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Processo do Trabalho

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PROCESSO DO TRABALHO
2º Bimestre
28/04/2015
AUDIÊNCIA 
- Principal princípio: concentração dos atos em audiência – tudo o que puder acontecer na audiência tem que acontecer.
- A audiência é pública 
- Art. 813
- Quando fala-se em audiência tem que se pensar nos ritos, nas diferenças entre eles, sendo que uma das diferenças principais ocorre na própria audiência. 
Sumaríssimo: 2 test. audiência única – TUDO em uma única audiência
Sumário: 3 testemunhas 
Ordinário: 3 testemunhas 
Obs.: nos 3 ritos é audiência UNA, mesmo sendo divida em pedaços
	
CONCILIAÇÃO 
- Inicio da audiência: quando a parte contraria recebe uma citação por meio de AR, sabe o dia, a hora, local e o tipo da audiência, podendo ser inaugural que é a mesma coisa que audiência de conciliação ou única.
- Prazo para contestação: não tem (civil – 15 dias a contar da juntada do AR), embora a audiência de conciliação seja só inaugura é nela que entrega-se a contestação 
- Normalmente é realizada no período da tarde, mas pode ser das 8 às 18 
- Primeira coisa a ser feita é ver no mural se a audiência consta na pauta, verifica-se quem é o juiz
- Ao entrar na sala, normalmente as partes sentam mais próximas do juiz, sendo que o empregado fica do lado direito e o empregador do lado esquerdo 
- A primeira coisa a ser realizada pelo juiz é a tentativa de conciliação, nesse momento o juiz realmente esta neutro, pois ainda não recebeu a defesa
- Não tem acordo, o reclamado entrega a defesa.
- A CLT prevê que a defesa seja feita na audiência, por isso se uma secretaria determina, na notificação, que a defesa deve ser feita 5 dias antes na audiência, esta errado. Normalmente na notificação determina-se que a defesa seja entregue digitalmente no dia da audiência, sendo que algumas varas falam de 5 dias depois. Pode ser feita oralmente também – 20 minutos 
- Se o juiz não comparecer em 15 minutos, da primeira audiência do dia, as partes podem se ausentar – não vale para atraso na pauto, é atraso do juiz para audiência. Ex.: a primeira audiência do dia é as 8, se 8:15 o juiz ainda não tiver chego as partes podem se ausentar.
- Se não tem conciliação, o juiz intima as partes para a audiência de instrução e julgamento, dando a parte 5 dias para impugnação a defesa.
- Se tem conciliação, o juiz faz o acordo na audiência.
INSTRUÇÃO 
- Recomeça.
- Reclamante faltou na conciliação – arquivamento do processo
- Reclamado/ preposto faltar – revelia, porque? O efeito é a confissão ficta, a revelia é não responder, se vai para audiência e entrega a defesa tudo certo, se o reclamado não comparece, deixa de apresentar defesa.
- Se o juiz perceber que tem a possibilidade de conciliação, ele pode tentar
- É preciso cuidar com o que o juiz escreve e deverá ser impugnado na hora certa: Excelência, por questão de ordem...”
-Se não tiver acordo: o reclamado sairá da sala de audiência, ficando apenas o seu advogado, e o juiz começará a colher o depoimento do reclamante. 
- Valera o que o autor disser na hora de seu depoimento, não importando se for diferente da inicial, pois o objetivo do juiz é buscar a confissão do empregado.
- Após, o juiz passara a palavra para o advogado do reclamado, o qual fara perguntas para o reclamante por meio do juiz, podendo deferir ou não a pergunta. Se determina pergunta for indeferida pelo juiz, o advogado poderá protestar por questão de ordem e fazer constar na ata de audiência sua pergunta se realmente achar importante e imprescindível. 
- Não tendo mais perguntas, a palavra será passada paro o advogado do reclamante, que normalmente não faz muita pergunta, pedindo apenas alguns esclarecimentos ou detalhes de partes do depoimento do reclamante. 
- Na sequencia, o preposto voltara para a sala de audiência para ser colhido seu depoimento da mesma forma que foi feita com o reclamante.
- A parte não poderá ser presa por mentir, pois cada parte tem a própria verdade sobre os fatos. O que pode haver é agir de má-fé.
- O advogado do reclamante poderá solicitar que o preposto comprove nos autos ser empregado da empresa.
- Depois, o juiz perguntara se as partes possuem testemunhas (lembrar que as testemunhas não são arroladas nem citadas, mas sim convidadas).
- A testemunha não pode mentir, sob pena de ser processada por crime de falso testemunho. Testemunha presta compromisso com a verdade, diferente do que ocorre com as partes.
- A testemunha poderá ser contraditada pela parte contraria, quando houver interesse na causa. Ex.: amiga da parte, será considerada suspeita e ouvida apenas como mera informante, mas cabe ao juiz dar ou não a suspeição. Se o juiz não der a suspeição, a parte contraria poderá protestar em audiência para fazer consta na ata pode poder recorrer depois.
** Se a testemunha já tiver litigado contra o mesmo empregador isso não a tornara suspeita: súmula 357, TST.
- Agora se a testemunha já foi parte em processo em que a atual parte já foi sua testemunha naquele processo: presunção de troca de favor. Isso poderá ser protestado, devendo o juiz apenas ouvi-la como informante.
- A testemunha ouvida não poderá sair da sala, para não ter contado com as testemunhas que ainda serão ouvidas.
- Acabando as testemunhas ou o juiz achar que são apenas protelatórias, o juiz ouvira as testemunhas da outra parte.
- Depois perguntara se tem mais provas a serem produzidas. Ex.: pericia.
- Se na o tiver mais nada, fechando a parte instrutória, seguirá com as razoes finais na hora da audiência e oralmente (remissivas) ou então por memoriais entregues por escrito em 5 dias. 
- Adendo: se a parte ficar com medo que sua testemunha convidada não compareça na audiência, poderá pedir para intimar já na audiência de conciliação. No rito sumaríssimo, que a audiência e única, a intimação somente poderá ocorrer se a parte comprovar o convite e porque ela não compareceu.
