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MÓDULO I NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

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MÓDULO I NASCIMENTO, CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 3ª FASE
SITUAÇÃO PROBLEMA 2 
Definir crescimento e desenvolvimento.
https://wp.ufpel.edu.br/pediatria/files/2010/08/avaliacao-do-dnpm.pdf 
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAjZIAA/crescimento-desenvolvimento-crianca 
Crescimento significa aumento físico do corpo, medido em centímetros ou gramas; ele traduz o aumento em tamanho e número de células. 
O crescimento, do ponto de vista biológico, refere-se à alteração da forma, tamanho e funções celulares.
Todo o processo do crescimento é proveniente de instruções do nosso código genético, desde a formação do ovo. Apesar do potencial genético ser fundamental, as influências do meio ambiente podem alterar de maneira positiva ou negativa o ritmo de crescimento de uma criança. É importante definirmos algumas terminologias empregadas em nosso dia a dia. Utilizamos a palavra crescimento para representar o desenvolvimento físico. É o processo de aumento da massa corporal; macroscopicamente, é expressão da hiperplasia e hipertrofia celulares. É quantitativo, logo tem que ser avaliado de forma quantitativa: o seu estudo inclui a avaliação de peso e altura da criança ao longo do tempo. O crescimento pode ser considerado um dos indicadores de saúde mais importantes da criança. ASPECTO QUANTITATIVO.
O desenvolvimento é a capacidade do ser de realizar funções cada vez mais complexas; ele corresponde a termos como maturação e diferenciação celular.
O termo desenvolvimento traduz a capacidade de uma criança de realizar tarefas cada vez mais complexas. Citamos como exemplo, a destreza e o controle neuromuscular. Corresponde à aquisição de novas habilidades; sendo um processo QUALITATIVO, não tem como ser medido de forma objetiva.
2. Reconhecer as características das etapas do crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAjZIAA/crescimento-desenvolvimento-crianca?part=6 
DOMANSKI, LUÍS ADRIANO RAITER. ACOMPANHAMENTO DO DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO INFANTIL. 2016.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf 
DESENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO, PSÍQUICO E MOTOR
Conduta e Desenvolvimento - Chamamos de conduta as reações reflexas, voluntárias, espontâneas ou apreendidas de uma criança. O sistema nervoso em crescimento determina uma modificação, ou melhor dizendo, uma evolução desse conjunto de ações. Essa evolução significa aumento de complexidade das funções.
O desenvolvimento compreende o aperfeiçoamento e a diferenciação da conduta, além da influência do meio ambiente sobre a mesma. 
É importante termos em mente que a maturação das diversas funções se faz em uma ordem céfalo-caudal. A criança aos três meses controla a musculatura ocular extrínseca, aos seis meses a musculatura cervical, aos nove meses os músculos de tronco e mãos e assim por diante.
De uma forma didática, a conduta pode ser dividida em 4 setores que possuem uma grande interdependência e se desenvolvem no mesmo ritmo. São eles: conduta motora, conduta adaptativa, conduta de linguagem e conduta pessoal-social.
Conduta Motora. A capacidade motora da criança é avaliada rotineiramente, tendo uma correlação íntima com sua maturidade. Como o crescimento do tecido nervoso e a mielinização encontram-se em evolução após o nascimento (ver tipos de crescimento) é natural uma organização da conduta e maturação das funções com o passar do tempo. O desenvolvimento ocorre no sentido crânio-caudal.
Desta forma, uma certa conduta motora considerada normal em uma criança de um mês, pode representar doença em outra de um ano. Podemos dividir as funções neurológicas de acordo com sua evolução em três grupos:
Achados normais que desaparecem após um certo período, sendo o seu reaparecimento sinal de doença:
• Reflexo tônico cervical de Magnus-Klejn e reflexo de retificação postural que desaparecem em torno do 1° a 2º mês de vida.
• Reflexo de Moro que desaparece até os quatro meses de vida.
• Sinal de Babinski bilateral presente até os 18 meses.
Achados normais que desaparecem e reaparecem como atividade voluntária:
• Reflexo de Preensão: involuntário nos primeiros 6 meses; voluntário ao longo do 2° semestre . 
• Reflexo de sucção.
• Reflexo da marcha.
Achados normais na criança que persistem no adulto:
• Reflexos profundos e, dos reflexos superficiais, o cutâneo-abdominal.
Conduta Adaptativa. Refere-se às adaptações da criança quando lhe são apresentados objetos, como cubos coloridos, uma pequena bola dentro de um vidro etc. São avaliadas adaptações de caráter manual, verbal e de orientação, que refletem a capacidade da criança de acomodar-se a experiências novas e utilizar, quando necessário, aprendizado recente. O desenvolvimento se dá do centro para a periferia, assim a criança adquire primeiro o controle da borda medial (ulnar) e depois da borda lateral (radial).
Conduta Pessoal-social. É um conjunto de reações apresentadas pela criança diante de outras pessoas, a adaptação à vida doméstica e ao convívio social. É a conduta que possui uma ampla variação, uma vez que depende tanto do temperamento da criança quanto das influências do meio ambiente.
