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* * Universidade Federal do Cariri Faculdade de Medicina Pró – Reitoria de Extensão Ministério da Educação * * Ancylostoma duodenale é um dos causadores da ancilostomose ou ancilostomíase no ser humano. Ancilóstomo do Velho Mundo Ancylostoma duodenale (primitivamente na Ásia e Região do Mediterrâneo) e Necator americanus (originariamente na África subsaariana). Migrações Humanas responsáveis por alteração na distribuição desses parasitas pelo globo. A coexistência de ambas as espécies pode ocorrer em uma mesma localidade, mas, geralmente, uma delas sobrepuja a outra. * * Ancilostomose ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente do sexo. Longevidade média dos parasitas é de 5 anos. Trabalhadores rurais são acometidos. * * Ovos: Recém-eliminados, de forma oval, sem segmentação ou clivagem, com 60pm por 40pm de diâmetro maior e menor, respectivamente. Temperatura ideal varia entre 21ºC e 27ºC. Fase larval dividida em 5 formas: Larvas de 1º estádio(L1) e 2º estádio(L2) são do tipo rabditóide. Larva de 3º estádio(L3) do tipo filarióide, denominada larva infectante. Larvas de 4º estádio(L4) e 5º estádio(L5) desenvolvem-se no interior dos organismos parasitados. Adultos: Machos e fêmeas cilindriformes com acentuado dimorfismo sexual. Cápsula bucal grande e profunda com a presença de dentes. Extremidade anterior curvada dorsalmente. * * Larva rabditóide Larvas filarióides Hospedeiro Ovos * * Fase Aguda: Migração da larva até o Duodeno. Fase Crônica: Presença do Verme Adulto. Sinais e sintomas primários: Associados diretamente com a atividade do parasita. Sinais e sintomas secundários: decorrentes da anemia e hipoproteinemia. Prurido, edema, podendo evoluir para dermatite urticariforme. Tosse de longa ou curta duração e febrícula. Dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às vezes, podendo ocorrer diarreia sanguinolenta ou não e, menos frequente, constipação. Anemia, hipoalbuminemia, eosinofilia, elevação de IgE total. * * Diagnóstico clínico individual baseia-se na anamnese e na associação de sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, seguidos ou não de anemia. Em ambos os casos o diagnóstico de certeza será alcançado pelo exame parasitológico de fezes. * * A terapia medicamentosa utiliza vários anti-helmínticos ou vermífugos, capazes de matar diferentes espécies de helmintos, os quais são eliminados nas fezes do hospedeiros. o uso de vermífugos a base de pirimidinas e de benzimidazóis têm sido os mais indicados. Tratamento feito em 2 momentos. Dependendo da gravidade da ancilostomose o paciente deve receber uma alimentação suplementar, diária, rica em proteínas e, especialmente, em Fe. * * SANEAMENTO BÁSICO Dar destino seguro as fezes humanas (privadas e fossas); Lavar sempre as mãos antes das refeições; Lavar os alimentos que são consumidos crus; Beber água filtrada ou previamente fervida; Usar calçados * * Doente de 51 anos, sexo feminino, natural e residente em Portugal, trabalhadora rural, com queixa de dor epigástrica, melenas e astenia com 3 semanas de evolução, sem outra sintomatologia, culminando com um episódio de lipotimia que motivou a admissão hospitalar. Trata-se de uma doente sem história de viagens ao estrangeiro e residente em habitação com boas condições sanitárias. Laboratorialmente apresentava anemia ferropénica(Hb 5,7 g/dl, VGM 78 fl, fórmula leucocitária normal, ferro sérico 22 pg/dl e ferritina 12 ng/ ml), sem outras alterações. Após suporte transfusional realizou endoscopia digestiva alta e colonoscopia que não revelaram alterações. A enteroscopia por videocápsula identificou no íleo vários parasitas filiformes com cerca de 6 mm, ancorados à mucosa e com conteúdo hemático no seu interior, compatíveis com ancilostomíase. Foi iniciada terapêutica anti-helmíntica, após o que se verificou o aumento progressivo e normalização do valor da hemoglobina e resolução dos sintomas iniciais. * * NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11º edição. REY, Luís. Um século de experiência no controle da ancilostomíase. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2001, vol.34, n.1, pp. 61-67. ISSN 0037-8682. MOLEIRO, Joana. Parasitose intestinal: causa rara de hemorragia digestiva. GE Portuguese Journal of Gastroenterology. Volume 21, Issue 6, November–December 2014, Pages 261–262. * *
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