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Apresentac_o_residuos_solidos

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RESÍDUOS SÓLIDOS 
E 
QUALIDADE DE VIDA
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Aspectos Legais 1. Meio ambiente e qualidade de vida na Constituição Federal de 1988: * Art. 225 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado , bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. * Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
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Aspectos Legais
2 - Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6938/1981):
Definições:
* meio ambiente: conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
* degradação da qualidade ambiental: alteração adversa das características do meio ambiente;
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Definições:
* poluição: degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
	a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
	b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
	c) afetem desfavoravelmente a biota;
	d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
	e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
* poluidor: a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
* recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. 
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Definição de resíduos sólidos:
“O termo ‘resíduo sólido’, [...], significa lixo, refugo e outras descargas de materiais sólidos, [...] provenientes de operações industriais, comerciais e agrícolas e de atividades da comunidade, mas não inclui materiais sólidos ou dissolvidos nos esgotos domésticos ou outros significativos poluentes existentes nos recursos hídricos, [...].” (MACHADO, 2005, p. 527)
(Esta definição está de acordo com o disposto no art. 1º da Resolução CONAMA n. 5/93.)
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Composição de resíduos sólidos urbanos:
* domiciliar (residenciais, feiras livres e mercados,comerciais etc.);
* hospitalares (hospitais, clínicas, casas de detenção, aeroportos,medicamentos vencidos etc.);
* varrição de logradouros públicos;
* outros (limpeza de lixeiras e de bueiros, podas de árvores, corpos de animais, documentos, terra, entulho etc.); 
* resíduos industriais não tóxicos ou perigosos – classes II e III, da Norma NBR n. 10.004 da ABNT). (SIRVINSKAS, 2006, p. 213)
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Coleta e destinação dos resíduos sólidos
Precedentes históricos:
* Lei n. 2.312, de 3/9/1954 – Dispunha sobre normas gerais sobre defesa em proteção à saúde: 
 *Art. 12 – A coleta, o transporte e o destino final do lixo deverão processar-se em condições que não tragam inconvenientes à saúde e ao bem-estar público, nos termos da regulamentação a ser baixada. 
*Essa lei foi regulamentada pelo Decreto 49.974-A, de 21/1/1961, denominado Código Nacional da Saúde. Posteriormente, o então Ministério do Interior editou a Portaria n. 53, de 10/3/1979, estabelecendo critérios para a disposição final de resíduos sólidos.
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Coleta e destinação dos resíduos sólidos
* CF/1988:
Art. 30. Compete aos Municípios:
I – legislar sobre assunto de interesse local;
V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local [...]
“A disposição dos resíduos sólidos está relacionada à limpeza pública. Esta, por sua vez, é uma questão de saúde pública. Compete, contudo, à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar, fixando diretrizes gerais, sobre a defesa e a proteção da saúde (art. 24, XII, da CF). No entanto, a tarefa de limpeza pública é atribuída aos Municípios nos termos do art, 30, I, da CF.” (SIRVINSKAS, 2006, p. 213)
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Destinação dos resíduos sólidos
* Depósito a céu aberto: disposição final dos resíduos em local inadequado, sem tratamento e/ou monitoramento de emanações líquidas (chorume), gasosas (metano), elementos patogênicos, incidência de insetos, roedores, animais domésticos e pessoas. 
* Depósito em aterro sanitário: disposição dos resíduos em local preparado para esse fim. A definição do local e a elaboração de projeto seguem normas técnicas e a licença ambiental é concedida mediante apresentação de EIA/RIMA. Há aterros sanitários específicos para resíduos considerados perigosos (hospitalares, industriais), de acordo com a Resolução CONAMA 23/96 e a NBR 10.004, da ABNT. 
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Lixão Gramacho – Rio de Janeiro (fechado em 2012)
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Aterro sanitário
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Destinação dos resíduos sólidos
* Usina de compostagem: deposição dos resíduos para serem transformados em composto para a utilização como adubo na agricultura e jardinagem. O processo de cura e secagem do composto não elimina elementos patogênicos, que são um risco para a saúde.
* Usina de reciclagem: método que possibilita a reutilização e o reaproveitamento de resíduos sólidos como papel, papelão, vidro, plástico, metais, fiação elétrica e outros. Proporciona economia de matéria prima e de energia para a indústria que recebe esses materiais, além de compor a renda familiar de famílias de baixa renda em quase todos os centros urbanos de médio e grande porte no Brasil atualmente.
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Sistema de compostagem
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Usina de reciclagem
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Destinação dos resíduos sólidos
* Usina de incineração: método que transforma, pela queima, o resíduo sólido em material inerte (cinza), reduzindo seu volume e eliminando o perigo de contaminação por elementos patogênicos, tóxicos etc. O custo da incineração é muito elevado.
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Usina de incineração
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Usina de incineração
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Rejeitos perigosos
* Resolução CONAMA 23/96 (alterada pelas resoluções CONAMA 235/98 e 244/98)
A Convenção de Basiléia, realizada na Suíça (1989), recomenda aos países signatários que estabeleçam normas proibindo a movimentação transfronteiriça dos resíduos perigosos,com base na diretiva de que estes devem ser tratados e/ou eliminados no local de origem, evitando-se a prática histórica de remoção de resíduos tóxicos e radioativos dos países desenvolvidos (industrializados) para países pobres, mediante compensações financeiras na forma de financiamentos e outras práticas dessa natureza. 
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Res. CONAMA 23/96:
* Resíduos Perigosos (Classe I) – importação proibida;
* Resíduos Não Inertes (Classe II) – somente para finalidades de reciclagem ou reaproveitamento após autorização
ambiental do IBAMA, precedida de anuência e parecer técnico do órgão Estadual de meio ambiente;
* Resíduos Inertes (Classe III) - não estão sujeitos a restrições de importação,
	** exceção: pneumáticos usados;
* Outros Resíduos. são aqueles coletados de residências ou decorrentes da incineração de resíduos domésticos.
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agrotóxicos: Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/2002:
* Os usuários de agrotóxicos, seus componentes e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas respectivas bulas, no prazo de até um ano, contado da data de compra, ou prazo superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e fiscalizados pelo órgão competente.
* Quando o produto não for fabricado no País, assumirá a responsabilidade a pessoa física ou jurídica responsável pela importação e, tratando-se de produto importado submetido
a processamento industrial ou a novo acondicionamento, caberá ao órgão registrante defini-la.
       