Conduta de Linguagem. A conduta de linguagem incorpora todos os sons emitidos pela criança, desde vocalizações simples até palavras e orações. A compreensão do que outras pessoas dizem e posturas em resposta a sons audíveis também são avaliadas.
A observação do desenvolvimento deve ser feita durante a consulta da criança. O profissional deve tentar observar os marcos ou indicadores desde o início, quando a mãe entra no consultório. Só o absolutamente necessário deve ser elicitado na mesa de exame. A criança no colo da mãe se mostra mais cooperativa e tranquila. No caso dos bebês, deve-se tentar observá-los no período entre as mamadas, haja vista que quando famintos ficam muito irritados e pouco cooperativos; e após as mamadas, sonolentos e pouco responsivos. A Ficha de Acompanhamento do Desenvolvimento deve ficar no prontuário da criança; e a padronização para o seu uso, no consultório. Sempre que possível, o profissional deve tentar utilizar a mesma forma de padronização1 o que facilitará o exame e dará maior confiabilidade aos achados clínicos.
O profissional anotará a sua observação no espaço correspondente à idade da criança e ao marco do desenvolvimento esperado, de acordo com a seguinte codificação: P = Presente A = Ausente NV = Não Verificado Ao se aplicar a ficha, algumas das seguintes situações podem ocorrer: 
• presença das respostas esperadas para a idade. A criança está se desenvolvendo bem e o profissional de saúde deve seguir o calendário de consulta; 
• falha em alcançar algum marco do desenvolvimento para a idade. Antecipar a consulta seguinte; investigar a situação ambiental da criança, relação com a mãe, oferta de estímulos. Sugere-se orientar a mãe para brincar e conversar com a criança durante os cuidados diários; 
• persistência do atraso por mais de duas consultas (ou ausência do marco no último quadro sombreado). Se verificado, encaminhar a criança para referência ou serviço de maior complexidade.
3. Caracterizar os métodos de avaliação da idade gestacional. (Capurro e New Ballard).
MANUAL DE ASSISTÊNCIA AO RECÉM NASCIDO
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0104manual_assistencia.pdf 
A idade gestacional (IG) é o tempo transcorrido desde a concepção até o momento do nascimento. Por métodos clínicos é impossível determinar o momento da concepção, podendo ser inferido de forma indireta a partir da data da última menstruação (DUM). Este método de uso universal é tanto mais confiável quanto melhor a mãe se recorda das datas das suas menstruações e quanto mais regulares sejam seus ciclos. Quando a mãe desconhece a DUM, pode se recorrer aos seguintes métodos:
- Exame somato-neurológico do RN: para os recém-nascidos com idade gestacional maior que 28 semanas, o método de Capurro tem sido amplamente empregado, podendo ser realizado logo ao nascer (método somático). Para os RN saudáveise com mais de 6 hs, é feito o somático e neurológico. Ambas formas têm apresentado alta correlação com a DUM, sendo menor para os RN pequenos para a idade gestacional. Nestes RN tem sido observado uma subestimação da idade gestacional a partir da 35a semana.
 x Textura da Pele 
– 0 = muito fina, gelatinosa. 
– 5 = fina e lisa. 
– 10 = algo mais grossa, discreta descamação superficial. 
– 15 = grossa, rugas superficiais, descamação nas mãos e pés. 
– 20 = grossa apergaminhada, com gretas profundas. 
x Forma de Orelha
– 0 = chata disforme, pavilhão não encurvado. 
– 8 = pavilhão parcialmente encurvado na borda. 
– 16 = pavilhão parcialmente encurvado em toda parte superior. 
– 24 = pavilhão totalmente encurvado. 
x Pregas Plantares 
– 0 = sem pregas.
 – 5 = marcas mal definidas sobre a parte anterior da planta. 
– 15 = marcas bem definidas sobre a metade anterior e sulcos no terço anterior. 
– 20 = sulcos em mais da metade anterior da planta. 
x Sinal do Xale 
– 0 = o cotovelo alcança a linha axilar anterior do lado oposto 
– 6 = o cotovelo situado entre a linha axilar anterior do lado oposto e a linha média 
– 12 = o cotovelo situado ao nível da linha média 
– 8 = o cotovelo situado entre a linha média e a linha axilar anterior do mesmo lado. 
x Glândula Mamária 
– 0 = não palpável. 
– 5 = palpável, menos de 5mm. 
– 10 = entre 5 e 10mm. 
– 15 = maior de 10mm.
x Posição da Cabeça ao Levantar o RN 
– 0 = cabeça totalmente deflexionada, ângulo toráxico 270%. 
– 4 = ângulo cérvico-toráxico entre 180° e 270°. 
– 8 = ângulo cérvico-toráxico igual a 180°. 
– 12 = ângulo cérvico-toráxico menor de 180°. 
x Formação do Mamilo 
– 0 = apenas visível 
– 5 = aréola pigmentada diâmetro menor que 7,5 mm. 