Vimos, então, como funcionam as audiências no processo trabalhista.
Na audiência de conciliação no rito ordinário, quando não tem acordo, as partes sairão intimadas da audiência de instrução.
Na instrução, as partes serão ouvidas, interrogatórios de réu e autor, podendo os advogados realizarem perguntas, por meio da figura do juiz. O principal objetivo do depoimento pessoal: conseguir a confissão das partes. Enquanto uma das partes é ouvida pelo juiz, na presença dos advogados, a outra parte deverá ficar fora da sala de audiência.
Encerrados os depoimentos, será realizada a oitiva das testemunhas. Serão ouvidas 3 testemunhas por parte, no rito ordinário e sumário e 3 testemunhas por parte no rito sumaríssimo.
Lembrando que as testemunhas não são intimadas, e sim convidadas. Contudo, caso a parte sinta medo do não comparecimento da testemunha, poderá, então, na audiência de conciliação, do rito ordinário e sumário, solicitar que a testemunha seja intimada pela secretaria. Se não fizer isso, e na audiência de instrução a testemunha não comparecer, não tem como fazer mais nada.
No rito sumaríssimo, quando a parte quiser intimar alguma testemunha, na própria audiência única, avisará ao juiz da necessidade de intimação da testemunha, sendo que, então, a audiência será bipartida, marcando-se outra audiência de instrução. Contudo, há necessidade de demonstração do convite (e.mails, A.R., carta) na audiência única de conciliação.
Depois das testemunhas, vem o perito. Caso a perícia não tenha sido realizada ainda, será marcada outra audiência.
Na sequência, razões finais.
04/05/2015
INTERVENÇÃO DE TERCEIROS
Sempre que um terceiro, pessoa que não seja parte no processo originalmente, venha ao processo por interesse próprio ou por interesse de uma das partes para atar conjuntamente. Esse interesse precisa ser jurídico na demanda, ou seja, quando o terceiro possui uma relação de direito material ou com o objeto da demanda ou com uma das partes.
A intervenção de terceiro, justiça do trabalho, só pode ocorrer quando a relação jurídica envolvendo os 3 seja de competência material da justiça do trabalho.
	1)Assistência – art. 50 a 55: poderáse habilitar em qualquer momento do processo, mas, pelo princípio da celeridade processual, ingressará no processo no estado em que se encontra, nada será feito novamente.
Existem dois tipos de assistência:
	-Simples/adesiva: o terceiro tem interesse na causa no sentido de que uma das partes ganhe. Não se trata de um interesse próprio, mas sim interesse que uma das partes ganhe. Ex.: jovem de 16 anos que processa a emprega em que trabalha – os genitores (terceiros) ingressarão para assistir a o filho.
	-Litisconsorcial: o interesse é no objeto da ação, terá legitimidade de parte.
Diferenças entre essas duas formas de assistência: 
Simples: já tem uma relação com a parte envolvida no processo, ou seja, a relação do assistente é com o assistido; o direito discutido na demanda é um direito exclusivo do assistido que é o único titular do direito; aplica-se o art. 53 do CPC – o fato de existir um assiste não limita a atuação do assistido; o assistente não pode assumir uma postura processual divergente daquela assumida pelo assistido, pois o assistente está só para dar um apoio; quando o processo se extingui por vontade do assistido, a assistência também se extinguirá.
Litisconsorcial: relação com a parte contrária ao assistido; o direito discutido na demanda pertence tanto ao assistido quanto ao assistente; não se aplica o art. 53 do CPC – o assistente poderá continuar no processo independentemente se o assistido permanecer ou não. Ex.: se o autor principal da ação fizer um acordo, com relação a ele a relação irá se extinguir, mas para o assistente a ação continuará em trâmite; o assistente se torna uma parte processual com legitimidade, tendo liberdade de escolher a forma de agir, podendo divergir do assistido; se o assistido sair e a demanda extinguir em relação a ele, a demanda seguirá em relação ao assistente, podendo defender o seu próprio interesse a demanda.
	2)Oposição – art. 56: existe uma ação entre autor e réu e o opoente poderá figurar na demanda. Ex.: Sindicato A ajuíza ação em face do Sindicato B disputando representatividade em relação a determinada categoria. Contudo existe um Sindicato C que entende que ele é que legítimo para representar a categoria em discussão na ação entre A e B. A oposição é facultativa e espontânea, sendo que não é obrigado a ingressar como terceiro e se ingressar será por conta própria. O opoente entende que o objeto da demanda é de seu interesse.
	3)Nomeação à autoria – art. 62 a 69, CPC: aquele que detiver coisa alheia deverá nomear a autoria do verdadeiro dono. Ex.: esposa que comanda a empresa do marido e contra ela é ajuizada uma ação trabalhista. A esposa poderá nomear à autoria, chamando o verdadeiro proprietário legalmente que é o marido. Na própria defesa deverá ser feita a nomeação à autoria. Quando a nomeação é feita à uma pessoa que não é legítima o réu arcará com esse prejuízo. Há a substituição pelo nomeado. É o chamado “dedo duro” – substituição do polo passivo. 
	4)Denunciação à lide – art. 70 a 76, CPC: é obrigatória:
I – ao alienante: NÃO SE APLICA ESSE INCISO NA JUSTIÇA DO TRABALHO
II – Proprietário: TAMBÉM NÃO VALE NO PROCESSO DO TRABALHO
III – Ação Regressiva: única forma aceita no processo do trabalho, mas com muita cautela. Nos casos de seguradora não se aplica também. O mérito da ação regressiva tem que ser de competência da justiça do trabalho, mas é muito difícil encontrar um caso que se encaixe.
Ex.: empregado sofreu acidente do trabalho e ajuizou ação em face da empresa pedindo danos morais. Mas a empresa tem um seguro. A empresa poderá denunciar à lide a seguradora, vindo esta ao processo. Só que a relação entre empregador e seguradora não é de competência da justiça do trabalho, então, não se aplica nesse caso a denunciação a lide. Essa forma é facultativa, e não obrigatória.
	5)Chamamento ao processo – art. 77 a 80, CPC: tem mais pessoas envolvidas que deverão ser chamadas ao processo como rés. 
