Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Tópicos: *Farmacocinética *Farmacodinâmica *Sistema nervoso autônomo *Farmacologia Adrenérgica *Farmacologia Colinérgica Farmacocinética Farmacocinética estuda o que o corpo faz com o fármaco e a dinâmica dos fármacos, dentro dos sistemas biológicos, no que envolve sua ABSORÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, METABOLISMO e ELIMINAÇÃO. Os fármacos lipofílicos são mais absorvidos pois a membrana plasmática possuem bicamada lipídica. Absorção Passagem do fármaco ao sangue Na absorção ocorre a passagem do fármaco do seu local de aplicação até a corrente sanguínea. Para alcançar seu local de ação o fármaco precisa atravessar diversas membranas biológicas. As moléculas pequenas atravessam as membranas celulares de quatro maneiras principais: • Difusão direta através dos lipídeos; • Difusão através de poros aquosos formados por proteínas (aquaporinas) que atravessam os lipídeos; • Combinando-se com um proteína transportadora; • Pinocitose A glicoproteína G pode atrapalhar na absorção pois ela bombeia o fármaco para fora da célula. Ionização Quando ocorre a ionização o fármaco se torna mais hidrofílico e para ser melhor absorvido tem que ser lipofílico. Fármaco ácido + estômago (ácido) e base com base- Não ioniza Distribuição Na distribuição ocorre o transporte de um fármaco do plasma até seu local de ação. Uma parte desse fármaco vai se ligar a proteínas (albumina ou proteínas teciduais), essa ligação se chama Complexo Reversível, já a outra parte do fármaco circula livremente pelo corpo, essa parte se chama porção livre e ela é farmacologicamente ativa. A ligação do fármaco com às proteínas plasmáticas vai determinar a intensidade de efeito e a velocidade de eliminação. Os fármacos que tem alta ligação com proteínas tem uma eliminação mais lenta e o efeito dele é mais duradouro Barreira hematoencefálica É uma barreira espessa e por isso tem a absorção dificultada, se o fármaco for muito hidrofílico ele não vai conseguir passar a barreira. Metabolismo Muitos fármacos (bases ou ácidos fracos) são lipossolúveis e por isso não são rapidamente eliminados. Por isso, devem ser conjugados ou metabolizados a compostos mais polares e menos lipossolúveis para serem excretados Antes do fármaco ser eliminado ele precisa ser biotransformado (precisa diminuir a lipossolubilidade). FASE 1 Na fase 1 o fármaco lipofílico será transformado em um fármaco hidrofílico. Vai utilizar CYP 450, redução, oxidação e hidrólise Fase 2 Vai conjugar alguma molécula Glicuronidação é a mais importante, ela adiciona o ácido glicurônico na molécula do fármaco e ele será mais facilmente excretado. Cinética de primeira ordem é linear e cinética de segunda ordem não é linear (é usado para fármacos que tem doses muito grande) Os principais órgãos metabolizadoras de fármacos são: Fígado Pulmões Rins Eliminação Boa parte dos fármacos são eliminados através da urina na forma de metabólitos. Se o fármaco for muito lipossolúvel ele será metabolizado de novo para ocorrer a eliminação. Filtração glomerular Na filtração glomerular o pH e a lipossolubilidade não vão influenciar na passagem a passagem do fármaco é livre. Farmacodinâmica O que o fármaco faz com o corpo PRINCIPAIS ALVOS PROTEICOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS * Canais Iônicos * Enzimas * Proteínas Transportadoras * Receptores Os efeitos da maioria dos fármacos resulta da sua interação com componentes macromoleculares do organismo. *Agonistas e Antagonistas *Tipos de Receptores *Potência e eficácia *Índice terapêutico *Receptores de reserva Receptores podem estar na forma inativa ou ativa Fármaco se liga ao receptor o que gera uma resposta celular. Nem todos os fármacos precisam de receptores para terem efeitos Agonistas Agonistas se ligam aos receptores e os ativam Agonistas totais fazem a resposta máxima Agonista parcial não produz uma resposta tão grande, não ativa todos os receptores Agonistas inversos inativam os receptores Agonistas fazem transdução de sinal, ativando os receptores. Eles geram mensagens que vão ativar os receptores. Antagonistas Eles fazem uma ligação com receptores e não vão deixar que os agonistas se liguem. Ele não inativa, somente bloqueia a ligação Antagonistas competitivos eles vão competir com os agonistas, se ligando de forma reversível, é possível reverter aumentando a concentração de agonistas. Antagonistas irreversíveis vão se ligar fortemente no receptor por ligação covalente, mesmo aumentando a quantidade de agonistas não é possível ter o efeito máximo Antagonistas alostéricos fixa-se em um lugar diferente da ligação do agonista Antagonista funcionais atuam em receptores separados Histamina + Receptor H1 = Broncoconstrição Epinefrina + Adrenoceptores beta 2 = Relaxamento Tipos de Receptores *Canais iônicos dependentes de ligantes - Milisegundos *Receptores acoplados à proteína G - Segundos a minutos *Receptores ligados à enzimas: -Aumentam a atividade enzimática -Respostas de minutos a horas - Usado pela Insulina, Fator de crescimento epidermal e etc *Receptores intracelulares -O fármaco tem que ser lipossolúvel Potência e eficácia Potência Quanto menos fármaco for necessário para produzir o efeito, mais potente ele é Eficácia O tamanho da resposta é proporcional à quantidade de receptores ocupados Mais útil que a potência Tamanho da resposta quando interage com o receptor Farmacologia Colinérgica Agonistas muscarínicos Usos clínicos Estimular o esvaziamento da bexiga e a motilidade do trato gastrointestinal (Retenção urinária não obstrutiva (funcional) ou causada por atonia neurogênica da bexiga) – BETANECOL Contra indicações Insuficiência coronariana; Asma; Úlceras pépticas Antagonistas muscarínicos PIRENZEPINA, ATROPINA, ESCOPOLAMINA, IPRATRÓPIO Usos clínicos Inibição das secreções, dilatação pupilar (midríase), Inibição da motilidade GI, relaxamento da musculatura lisa – ATROPINA adjuvante na anestesia, envenenamento por anticolinesterásicos, antiespasmódico Inibe a secreção de ácido gástrico seletivamente – PIRENZEPINA (M1 seletivo) úlcera péptica Broncodilatador – IPRATRÓPIO asma e bronquite – via inalatória Inibição da motilidade GI, relaxamento da musculatura lisa – ESCOPOLAMINA SIMILAR A ATROPINA - antiespasmódico Colinérgicos indiretos ou anticolinesterásicos Inibidores reversíveis de acetilcolinesterase - fisiostigmina - neostigmina - pirostigmina - edrofonio - carbamatos Inibidores irreversíveis de colinesterase- organofosforados Paration – Malation - Diazinon FARMACOLOGIA ADRENÉRGICA - Fármacos SIMPATOMIMÉTICOS AGONISTA α/β EPINEFRINA/ADRENALINA USOS: Asma (Tratamento de Emergência), Choque Anafilático e Parada Cardíaca. EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, arritmias