– 10= aréola pigmentada, pontiaguda - diâmetro menor que 7,5 mm, borda não levantada 
– 15 = borda levantada - diâmetro maior que 7,5 mm.
Como calcular o escore de Capurro?
Para determinar a IG com base neste método somático, é necessário avaliar cada um dos itens com cuidado, assinalando a pontuação correspondente a eles. A pontuação (P) somada dos fatores deve ser acrescida de 204. O resultado desse cálculo será dividido por 7, obtendo assim o número de semanas da idade gestacional.
IG = (P + 204)/7.
Quando utilizar esse método?
O escore de Capurro é utilizado para determinar a IG quando as mães desconhecem a data da última menstruação (DUM) e não realizaram a ultrassonografia gestacional precoce (até 14 semanas). Os métodos citados acima (DUM e USG transvaginal precoce) possuem uma precisão maior, sendo preferíveis para essa análise.
 
Escore de Capurro e New Ballard
Por avaliar um número maior de características neurológicas, o método de New Ballard é a alternativa mais indicada para avaliação de recém-nascidos prematuros. Isso acontece porque o escore de Capurro baseia-se principalmente em fatores físicos e, em prematuros, a avaliação neurológica garante maior precisão da identificação da IG.
Para os RN extremamente prematuros, os seguintes critérios devem ser levados em consideração: pálpebras fundidas (geralmente menor que 26 semanas), pele gelatinosa, fragilidade dos vasos sanguíneos e escoriações da pele; pele pegajosa, mamilo imperceptível e ausência de lanugem ocorrem no RN com menos de 25-26 semanas de gestação.
AVALIAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL PELO MÉTODO NOVO DE BALLARD NEW BALLARD SCORE (NBS)
MARGOTTO, Paulo R. Avaliação da idade gestacional pelo método novo de Ballard New Ballard Score (NBS). 2009. 
O New Ballard Score (NBS) é um dos métodos utilizados para determinar a idade gestacional (IG) de um recém-nascido. Essa estimativa baseia-se na análise de determinadas características físicas e neurológicas do neonato, com possível margem de erro de duas semanas. 
Como funciona o New Ballard?
O NBS é um método de avaliação da idade gestacional (IG) de recém-nascido (RN) através da análise de 6 parâmetros neurológicos (postura, ângulo de flexão do punho, retração do braço, ângulo poplíteo, sinal do xale, calcanhar-orelha) e 6 parâmetros físicos (pele, lanugo, superfície plantar, glândula mamária, olhos/orelhas, genital masculino, genital feminino), a cada um dos quais se atribui uma pontuação que na somatória determinará a estimativa da idade gestacional. Para obter um resultado com maior precisão, o exame físico do bebê deve ser realizado entre 12 e 20 horas após o nascimento.
Como calcular a IG com o New Ballard?
Nesse método, o resultado é obtido com a soma simples da pontuação correspondente a todos os parâmetros avaliados. Na tabela abaixo, nós correlacionamos a idade gestacional (semanas e dias) à somatória encontrada. 
Quando utilizar esse método?
Ele é imprescindível quando não é possível determinar a data da última menstruação da mãe e o exame de ultrassonografia não foi realizado no início da gestação. Nestas condições, o New Ballard Score é preferível aos demais métodos de cálculo da IG existentes, pois é mais rápido que o DUBOWITZ e consegue avaliar um número maior de parâmetros que o método de Capurro.
EXAME NEUROLÓGICO POSTURA – Com o RN em repouso, observar a atitude dos 4 membros. 
O. Deflexão total dos 4 membros. 
1. Flexão ligeira dos quadris e joelhos. 
2. Flexão moderada ou acentuada dos membros inferiores e discreta flexão do antebraço. 
3. Membros inferiores em flexão, quadris abduzidos, com membros superiores com alguma flexão (posição de batráquio). 
4. Os quatro membros apresentam flexão igual e forte. 
ÂNGULO DE FLEXÃO DO PUNHO – Flexionar a mão sobre o punho, exercendo pressão suficiente para obter o máximo de flexão possível. Medir o ângulo entre a iminência hipotenar e a face anterior do antebraço. 
RETRAÇÃO DO BRAÇO – Flexionar ao máximo o antebraço durante 5 segundos, em seguida estender ao máximo através de tração das mãos, soltando em seguida observando o ângulo entre o braço e antebraço. 
ÂNGULO POPLÍTEO – Com o RN em decúbito dorsal e a pelve apoiada na superfície da mesa de exame, a perna é flexionada por completo sobre a coxa com uma das mãos, e com a outra mão a perna é estendida, observando-se o ângulo obtido.
SINAL DO XALE – Com o RN em decúbito dorsal, segurar umas das mãos e levá-la o máximo possível em direção ao ombro do lado contralateral. Permite-se levantar o cotovelo sobre o corpo. A contagem de pontos se faz segundo a localização do cotovelo. 
Menos 1: cotovelo ultrapassa a linha axilar do lado oposto. 
