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DIREITO CIVIL VII - DIREITO DAS COISAS
 Profa. Dra. Ana Paula de Fátima Coelho
EXTENSÃO OU ABRANGÊNCIA DO DIREITO DE PROPRIEDADE
- Consiste em determinar os limites que circunscrevem objetivamente o poder do proprietário, ou seja, em responder até onde pode o proprietário exercer os seus poderes dominiais (U/G/D/R) em torno da coisa objeto da propriedade.
- Propriedade Mobiliária: recai sobre coisas móveis que permitem individualização e especificação. A extensão do domínio é facilmente identificada: varia de acordo com a natureza do objeto e de acordo com o seu tamanho. É possível identificá-la no espaço. 
- Propriedade Imobiliária: recai sobre coisas imóveis e pode ser delimitada em extensão: horizontal (confinando-se entre vizinhos) e vertical (estendendo ao espaço aéreo e ao subsolo). 
- Um antigo brocardo romano estabelecia que “a propriedade do solo ia até o céu, e até o inferno”: “QUI DOMINUS EST SOLI DOMINUS EST USQUE AD CAELUM ET USQUE AD INFEROS” (quem é dono do solo é dono até o céu e até o inferior).
Obs.: se a propriedade for imobiliária surge a questão de se saber qual é sua extensão, pois apesar de poder ser delimitada horizontalmente confinando-se entre os vizinhos, grande é sua controvérsia quanto a sua extensão vertical diante da importância da propriedade referente ao espaço aéreo e ao subsolo.
- O art. 1.229, CC apresenta a extensão horizontal e vertical da propriedade imobiliária.
- No caso de imóvel o poder do titular do direito de propriedade estende-se além do espaço determinado na superfície do terreno, ou seja, alcança o espaço aéreo e o subsolo, mas limitada as exigências do poder público. 
- O solo, com o subsolo e o espaço aéreo correspondentes formam um “todo” conhecido como imóvel ou bem de raiz.
- A propriedade do solo abrange o subsolo e o espaço aéreo que lhe seja útil (prevalece a razoabilidade/bom senso/utilidade prática).
TRIPARTIÇÃO DO DOMÍNIO ► superfície ►espaço aéreo ► subsolo
- Subsolo: entende-se por toda parte de um terreno que se encontra abaixo da superfície da terra. No que se refere às minas, jazidas, recursos minerais, energia hidráulica e monumentos arqueológicos são regulados pelo Código de Mineração / Código de Águas / art. 1.230, Código Civil / arts. 176 e 177 CF: esses bens tem autonomia jurídica incorporando-se ao patrimônio da União.
- Prevalece atualmente o princípio que define que as jazidas, em lavra ou não, os demais recursos minerais e os potenciais de energia de exploração pertencem a União, assim, em existindo constituem propriedade distinta da do solo para efeito de exploração e aproveitamento.
- A orientação jurídica atual considera que as riquezas do subsolo pertencem ao Estado brasileiro, entretanto, exploração é permitida a particulares mediante concessão.
- Espaço Aéreo: corresponde à extensão que se encontra acima do solo. Encontra-se regulado pela Lei n. 7.565/86 (Código Brasileiro de Aeronáutica). Vigora o critério da utilidade do exercício.
Obs.: segundo Orlando Gomes o espaço aéreo é uma importante via de comunicação, por onde podem navegar livremente aeronaves, dados, cada Estado se reserva o direito de impor limitações estabelecidas através de convenções internacionais.
- A propriedade é fato econômico, a sua extensão, seja no espaço aéreo ou no subsolo, se delimita pela utilidade que ao proprietário pode proporcionar (respeito ao interesse privado e social). 
- A propriedade ao ser exercida deve conjugar os interesses do proprietário, da sociedade e do Estado, afastando o individualismo e o uso abusivo do domínio (prevalece o critério da utilidade do exercício do domínio).

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