I – Fiador: NÃO SE APLICA ESSE INCISO NA JUSTIÇA DO TRABALHO
II – Fiadores: TAMBÉM NÃO VALE NO PROCESSO DO TRABALHO
III – Devedores Solidários: terceirização ilícita e grupo econômico.
05/05/2015
PRINCIPIOS PROBATÓRIOS
a)Contraditório e Ampla Defesa
Sempre a outra parte tem direito ao contraditório e ampla defesa.
b)Princípio da Necessidade da Prova
Fatos notórios, confessados não se provam. Não é tudo que precisa ser provado. 
c)Princípio da Unidade da Prova
A prova nunca é isolada. As provas deverão ser analisadas em conjunto, e não de forma isolada. O juiz formará seu convencimento por meio do conjunto probatório. Se o juiz decretar a confissão pelo réu ter sido revel, não necessariamente a aplicará de forma automática e nem tudo que o autor alegou na inicial será aceito pelo juiz, haja vista sua livre convicção.
d)Princípio da Proibição da Obtida Ilicitamente
São inadmissíveis provas ilícitas, contudo, esse conceito de ilícito vem sendo mitigado, nos casos mais graves. Ex.: empregado grava escondido ligação para comprovar o assédio sexual.
e)Princípio do Livre Convencimento ou Persuasão Racional
O juiz tem livre convicção e convencimento.
f)Princípio da Oralidade
As provas devem ser realizadas, preferencialmente, na audiência de instrução e julgamento, isto é, oralmente e na presença do juiz.
g)Princípio da Aquisição
As provas pertencem aos autos e não às partes que a produziram.
h)Princípio pro misero
Consiste na possibilidade de o juiz, em casi de dúvida razoável, interpretar a prova em benefício do empregado, geralmente autor da ação trabalhista.
**i)Princípio da aptidão para a prova:
-Ônus da Prova – art. 333 do CPC e 818 da CLT: quem alega é que prova e aoutra parte terá o direito de apresentar fato modificativo ou extintivo. Essa é a regra geral.
Mas não é só isso.
Provará quem tiver aptidão para provar.
-Inversão do ônus da prova – princípio da aptidão para a prova.
Exemplos: cartão ponto; doença profissional (NTEP)
Nos casos de cartão ponto, se o autor alegar que houve hora-extra, deveria provar, mas o réu, o empregador, é quem tem o controle sobre o cartão ponto, havendo, portanto, inversão do ônus da prova, pois o réu deverá juntar na sua deverão os cartões ponto, sob pena de confissão. Contudo, se o autor perceber que os cartões juntados como provas são fraudulentos, o ônus da prova voltará para ele.
Nas empresas em que não há cartões ponto (empresa com menos 10 empregados), o ônus a prova será do empregado autor, pois não tem prova com o empregador.
RESPOSTAS DO RÉU
O direito de resposta do réu está fundamentado na Constituição Federal, consubstanciando-se nos princípios do devido processo legal (art. 5º, LIV), da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º , XXXV), do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV).
De acordo com o art. 297 do CPC, existem três respostas que podem ser oferecidas pelo réu à petição inicial: exceção, reconvenção e contestação.
Isso significa que “resposta” do réu é um gênero, que suporta três espécies: exceção, reconvenção e contestação.
A CLT fala expressamente em “defesa” (referindo-se à contestação) e em duas modalidades de exceção (a de foro e a de suspeição). NÃO HÁ MENÇÃO EXPRESSA à RECONVENÇÃO.
O art. 297 do CPC pode ser aplicado ao processo do trabalho, desde que observadas algumas de suas peculiaridades. Assim, tendo em vista o princípio da concentração dos atos processuais, o réu poderá, na própria audiência para a qual for notificado, oferecer a exceção, contestação e/ou reconvenção.
CLT, art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Em razão da grande complexidade dos conflitos e no elevado número de audiências realizadas diariamente pela justiça do Trabalho, a defesa (seja contestação, exceção ou reconvenção) é oferecida por escrito, e não oralmente como prevê a CLT.
(...)
Súmulas TST:
-357: poderá ser testemunha mesmo já tendo litigado contra a mesma empresa/empregador, não sendo suspeita.
-09: se as partesfaltarem na audiência de conciliação: autor arquivamento; réu revelia. MAS, se não comparecerem na audiência de INSTRUÇÃO: autor revelia; réu revelia.
Isso porque, na audiência de conciliação, o autor não faz nada, apenas fala se tem ou não acordo, já o réu apresenta deve. Diferente do que ocorre na instrução porque deveria haver produção de provas, depoimentos etc.
-74: 
I - aplicação da confissão: aquela que sabe que vai depor e não comparece aplica-se a confissão.
II – provas pré-constituídas poderão ser utilizadas para evitar a confissão ficta
III – se a parte alega alguma coisa, o juiz não é obrigado a ficar adstrito no alegado na inicial no caso de confissão.
**-122: se a reclamada não puder comparecer à audiência, poderá apresentar atestado médico de IMPOSSIBIILIDADE DE LOCOMOÇÃO (outra doença que não impossibilite a locomoção não valerá), do contrário será decretada a revelia, ainda que comparece o advogado com procuração. Ex.: se estiver com conjuntivite não interessa, tem que ir para não ser decretada a revelia. Se realmente não pudesse ir, que mandasse um preposto.
-197: prazo para recurso da parte. Sabendo do prazo da sentença em audiência, o prazo irá correr da sua publicação, sem intimação.
OJ:
-245: não há previsão legal para atraso. Se atrasou e foi decretada a revelia, não tem o que fazer.
11/05/2015
RESPOSTAS DO RÉU
-CF, art. 5º, XXXV, LIV, LV
-CPC, art. 297
Além da contestação, o réu poderá fazer exceção (questões relativas à (in)competência) e reconvenção.
A contestação poderá vir sozinha ou acompanhada de uma exceção ou reconvenção. Nada impede que o réu apresente apenas exceção ou reconvenção. Mas cuidado, se não apresentar contestação também as alegações da inicial serão consideradas verdadeiras. O ideal é que as respostas de defesas sejam realizadas ao mesmo tempo Ex.: contestação + reconvenção (quando for o caso).
