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Síntese do texto: ALGUNS TERMOS E CONCEITOS PRESENTES NO DEBATE SOBRE RELAÇÕES RACIAIS NO BRASIL: UMA BREVE DISCUSSÃO Nilma Lino Gomes Ananda Moraes A necessidade de diferenciação de culturas humanas provém da espécie humana como um todo, no seu sentido de obrigação de disparidade para com os outros animais, da mesma forma para com os próprios de sua mesma espécie, que se vê dentro das culturas. A busca pela identidade, a procura pela igualdade entre estes, afim de estabelecer uma “autodefinição” trazendo o grupo a ocupar um espaço de luta de reconhecimento perante a sociedade, afinal na sociedade atual ainda é árdua a ideia de aceitar traços culturais diferentes do que é chamado de normalidade, e aí que se faz ainda mais importante a manifestação dos grupos sociais pela busca por esse espaço de respeito e igualdade. É afirmado no texto que “A identidade negra é entendida, aqui, como uma construção social, histórica, cultural e plural” (p.43), visto que fatores históricos e políticos diretamente se envolvem nessas questões, tornando as segregações visíveis neste contexto social. Os espaços de representação, portanto partem também do quesito institucional, pois seja na escola ou na academia, existe a “responsabilidade social e educativa” como é colocado no texto, as construções/instruções de conhecimento nesses espaços são importantíssimas para o entendimento da complexidade desses fatores sociais-histórico- culturais. Além disso é frequente nas escolas vermos a falta de percepção do limite entre o que é brincadeira e o que é racismo, ou o que é brincadeira e o que é bullying, cabe aqui aos professores junto a equipe da escola (psicopedagogos, psicólogos, coordenação, direção) encontrar a melhor forma de orientar seus alunos quanto a essas ocorrências na instituição para que não suceda também fora dela. A autora traz também a questão do uso do termo “raça”, como é reconhecido a partir da pág. 44 o termo raça não é tratado como uma forma de diferenciação biológica como foi para o nazismo, mas sim aos aspectos estéticos, como também sua substituição pelo termo “etnia” não resolve o problema do racismo. Já o termo étnico-racial é tratado por alguns intelectuais como forma de reconhecimento das variáveis culturais, históricas e sociais dos negros. Na pág. 46 é dito que “Lamentavelmente, o racismo em nossa sociedade se dá de um modo muito especial: ele se afirma através da sua própria negação”. É reproduzido em nossa sociedade a repreensão estética assim se desenvolvendo racismo, tanto a negação da própria identidade, quando tenta-se encaixar nos padrões impostos mudando sua estética para assim tentar criar uma aceitação maior, quanto na ignorância daqueles que reproduzem o racismo, o julgar o outro pelas aparências ao invés de conhece-lo (aqui se dá o uso do termo preconceito visto na pág. 54 do texto), e assim entramos na questão do reconhecimento de que apesar do Brasil ser um país miscigenado este também é um país em que existe o racismo, como é colocado na pág. 47 “O abismo racial entre negros e brancos no Brasil existe de fato. As pesquisas científicas e as recentes estatísticas oficiais do Estado brasileiro que comparam as condições de vida, emprego, saúde, escolaridade, entre outros índices de desenvolvimento humano, vividos por negros e brancos, comprovam a existência de uma grande desigualdade racial em nosso país. ” No Brasil a questão do racismo é algo por vezes negado, dito na pág. 57 como “mito da democracia racial”, porém o racismo é bastante visto. Aquilo que é de origem africana geralmente é associado a coisas maléficas e inferiores, perpetuando o racismo não só para com as pessoas apenas mas para com todo o conjunto cultural ao qual essas pessoas estão inseridas, bem como suas roupas, cabelo, formato do nariz, quando se pensa dessa forma, observando esses traços, é afirmado na pág. 51 “Quando aplicamos esse tipo de pensamento ao povo negro, estamos, na realidade reproduzindo o racismo e trabalhando com o conceito biológico de raça que a antropologia e a sociologia rejeitam”. Partindo do conceito de diversidade cultural percebemos que o papel de evitar que tais discriminações aconteçam é de toda a sociedade, já que chegamos em um patamar de conhecimento e acessibilidade as informações e temos capacidade cognitivas suficientemente eficientes para entender todo o contexto histórico que levou a sociedade a pensar de tal forma tão insciente. Graduada em Licenciatura em Geografia – UPE Graduanda em Bacharelado em Ciências Sociais - UFRPE
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