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Ancylostoma Duodenale LIPAM 2015

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Universidade Federal do Cariri
Faculdade de Medicina
Pró – Reitoria de Extensão
Ministério da Educação
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Ancylostoma duodenale é um dos causadores da ancilostomose ou ancilostomíase no ser humano.
Ancilóstomo do Velho Mundo
 Ancylostoma duodenale (primitivamente na Ásia e Região do Mediterrâneo) e Necator americanus (originariamente na África subsaariana). Migrações Humanas responsáveis por alteração na distribuição desses parasitas pelo globo.
A coexistência de ambas as espécies pode ocorrer em uma mesma localidade, mas, geralmente, uma delas sobrepuja a outra.
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Ancilostomose ocorre preferencialmente em crianças com mais de seis anos, adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente do sexo. 
Longevidade média dos parasitas é de 5 anos. 
Trabalhadores rurais são acometidos.
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Ovos:
Recém-eliminados, de forma oval, sem segmentação ou clivagem, com 60pm por 40pm de diâmetro maior e menor, respectivamente.
Temperatura ideal varia entre 21ºC e 27ºC.
Fase larval dividida em 5 formas: 
Larvas de 1º estádio(L1) e 2º estádio(L2) são do tipo rabditóide.
Larva de 3º estádio(L3) do tipo filarióide, denominada larva infectante.
Larvas de 4º estádio(L4) e 5º estádio(L5) desenvolvem-se no interior dos organismos parasitados.
Adultos:
Machos e fêmeas cilindriformes com acentuado dimorfismo sexual.
Cápsula bucal grande e profunda com a presença de dentes.
Extremidade anterior curvada dorsalmente.
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Larva rabditóide
Larvas filarióides
Hospedeiro
Ovos
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Fase Aguda: Migração da larva até o Duodeno.
Fase Crônica: Presença do Verme Adulto.
Sinais e sintomas primários: Associados diretamente com a atividade do parasita.
Sinais e sintomas secundários: decorrentes da anemia e hipoproteinemia.
Prurido, edema, podendo evoluir para dermatite urticariforme.
Tosse de longa ou curta duração e febrícula.
Dor epigástrica, diminuição de apetite, indigestão, cólica, indisposição, náuseas, vômitos, flatulências, às vezes, podendo ocorrer diarreia sanguinolenta ou não e, menos frequente, constipação.
Anemia, hipoalbuminemia, eosinofilia, elevação de IgE total.
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Diagnóstico clínico individual baseia-se na anamnese e na associação de sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, seguidos ou não de anemia. Em ambos os casos o diagnóstico de certeza será alcançado pelo exame parasitológico de fezes.
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A terapia medicamentosa utiliza vários anti-helmínticos ou vermífugos, capazes de matar diferentes espécies de helmintos, os quais são eliminados nas fezes do hospedeiros. o uso de vermífugos a base de pirimidinas e de benzimidazóis têm sido os mais indicados.
Tratamento feito em 2 momentos.
Dependendo da gravidade da ancilostomose o paciente deve receber uma alimentação suplementar, diária, rica em proteínas e, especialmente, em Fe.
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SANEAMENTO BÁSICO
Dar destino seguro as fezes humanas (privadas e fossas);
Lavar sempre as mãos antes das refeições; 
Lavar os alimentos que são consumidos crus; 
Beber água filtrada ou previamente fervida;
Usar calçados
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Doente de 51 anos, sexo feminino, natural e residente em Portugal, trabalhadora rural, com queixa de dor epigástrica, melenas e astenia com 3 semanas de evolução, sem outra sintomatologia, culminando com um episódio de lipotimia que motivou a admissão hospitalar. Trata-se de uma doente sem história de viagens ao estrangeiro e residente em habitação com boas condições sanitárias. Laboratorialmente apresentava anemia ferropénica(Hb 5,7 g/dl, VGM 78 fl, fórmula leucocitária normal, ferro sérico 22 pg/dl e ferritina 12 ng/ ml), sem outras alterações. Após suporte transfusional realizou endoscopia digestiva alta e colonoscopia que não revelaram alterações. A enteroscopia por videocápsula identificou no íleo vários parasitas filiformes com cerca de 6 mm, ancorados à mucosa e com conteúdo hemático no seu interior, compatíveis com ancilostomíase. Foi iniciada terapêutica anti-helmíntica, após o que se verificou o aumento progressivo e normalização do valor da hemoglobina e resolução dos sintomas iniciais.
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NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 11º edição.
REY, Luís. Um século de experiência no controle da ancilostomíase. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. [online]. 2001, vol.34, n.1, pp. 61-67. ISSN 0037-8682.
MOLEIRO, Joana. Parasitose intestinal: causa rara de hemorragia digestiva. GE Portuguese Journal of Gastroenterology. Volume 21, Issue 6, November–December 2014, Pages 261–262.
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