CLT – chama contestação de DEFESA, e não contestação.
CLT – não fala de reconvenção; lacuna na CLT, podendo ser invocado o Código de Processo Civil. Tudo que consta no CPC, que seja compatível com o processo de trabalho, poderá ser aplicado.
Exceções: nos casos de suspeição e foro. As exceções são para competências relativas.
Contestação: refutar o que consta na petição inicial; impugnação especificada dos fatos alegados, pois os fatos não impugnados se tornaram verdadeiros.
	-Impugnação especificada: fatos alegados, as provas apresentadas, fundamentos apresentados, pedidos.
CPC, art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
	-Concentração da defesa: a contestação é a oportunidade processual que o réu tem para apresentar sua defesa. É agra ou não nunca; É preciso concentrar na contestação de todos os fatos que são possíveis de serem trazidos, todas as teses de defesa; posteriormente somente será possível apresentar algo que for novo ao processo.
	-Princípio da eventualidade: mesmo que tenha certeza que uma tese de defesa será aceita, deve-se impugnar tudo até o final, pois vai que...
-Contestação por negativa geral: admitida somente quando diante de um processo dativo em que não se conhece o réu. Isso não é cabível no processo do trabalho.
-Estrutura da Contestação:
	-Endereçamento.
	-Qualificação do réu
	-Preliminares de Mérito: nem sempre existem. O que são? Discussões que não interessam ao mérito, mas sim ao processo, e que se forem acolhidas, o juiz extinguirá o processo sem julgamento de mérito.
	-Prejudiciais de mérito: o processo será extinto com julgamento de mérito, formando-se coisa julgada, impedindo que o autor ajuíze nova ação pedindo a mesma coisa.
 	-Requerimentos finais.
-Preliminares de Mérito
	-Preliminar de Incompetência Absoluta (incompetência material): não irá se valer de uma exceção para se defender, mas sim de uma preliminar de mérito dentro da própria contestação. Se o juiz reconhecer a preliminar de mérito, irá extinguir o processo sem resolução do mérito no que tange a incompetência absoluta.
	-Petição Inicial: a petição inicial inepta é aquela em que não há uma delimitação adequada do pedido.
	-Inexistência ou nulidade da citação
	-Litispendência e coisa julgada
	-Conexão e continência: pedir para que o processo seja apensado a outro processo que já existe.
	-Carência da ação
-Prejudiciais de Mérito
	-Prescrição bienal – 2 anos – conta pra frente. Ex.: dois anos para ajuizar a ação depois que termina o contrato.
	-Prescrição quinquenal – 5 anos – conta pra trás. Ex.: do ajuizamento da ação, o empregado apenas poderá cobrar o que aconteceu 5 anos atrás, mais que isso já prescreveu. Os 5 anos são retroativos.
Pode ser que ocorra apenas uma das prescrição ou, então, as duas ao mesmo tempo.
-MÉRITO
-Compensação: quando as duas partes no processo reúnem as condições de credor e devedor. Então, os valores que o réu é credor em face do autor poderá ser compensado se o autor também for credor do réu.
-Dedução: deduzir do valor aquilo que já foi pago. Ex.: se na hipótese for reconhecida a hora-exta, deve-se observar aquilo que já foi pago para não pagar de novo. 
-Retenção: uma parte é obrigada a pagar alguma coisa a outra parte por meio de terceiro. Ex.: retenção da contribuição para INSS e Imposto de Renda.
No final da contestação, juntar esses três itens em um único item.
12/05/2015
Continuando Respostas do Réu
EXCEÇÃO – Art. 799, CLT
A exceção, como respostado réu, suspende o processo.
Há dois tipos de exceções:
	-De Incompetência
	-De Suspeição/Impedimento
Exceção de Incompetência: incompetência em razão do lugar, por isso, é relativa. É uma peça autônoma entregue na audiência, devendo indicar qual o foro competente, indicando provas que comprove a alegação.
Art. 800, CLT: O juiz, recebendo a exceção, suspenderá a audiência, dando o prazo de 24 hrs para a parte contrária se manifestar quanto a exceção, devendo o juiz julgar a exceção na próxima audiência.
O excipiente é sempre o réu que argui a exceção.
No rito sumaríssimo o juiz deverá julgar todos os incidentes na própria audiência.
Apresentada a exceção, o juiz poderá:
-Acolher a exceção, julgando-a e, posteriormente, remetendo os autos ao foro competente; Essa decisão põe fim ao processo, cabendo recurso ordinário (Súmula 214, c).
-Não reconhecer a exceção. Se o juiz não acolher a exceção, as partes não poderão fazer nada. Não há nenhum recurso cabível imediatamente. Mas, na sentença, se a parte for recorrer do mérito, também poderá arguir no recurso a incompetência de foro.
O advogado poderá apresentar, junto com a exceção, a contestação, para não correr o risco de ser aplica a revelia. Mas a doutrina fala que isso está errado, pois o juiz somente poderá receber a contestação se for competente. Por isso, caso a exceção seja rejeitada, deverá protocolar a contestação logo na sequência. 
Exceção de Suspeição ou Impedimento:
	-Suspeição (CPC, CLT): amizade com a parte; inimizade, parentesco, interesse particular na causa. Art. 801, CLT (inteiro)
Deverá ser feita a exceção de suspeição alegando que o juiz é suspeito, apresentado demonstrações desse prejuízo.
	-Impedimento (CPC): juiz não poderá ser credor ou devedor de uma das partes ou cônjuge; O advogado da parte não pode ser cônjuge do juiz ou parente até o segundo grau.
 Art. 769, CLT + Art. 134, CPC
Procedimento:
-Art. 802, CLT: o juiz deverá designar a audiência e julgar a exceção em 48 hrs e, aceitando a exceção, remeterá os autos ao foro competente.