O: cotovelo atinge a linha a linha axilar anterior contralateral. 
1: permanece entre a linha axilar contralateral e a linha média. 
2: cotovelo na linha média do tórax. 
3: cotovelo não chega à linha média do tórax. 
MANOBRA DE CALCANHAR-ORELHA - Levar um dos pés ao máximo possível em direção à cabeça, mantendo a pelve sobre a mesa. Atribua os pontos conforme a figura.
EXAME CLÍNICO - No item superfície plantar medir o comprimento dos pés, da extremidade do primeiro artelho até a extremidade do calcanhar. Atribuir pontuação menos 1 quando a medida obtida estiver entre 40 e 50 mm e pontuação menos 2 quando a medida encontrada for inferior a 40 mm.
No item olhos-orelhas avaliar o grau de dificuldade encontrado para a abertura forçada das pálpebras. Frouxamente aderidas no caso de uma ou ambas poderem ser separadas com leve tração. Fortemente aderidas quando ambas as pálpebras não são separadas por leve tração.
4. Descrever os mecanismos de crescimento normal e as formas de avaliação (antropometria).
Na antropometria de crianças, utilizam-se preferencialmente os critérios peso, altura e perímetro cefálico. O peso corporal em crianças é fundamental para avaliação do crescimento, tem sensibilidade acurada e identifica agravos nutricionais de maneira precoce. A altura é um indicador de estado nutricional de longa duração. Quanto está afetada, o que ocorre lentamente, pode representar distúrbios nutricionais crônicos e nem sempre é recuperada em todo seu potencial. O perímetro cefálico reflete o crescimento cerebral, que é bastante acelerado até os 3 anos.Recomendam-se estes três parâmetros rotineiramente no acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. 
Complementarmente e em crianças cuja aferição de peso e altura não é possível, pode-se recorrer a outras medidas, tais como perímetro braquial, que é uma medição simples e rápida, porém isoladamente não permite diagnóstico nutricional. Os valores de referência estão disponíveis em tabelas padronizadas. E ainda, as dobras cutâneas (triciptal e subescapular, (mais recomendadas para crianças) e suprailíaca e abdominal) que quantificam a gordura subcutânea refletindo as reservas de energia e, dessa forma, pode-se identificar a composição corporal da criança. Os valores obtidos também precisam ser comparados com graduações de percentis em tabelas padrões.
Fatores que influenciam o crescimento - O crescimento é um processo biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho corporal. Todo indivíduo nasce com um potencial genético de crescimento, que poderá ou não ser atingido, dependendo das condições de vida a que esteja submetido desde a concepção até a idade adulta. Portanto, pode-se dizer que o crescimento sofre influências de fatores intrínsecos (genéticos, metabólicos e malformações, muitas vezes correlacionados, ou seja, podem ser geneticamente determinadas) e de fatores extrínsecos, dentre os quais destacam-se a alimentação, a saúde, a higiene, a habitação e os cuidados gerais com a criança (Ref. 31).
Quais os padrões típicos de crescimento físico? Infelizmente existem algumas regras que devemos memorizar para concursos. Vamos descrever o crescimento padrão de recém nascidos e crianças:
Diminuição em cerca de 10% após o nascimento (eliminação de urina + mecônio + jejum); 
peso ao nascimento alcançado por volta do 10° a 14° dia; 
1o trimestre: 700 gramas/mês (25g/dia); 
2o trimestre: 600 gramas/mês (20g/dia); 
3o trimestre: 500 gramas/ mês (15g/dia); 
4o trimestre: 400 gramas/ mês (10g/dia); 
Dobra o peso do nascimento no 5o mês; 
Triplica o peso do nascimento no 12° mês; 
Após os dois anos de idade, o ganho é de 2 kg/ano até a idade de oito anos; 
Fórmula do peso de acordo com a idade de 3 aos 11 anos: Peso (kg) = Idade x 2 + 8
O recém nascido mede em torno de 50 cm; 
Crescimento de 15cm nos primeiros seis meses de vida (8-9cm no 1o trimestre, 6-7 cm no 2o trimestre); e 10cm no segundo semestre. 
Ao final do primeiro ano cresceu 50% do valor da altura ao nascimento. 
Até os três anos, a criança cresce mais 20 cm: 12,5 cm no 2o ano e 7,5 cm no 3o ano. 
A criança com 4 anos deve medir por volta de um metro;
A criança entre 2 e 5 anos cresce 7 cm/ano; 
A criança entre 6 a 12 anos cresce 6 cm/ ano ;
Fórmula da altura de acordo com a idade de 3 aos 11 anos: Altura (cm) = (idade- 3) x 6 + 95
Perímetro Cefálico:
• O recém nascido nasce com perímetro cefálico de 35cm em média,
• Crescimento médio do crânio/semana: 0,5 cm/sem, nos primeiros dois meses; e 0,25 cm/sem, do segundo ao sexto mês (no 1o trimestre 6cm, no 2° trimestre 3cm, no 2o semestre 3 cm);
• Crescimento cefálico total médio: 5cm nos primeiros três meses; 4cm de três a seis meses; 2cm de seis a nove meses e lcm de nove meses a um ano.
