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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA Marcela Correia da Rocha Honorato Skayler Zille de Almeida Metabolismo das Proteínas Rio de Janeiro 2018 Marcela Correia da Rocha Honorato Skayler Zille de Almeida Metabolismo das Proteínas Rio de Janeiro 2018 Sumário 1 CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS . . . . . . . . . . . . . . . . 3 1.1 METABOLISMO PROTÉICO - SÍNTESE PROTÉICA . . . . . . . . . 3 1.2 DEGRADAÇÃO PROTÉICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 2 REGULAÇÃO DO METABOLISMO PROTÉICO . . . . . . . . . . . . 5 3 NECESSIDADES DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS . . . . . . . . 7 4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 4.1 BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3 1 CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS As proteínas são compostas por mais de 20 diferentes aminoácidos, que têm atividades e vias metabólicas diferentes e são classificados em três grupos: indispen- sáveis (essenciais), condicionalmente indispensáveis (condicionalmente essenciais) e dispensáveis (não-essenciais). Os aminoácidos essenciais não são sintetizados pelo corpo humano, devendo ser fornecidos pela dieta. São eles: isoleucina, leucina, lisina, metionina, fenilalanina, treonina, triptofano e valina. Os não-essenciais são produzidos pelo organismo a partir de precursores carbono e nitrogênio, com gasto de energia. Compõem esta categoria a alanina, a serina, a asparagina, os ácidos aspártico e glutâmico. Os aminoácidos condicionalmente essenciais são sintetizados pelo organismo, mas sua limitada capacidade de síntese os torna insuficientes em determinadas situações. Para alguns, como a tirosina, o precursor é um aminoácido indispensável (fenilala-nina); para outros, caso da arginina, da prolina e da glicina, o precursor é um aminoácido dispensável; há ainda aqueles, como a cisteína, que necessitam dos aminoácidos (metionina e serina). Arginina, glicina, glutamina, tirosina, prolina, histidina, cisteína e taurina são consideradas condicionalmente essenciais. A arginina é importante para a síntese protéica, especialmente no tecido conectivo, e sua síntese depende da disponibilidade dos precursores citrulina e ornitina. Em pacientes desnutridos, sépticos ou vítimas de traumas ou cirurgias, é considerada essencial e sua suplementação está associada à melhora da cicatrização. A glicina está envolvida na síntese de nucleotídeos, porfirinas, glutation, creatina e sais biliares, tendo necessi- dades aumentadas em fases de crescimento. Sendo as vias metabólicas envolvidas em sua síntese imatura no período neonatal, é considerada condicionalmente essencial nesta fase. A glutamina é utilizada pelos tecidos em rápida multiplicação celular, como enterócitos e linfócitos. É considerada essencial para pacientes críticos ou com lesão grave da mucosa do trato gastrintestinal. São também essenciais no neonatal e em lactentes jovens a cisteína, a taurina e a tirosina, devido à imaturidade hepática e das vias metabólicas. A cisteína também é essencial para pacientes com disfunção hepática e homocistinúria, e a tirosina, para pacientes hepatopatas e fenilcetonúricos. 1.1 METABOLISMO PROTÉICO - SÍNTESE PROTÉICA Cada tecido possui um limite de armazenamento de proteínas. Além deste limite, o excesso de aminoácidos circulantes é degradado para a produção de energia ou sofre conversão em glicogênio (gliconeogênese) ou lipídios (cetogênese) para arma- zenamento. Esses processos metabólicos protéicos ocorrem por meio de reações de transaminação catalisadas pelas enzimas aminotransferases ou transaminases, derivadas da piridoxina, e desaminação oxidativa. A transaminação é responsável pela Capítulo 1. CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS 4 transformação de um aminoácido em outro não-essencial mediante a transferência de grupos alfa-amino (NH3 + ) de um aminoácido para um precursor alfacetoácido (oxalacetato, α-cetoglutarato, glutamato ou piruvato), enquanto o oxigênio é transfe- rido para o doador do radical amino. Nas reações de desaminação catalisadas por aminoácido-oxidases, grupos amino são removidos de um aminoácido com liberação de um esqueleto carbônico e amônia. Um exemplo dessa reação é o glutamato, que sofre a ação da glutamato desidrogenase, dando origem à α-cetoglutarato e à amônia, que entra no ciclo da uréia. O catabolismo hepático dos aminoácidos, por meio dos produtos intermediários das vias glicolíticas e do ciclo do ácido cítrico, atua como fonte de energia para a produção de glicose9. A formação de uréia ocorre no fígado a partir da conversão de duas moléculas de amônia sangüínea e uma de dióxido de carbono em combinação, dando origem a substâncias intermediárias como citrulina, arginina e ornitina. Esta última é novamente utilizada neste ciclo e a uréia se difunde pelos líquidos corporais até a eliminação renal. 