-Provimento Geral da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho: quando o juiz não se julga suspeito ou impedido, deverá aplicar o art. 313 do CPC, ou seja, irá se defender remetendo os autos ao Tribunal. Se o Tribunal também achar que o juiz não é suspeito, não tendo fundamento a exceção, irá arquivar a exceção. Agora, se for reconhecida, pelo Tribunal, a exceção, determinará o afastamento do juiz e remeterá os autos ao juízo competente.
-Art. 801, parágrafoúnico: se a parte não arguiu a suspeição ou impedimento no momento certo, não poderá arguir em outro momento.
RECONVENÇÃO
Art. 315 – 318, CPC
Ação autônoma, independente e entregue concomitante com a contestação. Na reconvenção, o autor vira réu e o réu vira autor.
Réu = autor na reconvenção = reconvinte
Autor = réu na reconvenção = reconvindo
Quando que o parte poderá reconvir?
Ex.: empregado propõe ação pedindo hora-extra, insalubridade etc.
A empresa, na reconvenção, poderá pedir multas de trânsito com relação ao trabalho, além de se defender na contestação.
Mesmos requisitos da petição inicial.
Tem que estar relacionado com a mesma causa de pedir e objeto – conexão.
 Geralmente, o prazo é o mesmo da contestação de 5 dias. A reconvenção é autônoma e separada da contestação, mas deverão ser protocoladas ao mesmo tempo.
Se o autor desistir da ação principal, problema dele, a reconvenção é independente e prosseguirá.
A contestação e a reconvenção serão analisadas no mesmo momento, havendo apenas uma sentença que tratará das duas peças.
RECURSOS – Art. 893 e ss, CLT
Espécies: Embargos, Recurso Ordinário, Recurso de Revista e Agravo.
O que é comum a todos os recursos são os pressupostos de admissibilidade, quais sejam:
-Há dois juízos de admissibilidade – juízo a quo e juízo ad quem:
Pressupostos Subjetivos e Intrínsecos: em relação ao sujeito do recorrente:
	-Capacidade
	-Interesse processual
	-Legitimidade para propositura do recurso
Pressupostos Objetivos e Extrínsecos: em relação ao processo
	-Cabimento do recurso
	-Adequação: para cada tipo de decisão tem um recurso certo
	-Tempestivo: estar dentro do prazo
	-Preparo: tanto custas quanto depósito recursal
	-Regularidade de representação: a parte deve estar regularmente representada no processo.
18/05/2015 – faltei
RECURSO ORDINÁRIO
- Equivale a apelação no processo civil
- Possui natureza ordinária, ou seja, pode-se discutir qualquer assunto, seja fato ou de direito, é uma forma mais simples.
Requisitos de admissibilidade
·       Recorribilidade do ato: o ato do qual se recorre precisa ser passível de recurso, amara-se as hipóteses de cabimento do recurso.
·       Adequação: é o pressuposto mais simples, é preciso demonstrar que o recurso que esta utilizando é aquele adequado na situação
·       Tempestividade: o recurso precisa ser interposto no prazo de 8 dias
·       Regularidade de representação: no processo de trabalho as partes podem se representar (não precisa de advogado), porém se as partes tiverem advogado é preciso de procuração. 
- Mandato tácito: não tem procuração, mas na audiência o advogado compareceu, nesse caso houve o mandato tácito, nesse recurso é admitido.
Obs.: não se admite mandato tácito em recurso extraordinário. 
·       Preparo (importante*): se refere ao pagamento das guias que sejam necessárias para recorrer, a ideia é que se precisa recolher tais valores para recorrer, não interessa quais sejam.
CUSTAS PROCESSUIAS: o valor é de 2% pagos pelo vencido, sendo essa porcentagem sobre:
- o valor provisório da condenação (caso mais comum); 
- sobre o valor do acordo; 
- ou, se todos os pedidos forem julgados improcedentes, o autor paga sobre o valor da causa.
Ex.1: a sentença de 1 grau condenou João em 10 mil reais, ele quer recorrer, por isso precisa pagar custas de 200 reais. O Tribunal da provimento no recurso, entendendo que João estava certo e que os pedidos eram totalmente improcedente. Se o autor for recorrer o raciocínio das custas é o mesmo, ele precisa pagar custas e a parte contraria, nesse caso João, que pagou e não deveria ter pago receberá os 200 reais de volta
- Dispensa do pagamento das custas: justiça gratuita, massa falida; pessoa jurídica de direito público; ministério do trabalho
Obs.: sempre que houver uma condenação, não importa o valor, considera-se vencida a parte ré, o autor só é vencido quando todos os pedidos forem julgados improcedentes.  
Ex.2: autor fez 4 pedidos e atribuiu o valor de mil reais cada um, ganhou 2 e perdeu 2, nesse caso o réu é o vencido por isso paga custas. Por outro lado se o autor quiser recorrer não precisa pagar custas na medida em que ele não é o vencido. 
3 situações (para entender)
            - Em 1 grau foi condenado em mil, para recorrer precisa pagar 2% = 20 reais. Em 2 grau foi condenado a pagar 5 mil, tem que pagar 2% = 100, como já foi pago 20 só precisa pagar 80 reais.
            - Em 1 grau foi condenado em mil, para recorrer precisa pagar 2% = 20 reais. Em 2 grau foi condenado em 500 reais (custas 2% = 10 reais), como já foi pago 20 não precisa pagar novamente, e se no final entender que o réu tinha razão, ele pode receber o valor que tinha pago.
            - Em 1 grau foi condenado em mil, para recorrer precisa pagar 2% = 20 reais. Em 2 grau Tribunal decide que o réu tinha razão, nesse caso o autor terá que pagar as custas e o réu poderá receber o que tinha pago.
o   DEPÓSITO RECURSAL (não existe se não houver custas): possui garantia do juízo, ou seja, esse pagamento não vai para a justiça do trabalho, esse dinheiro fica no processo para facilitar a parte da execução. Quem paga é o vencido em pecúnia.