3 a 12 meses: P = idade (em meses) x 0.5 +4.5 ------- 2 a 8 anos: P= idade (anos) x 2 + 9.
O perímetro cefálico é medido passando-se uma fita métrica do ponto mais elevado do occipital até o sulco orbitário. É uma medida confiável do crescimento do cérebro, sendo um índice que menos varia para diferentes grupos etários. Nos primeiros meses de vida é mais fácil identificarmos uma anomalia cerebral pelo perímetro cefálico do que pelas provas de desenvolvimento.
 
5. Reconhecer as fases e os mecanismos que levam ao desenvolvimento neuropsicomotor normal.
http://seer.unipampa.edu.br/index.php/siepe/article/view/6211 
As aquisições motoras da criança ocorrem de forma intensa no primeiro ano de vida e resultam da interação contínua entre os potenciais biológico, genético e condições ambientais com seus aspectos psicossociais, culturais e econômicos. O desenvolvimento neuropsicomotor normal (DNPMN) é caracterizado pela maturação gradual do controle postural, pela integração dos reflexos primitivos e surgimento das reações normais de movimento (reações de retificação, equilíbrio e proteção). As etapas do DNPMN não são estáticas e cada etapa é preparatória das subsequentes. As idades em que são alcançados os marcos motores são dados estatísticos e servem como guias para o reconhecimento dos desvios da normalidade.
O desenvolvimento infantil é o produto de interações entre muitas variáveis:O desenvolvimento neuropsicomotor da criança depende, entre outros fatores, da mielinização no sistema nervoso. Esse processo está 90% completo entre três e quatro anos de idade, enquanto os 10% restantes se completam até o final da adolescência. A mielinização permite a transição de atitudes passivas para atitudes ativas, de atos reflexos para ações voluntárias. Não acontece de maneira arbitrária, mas segue uma sequência ordenada, sendo geneticamente determinado. Do ponto de vista anatômico, o desenvolvimento apresenta um padrão céfalo-caudal e próximo-distal. Do ponto de vista funcional, parte do mais simples para o mais complexo.
Estrutura genética
Integridade do sistema neurossensorial e endócrino
Integridade do sistema locomotor
Meio Ambiente (relações afetivas, alimentação, necessidades orgânicas básicas, cultura, meio social...)
 
O neurodesenvolvimento infantil pode ser avaliado por setores:
Motricidade: inclui as atividades motoras amplas e a motricidade fina.
Cognitivo: inclui o desenvolvimento da linguagem e a capacidade de solução de problemas.
Psicossocial: inclui o desenvolvimento de habilidades adaptativas, interação social e o desenvolvimento emocional.​​
​
Para o adequado desenvolvimento de suas habilidades, as crianças dependem das oportunidades oferecidas pelo ambiente, para desenvolverem plenamente seu potencial genético.
6. Reconhecer a importância do aleitamento materno, como ele deve ser feito e as necessidades alimentares na infância.
CAMPOS JUNIOR, Dioclécio. Tratado de pediatria. 3. São Paulo Manole 2015 1 recurso online ISBN 9788520438626.
Importância da amamentação - Amamentar é muito mais do que nutrir a criança. É um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, com repercussões no estado nutricional da criança, em sua habilidade de se defender de infecções, em sua fisiologia e no seu desenvolvimento cognitivo e emocional, além de ter implicações na saúde física e psíquica da mãe.
Definições - O aleitamento materno costuma ser classificado em:	
- Aleitamento materno exclusivo: quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte.
- Aleitamento materno predominante: quando a criança recebe, além do leite materno, água ou bebidas à base de água (água adocicada, chás, infusões), sucos de frutas e fluidos rituais (em quantidades limitadas).
- Full breastfeeding: esse termo é utilizado para definir a soma das categorias aleitamento materno exclusivo + aleitamento materno predominante.
- Aleitamento materno: quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de estar recebendo ou não outros alimentos.
- Aleitamento materno complementado: quando a criança recebe, além do leite materno, qualquer alimento sólido ou semissólido com a finalidade de complementar o leite materno e não de substituí-lo. 
- Aleitamento materno misto ou parcial – quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite.
Duração Ideal da Amamentação
A Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) do Brasil e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam amamentação exclusiva por aproximadamente seis meses e complementada até os dois anos ou mais.
No segundo ano de vida, o leite materno continua sendo importante fonte de nutrientes,sendo inclusive mais energético nesse período. Estima-se que 500 mL de leite materno no segundo ano de vida proporcionam 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia. Além disso, o leite materno continua conferindo proteção contra doenças infecciosas. Uma metanálise baseada em seis conjuntos de dados provenientes de três continentes, incluindo uma coorte brasileira, mostrou que crianças não amamentadas no segundo ano de vida têm chance quase duas vezes maior de morrer por doença infecciosa comparadas às amamentadas.