1.2 DEGRADAÇÃO PROTÉICA A degradação protéica celular ocorre de forma contínua, prevenindo o acúmulo de proteínas anormais ou lesivas e fornecendo ao organismo aminoácidos livres nas fases de privação alimentar. Existem três sistemas proteolíticos celulares importan- tes3,11: Sistema autofágico lisossômico — Formado por catepsinas, é importante para a degradação de proteínas que penetram nas células por endocitose e na proteólise celular. Há a formação de estruturas vacuolares capazes de englobar e degradar orga- nelas complexas. A regulação deste sistema parece estar relacionada com a ação da insulina e a interação dos aminoácidos alanina e leucina. Sistema calpaína-calpastatina — Principal via de degradação das proteínas, é ativado pelo cálcio. Formado por um complexo de cisteína protease e uma subunidade reguladora que se une ao cálcio. Está relacionado à proteólise incompleta das membranas celulares e a estruturas microfila- mentosas, com ação no nível muscular. Sistema ubiquitina-proteasoma — É formado por um sistema de reconhecimento que marca os substratos protéicos a degradar, a ubiquitina, e um complexo multienzimático proteolítico, a proteasoma. Presente nos diversos tecidos, é dependente de ATP e catalisa a proteólise de forma completa. Esta via possui ampla atuação protéica e parece atuar mais especificamente nas situações em que há atrofia por desnervação. 5 2 REGULAÇÃO DO METABOLISMO PROTÉICO A regulação da síntese e da degradação protéica tem sido objeto de inúmeros estudos e controvérsias devido à complexidade das inter-relações entre a oferta de substratos, a ação hormonal tecidual, o estado nutricional, a ação de mediadores, o efeito tecidual específico, situações de estresse, a atividade muscular e outras. Os estudos da cinética protéica corporal e sua regulação têm sido realizados por meio de técnicas utilizando aminoácidos marcados e diluição isotópica. Insulina, hormônio de crescimento (GH), glicocorticóides, tireoxina e os hormônios sexuais agem modulando o metabolismo protéico. O GH aumenta a velocidade de síntese protéica tecidual. Ainda não se conhece bem o mecanismo exato de ação, porém acredita-se que atue estimulando o transporte de aminoácidos através das membranas celulares e na síntese protéica ao nível de DNA e RNA. Além disso, o GH age mobilizando as gorduras depositadas para a produção de energia, o que disponibiliza aminoácidos para a síntese protéica. Seus efeitos dependem diretamente do estímulo hepático à síntese de IGF-1, seu agente efetor. Em pacientes sob intenso estresse, o efeito anabólico do hormônio de crescimento está associado à elevação das concentrações de IGF-1, proteína ligadora da IGF-3 e insulina. Alguns efeitos anabólicos são observados pela administração de IGF-1 em humanos: aumento da síntese protéica e da proteína corporal total, diminuição da excreção de nitrogênio, aumento do peso dos órgãos, especialmente baço, timo, rins e intestino, e melhora da cicatrização de feridas. A insulina é bem conhecida como hormônio de ação anabólica. Invitro, a insulina atua em várias fases do processo de síntese protéica: transcrição de genes e estabilidade do RNA, translação do RNA mensageiro e ativação de enzimas preexistentes. O mecanismo exato pelo qual ela atua in vivo na síntese protéica muscular ainda é duvidoso. Há controvérsias sobre seu efeito primário, se é a estimulação da síntese ou a inibição da degradação da proteína muscular. A insulina parece agir no transporte de aminoácidos para as células e na disponibilização de glicose para as mesmas. Esses efeitos permitem que haja quantidade maior de aminoácidos nos tecidos, podendo favorecer, portanto, a síntese protéica. Publicações recentes sugerem que a resposta muscular de síntese protéica estimulada pela insulina é dose-dependente, mas não há consenso sobre a dose de insulina necessária. A via de degradação protéica lisossomal é responsiva às alterações agudas da concentração de insulina, o que não ocorre com o sistema ubiquitina. O potencial efeito da insulina de estimulação da síntese protéica muscular exige uma oferta adequada de aminoácidos, sem a qual a síntese protéica será ineficaz e independente da concentração de insulina. Os glicocorticóides supra-renais são hormônios catabólicos; agem inibindo a síntese e estimulando