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SISTEMA ENDÓCRINO E O EXERCÍCIO FÍSICO Universidade Federal de Santa Maria Centro de Educação Física e Desportos Pós-Graduação Mestrado em Educação Física Docência orientada Liziane Vargas Mestranda em Educação Física Norteador para estudo • FOSS, M.L.; KETEYIAN, S.J. FOX Bases Fisiológicas do exercício e do esporte. 6ª ed, Barueri, SP, Manole, p.427- 457, 2000. • GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica. 11.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. • McARDLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho físico. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. • Todas as funções do corpo humano são controladas por dois sistemas: sistema nervoso e sistema hormonal. sistema nervoso + sistema hormonal = Homeostasia (Guyton & Hall, 2006) Sistema Endócrino: Funções Controla funções Metabólicas Regula o crescimento, desenvolvimento e reprodução Aprimora a capacidade de lidar com o estresse físico e emocional Organização: Funcionamento: Glândula Hormônio sangue órgão-alvo - Glândula, - Hormônio - Órgão-alvo GLÂNDULAS • ENDÓCRINAS: não possuem canais excretores e são formadas por células epiteliais nas quais os hormônios são sintetizados e armazenados. Dali são secretados no sangue ou linfa. • EXÓCRINAS: possuem canais excretores que levam diretamente à compartimentos ou superfície específicos. HORMÔNIO • Unidade funcional básica do sistema endócrino. • Substância química secretada para os fluidos corporais por uma glândula endócrina e que tem um efeito específico sobre células, tecidos ou órgão alvo. HORMÔNIO Características da ação Hormonal • Especificidade (efeito sobre cél.-Alvo, receptor específico) • Ação Hormonal (AMP cíclico, GMPc e prostaglandinas) • Controle da secreção retroalimentação negativa (Feedback) Mecanismos da Ação Hormonal (AMP cíclico) Especificidade receptor Ativa Adenil Ciclase forma AMPc Desencadeia as respostas fisiológicas. Retroalimentação negativa feedback Glicose Sanguínea Pâncreas libera INSULINA Inibe liberação Captação de glicose Glicose sang. GLÂNDULAS E HORMÔNIOS HIPÓFISE • Glândula pituitária era chamada de “glândula mestre” pois secreta muitos hormônios. • Hoje sabe-se que o hipotálamo é que controla a pituitária anterior (adenohipófise), sendo esse denominado “glândula mestre”. (Guyton & Hall, 2006) HIPÓFISE ANTERIOR (ADENO-HIPÓFISE) • Hormônio do Crescimento (GH ou somatropina): Crescimento e desenvolvimento dos tecidos, síntese de proteínas, ↑ da utilização de gorduras. Anormalidades na secreção: Nanismo Gigantismo Acromegalia GH Pode estar relacionado a temperatura corporal Resposta está relacionada ao nível de aptidão física do indivíduo Indiv. Destreinado > secreção do que o treinado durante exercício de mesma intensidade. • Hormônio Tireóide Estimulante (TSH): estimula a liberação dos hormônios da tireoide. • Exercício: c/ cargas de trab crescentes • Adrenocorticotropina (ACTH): regula a secreção de hormônios do córtex adrenal. Exercício: > secreção com exerc. prolongado. • Hormônio Folículo Estimulante (FSH): inicia o crescimento dos folículos no ovário e espermatozoides nos testículos. * • Hormônio Luteinizante (LH): estimula a ovulação, promove a secreção de estrogênio e progesterona pelos ovários e de testosterona pelos testículos. * • Prolactina: desenvolvimento do tecido mamário e secreção de leite. HIPÓFISE POSTERIOR (NEUROHIPÓFISE) • Hormônio Anti-Diurético ou Vasopressina (ADH): reduz a quantidade de água secretada como urina, vasoconstrição com ↑ PA. Álcool inibe a secreção de ADH. Ocitocina: • Estimula a contração dos músculos uterinos; • Estimula a secreção de leite. TIREOIDE Tiroxina (T4) e Triiodotironina (T3): • taxa metabólica (60 a 100%), • FC, • contratilidade do miocárdio, • síntese de proteínas, • tamanho e número de mitocôndrias, • oxidação do lactato. Calcitonina: inibe a liberação dos íons Cálcio