Evidências da Superioridade da Amamentação - Vantagens da amamentação e desvantagens da utilização precoce de leites de outras espécies. A seguir, são apresentadas algumas vantagens do aleitamento materno.
Redução da mortalidade infantil - Estima-se que o aleitamento materno poderia prevenir 50% das mortes por doenças respiratórias e 66% das causadas por diarreia. Um dos artigos de uma série publicada na revista The Lancet sobre sobrevivência infantil atribuiu ao aleitamento materno a capacidade de reduzir em 13% a mortalidade em crianças menores de cinco anos por causas preveníveis, estimadas em seis milhões ao ano. Nenhuma outra estratégia alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças menores de cinco anos.
Redução da morbidade por diarreia - Há fortes evidências epidemiológicas de que o leite materno confere proteção contra diarreia, sobretudo em crianças de baixo nível socioeconômico de países em desenvolvimento.
Redução da morbidade por infecção respiratória - A proteção do leite materno contra infecções respiratórias foi demonstrada em vários estudos realizados em diferentes partes do mundo, com diferentes graus de desenvolvimento. Assim como ocorre com a diarreia, a proteção é mais significativa quando a amamentação é exclusiva e nos primeiros seis meses. Além disso, a amamentação parece diminuir a gravidade dos episódios de infecção respiratória.
Redução de alergias - Em países desenvolvidos, nos primeiros meses de vida, pode-se afirmar que: o aleitamento materno exclusivo reduz o risco de asma; contra o desenvolvimento de dermatite atópica.
Redução de doenças crônicas - Embora ainda não esteja bem estabelecida a proteção do leite materno contra certas doenças crônicas, há vários relatos na literatura sobre o papel do aleitamento materno na redução do risco de certas doenças autoimunes, doença celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, linfoma, doença de Hodgkin e leucemia.
Redução da obesidade, Melhor nutrição, Melhor desenvolvimento cognitivo, dentre outros.
Proteção contra diabete tipo 2 na nutriz - Existe uma associação entre aleitamento materno e diabete tipo 2 na mulher que amamenta. O acompanhamento de duas coortes de mulheres norte-americanas envolvendo mais de 150 mil mulheres jovens e de meia-idade, com filhos, permitiu observar redução de 15% na incidência de diabete tipo 2 para cada ano de lactação, independentemente do índice de massa corpórea e de outros fatores de risco relevantes para a doença. Atribui-se essa proteção a uma melhor homeostase da glicose em mulheres que amamentam.
Para boa técnica de amamentação, é importante que mãe e bebê estejam em posição confortável, que não interfira com a capacidade do bebê de abocanhar tecido mamário suficiente (cerca de 2 cm de tecido mamário além do mamilo), de retirar o leite efetivamente e de deglutir e respirar livremente. A mãe deve estar relaxada e segurar com firmeza o bebê completamente voltado para si. Em pega ótima, os lábios do bebê ficam levemente voltados para fora. Lábios apertados são indica mãe não sente dor. A Tabela 1.3 pode servir de guia para os profissionais de saúde e para as mães conferirem posicionamento e pega na amamentação.
Quando a mama está muito cheia, a aréola pode estar tensa, dificultando a pega adequada. Em tais casos, recomenda-se, antes da mamada, a expressão manual da aréola ingurgitada.
Para uma boa técnica de amamentação, a OMS destaca quatro pontos-chave para posicionamento e quatro para pega (Tabela 1.4).
Os seguintes sinais são indicativos de técnica inadequada de amamentação: bochechas do bebê encovadas a cada sucção, ruídos da língua, mama aparentando estar esticada ou deformada durante a mamada, mamilos com estrias vermelhas ou áreas esbranquiçadas ou achatadas quando o bebê solta a mama e dor durante a amamentação. 
Necessidades alimentares na infância – Nutrição na Infância
"A alimentação e a nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e proteção de saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania"
“Na infância, a boa nutrição é indispensável para o crescimento e desenvolvimento adequados. É neste período que devem ser introduzidos os bons hábitos alimentares, que permanecerão na adolescência e na vida adulta, pois a prevenção de algumas doenças degenerativas do adulto podem começar na infância”.
É necessário que a alimentação seja balanceada em relação a ingestão: Vitaminas; Água; Energia; Proteína; Lipídeos; Carboidrato; Minerais. 
Resumo - É fundamental que o profissional de saúde, em especial o pediatra, tenha conhecimentos básicos em aleitamento materno. A recomendação internacional quanto à duração da amamentação é de seis meses para a amamentação exclusiva e de dois anos ou mais para a amamentação com outros alimentos. Para conscientizar as pessoas, é importante que se conheça os benefícios da amamentação: redução da mortalidade infantil; menor incidência e gravidade de infecções, como diarreia, pneumonia e otites; prevenção de alergias e algumas doenças crônicas, como diabete tipo 1, obesidade e alguns tipos de cânceres; promoção do desenvolvimento da cavidade bucal; influência positiva no desenvolvimento cognitivo; fortalecimento da relação mãe-bebê; além das vantagens específicas para as mães, como prevenção de câncer de mama; efeito anticoncepcional e proteção contra diabete tipo 2. Adicionalmente, a amamentação tem implicações financeiras para a família por ser mais econômica.