Ex.: réu foi condenado a assinar a carteira de trabalho, não foi condenado a pagar nada, por isso não precisa fazer deposito recursal
- Valor do DR: é o valor da condenação ate o limite do teto estabelecido pela justiça do trabalho (RO = 7.485,83/ RR = 14.971,65)
Ex.: 1 grau condenação de 10 mil (custas = 200, DR = 7.500), em 2 grau é condenado a 30 mil (custas = 400, DR = 15.000)
- Deve sempre olhar certo qual o recurso para ver o teto
Cabimento
- Art. 895, CLT
       I.         Sentenças proferidas nas varas de trabalho
      II.         Decisões proferidas pelo TRT (sendo esta a primeira decisão), o recurso será interposto para o TST  
Obs.: nem sempre o RO será dirigido para o TRT, como é o caso previsto nesse inciso
Efeitos (prova)
- Em regra não possuem efeito suspensivo
- Efeito devolutivo pleno ou em profundidade (só nesse recurso): súmula 393/ TST*
- Art. 515: quer dizer que se você recorreu de um tópico o Tribunal pode ir na inicial/ contestação (origem) e utilizar fatos que não estão na sentença, mas que se encontram na inicial para decidir. Se o juiz não apreciou um pedido o tribunal não pode julgar, exceto quando o juiz for omisso, desde que o pedido esteja pronto para julgar, ou seja, as provas já devem ter sido realizadas.
Composição
- Para interpor o recurso é preciso que haja: 
·       Petição de interposição: o endereçamento é feio para o juízo a quo; é preciso explicar cada um dos requisitos de admissibilidade.
·       Razões recursais: o endereçamento é feito ao juízo ad quem; deve conter o numero dos autos, recorrente, recorrido e de onde esta vindo; razões recursais.
Obs.: embora seja dividida nesses dois nomes é uma coisa só, uma única petição 
REMESSA NECESSÁRIA
- Faz com que mesmo que não haja um recurso formal o processo seja analisado por um segundo grau de jurisdição
Ex.: sentença na VT, o autor recorre por meio de um RO e o réu que é administração não recorre, é possível que o TRT de uma decisão favorável a administração pois mesmo não tendo recorrido é como se tivesse recorrido.
19/05/2015
**Efeito Transladativo (efeito devolutivo com profundidade): Súmula 393, TST/Art. 515 §1º, CPC: quando a matéria é devolvida para o Tribunal, este poderá ir até a inicial e a contestação e dar a decisão com base nessas peças. Transfere a matéria para o Tribunal, podendo julgar um pouco além dos limites fixados. Analisar fatos e fundamentos que não estão na sentença, mas que foram apresentados na inicial e na contestação. Se o juiz não apreciou um pedido (foi omisso) da inicial (ex.: esqueceu de julgar hora-extra, por exemplo), o Tribunal não poderá o analisar esse pedido, a não ser esse pedido seja caso do art. 515, §3º, CPC.
Continuação – Recurso Ordinário
Quando o juiz recebe o RO, fará o juízo de admissibilidade e abrirá prazo para parte contrária apresentaras contrarrazões. 
Na resposta ao recurso (contrarrazões), poderá também ter recurso adesivo, ou seja, eu não ia recorrer, mas já que a outra parte recorreu, também irei recorrer (Súmula 283, TST).
RECURSO DE REVISTA – art. 896, CLT
Recurso eminentemente trabalhista, com prazo de 8 dias para interposição e 8 dias para contrarrazões.
Também caberá recurso adesivo.
Efeito: meramente devolutivo, não suspendendo, portanto, a execução.
O RO não tem hipótese restritiva de matéria a ser recorrida, podendo ser recorrido de toda a sentença, além das questões de fato e de direito. Já o recurso de revista, as hipóteses de cabimento são mais restritas. 
O RO tem uma eficácia constitucional, sendo direito da parte o duplo grau de jurisdição. O recurso de revista é protocolado, não para o Tribunal Regional, mas sim para o TST, por isso a restrição de matéria. O objetivo do TST é uniformizar a jurisprudência.
Hipóteses de cabimento do recurso de revista (art. 896, CLT): ler alíneas
Recurso técnico que vai para o TST; **Tem que ter advogado;
Interpretação diversa de outro Tribunal Regional com relação à lei federal: comparar cm acórdão paradigma (acórdão julgado por outro Tribunal Regional que interpretou de outra forma a lei federal). Caberá recurso de revista ao TST, portanto. Igualmente com relação às interpretações de súmulas ou OJ’s do TST. É por isso que as súmulas, na justiça do trabalho, têm caráter jurisdicional muito forte. 
Derem ao mesmo dispositivo estatual, acordo coletivo, sentença normativa ou regulamento de empresa interpretação diversa no mesmo Estado: isso acontece mais em SP que tem dois TRT’s.
Proferir decisão com violação literal a lei federal ou julgar contra a Constituição Federal: a violação é direta e literal, e não interpretação. Deve ser demonstrado o artigo violado para cabimento do recurso. 
Procedimento:
Não cabe ius postulandi: o recurso necessariamente precisará ser interposto por advogado, e não pela parte sozinha.
**Depósito Recursal: realizado para garantir o juízo. Só não precisará pagar se o valor foi pago integralmente no RO. Tirar dúvida com relação aos dois tetos. 
O recurso de revista é interposto no juiz o quo (Tribunal), o qual fará a remessa dos autos ao TST (juízo ad quem). No TST será sorteada uma das turmas para julgamento do recurso. O relator sorteado é quem dirá se o recurso é cabível ou não (conhecido ou não).
Efeito: apenas devolutivo
Requisitos: além da apontar a súmula, OJ’s ou artigo violado, deverá ter pré-questionamento, ou seja, a matéria terá que ser discutida em instância inferior (juiz ou tribunal inferior). Tese explícita a respeito do objeto do RR. Embargos de Declaração para suprir o pré-questionamento quando o tribunal inferior não tiver se manifestado quanto ao objeto do RR.
**Outra Limitação do RR: em fase de execução, só caberá recurso de revista se for ofendida a Constituição.
§3º, Art. 869: matéria alterada EM 2014: foi criada uma situação que não existia antes. O TST não quer recursos repetitivos. Então, os TRT’s também devem uniformizar suas decisões entre as turmas. Uniformização de jurisprudência.