dos ossos para o sangue. Osteoporose x cálculos PARATIREÓIDE • Hormônio Paratireoidiano: a de íons Ca nos fluidos corporais extracelulares Por meio de ações combinadas nos ossos, rins e intestino. Pode haver formação de cálculo renal. PÂNCREAS • Insulina: diminui a glicemia, aumenta a utilização de glicose e o depósito de gordura nas células. • Glucagon: aumenta a glicemia através do estímulo para sua liberação pelo fígado e quebra de proteínas e gorduras (gliconeogênese). GLÂNDULAS ADRENAIS GLÂNDULAS ADRENAIS CÓRTEX ADRENAL • Cortisol: ação anti-inflamatória, regulação do mecanismo de CHO, TG e proteínas. • Aldosterona: ↑ retenção de Sódio e a excreção de Potássio pelos rins. ↑PA e líq.c • Androgênios e Estrogênios: desenvolvimento das características sexuais secundárias. MEDULA ADRENAL • Epinefrina: aumento da FC, contratilidade do miocárdio, fluxo sanguíneo muscular, consumo de oxigênio e mobilização do glicogênio. • Noraepinefrina: contração de arteríolas e vênulas aumentando a PA. CATECOLAMINAS RINS • Renina: regula a pressão arterial via mecanismo “renina – angiotensina – aldosterona”. • Eritropoietina: aumenta a produção de eritrócitos (cél. vermelhas). OVÁRIOS • Estrogênio: desenvolve órgãos e características sexuais femininas, aumenta a reserva adiposa, regula ciclo menstrual. • Progesterona: regula o ciclo menstrual. TESTÍCULOS Testosterona: • desenvolve órgãos e características sexuais masculinas, • promove a síntese de proteínas e crescimento muscular. Questão para fixação Questão • Escolha 4 hormônios para descrever qual a sua função, como o exercício físico afeta a sua liberação e qual glândula o secreta: RESPOSTAS HORMONAIS AO EXERCÍCIO FÍSICO HIPÓFISE ANTERIOR Hormônio do Crescimento (GH): Crescimento e desenvolvimento dos tecidos, síntese de proteínas, ↑ da utilização de gorduras. GH Potente agente anabólico; Estimula diretamente a lipólise; • Suas concentrações encontram-se elevadas durante o exercício, sendo que, quanto mais intenso for o exercício, maior a quantidade liberada deste hormônio. • GH lipólise exercícios regulares podem contribuir para da obesidade, que é um dos componentes da SM. Comprovando isso, Wee et al. (2005) demonstraram que o GH aumentou a lipólise no período de recuperação em homens moderadamente treinados, jovens e idosos, após exercício a 70% do VO2máx. (WEE et al. 2005) • GH: secreção ↑ conforme ↑ intensidade, há relação com temperatura corporal e difere conforme a aptidão física. • Indivíduos Indivíduos destreinados x treinados (< aumento durante exercício e queda após mais rápida) Pâncreas Insulina • a utilização de glicose• da glicose sanguínea • (Hipoglicemiante) • Síntese de gordura • Secreção diminui durante o Exercício. Glucagon • Oposto à insulina • Glicogenólise (glicogênio) • Gliconeogênese • Secreção aumenta durante o Exercício ADH E ALDOSTERONA • Secreção aumenta para recuperar a água perdida pelo suor durante o exercício prolongado. E para > reabsorção Na. • Conservação dos eletrólitos, água e líquidos corporais, minimiza a perda destes e, portanto, o risco de grave desidratação durante períodos de sudorese e exercício intensos. • Durante o exercício, para intensidades de exercício superiores a 60% do VO2 máx, a secreção de ADH aumenta. • Renina: secreção aumenta para estimular angiotensina I em II. • Aldosterona: secreção aumenta estimulada pela angiotensina II, para aumentar a reabsorção do sódio e consequente homeostasia dos líquidos corporais. • T3 e T4: secreção aumenta (extenuante e prolongado). • FSH: secreção aumenta (contínua). • Progesterona e Estrogênio: secreção aumenta linearmente com a intensidade. • Testosterona: secreção aumenta conforme aumenta a intensidade • Cortisol: secreção aumenta estimulada pelo ACTH (gliconeogênese). • ACTH: secreção aumenta em 2 a 5 vezes. Endorfinas • No exercício aeróbico, a intensidade é o principal fator que estimula as elevações dos níveis plasmáticos de beta-endorfina. • Já no exercício de resistência, sua liberação varia com o protocolo, sendo que maior duração e maiores intervalos de repouso entre as séries promovem melhores resultados. • A β-endorfina tem sua secreção aumentada em exercícios de longa duração. Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) • Adrenal • A noradrenalina aumenta acentuadamente em taxas de trabalho superiores a 50% do VO2máx, enquanto a concentração de adrenalina só irá aumentar significativamente quando a intensidade do exercício ultrapassar 75% VO2 máx. • A atuação em conjunto promove, entre outros efeitos, o aumento da TMB, da liberação de glicose e de ácidos graxos livres no sangue positivo no combate à obesidade. Leptina • Secretada pelo tecido adiposo • Sensação de saciedade • Efeitos crônicos do exercício: não há consenso na literatura, Trabalhos demonstram que o exercício diminui sua concentração e o outros indicando que não há alteração. (Houmard JÁ et al., 2000 ; Kumru S, et al 2005; Ishii T, et al 2001; Vargas;Santos 2014) RESPOSTAS HORMONAIS AO TREINAMENTO FÍSICO • A grande maioria dos hormônios tem a sua resposta diminuída com o treinamento físico, ou seja, para um mesmo estímulo ou carga de trabalho, a secreção é menor (aumenta menos). DIABETES MELLITUS Digestão Alimentos Glicose Corrente Sanguínea Insulina produzida pelo pâncreas Transporte p/ dentro da célula Glicose como fonte de energia Hormônio chave DM • Complexa desordem metabólica que ocorre em virtude de uma deficiência total ou parcial na produção de insulina pelo pâncreas (células β das ilhotas de Langerhans). • Prevalência mundial de 4% (135 milhões) e estimativa de 5,4% (300 milhões) em 2025. • PoA e São Paulo são as capitais de maior prevalência no Brasil (7%). TIPOS • Diabetes Tipo I – deficiência absoluta de insulina (juvenil), fatores genéticos. • Diabetes Tipo II – secreção anormal de insulina e resistência à ação desta, obesidade. • Diabetes Gestacional – desencadeada pela gestação. NÍVEL DE GLICOSE SÉRICA IMPORTANTE... • Primeira causa de – Insuficiência Renal – Amputações – Cegueira. SINTOMAS E SINAIS CLÁSICOS: síndrome dos 4 “P”. • Poliúria • Polidipsia • Polifagia • Perda de peso SINAIS E SINTOMAS • Muita sede; • Vontade de urinar diversas vezes; • Perda de peso (mesmo sentindo mais fome e comendo mais do que o habitual); • Fome exagerada; • Visão embaçada; • Infecções repetidas na pele ou mucosas; • Machucados que demoram a cicatrizar; • Fadiga (cansaço inexplicável); • Dores nas pernas por causa da má circulação. Diagnóstico Sintoma Glicemia de Jejum < 126 mg/gl > 126 mg/dl (Monitorar) TTOG >200mg/dl DM BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO - Reduz a adesividade das plaquetas; - Reduz a necessidade de insulina; - Reduz fatores de risco de arterocoronariopatias; - Reduz a hemoglobina glicada; - Aumenta a sensibilidade à insulina; - Aumenta a mobilidade articular; - Aumenta a auto-estima. CUIDADOS NO EXERCÍCIO • Hipoglicemia – pois somam-se os efeitos do exercício e da insulina; • Hiperglicemia – produção hepática de glicose durante o exercício aumenta excedendo a absorção periférica; QUEDA nas () de glicose PRODUÇÃO DE GLUCAGON • Hipoglicemia • Aumento de glucagon durante o exercício. • Cetoacidose – devido ao aumento da lipólise num estado deficiente de insulina, aumentando corpos cetônicos. Para realizar exercício físico o diabetes deve estar controlado! • Verificar a glicemia antes do exercício; • Alimentação com carboidrato complexo 2 horas antes do exercício; • Aumentar a ingestão de alimentos no dia do exercício ou adequar a insulina; • Observar o local da aplicação da insulina no dia do exercício; • Realizar um ótimo aquecimento; • Verificar os pés após o exercício. COMPLICAÇÕES DA DM • NEFROPATIA DIABÉTICA: Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. • É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total. • NEUROPATIA