Além de conhecer as vantagens do aleitamento materno, é fundamental ter conhecimentos básicos sobre anatomia e fisiologia da mama, dinâmica da sucção ao seio e técnica de amamentação. Técnica incorreta é a principal causa de pouco ganho ponderal na criança amamentada e de traumas mamilares. Além de conhecimentos e habilidades clínicas, o profissional deve ter habilidades na comunicação, que pode ser facilitada utilizando os princípios do aconselhamento em amamentação. Durante o aconselhamento, é fundamental repassar às mães e às pessoas envolvidas no processo, em especial pais e avós, informações básicas, entre elas: frequência e duração das mamadas (livre demanda), efeitos nocivos do uso de suplementos (água, chás e outros leites) e de chupeta, técnica adequada de amamentação e mitos e crenças sobre o desmame natural. 
Situações em que há restrições ao Aleitamento Materno
São poucas as situações em que pode haver indicação médica para a substituição parcial ou total do leite materno. Nas seguintes situações o aleitamento materno não deve ser recomendado:
Mães infectadas pelo HIV;
Mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2 (vírus da leucemia humana T-cell);
Uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação. Alguns fármacos são citados como contraindicações absolutas ou relativas ao aleitamento, como por exemplo os antineoplásicos e radiofármacos, usados no tratamento contra o câncer.
Criança portadora de galactosemia, doença rara em que ela não pode ingerir leite humano ou qualquer outro que contenha lactose.
Amamentação e Hanseníase
As mulheres que estiverem amamentando seus filhos não devem parar de tomar a medicação.
A gravidez e o aleitamentonão contraindicam o tratamento PQT (Poliquimioterapia) padrão.
Os remédios podem estar presentes no leite materno, mas não causam nenhum problema para a criança.
Às vezes o recém-nascido pode apresentar a pele avermelhada, se a mãe estiver tomando a Clofazimina (medicação utilizada no tratamento), mas esta coloração não prejudica a criança. Quando o tratamento da mãe termina, a cor da pele volta ao normal.
Atenção! Devido aos graves efeitos teratogênicos, o medicamento à base de Talidomida (medicação utilizada no tratamento), somente poderá ser prescrito para mulheres em idade fértil após avaliação médica com exclusão de gravidez através de método sensível e mediante a comprovação de utilização de, no mínimo, 2 (dois) métodos efetivos de contracepção para mulheres em uso de talidomida, sendo pelo menos 1 (um) método de barreira (Resolução RDC N° 11, de 22 de Março de 2011).
7. Reconhecer as consequências das principais carências alimentares e nutricionais na 1ª infância e a oferta de alimentos inadequados.
Anemia ferropriva
DE CARVALHO, Carolina Abreu et al. Consumo alimentar e adequação nutricional em crianças brasileiras: revisão sistemática. Revista Paulista de Pediatria, v. 33, n. 2, p. 211-221, 2015.
- Inadequações no consumo de nutrientes podem comprometer o estado nutricional e levar ao desenvolvimento de carências ou excessos nutricionais. As doenças carenciais aumentam a suscetibilidade das crianças a diarreias e infecções, além de poder comprometer a maturação do sistema nervoso, visual, mental e intelectual. No Brasil, as deficiências de ferro e vitamina A são as carências de micronutrientes mais observadas e representam um problema de saúde pública. Dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), feita em 2006, apresentam prevalência de anemia de 20,9% e níveis inadequados de vitamina A de 17,4% em crianças menores de cinco anos. Com a transição nutricional, o sobrepeso e a obesidade, que refletem o consumo excessivo de energia e/ou gasto energético insuficiente, têm apresentado prevalências elevadas na população infantil brasileira.
Crianças que apresentam consumo alimentar inadequado desde a infância tende ao desenvolvimento precoce de sobrepeso e obesidade, além de outras doenças crônicas associadas.
8. Relacionar condições socioeconômicas e culturais com o crescimento e desenvolvimento infantis.
ROMANI, Sylvia de Azevedo Mello; DE LIRA, Pedro Israel Cabral. Fatores determinantes do crescimento infantil Determinant factors of infant growth. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 4, n. 1, p. 15-23, 2004.
Entre os fatores socioeconômicos que sistematicamente são evidenciados, está a renda per capita que também desempenha um importante papel no crescimento infantil, representando, portanto, um aspecto primordial a ser considerado. 
Muitas vezes, a influência da renda familiar sobre o estado de saúde e nutrição da criança é relativizada por outros determinantes, como educação, tipo de moradia, saneamento, acesso aos serviços de saúde, bens de consumo, dentre outros. Assim, Monteiro, analisando o papel da renda através da escolaridade do chefe da família e do número de bens do domicílio, nos dados das pesquisas nacionais de 1974, 1989 e 1996, confirmou a importante influência desses fatores sobre o crescimento e o estado de nutrição das crianças.
