercido para a elaboração de uma nova Constituição. Em 
decorrência disso, uma parcela da doutrina considera que os instrumentos da democracia 
direta, 
O poder constituinte pode ser classificado como “poder constituinte histórico ou 
fundacional” ou “poder constituinte revolucionário ou pós-fundacional”. O primeiro diz 
respeito ao poder responsável pela elaboração da primeira constituição de uma dada 
comunidade política. O segundo já se reporta às manifestações de ruptura na ordem 
institucional vigente, a culminar com a elaboração de uma nova constituição. 
Atualmente, contudo, parte da doutrina tem-se debruçado sobre uma visão oposto à 
tradicional concepção positivista. Segundo esse pensamento, não se pode admitir que o poder 
constituinte originário atue livremente na determinação de conteúdo a serem plasmados no 
texto constitucional. É preciso, pois, limitá-lo materialmente, sob pena de ser considerado 
ilegítimo. Acorde com esse pensamento doutrinário, tais limitações materiais seriam de pelo 
menos três ordens: limitações transcendentes (são aquelas que advêm de imperativos éticos, 
cujo exemplo mais marcante são os direitos humanos), limitações imanentes (são aquelas 
relacionadas à conformação material, a evidenciar que a identidade do texto magno com os 
parâmetros históricos revelados pelos textos anteriores) e limitações heterônomas (são 
aquelas oriundas de outros ordenamentos jurídicos, notadamente no que se refere às normas 
de direito internacional, que veiculam obrigações a serem observadas no plano do direito 
interno). 
3.2 Poder Constituinte Derivado 
O poder constituinte derivado é instituído pelo poder constituinte originário, portanto é 
subordinado e condicionado ao mesmo. 
O Poder Constituinte Derivado, portanto, não é incondicionado nem ilimitado, pois 
tem por fonte a Constituição originária e deve respeitar os limites estabelecidos pelo Poder 
 
 
Constituinte Originário. Portanto, caracteriza-se por ser: derivado (provém do poder 
originário); limitado (está abaixo do poder originário) e condicionado (só pode agir nas 
condições postas e pelas formas fixadas pelo poder originário). 
Subdivide-se em: reformador, decorrente e revisor. O reformador modifica as 
normas constitucionais por meio de emendas, respeitando as limitações impostas pelo poder 
constituinte originário (artigo 60 da constituição federal). O decorrente é o poder investido 
aos estados- membros para elaborar suas próprias constituições. Por fim o revisor, tem por 
finalidade adequar a constituição à realidade da sociedade, conforme o artigo 3º dos ADCT. 
As Limitações postas pelo poder originário ao instituído podem ser distribuídas em: 
limitação formal; limitação temporal; limitação circunstancial; limitação material. 
Há limitação formal, quando se impõe um pequeno rol de legitimados para a 
apresentação de proposta e um processo mais rigoroso para sua aprovação (Parágrafo 2º do 
art. 60 da CF/88). A limitação também pode ser temporal, vedando-se alterações durante certo 
tempo após a vigência da Constituição original. A Constituição do Império (1824), em seu art. 
174, vedou a alteração de qualquer de seus artigos durante os quatros anos seguintes à sua 
vigência. A limitação circunstancial é aquela que proíbe emendas em circunstâncias que 
indiquem instabilidade institucional, ou seja, durante intervenção federal, estado de sítio e 
estado de defesa (art. 60, parágrafo 1º, da CF). Por fim, temos a limitação material (matérias 
imutáveis pelo poder derivado), pela qual nem sequer será objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir (ou mesmo alterar substancialmente) a forma federativa de Estado, o 
voto direto, secreto, universal e periódico, a separação dos poderes e os direitos e garantias 
individuais. 
3.3 Poder Constituinte: outras espécies 
Somadas a essas duas formas tradicionais de poder constituinte, doutrinas 
contemporâneas acolhem a existência de mais duas espécies de poder constituinte, quais 
sejam: o poder difuso e o poder constituinte supranacional. 
O Poder constituinte difuso é manifestado mediante as chamadas mutações 
constitucionais, que podem ser concebidas como mudanças interpretativas no texto 
da Constituição, sem que haja uma alteração em sua estrutura formal. A norma expressa 
conservar-se com a mesma escrita, alterando apenas a sua acepção interpretativa. 
Já o poder constituinte supranacional é um poder de mando superior aos Estados, 
resultando da transferência de soberania operada pelas unidades estatais em benefício da 
 