§4º, Art. 869: decisão conflitante no mesmo tribunal entre as turmas, as partes podem fazer recurso de revista pedindo ao TST que o TRT unifique a jurisprudência e julgue novamente o recurso da parte. Se na uniformização ainda assim a decisão não ficar boa para a parte, caberá novo recurso ao TST para que este decida.
Art. 896-B e 896-C: o relator do TST poderá sobrestar o recurso, sob o fundamento de multiplicidade de recursos e pedir o sobrestamento também na origem todos os recursos repetitivos. Após a decisão do TST, alguns recursos na origem poderão morrer se forem contrários à decisão no TST.
25/05/2015 – atividade em sala
1)
Sentença: R$ 15.000,00
Acórdão TRT: R$ 20.000,00
Acréscimo de mais 5.000,00
Recurso: VT TRT (RO): réu é o vencido, logo, precisará pagar custas processuais. 2% do valor da condenação = 2% de 15.000,00 = 300,00. Para as custas sempre se analisar vencido e vencedor
Precisa pagar depósito recursal (que tem natureza do juízo/garantir a execução): analisar se a parte que está correndo foi condenado em pecúnia, ou seja, obrigada a pagar alguma coisa. No exemplo precisará pagar depósito recursal porque foi condenado a 15.000,00. O valor será de 7.500,00
TRT TST (RR)
Precisa pagar custas? Como pagou custas apenas sobre os 15.000,00. Terá que pagar a diferença porque a condenação aumentou para 20.000,00. Ou seja, pagará mais 100,00.
Depósito recursal: como já depositou 7.500,00 (no RO), não pagará os 15.000,00 do teto, mas sim 12.500,00 para o RR.
2)
Sentença: R$ 10.000,00
As partes recorreram
Acórdão TRT: declarou a improcedência de tudo o que foi pedido.
Réu: 
3)
Sentença: 20.000,00
Acórdão TRT: 20.000,00
TETOS:
RO R$7.500,00 – valor simbólico
(R$ 7.485,83) – valor certo
RR R$ 15.000,00 – valor simbólico
(R$ 14.971,65) – valor certo
26/05/2015
Continuação do RECURSO DE REVISTA
Requisitos Especiais:
Prequestionamento da matéria, que poderá ser feito na sentença, no acórdão. Pré-questionar é fazer que o juiz ou Tribunal se manifeste de forma explícita sobre determinado assunto. Se não for feito o prequestionamento, poderá a parte embargar de declaração a fim de prequestionar determinada matéria, lei, súmula, artigo etc.
Transcendência: art. 896-A, CLT: ou seja, haja repercussão de natureza política, econômica ou social. Esse requisito ainda não é absoluto, ou seja, se a parte não colocar esse requisito, não tem problema, pois ainda não é exigível.
Art. 896, §1º-A: ônus da parte:
I-mostrar o trecho onde está pré-questionada a matéria;
II-indicar de forma explícita e fundamentada onde afronta determinada OJ ou súmula;
III-demonstrar juridicamente porque a decisão afronta OJ ou súmula ou lei.
Na execução, a parte poderá agravar ou ainda recorrer de revista da execução. Para limitar isso, tem-se o parágrafo 2º: em execução só se afrontar Constituição.
**Parágrafo 9º: hipóteses para RR no rito sumaríssimo:
-Contrariedade à súmula do TST; 
-Contrariedade à Constituição;
-Contrariedade à Súmula Vinculante do STF;
Súmula 442, TST - LER
Art. 896, a partir do parágrafo 3º:
CLT cria nova hipótese de cabimento do recurso de revista, parágrafo 3º:
Os Tribunais, em cada regional, devem uniformizar a jurisprudência. Não é porque a matéria cai em determinada turma é que a decisão poderá ser tão divergente em relação a outra turma do mesmo TJ.
Cada Tribunal Regional deve produzir suas próprias OJ’s e súmulas a fim de uniformizar a jurisprudência.
Incidente de uniformização – CPC
Nova possibilidade de RR: determinado Tribunal Regional tem decisões dispares com relação à mesma matéria: a parte irá interpor o RR, mas antes de subir para o TST o Recurso, a parteira pedir que o Tribunal uniformize a decisão, aí só depois verá se será o caso de mandar o RR para o TST.
Se o Tribunal não uniformizar, aí sim o Recurso subirá para o TST.
Se uniformizar, o Tribunal criará súmula ou OJ’s.
Duas hipóteses: tese a favor do recorrente o recurso não poderá subir para o TST;
Tese de uniformização contra o recorrente o RR subirá para o TST.
Art. 896-C:
Possibilidade do TST julgar recursos sob rito repetitivo
01/06/2015
RECURSOS TRABALHISTAS
Estrutura:
Fase de conhecimento: VT (sentença) RO TRT (acórdão) RR TST trânsito em julgado
Fase de Execução: VT Agravo de Petição (AP) TRT RR TST
O Agravo de petição equivale ao RO.
De cada uma das decisões proferidas, tanto na fase de conhecimento quanto na fase de execução, é possível opor embargos de declaração (omissão, contradição ou obscuridade).
Agravo de Instrumento: o objetivo é destrancar recurso. Da sentença em primeiro grau caberá RO. Imagine que o RO foi interposto no prazo certo de 8 dias. O juiz faz a análise dos pressupostos de admissibilidade. Se tudo estiver certo, é intimada a parte para apresentar contrarrazões de pois encaminhar ao juízo ad quem para ser julgado. Mas por um erro do juiz, declarao RO intempestivo (despacho denegatório). Neste caso, a parte poderá interposto agravo de instrumento para destrancar o recurso. E assim poderá ser feito em qualquer uma das instâncias.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
-Apenas contra despacho denegatório do recurso
-CLT, art. 897, b
-Prazo: 8 dias
-Efeitos: meramente devolutivo, não tem efeito suspensivo. Ou seja, a decisão poderá ser executada, ainda que tenha sido interposto agravo.
-**Depósito Recursal: segue a mesma lógica dos outros recursos. Sempre deverá ser analisado o teto do recurso que pretende destrancar. O valor é 50% do teto.
-Hoje, como o processo é eletrônico, não há mais necessidade de formar o instrumento.