A partir de um censo de estaturas de ingressantes de todas as escolas públicas e privadas do município de Osasco, SP, realizado no início do ano de 1989, selecionou casos e controles para investigação retrospectiva dos determinantes sociais do retardo do crescimento. A classe social, a renda familiar per capita, a escolaridade dos pais, as condições da habitação e o saneamento foram os fatores que se associaram significativamente com o risco de retardo do crescimento. O aproveitamento escolar daqueles que ingressaram com retardo de crescimento, foi inferior ao dos que não apresentavam retardo. 
9. Reconhecer a importância da puericultura para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil.
http://www.sopape.com.br/69/p/dicas-e-duvidas/importancia-da-consulta-de-puericultura- 
Sociedade Paraense de Pediatria
Importância da consulta de puericultura
A puericultura consiste em consultas regulares ao pediatra que tem como finalidade a supervisão do crescimento, desenvolvimento e atuação do pediatra em eventuais situações.
Na consulta de puericultura o pediatra tem que ver a crianças de forma global; não se ater somente à queixa da mãe; e o exame físico deve ser o mais completo possível.
Acões preventivas que correspondem ao atendimento de peuricultura:
1. Higiene física: supervisão da higiene corporal e da estrutura existente no lar para garanti-la, tais como água apropriada, saneamento, etc. Levantamento das condições oferecidas à criança em termos de espaço físico, a saber, quarto adequado, ensolarado, sem umidade, sem presença de fatores alergênicos; frequência a ambientes saudáveis como parques, clubes, prática de atividades físicas.
2. Higiene anti-infecciosa: acompanhar e aconselhar os pais durante o processo de vacinação, detectar precocemente e eliminar quadros infecciosos que possam prejudicar o organismo em crescimento.
3. Higiene mental: abordagem, junto à família, da dinâmica domiciliar, e aconselhar os pais acerca das melhores maneiras de lidar com os distúrbios emocionais próprios da infância, ou com as dificuldades escolares e de socialização.
4. Higiene do crescimento: aferição periódica de todos os parâmetros indicativos de crescimento e ganho de peso adequados, prevenção do sobrepeso
5. Higiene alimentar: aconselhamento aos pais quanto aos melhores nutrientes a serem ofertados em cada etapa da vida da criança e que possam servir de arcabouço para o crescimento e desenvolvimento sadios.
10.Reconhecer a aplicação dos programas de vigilância nutricional do Ministério da Saúde (SISVAN).
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/205734/mod_resource/content/1/mod_nutricao_nos_ciclos_da_vida_v2.pdf 
O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN) recomenda a avaliação antropométrica dos grupos populacionais em todos os ciclos da vida, por ser um método não invasivo, simples, barato e, se procedido da maneira correta, eficaz. A determinação do estado nutricional, por meio da antropometria, dá indicadores confiáveis para a elaboração de programas direcionados aos problemas mais frequentes.
O Ministério da Saúde, por meio de seu Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), preconiza a utilização dos índices antropométricos peso por idade (P/I), estatura por idade (E/I), peso por estatura (P/E) e ainda IMC por idade para as crianças e apenas IMC/idade para adolescentes. Estes índices, utilizados em conjunto e comparados com curvas de referência, são eficazes cada qual com sua especificidade. O índice peso por idade (P/I) indica o estado nutricional atual, a estatura por idade (E/I) reflete a cronicidade do agravo nutricional, visto que o parâmetro afetado é a altura, e o peso por estatura (P/E) indica a proporcionalidade corporal. Este é um bom indicador de deficiências a curto prazo.
O escore Z significa, em termos práticos, o número de desvios-padrão (DP) que o dado obtido está afastado de sua mediana de referência. [...] Pode ser calculado para os três índices (P/E, E/I e P/I). É bem aceito na literatura científica e é excelente método para estudos populacionais. O diagnóstico individual com objetivos clínicos não requer esse indicador, sendo mais prático o uso de outros métodos como os percentuais de adequação e as curvas de crescimento. Os percentis são derivados da distribuição, em ordem crescente, dos valores de um parâmetro observado para uma determinada idade ou sexo. A classificação de uma criança em um determinado percentil permite estimar quantas crianças, de mesma idade e sexo, são maiores ou menores em relação ao parâmetro avaliado (Silva e Mura, 2008). As curvas de crescimento são instrumentos técnicos importantes para monitorar e avaliaro crescimento de todas as crianças a partir do nascimento e permite a detecção de desnutrição, sobrepeso, obesidade e, ainda, outras condições associadas ao crescimento e ao estado nutricional. A interpretação dos resultados após a plotagem dos parâmetros nas curvas é de extrema importância para intervenções nutricionais eficazes. Considera-se o percentil 50 e o escore Z 0 (zero – mediana) como padrões normais para os índices P/I, E/I e P/E e IMC/I. A tabela a seguir traz um resumo prático da interpretação dos resultados:

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