 
organização comunitária, permitindo a orientação e regulação de certas matérias, sempre 
tendo em vista os anseios integracionistas. 
4 - EXEMPLOS DE DECISÕES SOBRE O PODER CONSTITUINTE 
4.1 Extinção de Tribunal de Contas dos municípios por meio de emenda 
constitucional estadual: 
Na ADIn 5.763, (Relator Ministro Marco Aurélio), o STF decidiu que é possível, 
para o ministro, a extinção de tribunal de contas responsável pela fiscalização dos municípios 
mediante a promulgação de emenda à constituição estadual. Na ação, a Atricon - Associação 
dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil questionava emenda feita à Constituição 
do Estado do Ceará, aprovada em agosto de 2017, que extinguiu o TCM/CE. A entidade de 
classe argumentou na ação que a EC 92/17 conteria diversas inconstitucionalidades, entre elas o 
vício de iniciativa, uma vez que a extinção do TCM, transferindo suas competências para o 
TCE, foi feita sem que o projeto de emenda tivesse sido formulado por nenhuma das duas 
cortes de contas. Alegava ainda violação aos princípios federativo, da separação de Poderes e da 
autonomia dos Tribunais de Contas. A autora defendeu também a tese de que a EC 92 é 
resultado de desvio de poder, diante do suposto abuso no exercício da atividade legislativa pelos 
parlamentares, pois os deputados estaduais teriam legislado em causa própria ao tentar impedir 
a atuação da Corte de contas. Para o relator, ministro Marco Aurélio, não havia elementos 
probatórios suficientes para afirmar que houve desvio de poder de legislar da Assembleia 
Legislativa do Estado do Ceará, também afastou o alegado vício de iniciativa, pois a 
Constituição cearense prevê que as propostas de emendas constitucionais podem ser 
apresentadas por um terço dos membros da assembleia legislativa, pelo governador do estado 
ou por mais da metade das câmaras municipais. 
4.2 Mandatos consecutivos de prefeito e inelegibilidade: 
No RE 1128439/RN (Relator Ministro Celso de Mello, julgamento em 23.10.2018): O 
STF decidiu que a vedação ao exercício de três mandatos consecutivos de prefeito pelo 
mesmo núcleo familiar aplica-se na hipótese em que tenha havido a convocação do segundo 
colocado nas eleições para o exercício de mandato-tampão. A Turma afirmou que o Poder 
Constituinte se revelou hostil a práticas ilegítimas que denotem o abuso de poder econômico 
ou que caracterizem o exercício distorcido do poder político-administrativo. 
 
 
 
4.3 Cargo Público e Acumulação Remunerada:Na ADIN 281-MT (Relator Ministro Ilmar Galvão, 5.11.97): O STF decidiu que o art. 
37, XVI, da CF — que veda a acumulação remunerada de cargos públicos à exceção dos que 
indica, quando houver compatibilidade de horários - é de observância compulsória pelo Poder 
Constituinte dos Estados, à vista do que diz o art. 11 do ADCT ("Cada Assembléia 
Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um 
ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.") 
4.4 Tribunal de contas e autonomia municipal 
Na ADI 346/SP (Relator Ministro Gilmar Mendes, julgamento em 2.8.2017): o STF 
decidiu que, embora a autonomia municipal seja princípio constitucional, ela é limitada pelo 
poder constituinte em inúmeros pontos, como, por exemplo, ao proibir os Municípios de criar 
suas Cortes de Contas. 
6- CONCLUSÃO 
Concluímos que o estudo do Poder Constituinte é importante para uma melhor 
compreensão da prioridade dos ordenamentos jurídicos. Esse entendimento é essencial na 
medida em que observamos que a “força” que atua na motivação primordial do constituinte 
não se esgota com a finalização da edição do texto constitucional, pois há uma sustentação 
constituída na expressa vontade do povo. 
O Poder constituinte é conhecido no conteúdo de nossa Lei Maior como força 
adquirida do próprio povo, cabendo aos constituintes o dever de elaborar o texto que 
conduzirá a vida em sociedade. A organização do Estado e os valores maiores que lhe regram 
a atuação, são provenientes desse texto. A vontade da nação deve estar sempre em primeiro 
lugar, e é o que se entende no texto constitucional. É a vontade do povo que sustenta e dá 
legitimidade a nossa Constituição. A partir desse entendimento é que se pode fazer uma 
precisa e clara análise do dispositivo democrático em sua essência. E isso é o que tentamos 
apresentar neste trabalho. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
AGRA, Walber de Moura - Curso de Direito Constitucional (2018) 
BARROS, Renata Furtado - Direito Constitucional (2016) 
BITENCOURT, Caroline Müller; RECK, Jariê Rodrigues - Direito Constitucional - Teoria, 
prática, peças e modelos processuais (2017) 
BULOS, Uadi Lammgo - Curso de Direito Constitucional (2014) 
LENZA, Pedro - Direito Constitucional Esquematizado (2016) 
MASSON, Nathália - Manual de Direito Constitucional (2015) 
MOTTA, Sylvio - Direito Constitucional - Teoria, jurisprudência e questões (2018) 
GREGÓRIO, César. Poder Constituinte. Disponível em: 
<https://cesarjrr.jusbrasil.com.br/artigos/533805984/poder-constituinte> Acesso em 25 de 
Outubro de 2018 
Site Migalhas. STF: Emenda que extinguiu Tribunal de Contas dos municípios do CE é 
constitucional. Disponível em: 
<https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI268055,51045-
STF+Emenda+que+extinguiu+Tribunal+de+Contas+dos+municipios+do+CE+e> Acesso em 
25 de Outubro de 2018 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Poder Constituinte. Direito. Titularidade.

Continue navegando