DIABÉTICA: os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens, emití-las na hora errada ou muito lentamente. • Os sintomas irão depender e variar conforme o tipo de complicação e quais os nervos afetados. • Sintomas Sensitivos: formigamento, dormência ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio; Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular; Autonômicos: ocorrência de pele seca, traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de transpiração e impotência. • RETINOPATIA DIABÉTICA: São lesões que aparecem na retina, podendo causar pequenos sangramentos e, como conseqüência, a perda da acuidade visual. • Hoje, a Retinopatia é considerada uma das mais frequentes complicações crônicas do diabetes, junto com a Catarata. • INFARTO DO MIOCÁRDIO e ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: levando à obstrução/estenose (arteriosclerose) de órgãos vitais como o coração e o cérebro. O bom controle da glicose, somado à atividade física e medicamentos podem evitar/prevenir. • PÉ DIABÉTICO: em função da neuropatia diabética, pequenas lesões viram ulcerações podendo levar a amputação. • Complicações crônicas. – Neuropatia – Retinopatia – Nefropatia – Infecção em dentes, pele – Problemas nos pés • Outras doenças e risco cardiovascular – HAS – Dislipidemia – Tabagismo • Estilo de vida – Alimentação – Exercício – Fumo – Álcool AVALIAR RISCOS E COMPLICAÇÕES O TRATAMENTO É BASEADO EM TRÊS EIXOS• DIETA + ATIVIDADE FÍSICA • FÁRMACOS (evitar complicações agudas) • ACOMPANHAMENTO E CONTROLE (evitar complicações crônicas) DIETA • Fracionada (6 refeições) • Hipocalórica? se obesidade • Diminuir picos pós-prandiais (dieta rica em fibras) • Vigilância dos lipídeos (TG e c-HDL) ATIVIDADE FÍSICA • Caminhada 3-4 vezes / semana • 30´ podem ser fracionados • Cuidado com esportes: afastar complicações (olhos, pés, rins). • Medir glicemia antes: – > 300 mg/ dl ou cetonúria esperar – < 100 mg/ dl comer OBESIDADE CONCEITO • Enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde. OBESIDADE • Problema de Saúde Pública • 30 milhões de obesos no mundo • 25% das crianças americanas tem sobrepeso • 30% em algumas cidades brasileiras A Obesidade é considerada uma doença crônica em ascensão, sem controle. CAUSAS DA OBESIDADE Genética mecanismos não esclarecidos. Desordens endócrinas menos de 1% Fatores alimentares excesso de energia Estilo de Vida Fatores sociais, comportamentais, culturais e psicológicos (BARRETO VILLELA et al., 2004; MARQUES-LOPES et al., 2004; HALPERN et al., 2004;) Classificação IMC (kg/m2) Abaixo do peso < 18,5 Peso Normal 18,5 a 24,9 Sobrepeso 25,0 a 29,9 Obesidade Grau I 30,0 a 34,9 Obesidade Grau II 35,0 a 39,9 Obesidade Grau III > 40,0 CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (cm) CONSIDERADA COMO RISCO NA SM RISCO ELEVADO RISCO MUITO ELEVADO MULHERES 80 88 HOMENS 94 102 Fonte: NCEP – ATP III (2001) • Antropometricamente, a obesidade pode ser definida como quantidade aumentada de percentual de gordura corporal. • mais de 30% de gordura em sua composição corporal total para as mulheres • Mais de 25% de gordura corpórea em relação à massa magra para os homens. COMPLICAÇÕES CLÍNICAS • Desde a antiguidade Hipócrates percebera maior tendência dos obesos para a morte súbita e, de fato, a questão da obesidade está muito além das preocupações estéticas. São sintomas comuns aos obesos o cansaço, a sudorese excessiva, principalmente em pés, mãos e axilas, as dores nas pernas e coluna. É FATOR DE RISCO PARA OUTRAS DOENÇAS • Hipertensão arterial • Doenças cardiovasculares • Doenças cérebro-vasculares • Diabetes Mellitus tipo II • Câncer (intestinal, próstata, cólo de útero, mamas) • Osteoartrite • Hipercolesterolemia • Intolerância à glicose • Distúrbios menstruais/infertilidade • Apnéia do sono • Varizes • Fungos e infecções de pele CLASSIFICAÇÃO • A forma mais amplamente usada e recomendada inclusive pela