-Execução Provisória (quando tem agravo de instrumento): poderá seguir até a penhora.
-Contraminuta: resposta da outra parte ao Agravo de Instrumento
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
-CLT, art. 897-A
-Prazo: 5 dias
-Interrupção prazo recursal: a interposição dos EDs interrompe do prazo recursal
-Efeito Modificativo: em regra, EDs não possuem efeitos modificativos. Mas há casos em que há efeito modificativo e neste caso a outra parte é intimada para se manifestar.
-Resposta ao EDs: resposta da outra parte.
AGRAVO DE PETIÇÃO
-CLT, 897, b
É igual ao RO, mas está na fase de execução, e não da fase de conhecimento como o RO.
08/06/2015
LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA
Se dará no juízo de origem quando encerrada a fase de conhecimento.
Fase preparatória para a fase executória.
-Cálculo: Liquidação por cálculo se dará quando a decisão trouxer todos os elementos para efetuação do cálculo.
VT SENTENÇA RO TRT RR TST ACÓRDÃO
Trânsito em julgado.
Retorno à origem para juiz de 1º grau executar a sentença:
VT: o assistente de contabilidade da vara do juízo vai fazer os cálculos. Se o cálculo for muito complexo, o processo irá para um perito contador.
Serão formados cálculos de liquidação que serão juntados aos autos. O juiz poderá (não é obrigado) abrir vista às partes ou homologar os cálculos sem abrir vista.
-Homologação sem abrir vista: natureza jurídica: despacho homologatório, conhecido como sentença de liquidação, mas não é uma sentença, e sim um despacho.
Homologado os cálculos, o juiz irá espedir mandado de citação e penhora e mandado de citação ao exequente que poderá ser impugnar por meio de impugnação à sentença de liquidação.
O executado, quando receber o mandado de citação e penhora, também poderá impugnar por meio de Embargos de Execução, mas deverá garantir integralmente a execução, no prazo de 5 dias. 
Das duas impugnações, o juiz abrirá vista às partes para resposta. Da decisão das impugnações as partes poderão recorrer ao TRT por meio de Agravo de Petição. O TRT irá proferir decisão e, se for o caso, poderão as partes recorrer para o TST por meio de Recurso de Revista.
-Quando o juiz abre vista dos cálculos às partes:
	-As partes poderão impugnar em 10 dias: impugnação aos cálculos.
	-Homologação pelo juiz.
-Arbitramento: quando não existem parâmetros possíveis para ser feita uma simples aferição matemática. Ex.: condenação por dano moral – deverá ser arbitrado um valor. Esse arbitramento já foi feito na sentença de primeiro grau, provavelmente.
-Artigos: feita quando a decisão liquidada é insuficiente para dar os parâmetros de cálculo. Novas provas deverão ser produzidas, inclusive com audiências para oitiva de testemunhas. Decisão liquidada incompleta.
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA
Juros: 1% ao mês desde o ajuizamento
Correção: a partir da exigibilidade do direito
09/06/2015
Continuação dos Recursos
EMBARGOS AO TST - Art. 894, CLT
-Prazo: 8 dias
-Existem duas hipóteses para Embargos ao TST, mas com objetivos diferentes:
	1) Decisões não unânimes de ministros quando julgam questões de dissídios coletivos: quando um ministro ou mais vota diferente da maioria. A competência originária para julgar dissídios coletivos é do Tribunal Regional do Trabalho. O TST também tem essa competência quando o sindicato representar mais de um estado, extrapolando a competência regional. Ex.: sindicato nacional. É desta decisão, não unânime, que caberá Embargos ao TST. 
A doutrina chama estes embargos de Embargos Infringentes.
O protocolo é direto no TST endereçado para SDC (Seção de Dissídios Coletivos) 
	2) Embargos de Divergência (ou Embargos Divergentes): inciso II, do artigo 894, CLT. Cabível quando entre as turmas do TST houver divergência de julgados sobre o mesmo assunto. Isto porque, o TST deve uniformizar a jurisprudência. 
-Prazo: 8 dias
-Incidente de uniformização de jurisprudência – é o deverá ser feito pelo TST.
-Incluídos no artigo 894, CLT os parágrafos 2º, 3º e 4º.
-Não tem parágrafo único, que foi revogado em 2007, sendo incluídos os parágrafos aludidos acima.
§ 2o A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. 
§ 3o O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos:     
 I - se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la;        
II - nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade.     
§ 4o Da decisão denegatória dos embargos caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias. 
-Decisão de conhecer ou não do recurso: decisão monocrática de um ministro. Desta decisão caberá Agravo Regimental.
-O ideal é encontrar julgamentos divergentes na mesma turma. Se for na mesma turma, não caberá embargos, e sim apenas alegação pela parte na sustentação oral.
AGRAVO DE PETIÇÃO
-Prazo: 8 dias
-Recurso da fase de execução
-Objetivo: Atacar a execução
-Caberá contra decisões de execução como, por exemplo, decisões de embargos à execução.
-Art. 897, alínea a, CLT
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias:
        a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;
-Outro exemplo de cabimento de Agravo de Petição: é herdeiro e recebeu uma intimação para pagar uma dívida da pessoa que morreu. Tem legitimidade para pagar? Sim, até o limite da herança. Para isso, poderá embargar de execução. Mas não é legal embargar de execução. Lembrando que o prazo para embargos à execução só começa a contar da garantia ao juízo. 
         Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.  
Ou seja, para embargar, teria que garantir a execução, o que não é o caso, pois o valor cobrado é muito maior que o valor da herança recebida, ou pior, quando não ficou com nada da herança, apenas dívida.
Os embargos de execução apenas seria ideal, se o juiz já tiver penhorado da conta bancária todo o valor da execução.
Recurso então cabível será EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE. Também este recurso quando for questão de Ordem Pública. Ex.: a força da herança tem que ser respeitada, tempestividade etc.
Se o juiz não acolher a exceção de pré-executividade, caberá AGRAVO DE PETIÇÃO.
Se o juiz acolher a exceção de pré-executividade, a outra parte também poderá agravar de petição.

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