tremor fino das mãos, palidez, hipertensão, hiperglicemia. AGONISTA beta 1 - aumento FC e contração AGONISTA beta 2 - aumento Contr. Muscular e broncodilatação AGONISTA αlfa 1 - Vasoconstrição Adren Adrenaline NOREPINEFRINA/NORADRENALINA USOS: na clínica (muito limitado) EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, palidez, hipertensão, hiperglicemia. AGONISTA 1 aumento FC e contração AGONISTA 2 aumento Contr. Muscular e broncodilatação AGONISTA α Vasoconstrição Norepinefrina Pridam AGONISTA α1 FENILEFRINA AGONISTA 1 EFEITOS COLATERAIS: Oxigenação da mucosa nasal (necrose tecidual e perda do olfato) AGONISTA α1:Vasoconstrição Aumento da PA Diminuição da Secreção da Mucosa Nasal USO: Descongestão Nasal EFEITOS ADVERSOS: hipertensão e bradicardia reflexa Resfenol Felinefrina Descongex Naldecon NAFAZOLINA Tetraidrozolina, Oximetazolina e Xilometazolina. USOS: Descongestionante nasal, Vasoconstritor ocular EFEITOS ADVERSOS: irritação local passageira (queimação, ardência, espirros). Já foram descritas ocorrências de náusea e cefaléia. Depressão do SNC. Colírio Cloridrato de nafazolina Sorine Neosoro AGONISTA α e β – ação mista EFEDRINA EFEDRINA Beta: Broncodilatação Aumento da FC e Contração EFEDRINA Alfa: Contração EFEDRINA: Aumento de Na USO: Descongestionante Nasal e Asma EFEITOS COLATERAIS: Taquicardia, palidez, hipertensão, insônia Franol Ephedrine Maior LIBERAÇÃO DE NA EFEDRINA Centro da fome no hipotálamo - Diminui o apetite USO: Obesidade Anfetaminas ou Similares Ritalina Lipomax Obesil Franol Minifrage AGONISTAS Beta 1 DOBUTAMINA AGONISTA 1 Aumenta a FC e a Contração USO: Aumento de FC em Pacientes com Bradicardia, Parada ou Insuficiência Cardíaca. EFEITOS COLATERAIS: Arritmias, fibrilação Dobutamina Dobutrex AGONISTA β2 SALBUTAMOL, TERBUTALINA USOS: A principal indicação é no alívio do broncoespasmo. Também eficazes contra o parto prematuro e no tratamento do aborto evitável (Terbutalina). EFEITOS ADVERSOS: Os principais efeitos colaterais são; tremores, ansiedade, palpitações, taquicardia, arritmias cardíacas. Aeromed Aerolin Aeroflux Aerojet Bricanyl FENOTEROL e FORMOTEROL agonista de beta 2 Inalação: efeitos se iniciam em minutos maior seletividade no tecido pulmonar Via oral: efeitos demoram mais a se iniciar Berotec Bromidrato de fenoterol FARMACOLOGIA ANTIADRENÉRGICA ANTAGONISTAS Alfa 1 PRAZOSIMA, DOXAZOSIMA, TERAZOSIMA Antagonistas A1: Vasodilatação o que gera uma diminuição da PA USOS: Hipertensão arterial EFEITOS ADVERSOS: Taquicardia reflexa, hipotensão postural, disfunção sexual Minipres Zoflux Adecur ANTAGONISTAS Beta PROPRANOLOL e PINDOLOL Beta 2 - Broncoconstrição Beta 2 - Diminui a Contração Muscular Beta 1 - Diminui FC e Contração USOS: Anti-hipertensivo ( - DC, renina, - descarga SNS ação central), Angina ( - contratilidade, consumo O2), Arritmia cardíaca, Glaucoma ( - pressão intra-ocular) EFEITOS ADVERSOS: Aumento resistência vias aéreas (ASMA!!!!!), - tolerância exercício físico, hipoglicemia (DIABÉTICOS!!!!!!!!!!), ganho de peso Amprax Cloridrato de propanolol ANTAGONISTAS Beta1 METOPROLOL E ATENOLOL ANTAG BETA 1: Diminui a FC e Contração USOS: Anti-hipertensivo, Angina, Arritmia cardíaca EFEITOS ADVERSOS: Diminui a tolerância exercício físico, hipoglicemia (DIABÉTICOS!!!!!!!!!!), ganho de peso ATENOLOL – MEIA VIDA MAIS LONGA Atenol Atenopress
Compartilhar