a degradação protéica extra-hepática, com conseqüente liberação de aminoácidos livres no plasma e demais líquidos corporais. Desta forma, permitem aumento da síntese hepática com elevação Capítulo 2. REGULAÇÃO DO METABOLISMO PROTÉICO 6 das proteínas plasmáticas e hepáticas. Os glicocorticóides têm efeito importante sobre os processos de gliconeogênes e cetogênese. A tireoxina atua elevando a velocidade do metabolismo geral nas células, tanto as reações anabólicas quanto as catabólicas. O efeito sobre o metabolismo protéico é indireto e inespecífico; portanto, dependendo do estado metabólico do organismo, pode estimular tanto a síntese quanto a degradação protéica. Os hormônios sexuais, em especial a testosterona, têm efeito de incorporação protéica nos tecidos orgânicos, principalmente as proteínas contráteis musculares. Além dos hormônios, outras substâncias, como pequenos peptídeos biologicamente ativos, podem agir como neurotransmissores e liberar citoquinas e hormônios, modulando os processos metabólicos. Os peptídios agem em receptores intestinais e seus efeitos são percebidos na motilidade e permeabilidade intestinais, na liberação hormonal intestinal e na regulação neuro-humoral. 7 3 NECESSIDADES DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS Em crianças saudáveis, a necessidade protéica é a quantidade necessária para manter o crescimento normal e o balanço nitrogenado positivo. Esta quantidade deverá ser suficiente para equilibrar as perdas endógenas, como a excreção de nitrogênio urinário, a excreção fecal e a oxidação de aminoácidos e as perdas através da pele e dos cabelos, mantendo o crescimento somático. O principal fator que influencia a necessidade protéica é a oferta energética total; se esta for inadequada, ocorrerá catabolismo protéico, fornecimento de energia ao organismo a partir de aminoácidos e, conseqüentemente, maior necessidade protéica. Os peptídios e aminoácidos, ao entrarem na luz intestinal, não vão diretamente para a circulação central como quando são administrados por via parenteral, mas sofrem transformações e conversão em outros aminoácidos dentro da mucosa intestinal e no fígado. Assim, o perfil plasmático de aminoácidos em pessoas que se alimentam pela via enteral não apenas reflete o tipo de proteína ingerida, mas também o grau em que esta foi ingerida e metabolizada. Já naquelas que recebem nutrição parenteral, este perfil acompanha o padrão de ami- noácidos da solução infundida. Em ambos os casos, o perfil plasmático de aminoácidos também reflete a captação para a síntese protéica e a liberação para as reservas endógenas. Assim, para melhor definir as necessidades de aminoácidos, é necessário saber em que quantidade certos aminoácidos são sintetizados na mucosa intestinal e no fígado e em que medida isso afeta as respectivas necessidades por via parenteral. As necessidades protéicas e de aminoácidos variam de acordo com a faixa etária, o sexo e a situação clínica. Lactentes e crianças menores em fase de crescimento têm maior necessidade de aminoácidos essenciais e proteínas, que decresce com a idade. Devem ser consideradas ainda a qualidade e a digestibilidade das proteínas e dos aminoácidos da dieta. A qualidade das proteínas é determinada pela quantidade e pelo perfil de aminoácidos essenciais da dieta; as proteínas animais como as contidas em ovos, carnes, leite e peixe são consideradas de alta qualidade. Com relação à digestibi- lidade, cerca de 95% das proteínas de origem animal e 70% a 80% daquelas de origem vegetal são digeríveis1,2,29. Considera-se que 16% do peso protéico são constituídos de nitrogênio, ou seja, 1 grama de nitrogênio equivale a 6,25 gramas de proteína. A estimativa das necessidades protéicas deve ser considerada em bases individuais, pois pode variar de acordo com a faixa etária, condições clínicas da criança, oferta calórica e de outros nutrientes e qualidade da proteína administrada. As necessidades protéicas por via parenteral são inferiores em relação à via enteral. As necessidades protéicas são maiores no período neonatal, em especial nos recémnascidos prematu- ros, diminuindo com a idade. Em recém-nascidos e lactentes jovens, a oferta de 2,0 a 3,0 g/kg/dia de proteína promove retenção de nitrogênio (Tabela 12.5). O perfil de aminoácidos ideal para lactentes até 1 ano é aquele encontrado no leite humano, no Capítulo 3. NECESSIDADES DE PROTEÍNAS E AMINOÁCIDOS 8 qual a concentração protéica é relativamente baixa (0,8 a 0,9 g/dl). Entretanto, no leite materno há predomínio de proteína do soro em relação à caseína e concentrações elevadas de taurina e cisteína1,2,28,30. Há