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HISTÓRIA DO DIREITO Aula V (07-04-2015)

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O Direito Grego
Direito Natural: Direitos humanos fundamentais 
Cidadania: A participação da sociedade no ambiente público / responsabilidade plena no meio onde se estava. “Ethos”
A cidadania dos gregos era mais individualista no ambiente onde vivem, diferente dos dias atuais em que depositamos nosso voto em urnas. Era uma visão diferente de cidadania.
Democracia: Para os gregos a democracia era uma Forma de governo, hoje em dia é um regime político.
A Grécia não era um país, mas sim um território, uma região, uma península; chamada “Hélade”, que correspondia a toda a Península Balcânica. Formação das cidades-estados.
São reconhecidos por serem racionalistas.
Características geográficas da Hélade
Território montanhoso, formado por pequenos vales isoladas uns dos outros, circundado por importantes mares e cercados por ilhas e ilhotas. A principal consequência desta formação geográfica situa-se no fato de que não houve a formação de um estado unitário, criando, em oposição, uma série de cidades independentes, as cidades-estados ou pólis.
Periodização da história grega:
Periodo Micênico – 1650 a.C até 1150 a.C: Estabelecimento de diversos povos na Hélade.
Período Homérico – 1150 a.C até 800 a.C: Comunidades gentílicas são estabelecidas, onde se evidenciam comunitários de cooperação.
Período Arcaico – 800 a.C até 500 a.C: formação da pólis e migração dos gregos para diversas regiões no litoral do Mar Egeu, Mar Negro e Mar Mediterrâneo.
Período Clássico – 500 a.C até 338 a.C: apogeu da pólis, conflitos entre cidades-estados e guerras greco-pérsicas.
Entre 800 e 500 ocorre a formação da Grécia clássica. Os conflitos passam a ser mais tumultuados; as estruturas de direito e a cidadania passa a ser trabalhada e definida. O período clássico é o auge das cidades-estados. O Mar Mediterraneo passa a intensificar o comércio e este dinamismo acaba intensificando conflitos. Na filosofia as pessoas passam a produzir conhecimento através do “por que?” O questionamento do próprio individuo, o ato de duvidar permanentemente.
Aspectos institucionais da Grécia Antiga
Vida democrática desde os primórdios.
Ausência de monopólio sacerdotal sobre o poder político.
Chefes de estado com limitações no poder.
Reis não possuíam caráter divino, presidiam as assembleias e não dispunham tributos para sua manutenção.
Inicialmente não havia voto individual em projetos, o assentimento às propostas ocorria pelos murmúrios ouvidos na plateia.
Não há concepção da origem divina do direito.
Legislação
Antecede ao período clássico (Gortina)
Reconhece o direito de ambos os cônjuges aos bens, bem como ao divórcio.
Autoriza rebeliões contra governante corrupto e prevaricador.
Compunham litígios com responsabilização por dano.
Direito marítimo envolvendo leis comerciais e seguro marítimo.
Esparta e Atenas
Esparta
Cidade-estado localizada na Península do Peloponeso, em um vale isolado do mar, foi objeto de invasões de povos provenientes do norte.
Sociedade: esparciatas, periecos (que vivem ao redor) e hilotas. Os direito políticos pertencima aos esparciatas.
Sociedade de base militarista desde a sua origem (escolas com esta função).
Direitos políticos: era estendido a todos os cidadãos nas assembleias populares.
Órgãos: Diarquia com um senado composto de 30 anciãos maiores de 60 anos (gerúsia), que propunham as leis e fiscalizavam os monarcas juntamente com o Conselho dos Éforos, eleitos anualmente em número de cinco. Os cidadãos eram representados na Ápela, assembleia formada por todos os cidadãos maiores de 30 anos, que escolhia os membros da Gerúsia e ratificava ou não suas decisões.
Direito espartano: tradição costumeira (Praticada por tradição determinados atos que reforçam a vivência comum).
Licurgo – sec. iX a. C. foi o legislador que, supostamente, inspirou-se na legislação de Gortina para uniformizar as regras políticas e de convívio.
Obrigação da vida em comum desde a infância.
Formaram-se os aspectos políticos definitivamente, estabelecendo organização e forma de participação política.
Esparta é distinta de Atenas no aspecto político, por ser composto por dois reis e 30 anciãos. Já em Atenas os cidadãos se reuniam e decidiam sobre seus governos. Esparta controla os administradores da cidade através da diarquia (dois reis). 
Atenas
Fundada pelos jônios, localiza-se próximo ao Mar Egeu. Com solos pouco férteis, sua atividade principal era o comércio.
Centro cosmopolita e de alta erudição.
Sociedade: Eupátridas (bem nascidos(, composto por pequenos proprietários (georgóis(, artesão e comerciantes (demiurgos); metecos ou estrangeiros, e escravos.