Organização Mundial da Saúde é o IMC (divisão do peso em Kg pela altura ao quadrado em metros). • relação cintura-quadril • prega cutânea, • densitometria, • bioimpedância. INDICE CINTURA-QUADRIL • A medida da cintura deve ser apurada de acordo com a circunferência que passa entre o umbigo e as costelas e a medida do quadril, tomando-se a maior circunferência na região glútea. • Um valor considerado de risco, será 1,0 ou acima. Considera-se um bom índice C/Q de 0.90 ou menor para homens e 0.80 ou menor para mulheres. CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA • IDEAL: < 94 cm para homens < 80 cm para mulheres (National Institutes of Health, 1998) CLASSIFICAÇÃO CONFORME A LOCALIZAÇÃO • Difusa ou generalizada • Andróide, troncular ou centrípeta – maior deposição de gordura visceral, na parte superior do corpo, mais comum nos homens • Ginecóide ou ginóide – deposição de gordura subcutânea, predominantemente da cintura para baixo, mais comum em mulheres CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM AS CAUSAS • Por distúrbio nutricional • Por inatividade física • Secundária á alterações endócrinas • Secundária (uso de drogas, cirurgias, para de fumar) • Causa genética • Em função da gravidez CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO NÚMERO DE CÉLULAS • Obesidade Hipercelular - quando ocorre aumento do número total de células adiposas, que pode se tornar até cinco vezes superior ao número encontrado em indivíduo adulto normal. Esta é a forma de obesidade que ocorre na infância ou adolescência, porém pode também ser observada nas pessoas com mais de 75% de excesso de peso corporal. • Obesidade Hipertrófica - quando ao invés de um aumento no número de células gordurosas, ocorre um aumento de tamanho dessas células por acúmulo de lipídeos. Esse tipo de obesidade se inicia na idade adulta, na gestação e se correlaciona melhor com a distribuição andróide de gordura. TRATAMENTO Reeducação alimentar • 5 a 6 refeições por dia • 50 a 60% de CHO, • 25 a 30% de gorduras e • 15 a 20% de proteínas; • não se recomenda dietas inferiores a 800 calorias/dia. TRATAMENTO Exercícios • pelo menos 30 a 40 min por dia, ao menos 4 vezes por semana, exercícios aeróbicos. EXERCÍCIOS • Dinâmicos e envolvendo grande massa muscular; • Que promovam o aumento da massa magra; • Aeróbicos; • De longa duração (30, 60, 90 minutos); • Pouco impacto nos membros inferiores; • Que sejam do gosto do aluno. BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO • Aumento da massa magra; • Diminuição do percentual de gordura; • Menor reincidência de obesidade; • Maior aderência ao tratamento; • Aumento do metabolismo basal; • Diminuição dos fatores de risco de arterocoronariopatias; • Diminuição da ansiedade; • Aumento da auto estima. PREVENÇÃO • Dieta saudável desde a infância; • Estilo de vida ativo (lazer, exercícios); • Informações sobre os riscos de doenças. NECESSIDADE ENERGÉTICA • Três fatores determinam a “necessidade energética total” (NET) do indivíduo adulto: - Metabolismo Basal - Atividade Física - Efeito Térmico dos Alimentos (ETA) CÁLCULOS DO METABOLISMO BASAL • Equação de Harris-Benedict (1919) HOMENS: TMB = 66,47 + (13,75 x P*) + ( 5,00 x A*) - (6,76 x I*) MULHERES: TMB = 655,1 + (9,56 x P*) + ( 1,85 x A*) - (4,68 x I*) * P = Peso em Kg/ *I = Idade em anos/ *A = Altura em cm FAO/WHO/UNU (1985) Idade Feminino Masculino 0 a 3 61,0 x P – 51 60,9 x P - 54 3 a 10 22,5 x P + 499 22,7 x P + 495 10 a 18 12,2 x P + 746 17,5 x P + 651 18 a 30 14,7 x P + 496 15,3 x P + 679 30 a 60 8,7 x P + 829 11,6 x P + 879 + de 60 10,5 x P + 596 13,5 x P + 487 P = peso corporal em kg Atividade Física • Quanto maior a duração e a intensidade da atividade física diária, maior será a NET. Efeito Térmico dos Alimentos • Termogênese induzida pelo alimento Composição da dieta. Equação do Equilíbrio Energético • O Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM) recomenda: • para a redução da gordura corporal seja prescrito um programa de exercício com um dispêndio semanal mínimo de 900 kcal, com freqüência semanal de 4 a 6 dias, sessões com duração de no mínimo 30 a 45 minutos e intensidade de 50 a 70% do VO2máximo. SÍNDROME METABÓLICA HISTÓRICO Síndrome da fartura (Mehnert, 1968)Síndrome plurimetabólica (Avogaro e Crepaldi, 1967) Síndrome metabólica (Hanefeld e Leonhardt, 1981) Síndrome X (Reaven, 1988) Quarteto mortal (Kaplan, 1989) Síndrome da resistência à insulina (Haffner, 1992 e DeFronzo, 1991) Síndrome metabólica hormonal (Björntorp, 1991) DEFINIÇÃO I DIRETRIZ BRASILEIRA DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA A Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno complexo representado por um conjunto de fatores de risco cardiovascular, usualmente relacionados à deposição central de gordura e à resistência à insulina. Distúrbio da Homeostase da Glicose Hipertensão Arterial Dislipidemia Obesidade Central Síndrome Metabólica Indicadores de Inflamação Indicadores Pró- trombóticos Fatores de risco para a Doença Cardiovascular e Diabetes Mellitus tipo 2 SÍNDROME METABÓLICA (IV-DB Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose, 2013) Circunferência cintura (cm) Homen: >94 mulher: >80 Obesidade Visceral < 40 (Homem) < 50 (mulher) HDL-c (mg/dl) 100 mg/dl ou tratamento para DM Glicemia de jejum 130/ 85 mm Hg ou tratamento para HAS Pressão arterial 150 mg/dl Hipertrigliceridemia Nível de Definição Fatores de Risco ( 3) ALIMENTAÇÃO ATIVIDADE FÍSICA Origem DESEQUILÍBRIO ENERGÉTICO TRATAMENTOS NÃO-FARMACOLÓGICOS DA SÍNDROME METABÓLICA Reduzem a obesidade visceral e a RI. MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA: Dietoterapia, exercício regular e cessar o fumo Melhoram o perfil lipídico e controle glicêmico. Controlam a pressão arterial. Arq Bras Endocrinol Metab 2006:400-07 DIETOTERAPIA Dieta Balanceada (Individualizada) • Perda de peso e gordura visceral; • Normalizar PA, Dislip, Hiperglicemia < Risco Cardiovascular Dieta • Rica em Fibras; • Pobre em gorduras saturadas e colesterol; • Reduzida quantidade de açúcares simples; Estudos... A dieta mediterrânea, rica em cereais não refinados, frutas, vegetais e com elevada proporção de gorduras monoinsaturadas parece atenuar o risco cardiovascular de indivíduos com SM. ELABORAÇÃO DO PLANO ALIMENTAR Composição da dieta (NCEP - 2001) macronutrientes – Carboidratos: 50 a 60% – Proteínas: 15 a 20% – Gorduras: 25 a 35%; sendo • 7% de gordura saturada • 10% de gordura poliinsaturada • 20% de gordura monoinsaturada Jama 2001; 2486-97 RECOMENDAÇÕES DE EXERCÍCIO - I DBDTSM Recomendações Gerais • 30 minutos de atividade física • Leve a moderada • Forma contínua ou acumulada • Maioria dos dias de semana • Mudanças no cotidiano subir escada, usar menos o carro para a sua locomoção, ou mesmo tornar as suas atividades de lazer mais ativas. Recomendações Individualizadas Frequência: 3 a 5 vezes/semana Duração: 30 – 60min contínuos Tipo: Exercício aeróbio como, por exemplo, caminhada, ciclismo, corrida, natação, dança, entre outros Intensidade: Moderada, calculada de duas formas: Forma simplificada: conseguir falar durante o exercício Forma mais controlada: 50% – 70% da FC de reserva ou 50% – 65% do VO2 pico • Exercícios resistidos: Exercícios com peso até 50% da força máxima podem ser realizados em associação com os exercícios aeróbios. • Cuidados: • Indivíduos acima de 35 anos com SM uma avaliação clínica e ergométrica (teste de esforço) é recomendada, antes do início das atividades físicas. Projeto “EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS ORIENTADO E DO ACOMPANHAMENTO NUTRICIONAL INDIVIDUALIZADO SOBRE ALGUNS FATORES DE RISCO DA SÍNDROME METABÓLICA” NUCLEO DE ESTUDOS EM EXERCÍCIO FÍSICO E SAÚDE – NESEFIS PROFª DRª DANIELA LOPES DOS SANTOS Projeto SM OBRIGADA PELA ANTENÇÃO!!
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