pouca informação sobre as necessida- des de aminoácidos indispensáveis em recém-nascidos. As estimativas baseiam-se na ingestão de aminoácidos de crianças que recebem proteína e energia suficientes para promover velocidade de crescimento similar ou maior à intra-uterina, bem como retenção de nitrogênio31. Embora haja reduzida biodisponibilidade de nitrogênio em formulações com hidrolisados protéicos, estudos em recém-nascidos prematuros su- gerem haver benefício com o uso destas, demonstrando adequado perfil plasmático de aminoácidos32. A necessidade protéica estimada de prematuros extremos é 4 g/kg/dia, dificilmente satisfeita com as formulações habituais. No entanto, mesmo no caso de a oferta protéica ser adequada, há fatores que podem limitar a utilização de aminoácidos. Há uma diferença qualitativa em relação à necessidade de aminoácidos do recém-nascido, sendo histidina, taurina, cisteína e tirosina consideradas condicional- mente indispensáveis ou semi-essenciais (Tabela 12.6). Crianças têm perfil plasmático de aminoácidos diferente dos adultos. Observou-se que os recém-nascidos que re- cebem soluções de aminoácidos do tipo padrão podem apresentar deficiências de alguns deles, como cisteína, taurina ou tirosina, e acúmulo de fenilalanina metionina e glicina. Algumas diferenças no metabolismo dos aminoácidos essenciais já estão bem estabelecidas34,35: 1. As necessidades básicas de aminoácidos essenciais são maiores no período neonatal (43%) e declinam progressivamente até a fase adulta (19%). 2. A enzima cistationase possui atividade reduzida no período neonatal, por- tanto a formação de cisteína a partir da metionina é comprometida. 3. A taurina, cujo precursor metabólico na via de transulfuração é a cisteína, como conseqüência também tem sua síntese reduzida, tornando-se, portanto, um aminoácido condicionalmente essencial para os recém-nascidos. 4. A enzima fenilalanina hidroxilase possui atividade reduzida em neonatos, o que pode determinar a deficiência de tirosina e o acúmulo de fenilalanina. 5. Outros aminoácidosconsiderados condicionalmente essenciais em neonatos são: histidina, glicina, lisina e arginina. 6. A oferta inadequada de aminoácidos a pacientes pediátricos pode causar deficiências de crescimento, disfunção neurológica e desequilíbrio no balanço nitrogenado. O uso indiscriminado de soluções formuladas para situações específicas encarece o custo do suporte nutricional e não traz nenhum efeito benéfico para o paciente. A utilização de solução rica em aminoácidos de cadeia ramificada deve ser recomendada apenas nos casos que cursam com encefalopatia hepática. Soluções com aminoácidos essenciais não têm efeito benéfico comprovado na insuficiência renal aguda devido ao hipercatabolismo que acompanha o quadro. As fórmulas à base de aminoácidos essenciais, pelo seu baixo teor de nitrogênio, são inadequadas nos estados hipercatabólicos; em casos de insuficiência renal é preferível o uso de solução padronizada de aminoácidos, que possibilita oferta adequada de nitro- 10 4 RESULTADOS Em resumo, o estresse, por mecanismos de ativação hormonal, neuronal e imunológica, provoca catabolismo protéico, com aumento do consumo de alguns ami- noácidos específicos como glutamina, arginina e cisteína e aromáticos, com o objetivo de obter energia e sintetizar proteínas envolvidas na resposta imunológica e cicatriza- ção. Nesta nova ordem metabólica, as demandas aumentadas devem ser contempladas pela utilização dos estoques endógenos que, se não forem suficientes, predispõem o paciente à desnutrição. Supõe-se que uma oferta adequada e suficiente de aminoácidos pode reduzir o impacto das perdas, favorecendo o retorno ao anabolismo. Entretanto, não está ainda claro se a oferta excessiva e precoce de aminoácidos poderia afetar negativamente o curso do processo fisiológico de estresse, devendo ser definidos o tipo, a quantidade e o melhor momento para a suplementação. 4.1 BIBLIOGRAFIA https://www.researchgate.net/publication/272020545_Metabolismo_Proteico_-_ Uso_de_Aminoacidos_e_Proteinas_Especiais_Arginina_Glutamina_Aminoacidos_de_ Cadeia_Ramificada_Albumina Acesso: 11 de novembro de 2018 https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/32334459/Proteinas_lind o.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1541945849&Signature=rJZyYPhKA5G73Yqug82nZqAvD4o%3D&response- content-disposition=inline%3B%20filename%3DProteinas_lindo.pdf Acesso: 11 de no- vembro de 2018 Você precisar comprar esse documento para remover a marca d'água. Documentos de 10 páginas são gratuitos. 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