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agrotóxicos: Lei 7.802/89 e Decreto 4.074/2002:
* As embalagens rígidas que contiverem formulações miscíveis ou dispersíveis em água deverão ser submetidas pelo usuário à operação de tríplice lavagem, ou tecnologia equivalente, conforme normas técnicas oriundas dos órgãos competentes e orientação constante de seus rótulos e bulas.
* As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso, com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilização, obedecidas as normas e instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes. 
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pilhas e baterias: Res. CONAMA 257/99:
* As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, bem como os produtos eletro-eletrônicos que as contenham integradas em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequada.
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Resíduo hospitalar: Resolução CONAMA 358/05 e RDC 306 – ANVISA
Cabe aos geradores de resíduos de serviço de saúde o gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional, sem prejuízo de responsabilização solidária de todos aqueles, pessoas físicas e jurídicas que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar degradação ambiental, em especial os transportadores e operadores das instalações de tratamento e disposição final, nos termos da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.
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ver ainda:
* Res. CONAMA 258/99: pneumáticos;
* Res. CONAMA 307/02: construção civil;
* Res. CONAMA 308/02: licenciamento ambiental de unidades de disposição final de resíduos sólidos urbanos em municípios de até 30 mil habitantes;
* Res. CONAMA 335/03: Licenciamento ambiental de cemitérios.
* LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010.
 (Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências.)

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