Cidadania: Condição que permitia a participação na vida política a partir dos 18 anos de idade. Atribuída aos eupátridas – inscrição aos 15 anos no distrito (demo). Da condição de cidadão eram excluídos estrangeiros ou filhos de estrangeiros, mulheres e escravos.
Era uma cidade cosmopolita, muita gente transitava e chegava nesta cidade. Atenas desenvolveu-se muito intelectualmente devido a esta mistura de culturas, sempre recebendo novas ideias e aspectos culturais. Com seu solo pouco fértil, lucrava com o comércio. Somente um ateniense de fato poderia dar a luz a outro ateniense. Escravos e estrangeiros nunca adquiriam cidadania ateniense. Em Atenas era permitido participar de debates e eleições a partir dos 18 anos, mas você poderia ser inscrito a partir dos 15 anos.
Evolução política de Atenas
Monarquia, até meados do século VII a. C. (basileu juntamente com o Areópago: conselho soberano de Atenas);
Governo oligárquico, formado exclusivamente pelos eupátridas (arcontes – Arcontado(. A aristocracia passou a deter o monopólio dos direitos, que não eram escritos e monopolizavam os cargos públicos, tendo a exclusividade na eleição dos membros do Areópagos, o que motivou provocou rebeliões.
Reformas políticas – o surgimento da democracia (por volta de 650 a.C.)
Na transição da monarquia para a democracia existirão governos formados por acontes, ou membros da elite. A oligarquia controlava o poder através de um órgão chamado Areópago, este governo posteriormente provocaria rebeliões que trariam consigo reformas políticas, destas reformas surge a democracia.
Principais reformadores atenienses
Drácon: arconte responsável por redigir um código de leis obrigatórias para todos. Consideradas cruéis e duras, as leis mantiveram os privilégios da aristocracia, mas iniciaram o exercício da ação publica do estado. São as primeiras leis escritas.
Sólon: tido como um homem sábio; aboliu a escravidão e a prisão por dívidas (uma escravidão que retirava a cidadania de uma dívida não fosse paga); fixou os impostos de acordo com a classe social do contribuinte; aboliu a primogenitura; admitiu o direito sucessório de mulheres e instituiu o testamento; proibiu a venda de filhos; a votação da Assemblélia Popular (Eclésia) tornou-se extensível a todos; criou o tribunal popular (hélia) cujos membros eram recrutados entre os cidadãos por sorteio; substituiu os critérios de nascimento pelos de fortuna; fixou os direito do estado de castigar todos os delitos.
Psístrato: assumiu o governo em 561 a.C. Primeiro tirano, empreendeu uma reforma agraria, distribuindo terras e créditos aos camponeses pobres; realizou obras públicas; incentivou as artes.
Clístenes: Pertencente à categoria dos eupátridas ficou no poder entre 510 e 507, realiza as mudanças que inserem a democracia no sistema de governo: outorgou a condição de cidadão a todos, exceto mulheres e estrangeiros, com os mesmos direitos perante a lei – isonomia. Elaborou um conselho, formado por 50 representantes das 10 tribos locais, sorteados anualmente com a finalidade de apresentar projetos a serem submetidos à Assembleia do Povo.
Péricles: incorporou definitivamente a democracia à forma de governo da cidade. A Eclésia era encarregada de votar as leis, julgar assuntos litigiosos e nomear chefes de governo, em substituição aos arcontes, julgados pela assembleia popular quanto ao seu desempenho.
Toda e qualquerreforma pretendia mais participação do povo na democracia. O tirano era o populista do mundo antigo, favorecendo os mais pobres e camponeses, dadas às circunstâncias dos solos de Atenas. Nenhum deles falava em igualdade social, falava-se que perante a lei todos teriam os mesmos direitos, diante das regras todos seriam iguais, chamava-se isonomia.
Demais aspectos do direito grego:
Leis esparsas de teor público: cuidado da cidade, utilização dos frutos das oliveiras...
Leis restritivas à prostituição masculina, com pena de interdição das funções públicas e religiosas.
Arbitragem e confederação de cidades-estado;
Adultério considerado crime para a mulher que era proibida de participar de cerimonias religiosas e deveria separar-se do marido.
Interditos por loucura, velhice-drogas, doenças, influencia de uma mulher ou coração que o prive da liberdade.
Direito ao testamento
Emancipação aos 18 anos
Direito penal: multa, confisco de bens, prisão, pena capital sem crueldade associada.
Ostracismo (ostracon – concha): processo politico no qual um cidadão de excessiva popularidade que atentasse contra a democracia seria banido da cidade por 10 anos. Cada ano, no sexto mês, a Assembleia poderia aplicar a medida a qualquer cidadão. Os motivos poderiam ser seu brilhantismo pessoal ou excessiva popularidade.

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